Meu Querido Chefe escrita por Callie Adraude


Capítulo 17
Dezessete


Notas iniciais do capítulo

Oi. sei que agora é ainda é quinta feira mas não me aguentei. Quero muito que vocês leem este capitulo.
Quero muito agradecer a recomendação da Dori, muito linda. Muito obrigada Dori, espero que o John e a Claire continuem te agradando.
Boa leitura.



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– O que faz aqui Fred? Perseguindo-me? – pergunto com frieza.

Estava vestindo um terno azul escuro impecável sem gravata. Seus olhos cinza estavam muito penetrantes, porém não me davam aquele calor e aquele conforto que antes eu sacrificava-me para ter por perto. Não tinham nada além de uma alegria que eu não queria que ele compartilha-se comigo.

– Não, jamais. Só que sei o seu gosto Claire. – pegando o meu suco de laranja e dando um gole. – Você está linda.

– Serio? – pergunto com desdém.

– Serio. – ele finge que não ouviu o modo como falei. – Milagre você não está acompanhada pelo Smith. Vocês só andam juntos, o que me incomoda muito.

– Com quem ando ou deixo de andar não é da sua conta.

– Eu me preocupo com você.

– Isso é uma baita de uma mentira.

– Não é. – insiste.

– O que você quer Fred? – suspiro.

– Eu quero você de volta.

Comecei a rir de seu comentário. Até parece que vou voltar a namorar ele depois de tudo. Fred não raciocinava direito. Ele com certeza tinha algum tipo de problema. Ele parecia confiante e eu faria de tudo para mudar isto.

– Você não vai ter uma segunda chance, pode esquecer que eu existi na sua vida.

– Por que não?

– Não acredito que você me perguntou isso.

– Claire, sei que fui um canalha com você. – franzo a sobrancelha para ele. – Mas eu sinto falta de nós.

– Nunca existiu um nós Fred. – digo soando o mais fria que conseguia ser. – Você escolheu seu rumo e eu o meu. Seja feliz.

Aponto para a saída do restaurante para fazê-lo entender que aquela conversa estava acabada. Fred apenas chamou o garçom e fez seu pedido. O fuzilei com os olhos, entretanto voltei a comer. Não lhe darei atenção para um assunto que estava encerrado há muito tempo. Muito tempo mesmo.

– Fiquei sabendo do apartamento do John. – tenta puxar assunto. – Ele está bem?

– Desde quando você se importa com o John. Na época que nós namorávamos você insistia para que eu me demitisse.

– Eu não gostava da forma como ele te olhava.

Era só o que me faltava. Não posso arrancar os olhos de alguém só por que não quero que me olhem. Se fosse isso teria nascido invisível. Dou de ombros e continuo comendo o meu almoço. Ainda teria que ir para a agencia para trabalhar.

– Você ainda pensa em nós?

– Não.

– Está apaixonada por outro?

Senti medo e angustia no tom da sua voz, mesmo assim aquilo não me abalou. Não me abalaria. Eu sentia alguma coisa boa sim dentro de mim, contudo não sabia o que era. Não tinha a menor ideia do que fosse. Sabia que era uma coisa boa e feliz. Delirante na verdade.

– Não.

Respondi no tom mais baixo que pude dizer. Essa resposta saiu apulso de mim, como se estivesse sendo rejeitada pelo meu corpo. Não aceitando aquela simples palavra de três letras. Isso não acontece constantemente comigo, a não ser pelas confusões do trabalho.

Fred ainda continuava com os olhos grudados em minha pessoa, o que é um pouco constrangedor. Eu não queria aquele tipo de conversa, principalmente com ele que não fazia mais parte da minha vida há quase dois anos.

Chamo a atenção do garçom pedindo a conta. Não queria mais almoçar de frente para Fred. Não quero mais nenhum tipo de intimidade com ele. Nem mesmo em um bilhão de anos.

– Pode deixar que eu pago.

– Então está bem.

– E Claire, - olho em seus olhos – Não irei desistir.

Levantei-me rapidamente para sair daquele lugar. Não dei a mínima para os protestos de Fred me chamando. Saí do restaurante correndo. Precisava pensar. Pensar até demais. Chego a agencia e vejo Stephanie na recepção. Dou um breve aceno para ela e subo diretamente para o escritório de John. Fugi de todos e de tudo me trancando naquele cubículo formidável.

Vou até a cadeira de John e me sento nela. O ambiente tinha o seu cheiro. Um cheiro maravilhoso do seu perfume preferido. Aquela fragrância era inesquecível para as minhas narinas. Mas que merda! No que estou pensando. Tenho que me concentrar no trabalho e não na pessoa que faz parte do trabalho.

Preparo todo o trabalho para a semana que vem. Nem se teremos tempo para resolver aqueles casos com uma bomba prestes a explodir nas mãos. Compro as passagens de avião reservando lugares na primeira classe, para partir às uma da tarde para chegar ao final da tarde em Nova Iorque.

Falando na festa, não tinha nada para usar. Teria que recorrer a minha fada madrinha para me ajudar, Demitri. Teríamos que ir as compras urgentemente. Principalmente John que não tinha roupa nenhuma já que seu guarda roupa foi engolido por chamas. Termino tudo no final da tarde, umas cinco horas, tempo de expediente esgotado.

Volto para casa exausta. Precisava de um banho de banheira com espumas. Bastante espuma. Tiro as chaves da bolsa preparada para abrir a porta quando a vejo já está aberta. Estranhando um pouco entrei em casa receosa. Escuto uma conversa entre pessoas. Reconheço a voz de supetão. Demitri e Ryan discutiam sobre como ajeitar a mesa de jantar. Porra, isso aqui está se tornando a casa da mãe Joana.

