The Heart Never Lies escrita por Vanessa


Capítulo 11
A vida de Ryan.


Notas iniciais do capítulo

Réllou galera! Como vocês estão? Eu espero que bem.
Bom, n é nesse capítulo que vocês saberão o desafio, sinto muito D: UAHSU
Nesse capítulo vocês irão saber quem realmente é o Ryan, sim, esse é o capítulo narrado por ele, vocês estão aciosas p isso, né? Eu espero que sim u.u
Eu fui ameaçada de ficar sem minhas tripas se eu demorasse o com o capítulo D: AUSHUASH sim, estou jogando indireta p vc Allask UAHSUAHS
Outra coisa; VOCÊS ESTÃO PREPARADAS PARA CHORAR? EU ESPERO QUE ESTEJAM U.U :CCCCC sim, ele é triste pra caraleo :c e para deixar ele mais triste ainda, tem música com melodia triste D; UAHSUHAS socor! A música vcs terão opção de escolher na voz de quem vai querer kkk ou Coldplay ou a versão de Glee, vcs q sabem u.u
http://www.youtube.com/watch?v=YOzT-_KnSuY (Coldplay)
http://www.youtube.com/watch?v=3RvAbKjH9gU (Glee)
Essa música tem TUDO a ver com o capítulo, ok? Vcs vão entender D:
Então, chorem suas tripas, seus rins, seus olhos, suas lágrimas e td! ASUHS
Sem mais delongas:
Boa leitura.
Ps... Não revisei '-'
Ps1... Tá grande o capítulo e NÃO tem diálogos. Desculpe :c



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/436671/chapter/11

Há três semanas atrás eu me encontrava deitado na cama de Cameron, minha ficante. Até esse tempo minha vida era considerável razoável ou simplesmente uma farsa. Agora ela está uma lástima ou uma desgraça se preferir. Eu sempre tive o que eu quisesse na palma da minha mão, todas as mulheres do mundo se eu quisesse. Eu poderia escolher a dedo e todas elas vinham até mim. Eu tinha a qualquer hora do dia um bom sexo com qualquer uma, e no outro dia, eu simplesmente pagava o táxi e elas seguiam seu caminho sem ao menos um “bom dia”. Eu tinha o dinheiro que eu quisesse, e não, eu não roubava pra isso. Simplesmente era mimado por minha mãe. Eu frequentava festas todos os dias, sem hora para chegar em casa. E quando voltava era completamente bêbado. Minha mãe sempre vinha com toda paciência do mundo e cuidava de mim. Minha mãe me dava banho frio e o remédio capaz de curar minha dor de cabeça em segundos. Mães tem remédios milagrosos. Eu tinha os carros e motos mais caros do mundo, poderia escolher um para cada dia da semana ou para cada hora do dia. Podre de rico. Tinha os melhores amigos que alguém poderia ter. Sempre com alguma festa nova e uma nova vadia pra comer. Sempre dava festas muito movimentadas, me metia em encrencas que já me levaram a delegacia. Era o desgosto da família. Tinha dinheiro pra qualquer coisa, sempre banquei a bebedeira de todos os meus amigos. Sempre fui cobiçado pelas mulheres. Não vou negar, me sentia o galã por isso. Era o famoso “filhinho de papai”. Meu pai não parava em casa um só dia, trabalhando para manter o luxo do seu querido filho. Nunca me dei bem com ele, apenas com minha mãe. Só ela me dava a fiel atenção que merecemos receber do pais. Meu pai por trabalhar muito e não ficar em casa, mal falava comigo, não viu meu crescimento e hoje eu sou um revoltado com a vida. Eu tinha a vida que hoje muitos sonham em ter. É, eu tinha. Tudo acabou.

Tenho 19 anos e eu sei, não parece. Você tem essa idade e está no segundo ano do colegial? Sim. Festas, mulheres, bebedeiras e afins te levam ao fundo do posso, a ponto de você largar os estudos só para curtir a vida. Tipico pensamento adolescente. Minha vida virou de cabeça pra baixo há um ano atrás. Ou melhor, tudo acabou há um ano atrás.

