Os Marotos escrita por St Clair


Capítulo 6
Capítulo 6: NY


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi ...
Cá estou eu pedindo milhões de desculpas por ter simplesmente sumido! Minhas férias começaram e eu achei que ia ter um bom tempo, mas tive mil coisas a resolver, então só pude aparecer agora!
Mas prometo, juro juradinho, que tentarei não me atrasar mais com as postagens, ok!?
Espero que gostem, conversamos mais lá embaixo! ;D



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Lílian Evans

O clima de Londres parecia combinar com meu humor, frio e sem vida. Naquela quarta-feira de manhã, levantei já ansiando pela hora de voltar para a cama.

Um banho quente, roupas confortáveis e um rabo de cavalo. Dispensei grande parte da maquiagem naquela manhã e os acessórios também acabaram por ficar em casa. Saí com as metas do dia já agendadas na mente, que organizava-as de um modo que eu pudesse retornar para minha cama o mais rápido possível.

–Bom dia Lily! –Sorriu-me o bom e velho Sr. Castburg assim que entrei no seu estúdio de fotografia. –O mesmo de sempre?

–Bom dia! –Tentei sorrir para ele. –Na verdade, se você tiver o líquido da marca antiga, eu preferia! Aquele novo deixa as fotos meio borradas.

–Imaginei mesmo, apesar de que o fornecedor disse ser da melhor qualidade! –Comentou ele, balançando a cabeça negativamente. –Como vai seu quartinho escuro?

–Comprei algumas coisas novas pela internet esses dias, estava em promoção no site que me passou! Acho que agora vou conseguir revelar com mais decência! –Brinquei.

–Como se todas as suas outras revelações não fossem sensacionais, né senhorita? –Ele riu, colocando meus clássicos pedidos em uma sacolinha. –Mas traga pra eu ver as fotos do líquido anterior, ok? Assim posso reclamar com o moço quando vier!

–Pode deixar! –Agradeci, pegando meus pedidos e pagando logo em seguida.

A fazer número um da minha lista, concluído!, pensei enquanto saía da loja, a próxima parada seria a papelaria e, logo em seguida, Museu de História Natural.

[...]

–Senhorita... –O diretor do museu, sentado atrás de sua grande mesa de madeira rústica, dizia ao olhar para as fotos em seu computador. –Devo admitir que quando me indicaram uma pessoa tão jovem para o trabalho, duvidei que fosse ficar tão bom. –Respirei fundo, tentando controlar a ansiedade. –Mas devo admitir que você superou todas as expectativas e, com certeza, me deixou extremamente surpreso. Sua criatividade para fotografar determinados ângulos e espontaneidade é sensacional!

Sorri genuinamente, uma das poucas vezes que fazia isso nos últimos dias.

–Fico muito feliz, senhor. –Respondi, controlando-me.

–No contrato consta a exclusividade para o Museu, bem como a divulgação do modo que quisermos, não é? –Perguntou ele, já adquirindo uma feição mais séria. Apenas concordei. –Portanto, reforço que não permito que divulgue qualquer foto do meu museu por aí. Sabe como é, a senhorita é jovem e com certeza usa essas redes sociais malucas de hoje em dia...

–Quanto a isso o senhor pode ficar tranquilo, prezo muito pelo profissionalismo. –Garanti.

–Melhor assim. –Ele respondeu. –O restante de seu pagamento está aqui. Contataremos a senhorita se houver necessidade.

Dito aquilo, sorri amarelo e peguei o dinheiro que ele me estendia. Me incomodava muito o fato da bipolaridade daquele homem, em um momento ele elogiava e, no outro, agia com grosseria sem tamanha. Revirei os olhos, guardando o dinheiro no bolso do casaco e me despedindo, não iria discutir, afinal, era ele quem me pagava.

Remus Lupin

O museu estava particularmente parado naquele dia, não havia visitas escolares agendadas e os poucos visitantes não exigiam guias e afins, por isso, dediquei-me a caminhar apenas, fingindo estar fazendo alguma coisa.

–Está tudo bem, Lupin? –Marion Guidard, a morena com mechas loiras que também era monitora do museu, se aproximou de mim.

–Claro! Por que a pergunta? –Sorri para ela.

