Meu Querido Chefe escrita por Callie Adraude


Capítulo 13
Treze


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas lindas. Sei que demorei, me desculpem é que tenho outras fics para administrar e fica meio complicado, mas não se preocupem não vou me esquecer desta. Como sempre desejo boas vindas a Little Monster, Sophie Gray, Julinha somehalder, Sarah Malfoy e Biih Blanco Pasquarelli. Espero que continuem comigo. Eu sinceramente achei este capitulo meio chato então quero saber a opinião de vocês nos comentários. Boa Leitura.



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– Você quer o que? – Beth perguntou não entendendo.

Estávamos do lado de fora da casa. Beth disse que prefere fazer compras sem precisar de carros para chegar ao lugar assim apreciamos mais as roupas a serem compradas. Não que eu me importe com isso, desta vez estava calçada em vez de descalça para pisar em outro caco de vidro. Calçava um all star preto que foi da irmã mais nova de John.

Falei para Beth onde queria ir e expliquei tão depressa que acho que ela não entendeu. Puxei seu braço para irmos caminhando pelo caminho que me lembrava.

– Bem, eu e o John fomos sequestrados. – Ela fez uma cara de horror e acenou com a cabeça para que eu pudesse continuar – Acabamos caindo em uma lata de lixo. John sabe quem são os sequestradores e não quer me contar.

– Ele não vai contar.

– Como a senhora pode ter tanta certeza?

– Por que é um jeito dele de proteger as pessoas que são importantes para ele.

Por essa eu não esperava. Continuo andando sem ter o que falar. Beth pode estar falando isso, mas as únicas pessoas que John se importa fazem parte da sua família. Não estou entre elas então não sei se essas palavras são verdadeiras.

– Voltando ao sequestro. Eu queria voltar para onde nós estávamos presos e descobrir tudo. – Digo dando um sorriso de imploração.

– John não vai gostar disso.

– Eu sei, mas preciso saber. Não quero morrer de curiosidade.

– Está bem, querida. – diz dando tapinhas em meu braço.

– A senhora pode ir fazendo compras enquanto vou investigar.

– De jeito nenhum – grita me assustando – Vou com você, quero participar pelo menos um dia da vida do meu filho.

– Tem certeza? – pergunto com certa incerteza de leva-la.

– Claro vamos.

Dou de ombros. Não iria impedir de Beth me acompanhar. Parece que essa família gosta do perigo. Walter também deve gostar de uma vida agitada, dono de um hospital deve ajudar pessoas ao máximo. Andamos todo o caminho conversando sobre o sequestro. Expliquei onde fomos sequestrados, no entanto não disse como fomos parar lá. Tinha que manter sigilo sobre o caso do Sr. Foster. Falei o que fiz com um dos sequestradores e falei como resgatei John e saímos daquele lugar.

Quando entramos na rua certa avistei o prédio velho. Tinha apenas cinco andares e caia aos pedaços. Não mudou nada nas ultimas horas. Claro, como um uma rua iria mudar em horas. Só com uma explosão sendo assim estaria tudo em cinzas e fumaça. E isso não aconteceu, ainda bem por que assim eu vou consegui as informações.

Andamos até o prédio. Ficamos paradas na entrada. Não sabia se tinha campainha ou interfone e se tinha se era para tocar ou chamar. Teria que bater na porta, mas quando pensei nisso Beth me surpreende batendo na porta de ferro com bastante forte. Praticamente socava a porta. Segurei seu braço para que ela parasse com aquilo lhe dando um olhar que dizia que já era o suficiente.

– Será que ouviram? – sussurrou para mim.

– Espero que sim. – respondo – Se não ouviram nós batemos novamente.

Esperamos um pouco até ouvirmos a porta sendo destrancada. Não estava nervosa nos minutos anteriores, entretanto bateu um friozinho na barriga. Não era hora para ter nervosismo, chegou aqui tem que continuar. A porta finalmente abriu mostrando a pessoa que não queria ver novamente. O cara que acabei dando uma cabeçada para me soltar. Beth enrolou seu braço ao meu apertando com certa força.

Engoli em seco perdendo a voz. O cara me olhou com olhos mortais, seria capaz de ter enxergado faíscas saindo de seus olhos. Seus olhos pretos saiam faíscas de fúria. Dei um passo involuntário para trás sendo seguida por Beth. Parece que o medo se apoderou dela também.

– O que você faz aqui? – o homem perguntou com uma voz nada amigável.

