Teddy escrita por Black


Capítulo 4
Jogos do Capetamento


Notas iniciais do capítulo

Demorei né?
Primeiramente quero agradecer os reviews MARAVILHOSOS que eu recebi no capítulo anterior. Sério meninas, vocês não tem noção de quão feliz eu fico respondendo cada um. Segundo, eu passei por um bloqueio muito filho da Mãe e quase desisti de tudo.
Tipo, tudo mesmo. Excluir Nyah e o caramba A4. Mas graças as lindas que vocês são e a Gêmea do Bem, eu não fiz isso.

Bom, esse capítulo ficou um lixo, o próximo deve sair melhor.

Até :3



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Dormir naquele chalé, não tinha sido o monstro de sete cabeças que eu imaginei. Ayres era silencioso, não roncava ou sequer levantava a noite, fora que eu não estava em casa então as brigas diárias dos meus pais não existiam.

Até que ficar ali por dois meses poderia ser legal, levando em consideração que eu poderia dormir uma noite toda e não quer que bancar a babá da filha perfeita deles.

Levantei, tomando todo o cuidado para não deixar a baba escorrer pelo meu queixo. Realmente eu tinha dormido e muito mesmo, me apoiei na parede próxima a um mural de fotos que estava lotado de fotos, em sua grande maioria fotos do Ayres e outro garoto ruivo, qual eu jurava que era Hunter.

Abri a porta e acidentalmente me joguei no chão. Isso era muito comum lá em casa, principalmente quando eu estava bêbada de sono, igual agora. Levantei-me com a ajuda surreal do meu cotovelo super branco e pontiagudo. Fui me arrastando para o banheiro fazendo barulhos com a boca, como se eu estivesse em um apocalipse zumbi.

Trágico isso, realmente.

Garotas da minha idade deveriam acordar nos braços do namorado, embolada em lençóis e com um sorriso enorme no rosto, mas essa realidade passava anos luz a minha frente. Porque para inicio dessa ilusão eu nunca tive um namorado. Eu nunca tive nem o mínimo contato com o sexo oposto, o que resultava no tipo de pessoa que eu era hoje.

– Hower – Ayres socou a porta do banheiro – Da pra sair logo?

De súbito dei um salto, eu não fazia ideia de quanto tempo eu estava acordada, então era meio obvio que West já estava de pé, juntamente com seu corpo escultural, cabelos cacheados e seu mau humor matinal.

– Já estou saindo, West – falei, recolhendo o meu shampoo da pia.

– Anda logo, eu preciso entrar – praguejou baixo – Caralho.

Talvez eu devesse alertar Ayres que eu era o ser mais lento do universo, só perdendo talvez para uma tartaruga ou minha própria avó, talvez eu devesse contar que era viciada em Super Mário ou GTA V e quem sabe talvez se eu dissesse essas coisas superficiais sobre mim, nossa relação de “colegas de chalé” pudesse melhorar um pouco.

Mas, como tudo na minha vida era mera suposição do meu cérebro, eu não disse nada do que queria à Ayres. Assim como não disse outras coisas que queria dizer a várias pessoas.

Passando por Ayres na entrada do banheiro, eu percebi algo. Toda aquela raiva de ontem não estava mais presente ali, talvez ele tivesse sido raptado por algum aliem a noite. De todo o modo era melhor eu ficar de olho.

A raiva dele poderia ter desaparecido por agora, mas no fundo eu sabia que ele ainda me odiava por motivos desconhecido da minha pessoa.

– Uh, bom dia – disse soltando meu cabelo.

Ele não respondeu, mesmo estando dentro do banheiro eu sei que Ayres ouviu o meu bom dia, são nessas horas que eu me pergunto se a lei da boa convivência realmente se aplica a todas as pessoas. Acho que não.

Fitei o meu reflexo no espelho, meu cabelo não era tão grande quanto eu queria, meus olhos não eram verdes e eu podia ser comparada a uma folha de papel. Minhas roupas, bem o que podemos falar de uma calça jeans preta, vans e uma blusa de InuYasha?