Minha mãe faria uma pequena viajem até a casa de meus avós. Uma cidade vizinha. Ela tentou me levar, porém, não deu muito certo. Eu recusei. Então ela foi, saiu bem cedo de casa para poder voltar antes do jantar, para não me deixar sozinho. Ela sempre preocupada comigo. E o dia se seguiu assim, ela me ligou para avisar quando chegou e que horas voltaria, disse que meus avós mandaram um abraço e que estavam com saudades do seu menino. Eu sempre ria quando eles falavam isso, eu me sentia um pirralho. E quer saber? Eu queria voltar a ser esse pirralho.

Passaram algumas horas e nada de minha mãe chegar. Eu comecei a ficar preocupado não era comum dela chegar depois do horário marcado. Liguei em seu celular e nada dela atender, deu a hora do jantar e ela não estava lá comigo para brigar por eu estar comendo pouco. Eu estava ficando agoniado já, tentava falar com ela e nada. Algumas horas mais tarde, meu telefone toca, um número desconhecido. Ao atender recebo a pior notícia que eu poderia receber em toda a minha vida. Ela estava morta. Sofreu um acidente na divisa entre as cidades. Não conseguiu desviar de um caminhão que vinha em sua direção. Morreu na hora. Nem preciso dizer que meu mundo desabou naquela hora, certo? Eu me vi sem chão, sem vida, sem amor. Eu me vi sem mãe. Sem a única pessoa que eu já amei na vida. Sem a única pessoa que realmente me amou na vida. Eu me senti culpado por não ter ido com ela, talvez assim eu teria morrido em seu lugar. Salvaria a sua vida. Quando o telefone ficou mudo, sem forçar nada, as lágrimas já tomaram conta dos meus olhos. Eu custei a acreditar naquilo. Eu tentava fazer aquela dor parar, aquele buraco se preencher, mas nada adiantava. Isso soa até meio estranho para um garoto, mas, meu caro, quando se trata de sua mãe, lágrimas não são o suficiente para fazer a dor passar. Você acaba se esquecendo daquele negocio de “homens não choram”.

No dia seguinte, recebi meu pai em casa. Ele estava desolado, é claro. Nós iriamos ao enterro. Não nos falamos direito, poupamos palavras, sei que conversaríamos quando chegássemos em casa. No velório eu não cumprimentava ninguém, fiquei na minha, apenas encarando o caixão, tentando conter as lágrimas. Na hora em que era para começar a jogar a terra, meus familiares deixaram que eu jogasse o primeiro. Fiquei um bom tempo fitando a terra em minhas mãos. O que eu realmente queria era abrir aquele caixão e tentar acorda-la. Mas, não era possível. Com os olhos fechados eu joguei e me limitei a sussurrar um breve “sentirei sua falta, eternamente”. Logo depois veio os coveiros e fizeram o trabalho. Eu não fui para casa como os outros, eu fiquei ali, sentado ao lado do túmulo da minha mãe, olhando para o céu, a procura de uma resposta para tudo aquilo. Mas, infelizmente, não existe resposta para a morte. Simplesmente aconteceu e eu tinha que aceitar. Depois de horas chorando ali, eu resolvi voltar. Meu pai me esperava em casa.

Como eu não tinha condições financeiras para me cuidar sozinho e meu pai me achava um vagabundo, minha única opção era ir morar com ele, mesmo contra minha vontade. Meu pai é dono de uma das melhores escolas daqui e é o diretor dela também. Então você já pode imaginar o que aconteceu. Tive que juntar minhas coisas e vim morar na escola, além de estudar aqui, moro aqui também. Mas a parte de morar foi opção minha, eu não queria ter que dividir a mesma casa que meu pai todos os dias, já basta olhar para ele todos os dias.

Com o tempo as coisas foram mudando e hoje estou aqui, com a vida totalmente alterada. Nada de festas, nada de mulheres e bebidas. Nada de chegar tarde da noite bêbado e ter uma boa mãe para cuidar de mim. Nada de vida boa. Nada de “filhinho de papai”. Perdi tudo que eu tinha. Carros, motos, mulheres, festas, amigos. Todos me viraram as costas. Fiquei literalmente sozinho, desolado. Tive que me acostumar com a ausência da minha mãe e com minha nova vida. Conheci pessoas diferentes e tentei ao máximo seguir a vida sem que a morte dela me afetasse. Não tá dando certo, isso ainda me afeta, mesmo que tenha passado um ano. Eu sou um fraco e sempre me pego chorando sentindo sua falta. Fiz novos amigos e esses não chega nem aos pés da quantidade que eu tinha no passado. Dylan se tornou meu melhor amigo, ele sabe de toda a história. Só ele. Fred é o cara que está aqui sempre pra jogar uma conversa fora. Erin é a que eu não vou muito com a cara, converso só em respeito a Fred que gosta dela. Ela é até legal, nada contra.

