Meu Querido Chefe escrita por Callie Adraude


Capítulo 12
Doze


Notas iniciais do capítulo

Bem não gostei muito deste capitulo mas espero que a opinião de vocês seja contraria a minha.
Bem vindas Duddmenezes, Lanynha, Lucy Lilith Salvatore Cipriano e Lady Mili. Estou feliz que estejam comigo.
Boa Leitura.



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Bem deixa eu reformular a minha mente. John nos trouxe a casa de seus pais. Tinha esquecido completamente que John nasceu e cresceu em Nova Iorque. Que lindo, a ultima vez que vi os outros Smiths foi há quatro anos em um almoço de família que John insistiu que eu fosse junto. Disse que não aguentaria a família sozinho. Simpatizei-me muito com eles, não acreditava que essa era a família de John. Eles eram alegres, divertidos, brincalhões e não um bando de calhorda igual ao John.

John não tinha nada parecido com a mãe. Uma mulher de cabelos castanhos claros e olhos azuis elétricos. Para a sua idade ela era uma bela mulher. Usava apenas um vestido preto com uma sandália rasteirinha que eu achava nada adequado para o clima de Nova Iorque. Não podia fazer nada, a morena continuava bonita.

– Que cheiro horrível é esse? – Beth, como dizia para ser chamada, solta do abraço de John rapidamente e bota a mão no nariz. – Você veio do lixão?

– Quase isso. – John responde com um ar de riso – Eu e a Claire sem querer caímos em uma caçamba de lixo.

– Oh meu Deus – Ela grita olhando para trás de John e vem me abraçar. – Claire querida há quanto tempo.

– Não, Sra. Smith. – Digo exasperada fazendo não com as mãos – Estou com um cheiro horrível.

Ela para automaticamente e vira-se para John fazendo uma cara de reprovação. John riu da reação da mãe e fez um sim com a cabeça.

– Venham, vão tomar um banho e depois conversamos. – Diz entrando na casa. – Temos muito que conversar John Smith. Quem já se viu deixar uma dama cair dentro de uma caçamba de lixo...

– Vamos – John vira-se para mim para carregar-me novamente.

– Não John, acho que consigo andar até lá. – Tento faze-lo desistir.

– Não nada. Seu pé está cortado, você vai tomar um banho e depois vamos ver o que fazer com esse corte. – Exclama me pegando no colo de novo.

Suspiro alto enquanto entramos na casa dos Smith. John sobe as escadas que ficava á frente da porta de entrada. Ele chuta a porta com um dos pés para fecha-la. Começa a subir a escada vagarosamente o que me deixa irritada.

– Pode ser mais rápido ou está difícil?

– Não é que... Faz um tempo que eu não venho aqui e isso me deixa nervoso.

– Eu não entendo John, sua família é tão legal e carinhosa com você. Por que não veio vê-los nesses três anos? – Pergunto curiosa.

– Nunca vai saber.

– John, você está fazendo aquilo novamente. – Exclamo com raiva.

– Aquilo o quê? – Pergunta sem entender.

– Me escondendo as coisas.

– Você não precisa saber dessas coisas. – Ele parecia estressado.

Prefiro ficar em silencio. O sequestrador deve ter alguma ligação com o John. Ele não matou John de imediato o que não explica muita coisa para o fato de quem disse que iria mata-lo. John anda no corredor e entra na segunda porta a esquerda. O quarto era totalmente no rosa. O edredom, o papel de parede com florezinhas, a única coisa que acho que não é rosa é a lâmpada do abajur. John vai até a cama e coloca-me sentada confortavelmente.

– Esse quarto não era seu, era? – Pergunto com o ar de riso.

– Eu vou fingir que você não me perguntou isso. – Responde cruzando os braços.

– Percebi que você não está respondendo minhas perguntas.

– Se percebeu então não as faça.

– Babaca. – Sussurro.

– O que?

– Nada. – Digo me fazendo de desentendida.

– Você quer ajuda no banho?

– O que? – Isso não era coisa para alguém perguntar.