Eu era a típica nerd normal que todo e qualquer lugar tinha, nada em mim faria qualquer pessoa me odiar logo de cara.

– Você vai comer? – a voz de Ayres me tirou dos meus devaneios.

– Eu... vou – respondi incerta.

Morrer de fome não era algo que eu pretendia fazer, mesmo que eu tivesse que fazer as refeições na presença de Ayres West. Eu definitivamente não iria ficar anêmica só porque meu colega de chalé era um tremendo gostoso e chato.

– Comida pronta? – me referi à mesa posta.

– Não Hower, eu que fiz – respondeu pegando uma caneca.

O olhei meio incerta. Na minha mente matematicamente estranha Ayres e cozinha eram coisas que nunca deveriam se combinar, em hipótese nenhuma. Sentei-me pegando uma panqueca, que eu torcia para que não estivesse radioativa ou qualquer coisa do gênero.

– Isso está comível? – disse, ficando meu garfo na comida.

– Claro que está, tome você como exemplo – falou – É estranha, mas ainda assim é comível.

Arregalei os olhos, eu sou comível? Bom, que tipo de constatação é essa? Comível para mim é um termo referível a comida, somente a comida. Mas eu acho que Ayres não usou esse termo para se referir à comida.

– Eu vou fingir que eu não ouvi isso – falei arrumando meus óculos.

Até que a comida não estava tão ruim, mas eu ainda duvidava que ela tivesse sido feita por Ayres, homens não sabiam cozinhar. E disso eu sabia muito bem, meu pai era a prova viva de que homem e cozinha são umas das combinações mais perigosas existentes no mundo.

Terminamos o café em silencio, aparentemente Ayres e eu não tínhamos um assunto em comum, o que só deixava o clima mais pesado ainda.

– Vamos – Ayres se levantou, fazendo um estrondo no chão com seus coturnos.

– Vamos? Ah, vamos onde? – perguntei perdida.

– Jogos de Acampamento – falou perto da porta –Anda Teddy, vamos competir com as duplas dos outros chalés.

No folheto explicativo sobre esse pedaço do inferno, não foram mencionados jogos de acampamento. Pra falar a verdade, a parte que eu dividiria o chalé com um gostoso também não estava incluso, mas esses são fatos a parte.

Chegamos ao centro do acampamento, Ayres de praxe me deixou para trás e foi falar com alguns outros garotos que pareciam com ele. Não no físico, porque seria um inferno duplo ser perseguida por covers de Ayres West e eu não precisava disso.

Olhei ao redor, Ayres estava com os roqueiros e que tinham uma áurea de delinquentes, a ruiva que fez questão de me “saudar amigavelmente” com seu dedo do meio estava lá também. O resto dos grupos se dividiam entre pessoas com caras de assassinos ou pessoas viciadas na erva. E com nenhum desses eu fazia questão de fazer amizade.

Perguntava-me onde estavam os nerds, acadêmicos ou orientais desse acampamento.

– Hower – Ayres me gritou.

Segui lentamente até onde ele estava, rodeado de pessoas com jaquetas de couro, piercings e camisas de bandas de rock. De todos os momentos da minha vida, foi naquele que eu me senti mais fora do lugar que nunca.

– O primeiro desafio já saiu, vamos cumpri-lo.

– Então, qual a finalidade desses desafios? – perguntei, depositando meu peso na perna esquerda.

– Conseguir coisas – deu de ombros – Privilégios. Agora vamos, que um aquecedor no meu quarto.

– Mas qual é esse primeiro desafio Ayres?

Eu detestaria ter que bancar a natureba peladona no meio da mata, e ainda mais com West podendo ver tudo isso de camarote.

– Abraçar uma árvore.

E foi ali, onde eu subitamente parei e quase me lancei no fogo no inferno. Então realmente eu teria que bancar a natureba e com Ayres a tira colo.


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Notas finais do capítulo

Peço que desculpem a minha demora *-*

Agora, começam os malditos jogos e nesse meio tempo eu vou tentar mostrar mais da Teddy e depois do Ayres okey?

U.U 50 leitores, que tal 15 reviews para o próximo capítulo ein?

Beijos