–Você parece um tanto... Impaciente. –Ela riu.

–É só a falta do que fazer... –Respondi, olhando ao redor.

–Realmente, esse museu está às moscas hoje...

–Não é?! –Disse, mas logo avistei a ruiva saindo do gabinete do diretor, parecia um tanto séria. –Se me der licença... –Pedi a Marion, que apenas assentiu.

Lílian Evans

–Oi... –Ouvi uma voz masculina quando estava quase alcançando a saída do museu.

–Ei. –Respondi, ao me dar conta de quem se tratava. –Tudo certo?

–Um pouco entediado, eu diria... –Ele sorriu, indicando-me o espaço vazio ao nosso redor.

–Nem tinha notado... –Ri um pouco. –Bem diferente de segunda-feira, não?

–Bota diferente nisso! ... Mas e então, como ficaram as fotografias?

–Aparentemente, do agrado do diretor. –Respondi, já retomando a chateação que aquele senhor bipolar me causara.

–Relaxa, ele não é de muitos amigos! –Lupin me respondeu.

–Duvido que ele consiga fazer algum se continuar daquele jeito... –Reclamei, fazendo com que o homem a minha frente apenas risse.

–Isso explica o fato dele não ser ao menos casado... Se isso te anima!

Revirei os olhos, rindo de leve logo em seguida.

–Bom, foi um prazer te rever! –Disse, sorrindo para ele. Minha cama me chamava. –Mas acho que eu já vou andando...

–Já?! –Ele parecia surpreso.

–Tenho algumas coisas a fazer... –Tipo dormir, meu cérebro completou.

–Não tem tempo para um café? –Perguntou-me ele.

–Não acha que vai me viciar em cafeína desse jeito? –Brinquei.

–Nada que você já não seja, senhorita. –Piscou ele pra mim, me fazendo rir. –Café extra forte não costuma ser o preferido de muitas pessoas, sabe?

Olhei no relógio, ainda era relativamente cedo e um café não mataria ninguém.

Marlene McKinnon

–Mas você anda saindo muito com esse aí, não? –Perguntei, rindo ao ver a careta de Lily. Havia demorado um bom tempo para convencê-la a almoçar comigo e com Dorc naquele dia, não perderia a oportunidade de deixa-la irritada.

–É só um amigo, Lene. –Repetiu ela, revirando os olhos. Tão Lily.

–Mas pelo que você disse, ele é uma belezura. Por que não investir? –Dorc perguntou, toda animada.

–Alguém por acaso ainda lembra que eu terminei um namoro...

–De dois anos há menos de uma semana?! –Cortei Lily, completando a sua frase usando uma voz mais fina do que o normal. –Sim ruiva, nós nos lembramos perfeitamente disso e estamos tentando te animar ao invés de ficar concordando com essa sua fossa!

–Ai meninas, sem discussões! –Dorc reclamou. –Vamos falar de coisa boa? E seu encontro de ontem, hein dona Marlene?

Sorri maliciosamente.

–Foi sensacional, vocês não têm noção! –Comecei, amimando-me. –Nós fomos a um pub bem maneiro que eu ainda não conhecia, é bem rústico o local, mas a decoração é sensacional! Ficamos bebendo e jogando conversa fora, depois ele me chamou pra dançar e tal...

–Vai me dizer que ... ? –Dorc não ousou perguntar, me fazendo rir.

–O que acham?! –Brinquei, fazendo cara de santa.

–LENE! –Lily me repreendeu.

–Calma ruivinha! –Respondi. –Não, nós não passamos dos beijos.

–Está falando sério?! –Dorcas parecia impressionada.

–Nossa gente, tenho tanta cara assim de...

–Sim! –Lily completou antes de eu terminar, rindo.

–Maldita! –Xinguei-a e taquei meu guardanapo na direção dela.

–Estou brincando! Calma! –Ela parecia com um humor melhor.

–E será que rola um repeteco?! –Dorcas se interessou.

–Cara, da onde você tira essas gírias!? –Provoquei e todas rimos. –Mas não sei... Ele tem meu número, sabe como me encontrar!

–De verdade... Queria ser tão segura quanto você... –Dorcas admitiu. –Mas enfim, vamos falar do que me interessa... E Nova York, hein?

