Teddy escrita por Black


Capítulo 1
Aqui não é Wonderland


Notas iniciais do capítulo

Ahã oi novamente...

Capítulo betado pela minha Gêmea (u/157186/)



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Os pingos de chuva desciam incessantemente pelo vidro da janela, eles seguiam sempre seu rumo, rumando a lugar nenhum. Estranho e complicado? Sim, mas extremamente fascinante os meus olhos.

Poderia estar com o resto da minha tão odiada família feliz – digna de comercial de creme dental - rumando para as férias dos sonhos em Miami.

Mas não. Nesse exato momento eu estava em um ônibus de quinta indo para só Deus sabe onde. A resposta desse enigma? Simples! Não digam a verdade a sua tia grávida, elas ficam ressentidas e te acusam de ter acabado com o dia dela.

Porque eu posso ter acabado com o dia da Charlotte, mas ela em compensação acabou de ferrar com as minhas férias.

Os dizeres “Você está chegando a Pensilvânia” não saiam da minha mente e tudo que eu queria era encontrar um buraco qualquer para enfiar a minha cabeça e sumir por um tempo indeterminado.

Não que eu fosse a Alice, longe disso. Não tinha nem os cabelos loiros platinados ou o tão famoso vestidinho azul de seda. Eu era só a Teddy, só isso.

Uma Teddy fudida que estava sendo obrigada a ir em um Acampamento para Delinquentes Juvenis, como a minha irmã fazia questão de repetir com gosto, enquanto jogava na minha cara que iria ter as férias maravilhosas.

E claro, como se não bastasse o fato de ir para um local totalmente desconhecido, tinha que ir sozinha. Acho que esqueci de mencionar o fato de que fazer amizades não é muito comigo, levando em consideração meu índice de popularidade no ensino médio.

Eu poderia muito bem me atirar da ponte que a minha família só sentiria a minha falta depois de alguns dias, porque, definitivamente, não teria ninguém naquela casa para fazer o café da manhã. Arrumei meus fones, e abri meu exemplar de “Alice in Wonderland” na página em que minha leitura foi interrompida.

Não que esse fosse um exemplar comum desse conto, longe disso, esse era a história macabra por de trás do “feliz para sempre”. Sem sombra de dúvida, eu preferia essa versão da história à outra. Convenhamos, é bem mais prazeroso imaginar o Gato de Cherezire como um enfermeiro pervertido e macabro do que como um simples gatinho com distúrbios e olhos grandes.

O ônibus – se é que isso poderia ser considerado um – parou de súbito, dando um solavanco tão forte que alguns fios dos meus cabelos aloirados escaparam do rabo de cavalo que se encontravam. Estiquei a cabeça pelo corredor e logo pude ver o motorista se levantar – com certa dificuldade, devido a sua barriguinha avantajada – e falar.

– Desçam pirralhos, o passeio acabou.

Rapidamente peguei a minha mochila e me levantei. Já no corredor uma infinidade de jovens passava por mim e nem se quer possuíam a dignidade de me olhar, no fundo eu até preferia assim.

Era melhor que não fosse notada, pois quanto antes eu tivesse uma boa conduta aqui dentro, mas cedo eles ligariam para os meus pais e eu estaria livre desse inferno.

Mas como sempre eu estava redondamente enganada, afinal quando alguém poderia imaginar que aquele simples acampamento se tornaria meu pior pesadelo?


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Notas finais do capítulo

Então, minha segunda Original e conto com vocês ok?

Comentem e favoritem :3



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