Marlene McKinnon

–Oi... –Chamei o deus grego que estava sentado próximo à piscina. Ele olhou para mim, parecendo me analisar por algum tempo, e sorriu. –Olha, não conheço a sua mãe, mas já sou fã do trabalho dela, hein? –Disse, mal acreditando em minhas palavras, e sorri, corando levemente.

O moreno pareceu pensar por algum tempo, tentando entender o que eu dissera, e então riu.

–Não acha que está bem grandinha para jogar verdade ou desafio com as amigas? –Ele sinalizou as meninas, sentadas do outro lado da piscina.

–Não acha que é arrogante demais para não rir de uma cantada idiota como essa? –Brinquei, ele riu.

–Não chegou nem perto de ser a mais idiota que eu já vi, gata! –Piscou ele, rindo.

–Ah é?! Conte-me uma pior. –Pedi.

–Uhm... Não sei se hoje é seu aniversário, mas você está de parabéns, hein?! –Brincou ele. Ambos rimos.

–Ah, qual é... Nem é tão ruim assim! –Provoquei.

–Não acha que eu iria te contar todos os meus segredos de uma vez só, né!? –O moreno riu, piscando pra mim. Revirei os olhos, rindo também.

–Odeio ficar curiosa!

–Só lamento. –Debochou ele. –Em todo caso, meu expediente termina às cinco.

–Acha que eu sou fácil desse jeito? –Brinquei.

–Posso te pagar um sorvete.

–Uhm... Aí já é outra história. –Sorri. –Caso te interesse, saio do trabalho às seis.

Ele sorriu.

–A propósito, sou Sirius.

–Marlene.

Lílian Evans

Estava distraída enquanto as meninas comentavam do tal salva vidas bonitão, mas quando dei por mim, uma Lene sorridente já estava conversando com o moreno desconhecido.

–O que será que eles tanto conversam? –Dorc perguntou, ansiosa.

–Pela cara dela, deve ser coisa boa... –Comentei.

–Maldita sortuda! –Dorc reclamou, rindo.

Não demorou muito e Marlene voltou, sorrindo de orelha a orelha.

–Meninas! –Exclamou ela, quando se aproximou. –Vocês não vão acreditar!

–Mais um encontro? –Perguntei.

–Ai Lily, que chata! Deixa a Lene ser feliz! –Dorcas reclamou. –Anda Lene, fala!

–Vou sair com o bonitão hoje! –Ela sorriu, tentando se controlar. Provavelmente o moreno estava olhando em nossa direção.

–Sabe o nome dele pelo menos? –Perguntei.

–Black, Sirius Black.

–Nome maneiro... Para um serial killer. –Cogitei.

–Lilian Evans, quer fazer o favor de parar com esse seu pessimismo!? –Lene me repreendeu.

–Ok, ok... Desculpa. –Pedi.

James Potter

–Menina de atitude! –Comentei, largado no sofá. Ao que tudo indicava, o cachorrão tinha faturado uma gata.

–Muita! –Disse Sirius, que terminava de bagunçar seu cabelo em frente ao espelho. –Gosto disso!

–E qual o nome dela mesmo? –Perguntou Aluado.

Sirius pareceu pensar por alguns minutos.

–Marlene alguma coisa... Eu acho...

–Cara, -Disse, sorrindo para ele. –Aproveita!

–Até parece que não me conhece, Pontas! –Sirius riu, piscando, maroto. –Mas em todo caso, a morena tem umas amigas bem gatas... A gente pode marcar alguma coisa depois de hoje.

–Vindo de você, eu passo! –Lupin revirou os olhos.

–Mano, to dentro! –Respondi, afinal, o gosto para mulheres de Sirius era uma das poucas coisas sobre a qual a gente concordava.

Remus Lupin

Sirius havia saído fazia algum tempo, James, milagrosamente, optou por um pote de pipocas e um filme de terror aleatório, enquanto eu terminava o texto que seria publicado no site do Museu sobre o evento do dia anterior. Deixei o facebook aberto, mais por mania do que qualquer outra coisa, duvidava que algo fosse acontecer de tão útil.