–Então, o diretor da Universidade de Nova York me ligou hoje e confirmou as três palestras que eu vou ter na semana que vem. Nossas pequenas férias continuam de pé?! –Perguntei, sorrindo.

–Por mim, fechadíssimo! Já conversei com Frank, lá do laboratório, e ele disse que cobre minha ausência essa semana. –A loira se animou.

–Lily? –Eu e Dorc perguntamos ao mesmo tempo.

A ruiva apenas respirou fundo e então sorriu:

–Fechado, meninas!

Aquela era a minha Lílian!

James Potter

–Acho que você está perdendo o jeito, Cachorro. –Provoquei-o.

–Nem começa, Pontas! –Reclamou ele.

–Não quero nem saber do que vocês estão discutindo... –Remus comentou, entrando no cômodo.

–Cara, Sirius não conseguiu levar a garota pra cama. –Comentei.

–Uau, finalmente está saindo com alguma que saiba manter as pernas fechadas?! –Provocou Remus, fazendo Sirius revirar os olhos. –Mas isso não acontece desde...

–Desde Brianna Finnik, não? No ensino médio?! –Indaguei, deixando Sirius ainda mais irritado.

–Querem calar a boca os dois?! –Sirius reclamou. –Eu não estou perdendo o jeito e vocês vão ver... Essa morena que me aguarde!

Lílian Evans

Com as passagens em mãos, a mala na esteira e a ansiedade tomando conta, embarcávamos nós para Nova York. Lene, sentada na poltrona da janela, já se ajeitava de modo confortável o suficiente para dormir, Dorcas, ao lado de Lene, colocava os fones de ouvido e escolhia um dos filmes para ver na pequena TV a sua frente, enquanto eu, na beirada, abria um bom e velho livro que prometia me fazer companhia durante a viagem.

“Atenção senhores passageiros, favor colocarem o cinto de segurança. A decolagem ocorrerá em cinco minutos.” –Uma voz monótona ecoou pelos alto-falantes.

–Preparada? –Dorcas sussurrou para mim, pois o avião estava silencioso. Sorri para ela e confirmei, Nova York sempre fora um dos meus sonhos. Olhamos para Lene, mas esta, pra variar, já havia dormido.

–Uma semana... –Sussurrei mais para mim do que para Dorc.

–Vamos nos divertir muito, gatinha! Prometo. –Ela concordou.

O avião logo decolou. Dorcas segurou firme minha mão até estarmos voando estavelmente pelos céus de Londres. Próxima parada, Nova York.

[...]

Ei, você andou sumida!

Acabara de chegar no hotel, era por volta das sete da noite, o que significava que em Londres se passava um pouco da meia noite. Dorcas estava cansada e Lene tinha sua primeira palestra logo no dia seguinte, um sábado de manhã, por isso concordamos em descansar e ficar no hotel naquele dia. Entrei no facebook mais para passar o tempo do que propriamente me socializar, foi então que vi a mensagem enviada há pouco mais de uma hora.

Ah... Essa semana foi bem corrida, eu acho. ‘rs.

Respondi rapidamente, mas achava que ele já havia saído, quando algo novo chega:

Imagino. Mas finalmente é sexta... Ou sábado! Haha’ dá para descansar.

Exato! (:

Planos para o fim de semana?

Não propriamente, se não fotografar.

Disponível para um café?

Se estiver em NY, posso pensar!

Oi?!

Haha desculpa, estou em NY com as meninas. Mini férias, eu diria.

Invejável, senhorita! Mande-me fotos!

Já veio para cá?

Infelizmente não... Mas está na minha lista!

Bom... Não posso dizer nada por que acabei de chegar, mas estou com muita expectativa daqui!

Só não abandone Londres para viver aí, hein?

Não faria isso... Haha ou minha família me deserdaria.

Certos eles!

Estava me divertindo à beça com a conversa, afinal, Dorcas e Lene já haviam apagado há um bom tempo e Lupin era uma boa companhia.

Vai ficar quanto tempo por aí?

Uma semana, mais ou menos... Volto no domingo!