– Que-quero fa-falar com o seu che-chefe. – Digo querendo me matar por ter gaguejado tão vergonhosamente.

Ele me observa atentamente como se estudasse a minha intenção e movimentos. Depois do que pareceu uma eternidade ele saí do caminho dando espaço para que pudéssemos entrar. Entro no prédio puxando Beth para ficar em meu encalço. Se desse alguma coisa errada tinha que dar um jeito de fugir daqui novamente. O cheiro de mofo entra nas minhas narinas como um flash. Torço um pouco um nariz com o odor.

O homem fecha a porta atrás de nós e passa a nossa frente para nos guiar. O lugar era escuro, um enorme breu. Só havia uma lâmpada em cada lance de escada, mas em compensação era fraquíssima. Subimos as escadas seguindo o homem ao que parecia ser o ultimo andar. Entramos em um corredor que reconheci de imediato. Inclusive a tampa que era o tubo que levava para a caçamba de lixo.

O capanga abriu uma das portas e colocou a cabeça para dentro para anunciar-nos. Ouvi-o dizendo “A garota que fugiu com o John está aqui senhor”. Sequestram a pessoa e nem sabem o nome. Que bando de sequestradores incompetentes. Ele dá o sinal para que entrássemos na sala e nos dá espaço.

Entro no recinto puxando Beth pela mão. A sala continuava do mesmo jeito. Vi os cacos de vidro no chão, a sala mal iluminada, a mesa com tudo sob ela bagunçado. O sequestrador estava sentado na cadeira atrás da mesa. Ele se levanta e vem andando devagar em minha direção.

– Voltou por saudades? – perguntou com um sorriso sínico. Quando se aproximou pude ver seus olhos âmbar em contentamento.

– Olha aqui, eu não criei síndrome de Estocolmo. – falei colocando as coisas em esclarecimento.

– Gregory? – Beth disse de repente. Virei à cabeça para ela sem entender.

– Sim. – O sequestrador respondeu. – Espera aí como essa senhora sabe o meu nome?

– Oh é você mesmo. – Beth agora dava pulinhos de alegria e eu continuava boiando. – Sou eu, Elizabeth Smith.

– Sra. Smith. – Gregory falou eufórico correndo para abraçar Beth.

– Parou, parou, parou – digo separando os dois. – Eu não estou entendendo porra nenhuma.

– Desculpe Claire, esse é Gregory um amigo de infância do John.

Está bem, por essa eu não esperava. Amigo de infância, que merda é essa? Se eles são amigos de infância por que nos sequestrou? Se John conhece esse cara por que nunca ouvir John comentar sobre ele. Deve estar brigados e esse Gregory se irritou com a situação. Apesar de que arrebentar John daquele jeito não mudaria a situação.

Analiso o tal Gregory. Ele não tinha cara de bandido ou um assassino em serie. Ainda não entendia por que nos sequestrou, todavia arrisquei para estar aqui para saber. Beth vai para o sofá e se senta. É bom saber que ela estava relaxada, mas não podia aceitar que confiava tanto nesse sujeito.

– Gregory você sequestrou o John e a Claire? – Beth perguntou.

– Não. – respondeu.

– Não estou entendendo. – Digo tentando reformular a questão. – Se não nos sequestrou então o que fez?

– Eu resgatei vocês. – exclama se sentando no sofá ao lado de Beth.

– Cara você está complicando as coisas.

– Isso é verdade. – Beth concordou.

– Quer explicar, por favor. – pedi.

Gregory suspirou profundamente e se acomodou mais um pouco no sofá. Pego a cadeira que há horas atrás estava atada a ela. Sento-me esperando pela história esclarecedora. Se esse cara nos resgatou quem nos sequestrou está à solta. E o pior de tudo, não faço a mínima ideia de quem seja.

– Bem, faz pouco tempo que saí da condicional...

– Espera aí – digo dando sinal com as mãos – Você esteve preso?

– Sim Claire – respondeu Beth – É por isso que John não fala com o Gregory.

– Então você é um fora da lei. – Ai meu Deus, estamos lhe dando com um assassino em serie.

– Não eu sou inocente, e vou provar isso.

– Para que provar isso você já foi solto – paro de falar percebendo tudo. – Você fugiu?

– Sim – disse olhando para a parede – Não quero passar mais dez anos na cadeia. Tenho que provar a minha inocência.

– O que você fez para ser preso? – pergunto.

– Eu não fiz. – Diz seco virando para olhar nos meus olhos.