Estava quase enviando o arquivo para o diretor do Museu quando um ícone apareceu na aba aberta do facebook, indicando alguma notificação. Sorri ao ver do que se tratava, a ruiva havia me aceitado.

Lílian Evans

Marlene havia acabado de mandar uma foto para meu celular, ela realmente caprichara no visual para o encontro com o tal do Black. Enquanto isso, lá estava eu terminando de editar as fotos as quais eu deveria ter me dedicado durante a manhã ao invés de ficar relaxando na piscina...

Apesar do mal humor iminente, resolvi entrar no facebook e aceitar o pobre Lupin, afinal, ele havia sido extremamente legal comigo desde que me conhecera e conversar com novas pessoas não me faria tanto mal.

Foi questão de cinco ou dez minutos depois, não fazia tanto tempo assim, e a janelinha de conversa subiu.

Olá, tudo certo?

Não demorei a responder:

Ooi, sim sim, e contigo?

Voltei a editar minhas fotos, mas vi que seria impossível ao receber uma resposta em apenas alguns segundos.

Tudo certo também. Muito trabalho hoje?

Nada... Consegui até um tempo para sair com as meninas. Mas estou terminando de editar as fotos de ontem.

Uau, que legal! Devem ter ficado bem maneiras. Quando vai leva-las para o diretor?

Amanhã cedo, espero.

Bom, acho que a gente se vê então.

É provável...

E para hoje a noite, nada em mente?

Trabalho... :S

E você?

Terminando de editar o texto do evento... Aproveitando que um dos caras saiu e o outro tá vendo um filme.

Essa é a parte boa de morar sozinha, não tenho problemas com isso! ‘rs ... Hey, vou sair, se não não termino as coisas por aqui!

Ok, bom trabalho! Até amanhã!

Até (:

Ok, para uma primeira conversa, até que não tinha sido tão ruim... Eu acho! Saí do facebook e passei as fotos para dois pendrives diferentes, evitando que pudesse haver algum erro na hora de entrega-las. Desliguei o computador e busquei um copo de leite na cozinha, apesar de não ser tão tarde, tudo o que eu ansiava era a minha cama e uma boa noite de sono.

Remus Lupin

–Quem é a ruiva? –Ouvi uma voz atrás de mim, o que me fez dar um pulo na cadeira. Olhei rapidamente e vi James parado, encostado na cadeira, olhando-me com uma cara interessada.

–Uma amiga. –Respondi, já fechando o facebook e evitando que ele fuçasse mais.

–Só amiga? –Perguntou ele, curioso.

–Sim, só amiga. –Disse. –Mas não, eu não posso apresenta-la para você.

–Ué... Qual o problema comigo?! –Interessou-se ele.

–Duvido que Lílian iria se interessar. –Debochei.

–Duvidando de James Potter?! Até parece que não me conhece, Remus.

–Estou comprovando fatos, meu caro James.

–Quase me senti ofendido. –Ele se fez de vítima. –Mas relaxa, quando eu pegar ela, tiro uma foto especialmente pra você!

–Você não vai pegar ela, James. –Disse, sério.

–Qual é Remus, qual o problema com essa garota!? –Ele pareceu não entender. –Já sei, você está a fim dela, é isso!?

–Não... Mas eu te conheço e sei exatamente o que você quer... Sem falar que sei também como você vai sumir no dia seguinte...

–Meu caro Aluado, essa é a vida, sabe!? Existem as pessoas para pegar, no caso nós, homens, e as pessoas para serem pegas, no caso as lindas e frágeis mulheres... Essa coisa de se apaixonar e boiolagens do tipo são só para contos de fada, sabe!?

–Lílian não iria te querer, de qualquer modo... –Disse, convicto.

–Isso é o que nós vamos ver...