Teddy escrita por Black


Capítulo 2
Entupido de Testosterona


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, bom eu sumi de Teddy né?
Desculpem, foquei em outras coisas, mas agora estamos ai.
Ah olhem o trailer, eu achei muito bonito.
Agradeço as três leitoras que deixaram reviews, Teddy não foi deletada por causa de vocês.



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E pela "ézima" vez naquela chuvosa manhã a sineta tocou. Indicando que mais um adorável delinquente acabava de entrar ou sair da minúscula salinha da diretora ou capeta "mor" desse maravilhoso local.

Era realmente adorável ter que ficar na chuva, sendo alvo de olhares nada amistosos, enquanto você esperava o veredito de uma velha senhora com a aparência de um poste de luz.

As gotas da chuva molhavam toda a extensão do meu cabelo, minha jaqueta jeans clara já estava encharcada e o frio não me incomodava tanto quando antes. Depois de ter que esperar um bom tempo, finalmente meu nome foi chamado.

– Teddy Hower - lentamente, me levantei de um dos banquinhos de pedra do Acampamento e segui em frente.

Era uma cena quase cômica, os jovens ali presentes não olhavam pra mim. Como se eu fosse uma ameba perdida no espaço sideral, e eu poderia muito bem ter vivido assim como uma ameba.

A não espere tem uma ruiva olhando pra mim.

E ela me fez um gesto obsceno, lindo realmente muito lindo para um primeiro dia perdida no inferno vampiresco, juntamente dos meus adoráveis colegas de acampamento – os quais eu jurava pela minha coleção de Cherry Coke que eram vândalos ou meliantes - pelos próximos sessenta dias.

É muito azar pra pouca Teddy.

– Bem vinda senhorita Hower – a diretora me saldou, com aquela voz já cansada e eu tinha pena dessa senhora.

Fingir que gosta desse bando de peste por mais de dois meses, sem matar um ou dois deve ser duro não é mesmo?

– Ah, oi – disse, enquanto me sentava.

A sala da michorra mor nem era tão feia assim, era uma salinha de reformatório aberto à natureza normal, deveria ter mais vou menos uns cinco metros quadrados. Com uma pintura verde limão na parede principal e o estofamento da cadeira já pedia para ser trocado, mas fora isso estava normal.

Como se qualquer coisa que acontecesse comigo se enquadrasse na palavra “normal”.

– Vou indicar em qual dos nossos Chalés a senhorita vai ficar – disse com uma falsa animação que quase me convenceu.

Será que ninguém nesse acampamento percebia que eu não me enquadrava em nada? Eu não matei, não roubei, não espanquei ou fiz qualquer coisa relacionada ao pudor. Apenas disse a verdade, mas que droga!

– Senhorita Hower lamento, mas não encontramos seu nome dos registros.

– Então, estou livre desse inferno? – perguntei feliz demais, aposto que meu sorriso estava mais rasgado que o do Coringa.

– Mais é lógico que não – e minha felicidade sumiu, mais rápido que doce na boca de criança – Seu pai me ligou e garantiu a sua vaga, só tivemos um pequeno imprevisto na hora de fazer a divisão dos Chalés.

– Vou ter que dividir o quarto com a senhora? – só de pensar ver o poste a minha frente dentro de uma camisola nada sexy me dava enjoo.

– Não – apertou o botão do microfone e disse, em alto e bom som para todo o Acampamento – Ayres West.

E a minha cara de taxo não poderia ter sido maior quando um garoto, estilo modelos de cueca da Calvin de alguma coisa entrou na sala. Puts, ele era o maior gato.

– Que foi? – perguntou, se jogando na cadeira restante ao meu lado.

– Tivemos um pequeno problema – a diretora, que depois eu fui ler a plaquinha sobre a mesa, se chamava Senhora Robbinson falou – Já que Hunter não pode vir para o Acampamento esse ano, Teddy vai ficar com o quarto dele.

– Quem diabos é Teddy? – é minha teoria estava correta. Sou invisível.

– Eu sou Teddy – e eu juro, nunca fui uma pessoa repulsiva, mas Ayres West me mediu de cima a baixo.

– Uma garota?

Não cara, eu posso ser um transexual muito bem mudado por alienígenas vindos de Vênus.

– É – cruzeis os braços – Uma garota.

– Isso, vejo que vão se dar bem – a Senhora Robbinson era a única que achava isso – Agora Ayres, leve a Teddy até seu Chalé.

– Anda.

Fiz questão de esquecer parte do bonito de morrer, Ayres West era um cara que definitivamente não gostava de mim ponto. Ele não me esperou pegar as malas e nem se quer andava minimamente perto da minha pessoa.

Talvez fosse muito humilhante uma pessoa como ele estar sendo rebaixado a passar dois meses dividindo seu teto comigo, teto esse que parecia bem mais afastado que os outros.

Cada vez mais nós entravamos no mato, o barulho dos adolescentes na flor da idade já ficava para trás à medida que Ayres pisava com suas botas sobre a grama selvagem rumando sempre mais para dentro.

Admito ficar sozinha em um local isolado com um cara entupido de testosterona, não era o que eu imaginava para o meu castigo.

Isso era pior.

– Onde estamos indo? – perguntei ofegante, ah merda eu era sedentária.

Exercícios? Só se exercitar os dedos jogando GTA V contasse o que eu acho que não. E eu fiquei lá aguardando uma resposta, Ayres não me respondeu. Também ele deveria estar puto com a notícia de que dividiria seu chalé com um desconhecido e nesse caso uma garota.

Como ele deixou claro eu poderia ser tudo, menos uma garota.

– Você vai me ignorar?

– Teddy do não sei o que – me olhou nos olhos pela primeira vez – Cale a maldita da boca okey?

– Ãh?

Eu sei isso foi patético. Tanto pelo fato de eu não ter usado meu vasto vocabulário com Ayres ou pelo fato de eu ter ficado parada no meio do caminho a cada hora que nos aproximávamos de uma árvore. Só que essa tinha portas, janelas e até um telhadinho bonitinho.

Espera, Ayres idiota West vivia em uma Casa da Árvore?


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam o Ayres?
Quero muito saber!
Ah leiam essa fic pessoal http://fanfiction.com.br/historia/445474/EXILIUM_A_Lenda/, é de uma amiga minha. Muito boa!
Até