– Tá bem, desculpe. – exclamo sendo sincera.

– Como eu disse, fugi da cadeia para provar a minha inocência. Estava prestes a pegar um avião a caminho de Los Angeles para pedir ajuda ao John. Sei que ele é esperto para descobrir coisas inusitadas e sabia que não seria fácil de convencê-lo, mas tentaria. Pegaria um avião clandestinamente quando vi um jatinho pousando na pista do aeroporto. Foi estranho quando vi carros parando na frente do jatinho e homens de terno carregando o John com um sapato faltando e uma mulher seminua.

– Se você nos viu como é que outras pessoas não nos viram?

– Era madrugada quando o jatinho pousou na pista do aeroporto e estava escuro pra caramba. Eles colocaram vocês nos carros e zarpou dali.

– Como você conseguiu-nos “resgatar”? – demonstro aspas com as mãos no ar.

– Não resgatei.

– Então o que você fez? – Beth perguntou, parecia interessada na conversa.

– Chamei uns conhecidos meus para ajudar enquanto seguia os carros. Eles trouxeram vocês para este prédio, quando meus conhecidos chegaram fizemos uma limpeza aqui.

– O que você quer dizer com limpeza? – Não sei por que perguntei isso já tendo a ideia do que era, mas queria ouvir mesmo assim.

– Matando todos. – respondeu com a voz sofrida. – Entrei encontrando John naquele estado e você amarrada aqui.

Ele ainda diz que é inocente, mas tenho que admitir que ele o fizesse para salvar John. Tem coisas que não estão se encaixando. Ele chamou John de merdinha e disse que iria mata-lo. Essa historia de matei seu sequestrador não está me entrando. Levantei-me e fiquei andando de um lado para o outro. Gregory e John devem ter sido grandes amigos no passado para que Beth se sentisse tão à vontade com esse cara.

– Aqui tem alguma bebida? – paro de andar perguntando para Gregory.

– Dentro do armário. – aponta para o armário atrás da mesa.

Vou em direção ao armário abrindo a porta encontrando vários tipos de bebidas. Pego a garrafa de vodca abrindo-a e bebendo do gargalo sem me importar com os bons modos. Precisava encher a cara para entender aquela situação. Sei que se John descobrir que bebi me mataria, sempre disse que eu era fraca em relação a álcool. Não podia fazer nada, o momento disse que eu precisava beber.

Volto para a cadeira com a garrafa na mão. Beth faz um sinal com as mãos pedindo a garrafa. Dou-lhe sem pestanejar e ela pega dando um grande gole. Pego a garrafa de volta e bebo o liquido novamente. Gregory ri da nossa reação e não dou à mínima.

– Se você nos resgatou por que chamou o John de merdinha? – pergunto dando mais um gole na garrafa e passando para Beth.

– Quando éramos pequenos sempre tivemos esses apelidos “carinhosos”.

– Tô por visto os outros apelidos. – resmungo. Beth e eu estávamos acabando com a vodca que já se encontrava na metade da garrafa. O resultado amanhã de manhã não será legal – Bem não confio muito em você, mas você nos salvou. O que aconteceu para você ser preso?

– Eu trabalhava para um homem muito importante e basicamente cheio da grana. Eu era seu braço direito na empresa, ajudava-o em tudo. Como tudo que é bom dura pouco fui acusado de estar roubando a empresa. Sabe o que mais me irritou nessa historia toda? – perguntou e providenciou de continuar quando viu que nós só ouvíamos e bebíamos – Que o miserável do Forbes não fez nada para mudar a situação.

Parei quando ouvi aquele nome. Meus neurônios não estão muito legais, mas tenho certeza que ele disse Forbes.

– Calma aí. Você disse Forbes?

– Sim. Por quê?

– Nada. Pode continuar. – digo bebendo o que não podia.

– Em um belo dia, entrei na empresa para trabalhar e fui surpreendido pela policia. Disseram inclusive que eu assassinei alguém. – seus olhos lacrimejaram um pouco. Sabia que ele estava se segurando para não chorar na nossa frente – No julgamento eu nem sabia do que eles estavam falando, todavia todas as provas apontavam para o réu que era eu.

– Você pegou quantos anos? – pergunto já enrolando a língua.

– Trinta. – disse olhando para o chão.

Fiquei em silencio. Não tinha o que falar. Pelo visto ele é inocente e foi preso por um crime que não cometeu. A única coisa que tenho a fazer é ajudar e eu o ajudaria. Tinha que fazer o John a fazer o mesmo. Só que, não precisa disso. O caso da traição com certeza vai nos levar a esse fato.