Tento levar a vida do me jeito. Sou do time de futebol da escola e sou o pegador da escola. Na verdade só as líderes de torcida já passaram por mim, tenho um certo respeito com as outras garotas. Líderes de torcidas já são rodadas, não ligo muito em come-las. Cameron desde que nos conhecemos vem com uma história de que temos algo, só na cabeça dela. Não quero nada sério com pessoas assim. Na verdade eu não quero nada sério com ninguém.

Após a morte da minha mãe, sorrir se tornou mais difícil. Pode ser que as vezes eu esteja sorrindo, brincando, me “divertindo”. Mas isso tudo não passa de uma capa para proteger o que se passa por dentro. Meu pai, o diretor dessa escola, não está interferindo muito na minha vida nesses últimos dias, acho que ele sabe que eu preciso de tempo. Na verdade ele até anda meio estranho esses dias.

Há três semanas atrás, minha vida estava normal. A mesma tristeza, a mesma desgraça. E continuaria a mesma se meu pai não me desse a notícia de que eu teria que dividir o quarto com outro alguém, ou melhor, com outro garoto. Pode parecer egoísmo, mas eu não queria ter que dividir o quarto com ninguém, falei para meu pai que eu preferia muito bem ficar sozinho. Mas, como sempre, ele insistiu nisso. Tive que aceitar. Tentei ao máximo não ir para o quarto nesse dia, para não ter que encarar o ser que eu teria que dividir o comodo. Fique na cabana que tenho reservada na parte de trás da escola, até iria dormir lá, mas meu pai pediu para que eu voltasse e recebesse o garoto.

Fiz o que ele pediu. Voltei. Mas me arrependi plenamente. Quando bati na porta daquele banheiro pedindo pra entrar e aquele ser abriu a porta, senti algo que eu nunca senti antes. O encarar nos olhos era uma mistura de tortura com medo. Eu me sentia desprotegido, era como se ele conseguisse decifrar todos os meus segredos apenas me olhando nos olhos. Era estranho. Eu tratei logo de desviar o olhar e pedi para que saísse logo, precisava ficar sozinho. Eu não sou gay nem nada dessas paradas, nem nunca serei. Mas acho que você consegue me entender. Sabe quando você se apaixona? Não! Me recuso a pensar isso! Nunca me apaixonei e não vai sei agora que irei me apaixonar, ainda mais por um garoto. Mas eu vi coisas diferentes nele. Coisas que eu nunca vi em ninguém. Ele também esconde segredos. Eu sei. Pode ser coisas da minha cabeça, e talvez seja, mas suas feições são tão... delicadas. É como se ele fosse um vaso que você tem que cuidar muito bem para que não quebre. Eu sei, estou parecendo um gay, admito. Mas eu não sei de onde surgiu isso tudo, e espero realmente que isso não vire paixão. Até porque seria estranho, né?! O machão da escola virando gay, assim, do nada.

Para tentar afastar esse tipo de pensamento, eu me afastei por uns dias. Fiquei uns dias na cabana, sem ir as aulas e sem aparecer naquele dormitório. Eu precisava reformular meus pensamentos. Até que foi bom eu ficar longe por uns dias, digamos que eu voltei ao “normal”. Mas do que adianta isso? Logo eu o veria novamente. O que mais fiz nesses dias foi ficar encarando o céu de uma noite fria, pensando em como seria se minha mãe estivesse ali comigo, como minha vida estaria agora. Provavelmente nada disso estaria acontecendo e tenho certeza que esse vazio que tenho aqui no peito não estaria aqui agora.