– Eu... Eu... – Ele levou as mãos aos cabelos bagunçando-os. Parecia perdido. Não sei se é coisa da minha cabeça quando vi o rosto de John vermelho. – O que eu quis dizer é que se você vai precisar chegar até o banheiro.

– Tanto faz o que você quis dizer eu vou pulando em um pé só. – Respondo me levantando em um só pé. – Continuo com raiva de você.

– John – Beth entrou no quarto com roupas em mãos – Tome seu banho no seu antigo quarto que seu pai quer conversar com você. Eu ajudo a Claire em qualquer coisa.

John me dá uma ultima olhada como se se verifica que eu ficaria bem sem ele e sai do quarto.

Beth me ajuda a entrar no banheiro e deixa toalhas perto para que eu pudesse alcança-las depois do banho. Ela sai dizendo que estará no quarto e qualquer coisa que precisar poderia chamar. Tiro a camisa de botões e a lingerie preta que usava. Entro no Box com o pouco de dificuldade por causa do pé. Ligo o chuveiro e fico na esperança que a agua lave o cansaço do meu corpo.

Reformulando os últimos acontecimentos. Acordei cansativa em uma segunda feira, mesmo assim fui trabalhar. Para um desgraçado, mas fui. Passei o dia vigiando um prédio idiota com um idiota. Acabei em uma floricultura encontrando o cara que eu mais odeio. Depois tive que entrar na mansão do prefeito para acabar descobrindo que a primeira dama o trai com o Sr. Forbes. O que posso dizer, trágico. Perdi minha bota e fomos perseguidos por cachorros zumbis. Certo, não eram exatamente zumbis, mas tenta ficar em cima de um muro com cachorros selvagens tentando te pegar. Assustador.

Bem, voltando aos acontecimentos. Fiz John recompensar minha bota perdida. Por ser sentimentalista, obriguei John a entrar em uma loja masculina para comprar sapato. E adivinha, acabamos por ser sequestrados. Acordei em um lugar horrível e fedorento tendo que bater em uns bandidos. Resgatei John para cair em uma caçamba de lixo. Roubei uma pessoa cortando o pé com raiva de outra. Semaninha infeliz.

E tudo isso aconteceu por causa do idiota do John. Nem para responder as minhas perguntas serve. Serviria se quisesse responde-las. Se quisesse ter as minhas perguntas respondidas teria que ir atrás das fontes. Essas fontes não estão aqui e sim naquele prédio medonho. Preciso voltar para aquele lugar antes de voltarmos para Los Angeles. Tinha que fazer essa façanha sem o conhecimento de John. Diria que tenho que ir escondida. Acho que tenho o caminho bem na minha mente e conseguiria voltar para lá sem dificuldades. O problema em questão é como irei fazer isso.

Sinto a agua lavar o meu pé e vejo que o corte não foi tão escroto, porém continuava um pouco dolorido. Termino o banho e saio do Box decidida sem dar a mínima à dorzinha no pé. Daria uma desculpa qualquer a John e voltaria para o que tinha sido o meu “cativeiro”. Pego a toalha branca enrolando-a no corpo e enrolo outra no cabelo. Abro a porta do banheiro deparando-me com John sentado na cama rosa. Ele levanta a cabeça e parece se endireitar na cama. Seu cabelo estava molhado e vestia uma bermuda jeans com uma camisa preta. Ele inspecionou meu corpo com os olhos e vira-os para janela rapidamente.

– O que você quer? – Perguntei ainda segurando a maçaneta da porta do banheiro.

– Eu quero conversar. – Diz sem tirar os olhos da janela – As roupas estão aí. Seja rápida, por favor.

Ele aponta para o chão. Abaixo a cabeça e vejo que tem roupas no pé da porta. Me abaixo, pego as roupas e entro no banheiro novamente. Um lingerie preta que provavelmente nunca foram usados, pois continham as etiquetas. Tiro as etiquetas e visto a lingerie. Coloco o vestido azul escuro que parecia bem confortável. Soltinho da cintura para baixo e com alcinhas finas. Seco o cabelo e penteio rapidamente só para não ficar assanhados.