– Eu vou te ajudar. – falo decidida.

– Idem. – Beth grita. Não deveria ter a deixado beber.

– John não vai gostar disso. – Gregory exclama olhando seriamente para mim.

– Ele que se dane – falo com dificuldade.

– Ele que se dane. – Beth grita e cai na gargalhada logo em seguida.

– Vá para Los Angeles e eu posso te ajudar melhor lá. Convenço John e tudo está acertado.

– Você consegue convence-lo? – perguntou com duvida.

– Tenho meus truques. – sorrio tomando o ultimo gole da garrafa.

– Agora sei por que John é apaixonado por você.

– Que história é essa? – pergunto franzindo a testa.

– Ele chamava por você enquanto estava desacordado.

De todas as coisas que eu poderia ter dito ou feito diante daquela revelação fiz o que para mim é inusitado. Rir. Soltei uma gargalhada estrondosa sendo acompanhada por Beth que acho que não tinha mais noção do que nós conversávamos. Rir até minha barriga começar a doer e tentei me recompor. Gregory me olhava com o rosto confuso sem entender a minha reação.

– Voltando ao assunto principal. – digo mordendo o lábio para não rir. – Eu vou te ajudar.

– Acho que está na hora de vocês irem. – Gregory se levanta ajudando Beth a fazer o mesmo. A coitada ainda continuava rindo. – Vamos levo vocês até a porta.

– Espera. – corro para o armário e pego outra garrafa de vodca.

– Não, vocês beberam demais. – Gregory corre em minha direção tentando tirar a garrafa da minha mão.

– Não digo eu. – seguro a garrafa atrás do corpo – Se você tirar isso de mim faço a sua caveira com o John.

– Que chantagista. – exclama espantado.

– Agora sinta o que John sofre.

Corro até Beth que dá um gritinho de alegria pegando a garrafa da minha mão. Íamos fazer a festa hoje. Saímos do prédio com Gregory nos acompanhando. Ele disse que daria um jeito de ir para Los Angeles hoje mesmo. Com muita dificuldade dei o meu endereço e telefone e disse que esperaria noticias suas.

O céu estava claro, mas deveria ser fim de tarde. Passamos a tarde toda ali e eu nem havia notado. John deve achar que nós estouramos os cartões de créditos.

– Vocês conseguem voltar para casa? – perguntou preocupado segurando a porta enquanto estávamos do lado de fora.

– Sim – gritamos juntas.

– Tem certeza? – ele não estava acreditando. Bem, inclusive eu não acreditaria em duas bêbadas doidonas.

– Bsoluta. – gritamos novamente caindo na gargalhada logo depois.

Ele nos olhou desconfiado, mas acenou com a cabeça fechando a porta. Saímos rua adentro bebendo a outra garrafa. Cantávamos abraçadas enquanto pessoas riam e nos chamavam de doidas. Riamos de todos e de tudo. Minha cabeça não era a mesma e isso é ruim. Não tinha certeza se aquela era rua certa para voltar à casa dos Smiths, só sei que seguia Beth. Ou ela me seguia. Tanto faz. Tropeçamos na rua e acabamos caindo. Arranhamos um pouco o joelho. Quando vi aquilo vermelho morri de rir. Incrível como a dor não incomodava.

Avistei de longe a casa e seguimos em direção a ela. A casa de três andares estava um tanto silenciosa. Não queria entrar e encontrar um John super furioso quando souber que bebi até cair e levei sua mãe junto. Tenho que esclarecer que não fui eu a influenciei, Beth bebeu por que quis. Levantei a cabeça para ver a casa por inteiro.

– Uau – exclamei encantada.

– O que é isso? – Beth perguntou rindo apontando para a escada.

– Eu não sei. – respondo tentando subir a escada caindo em seguida – Não me empurra. – reclamo com Beth.

Sentei no segundo degrau sendo imitada por Beth. Tomamos o resto da garrafa ali mesmo. Rindo e conversando. Mais rindo do que conversando por que uma dizia uma palavra à outra ria e isso nunca terminava uma frase. Pela primeira vez na vida em anos não tinha me embebedado tanto quanto agora. Uma vez eu tentei, porém John jogou tudo fora e ainda ficou me vigiando para que não fizesse mais.

– O que vocês estão fazendo aqui? – falando no diabo.

– John. – gritamos levantando os braços em saudação.