Poxa, dá tempo de visitar alguns bons lugares! Não se esqueça do Museu! ;)

Posso fazer um esforço. Mas não garanto nada! :p

Prometo que não vai se decepcionar.

Você nem sabe!

Faço uma ideia! (:

Bom... Hora de ir dormir! Você deveria fazer o mesmo, moço! Está tarde por aí...

Tem razão! Aproveite a viagem, senhorita!

Aproveitarei! ;)

Marlene McKinnon

Acordei com o toque do celular. Por um segundo, arrependi-me eternamente de tê-lo posto para tocar numa manhã de sábado, afinal, quem era a lorpa que fazia isso!? Revirei-me na cama, ciente de que deveria levantar para arrumar-me para a palestra, mas sem vontade nenhuma para fazê-lo.

–Lene... Lene... –Ouvi a voz de Lily e senti-a me cutucando. –Qual é, nem Nova York consegue te fazer sair da cama!? –Reclamou ela em um tom divertido.

–Só mais cinco minutos... –Balbuciei, ainda tomada pelo sono.

–Você foi a que mais dormiu e quer reclamar ainda? –A voz fina de Dorcas foi ouvida ao fundo. Depois senti-a pulando sobre mim. –Vamos Lene, levanta!

Respirei fundo e abri os olhos devagar. Por Merlin, que claridade!

–Ok, ok... Acordei! –Disse meio arrastada.

–Levanta! Sua palestra é daqui há uma hora! –Lily, como sempre, já havia tomado banho e estava completamente vestida. Dorcas ainda estava de calça jeans e sutiã, pulando por aí. –Vestido preto ou saia e camisa social?

Levantei o dedo indicando que era a primeira opção enquanto caminhava em direção ao banheiro, só um banho pra me acordar.

Dorcas Meadowes

–E tem a galeria, o Central Park, a Estátua da Liberdade... –Não via Lily tão empolgada assim há um bom tempo, acho que a viagem estava realmente fazendo bem para a minha ruiva.

–Podemos ir depois do almoço, o que acham? –Lene perguntou, enquanto descíamos do táxi e entrávamos em uma formosa universidade. –Marlene McKinnon. –Disse a morena para o segurança, que prontamente sorriu para ela.

–Estávamos aguardando a senhorita. Um segundo. –Pediu ele.

–Será que podemos assistir? –Perguntei.

–Eu garanto, vai ser um saco! –Lene advertiu, mas era perceptível que ela já estava um tanto nervosa.

–Relaxa! –Lily a acalmou. –Vamos estar lá.

–Senhorita? –Um homem de meia idade, vestindo uma camisa social escura e uma calça cinza também social, adentrou a recepção. –Sou Thomas Gutenberg, responsável pelo curso de direito da universidade. Seja bem vinda!

Mesmo em uma ocasião como aquela, não pude deixar de notar o olhar sedutor de Lene para o homem, céus, aquela menina não perdia um!

–Bom dia! Sou Marlene McKinnon. Essas são minhas amigas, gostaria de saber se elas podem assistir à palestra.

Lílian Evans

Eram poucas as oportunidades que eu tinha de ver Marlene sendo assim, séria e compenetrada em seu trabalho. Estava acostumada às suas piadas e maluquices desde sempre, mas vê-la naquela posição era uma das coisas que mais me impressionavam. Sob o palco, falando para uma sala cheia de futuros advogados, lá estava minha melhor amiga. Não se deixara abalar nem por um minuto e respondia com perfeição as perguntas que eram feitas.

–Estranho, né? –Dorcas sussurrou para mim.

–Nem me diga. –Respondi, também num sussurro.

–Quer apostar quanto que Lene vai sair daqui com pelo menos 10 números de celular? –Brincou a loira.

–Aposto pelo menos 20. –Arrisquei.

–Apostado!


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Notas finais do capítulo

E entãaaaaaaaaaaaao?! O que acharam!? Comentários!? Críticas?! Recomendações!? Sugestões!? Ideias!? Tudo é bem vindo aqui, galera!
Queria agradecer a todos que estão lendo e pedir que, por favor, não abandonem-me! Prometo tentar ser mais pontual esse ano, ok!?
Como foram de festas e como estão as férias, chuchus!?
Beijos beijos