Depois de uns dias, eu resolvi me aproximar mais da galera, conhecer melhor o tal de John. E posso dizer que apesar do medo que eu sentia de me aproximar dele, ele se tornou um amigo. O cara é legal. Bem estranho, mas legal. Dá umas crises bem gays às vezes, o que me leva a dar risadas que eu não dava a séculos. Eu me sinto bem perto dele, posso ser eu mesmo que ele não liga muito para isso. Tô desconfiando que ele seja gay. Sei lá, certas atitudes dele são bem estranhas. E que papo é aquele de colecionar calcinhas? Tô falando que ele é estranho. Estranho de um jeito bom. Não, eu não sou gay, e não, não estou virando um. Eu só... percebo algo diferente nele, algo que eu não consigo decifrar assim tão rápido. Além de me sentir bem com o cara, eu percebo que de alguma maneira, eu posso contar com ele. Como se eu pudesse contar tudo pra ele. Isso é estranho, devo admitir. Aliás, eu estou bem estranho nesses últimos dias.

Quando ele me contou que ficaria o final de semana fora, eu não sei porque diabos isso, mas aquela notícia que ele me deu foi como receber a notícia da morte de minha mãe. Eu sentia que estava perdendo alguém especial. Gay. Só tenho isso a dizer. No outro dia, eu fui na sala de meu pai, justamente para me despedir dele, mas eu não poderia demostrar isso. Nunca. Então apenas fingi que fui lá para conversar com o diretor. Depois que ele saiu pela porta com os pais, meu pai me encarou com uma sobrancelha erguida. Cara desconfiada. Saiu logo perguntando se eu estava com sentimentos novos ou estranhos e disse que me apoiaria sempre, independentemente da escolha que eu fizesse. Tradução: ele disse que se eu fosse gay me aceitaria e dane-se se eu desse meu rabo. Que tipo de pai fala assim com o filho? Claro, o meu. Eu apenas revirei os olhos e disse que ele estava viajando demais. Ele apenas me encarou com uma cara divertida.

Por ele não ter mandado nenhuma notícia, eu resolvi perguntar. Não custava nada mesmo. Mandei mensagens e eu pensei que ele não responderia. Pensei errado, ele respondeu. Me disse que eu estou parecendo muito gay e que era para eu ir atrás de Cameron. E quer saber? Foi o que eu fiz. Eu precisava tirar tudo isso que estava acontecendo comigo da minha mente, e nada melhor do que comer uma qualquer por aí.

Na segunda-feira ele estava de volta, e bom, muito estranho. Estava triste? E porque eu andei percebendo nele mesmo? Porque eu sou um gay. Mentira, porque ele é meu amigo e me preocupo com ele. Mas meu orgulho foi maior e eu não fui atrás dele para perguntar nada, deixei rolar. Eu também não estava bem, tinha resolvido que iria de uma vez por todas esquecer tudo o que havia acontecido. E para começar eu teria que agir com indiferença com ele. Não queria nutrir nada relacionado a ele dentro de mim, mesmo que esse garoto me faça bem de alguma forma.

No mesmo dia marcamos de concluir o trabalho de química que começamos. No mesmo lugar, no mesmo horário. Eu cheguei bem atrasado lá, de proposito. Não queria encarar ele tão cedo. Quando cheguei na biblioteca ele já veio com mais um de seus comentários bestas que me fazia rir. Por mais triste que meu dia esteja, estar com ele me alegrava, e foi isso que ele fez. Deixou uma parte de minha segunda-feira mais alegre, ou melhor, mais gay. Mais colorida. Mas eu ainda tenho que tirar tudo isso da minha mente, eu estou ficando louco. Eu não me reconheço mais. Não sou o mesmo Ryan. Eu não posso estar gostando de um garoto que tem feições delicadas, não mesmo. Não posso estar “virando” gay.

Mas...

Eu estou tão confuso! Quero minha mãe aqui comigo. Eu queria poder sumir e nunca mais voltar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ESTÃO CHORANDO? AI MDS! DDDD: esse capítulo tá meio "corto os pulsos". Se vc chorou, TAMO JUNTO, se não. Vemk e me abraça! UAHSUAS
Então Allask, viu q oq tu falou do Ryan ser filho do diretor é vdd? Psé, vc acertou AUSHAUS
Oq acharam do Ryan? Era assim q vcs imaginavam o mistério dele? e.e
Bom, é isso...
Mereço reviews? '-' Ah, leitoras fantasmas, apareçam, por favor D:
1bj e chega de choro, vamos rir UHSUAHS
'-'



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Heart Never Lies" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.