Olho-me no espelho uma ultima vez e saio do banheiro. John continuava sentado e fui me sentar ao seu lado. Ele parecia tenso e ao mesmo tempo nervoso. Levanto a mão para alisar seu cabelo, mas abaixo-a novamente relutante. Não tinha esse tipo de intimidade com John e não podia fazê-lo. Ah droga. Que porcaria é essa, por que estou com vontade de fazer isso? Concentra-se Claire, ele quer apenas conversar com você.

– O que você quer conversar comigo? – pergunto começando a conversa.

– Bem, eu queria que você esquecesse o nosso sequestro.

– Impossível. – Retruquei.

– Sei que é impossível – Revida se ajeitando na cama virando o corpo para me olhar – Iremos voltar para Los Angeles, resolvemos o caso do Sr. Forbes com a primeira dama, pegaremos suas botas de volta e você esquece esse trágico acontecimento.

– Tem como pegar elas de volta? – Pergunto com brilho nos olhos.

– Se não tiver eu compro novamente, porém terá que parar de fazer perguntas sobre o nosso sequestro.

– Isso se chama chantagem.

– Não se chama estratégia. – Diz serio.

Era só o que me faltava. Torço a boca olhando-o e ele fica esperando a resposta. Se ele pensa que irei desistir disso se enganou. Faço sim com a cabeça afirmando que irei parar de fazer perguntas. Não farei nenhuma pergunta a você John e sim ao sequestrador.

– Que bom – diz sorrindo e me dá um abraço. Retribuo o abraço. – Agora se prepare para um dia de compras com Sra. Smith.

– Compras? – perguntei olhando pra ele. Não pensei que seria tão fácil.

– Sim. Outra que gosta de estourar os cartões do meu pai. – Resmunga.

Solto uma gargalhada com o seu comentário. Sua mãe era compradora consumista. Para o seu pai não é problema já que é dono de um hospital. John disse que o Sr. Smith não ficou nada feliz quando soube que seus filhos mais velhos não seguiriam a carreira de medico. Com os meus pais foi o contrario, eles disseram que se me vissem roubando alguém como profissão iriam arrancar minhas mãos e joga-las aos cachorros. Tremi com o calafrio só de pensar em cachorros. Acho que fiquei com trauma.

– O que foi? – John perguntou.

– Nada.

– Claire, você está mentindo. – Diz segurando meu braço.

– Nunca vai saber. – digo me levantando e indo até a porta. – Vamos eu quero fazer compras.

Precisava voltar aquele lugar rapidamente. Talvez descobrisse coisas banais sobre John e esse sequestrador. Vou convencer a Sra. Smith a ir comigo e se ela não quiser ir vou mesmo assim. Peço para ela não contar nada para o John e enquanto ela faz as suas compras eu vou atrás das respostas para a minhas perguntas.

Ele sorri para mim e me analisa. Levanta-se e me segue descendo a escada. Entramos na sala de estar e encontramos o Sr. e a Sra. Smith sentados em um dos três sofás que tinham na sala. John e eu sentamo-nos no sofá de frente para eles. O Sr. Smith era uma copia fiel do John numa versão mais velha. Seus cabelos não estavam tão negros por causa dos fios brancos. As esmeraldas nos olhos eram idênticas e muito brilhantes.

– Claire tô vendo que o meu filho ainda não te pediu em casamento – Perguntou irônico.

Senti meu rosto ganhar um tom nada agradável de vermelho.

– Pai quer parar com isso. – John pediu irritado fazendo o casal rir.

– Bem Claire, vamos às compras. – Disse Beth levantando-se. – Walter e John vão conversar.

Faço sim com a cabeça e saímos da sala. Agora a minha missão era tentar convencer a Sra. Smith a me ajudar. Mesmo que ela não queira me ajudar vou aquele prédio assim mesmo.


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Notas finais do capítulo

Quero saber a opinião de vocês então por favor cometem.



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