– Boa noite, Claire Gostosa McAdams. – Demitri cumprimenta ao me ver.

– O que estão fazendo aqui?

– Um jantar maravilhoso para você e seu hospede.

– E o Gregory?

– Falei com ele e pedi para que pedisse alguma coisa para o meu apartamento.

Demitri sai cantarolando para a cozinha. Volta para a sala de jantar com uma vasilha que continha salada de batatas cozidas. O cheiro está tão ótimo o que me dá agua na boca. Aproximo-me da mesa de jantar prestes a sentar minha bunda quando Ryan me interrompe no meio do ato.

– Você não pode se sentar agora.

– E por que não? – não estava entendendo nada.

– Isso é muito estranho. Ou uma coincidência. – Demitri parecia refletir – Ou uma coincidência muito estranha. Ou uma estranha coincidência.

– Quer desembuchar logo Demitri. – gritei.

– Acho melhor você verificar os recados do seu telefone.

Tá, eu não tenho a menor ideia do que ele está falando. Quase ninguém liga para minha casa por que sabe que eu mal vivo nela. Olhei para os dois para ter certeza se aquilo era verdade. E minha decepção tomou conta do meu rosto. Sempre que alguém deixava recado era para falar alguma merda. Não estava a fim de ouvir besteiras logo agora que o meu gritava por descanso.

Bufei indo para a sala de estar. Aperto no botão para revelar meus recados do dia jogando o corpo no meu sofá. Demitri e Ryan se juntam a mim sentando um de cada lado. Sou recebida pela voz da telefonista avisando que tenho cinco novos recados. Assusto-me quando ouço a voz da pessoa quem fala.

– Oi Claire. Aqui é o Keenus. Sei que nos falamos há pouco tempo, mas você foi à primeira advogada que veio a minha mente. Você poderia me buscar na rua #######. Preciso que você venha, digamos assim, me libertar. Tenho que desligar, por favor, se você ouviu isso atenda meu pedido.

Fiquei sem reação aquele recado. Keenus me ligando para tira-lo de algum lugar. Eu nunca estive nessa rua. Não vou saber como chegar lá sem um mapa ou um guia. Suspiro esperando o próximo recado. Meu sangue corre pelas veias aceleradamente quando ouço a voz de Fred no telefone.

– Claire. Eu devia adivinhar que você não estaria em casa. Seu chefe é um pilantra que sempre manda você trabalhar quando está se divertindo. Sei que o nosso almoço foi uma merda hoje, mas eu queria me redimir a você. Estou disposto a tudo para ter uma segunda chance com você. Espera aí, já estou terminando. – ele parecia pedir para alguém que insistia que ele desligasse – Você pode vir me buscar na rua #######. Juro que não vou te pedir mais nada além de voltar para mim.

Fico lívida pelo seu tom de voz. Agora entendo o drama que Demitri disse. Isso era muito estranho. Keenus e Fred em um mesmo lugar. Nunca pensei nesta possibilidade. Faço uma cara de nojo quando ouço a voz do terceiro recado. Não podia ser possível.

– Claire. Sou eu Kyle. Nunca te liguei antes, mas sei que você é competente e vai saber lidar com a situação em que estou. Se você puder vier me resgatar estarei na rua #######. Ficarei muito grato.

Que merda era aquela? O que tava acontecendo hoje. Encontro dos homens que conheço num mesmo lugar. Seria algum tipo de grupo ou fraternidade secreta. Levanto-me do sofá em um salto quando ouço a voz de quem menos esperava. Sinto meu coração se acelerar instantaneamente. O que ele estava fazendo ali? O que tinha acontecido?

– Eu nem sei por onde começar Claire. Meti-me em uma roubada e como você além de ser minha secretaria e assistente também é a minha advogada, queria que você viesse me buscar. Estou na rua #######. Isso é meio cômico, nunca pediria para você vir em um lugar desses, mas preciso de você. Eu... Eu... – ele parece estar pensando no que falar. – estarei te esperando.

Meu coração gela na mesma hora. Isso só podia ser algum tipo de pegadinha. Não tinha como esses quatro homens estarem no mesmo ligar. Quais as chances remotamente para isto acontecer? Nenhuma. Bem, nenhuma não, por que aconteceu e de um jeito bem estranho.

– Hã... Oi Claire. Aqui é o Gregory. Sei que pode parecer uma surpresa eu estar te ligando agora e principalmente para pedir uma coisa, e não é por mim, é pelo John. Ele e uns amigos seus ou dele, não sei ao certo, se meteram em uma confusão e só você pode tira-los dessa. Estão na rua #######. Estarão te esperando. Tchau.

– Eu falei que era estranho.

Demitri estava certo. Porém o mais estranho é o Gregory não está entre eles. Será que foi ele que aprontou isto e agora se arrependeu? Não faz nenhum sentido. Meu Deus, nenhuma coisa na minha vida faz sentido. Eu nem tenho mais um carro para ir busca-los nessa rua que eu nem sei onde fica.

– Demitri?

– Oi.

– Sabe onde fica essa rua?

– Sei. Eu vou com você para irmos no meu carro. – ele levanta do sofá e vai saindo porta a fora.

– Eu vou ficar aqui para terminar o jantar. – Ryan se levanta e volta para a cozinha.

Saio de casa indo para a garagem encontrando Demitri em seu retardado fusca preto. Sento no banco passageiro enquanto Demitri dá a partida. Aqueles cinco sozinhos já dão uma dor de cabeça imagina todos juntos. Nada legal. Não dá nada de bom. Vou matar todos eles. Além de ir busca-los terei que ir naquela gerigonça que Demitri chamava de carro.


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Notas finais do capítulo

E aí, em qual confusão vocês acham que o John se meteu desta vez?