– Meu Deus – exclamou olhando para nós sem acreditar – Pai. – gritou.

Beth e eu olhamos uma para a outra e caímos na gargalhada. Sinceramente acho que vou ter raiva mais tarde de tanto estar rindo agora. Walter apareceu na porta e ficou abasbacado com a nossa situação. Seus lábios se abriram em um sorriso e os dois indivíduos desceram os degraus da escada. Walter ajudava Beth enquanto John me socorria.

– Você perdeu o limite da razão, Claire. – resmungou enquanto envolvia meus braços em seu pescoço e me ajudava a levantar. – Sabe que é fraca pra bebida e mesmo assim bebe.

– Precisava reformular as ideias. – digo tentando ficar de pé.

– Como vamos pegar o avião com você desse jeito?

– Yes. Vamos andar de avião. – grito.

– Não se anda de avião Claire. Voa de avião.

– Mas se pode andar dentro do avião. – faço a lógica.

– Não vou discutir com você neste estado. Fica aqui está bem? – pergunta me deixando encostada no corrimão da escada. Acenei com a cabeça mordendo o lábio inferior para não rir do cabelo bagunçado de John. Parecia um ninho de cobra. – Quer parar de rir.

– Claire, - Beth gritou do topo da escada com Walter lhe ajudando a ficar de pé.

– Venha para o meu aniversario. – Walter pediu tentando colocar Beth para dentro de casa - Será no sábado, o John irá lhe trazer. Não é John?

– Tá, tá. Eu venho com ela. – retruca olhando para a rua.

– Festa. – gritei levantando os braços.

– Yes. – Beth gritou de volta sendo arrastada pelo Sr. Smith para dentro de casa.

– Fudeu, agora mais essa. – John reclama enquanto um taxi para ao nosso lado. – Vamos pra casa.

– Serio? – pergunto entrando no taxi.

– Serio. – diz entrando no taxi também. – Aeroporto, por favor. – fala para o taxista.

– John. – sussurro para ele que se aproxima para ouvir. – Você é estranho e idiota. Já te disse isso?

– Você me diz isso todo dia, Claire. – responde sem ânimo.

– Você tá todo errado. – resmungo jogando a cabeça para trás.

– Vocês foram para algum bar?

– Ah... Não. – falo com cara de idiota.

– Compraram quantas garrafas?

– Ah... Não.

– O que?

– Ah... Não.

– Pode, por favor, responder as minhas perguntas? – sinto o estresse na sua voz.

– Ah... Não.

– Você é uma idiota. – xinga-me.

– Não fala assim comigo. – peço com a voz chorosa.

– Claire, não chore. – pede desesperado – Não vou te xingar mais.

– Otário – digo rindo logo em seguida.

John fecha a cara e vira a cabeça para a janela. Continuo rindo e cantarolando alguma musica que nem lembro qual foi. Gostava de ver John zangado, suas expressões ficavam engraçadas. Chegamos ao aeroporto e John pagou o taxista. Ele segurou meu braço e entramos no aeroporto. John soltou meu braço para procurar alguma coisa no bolso da bermuda. De primeira vi aquela maquina onde se coloca as malas para o chek-in. Sempre quis passar por ali para ver como uma ala se sentia.

Vou andando até lá quando sinto alguém pegando meu braço.

– Onde pensa que vai? – John pergunta com a testa franzida.

– Passar pela maquina. – respondo.

– Não precisamos – diz me puxando para o outro lado onde tinha um portão de embarque.

Como não tinha pensado nisto. Um jatinho particular. Que ridículo. Entramos e sentei-me na primeira poltrona que meus olhos negros viram. O sono e o cansaço tomou conta de mim, entretanto não queria dormir. Viro a cabeça e vejo uma sombra correndo na pista. Estranho. Juraria que aquele era o Gregory. Olho mais uma vez para ver se o identifico, porém não tem nenhuma sombra. Sacudo a cabeça, o álcool já fez efeito demais.

John senta na poltrona atrás da minha. Uma aeromoça bem elegante em até nós. Diz que sairemos em alguns segundos e pergunta o que queremos.

– Martine. – peço.

– Nada disso – virando-se para me olhar – Água ou suco.

– Não, John. – reclamo.

– Você bebeu demais. Agora vai dormir.

– Chato. – resmungo deitando confortavelmente na cadeira e agarrando no sono.


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Notas finais do capítulo

O proximo terá muitas confusões com estes dois.
Vejo vocês nos comentários.



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