Os Filhos do Olimpo escrita por Larissa Haguiô, Noah Rinns
DIANNA
A noite estava perfeita. Música alta, comida de graça, garotos bonitos e jogos divertidos.
Gump e eu estávamos bebendo algo que não soube o que, mas era delicioso. Jogávamos poker e várias pessoas estavam nos rodeando, como se fossemos os donos do pedaço e estivéssemos numa batalha importantíssima.
A música era tão contagiante que eu não sabia se dançava ou jogava.
Um garoto se aproximou por trás de mim enquanto eu jogava e me abraçou, não tive outra reação se não levantar e o empurrar para longe:
- O que você está pensando? Que pode chegar aqui e tentar me agarrar? - Vociferei para o garoto que se aproximou novamente.
- Ah, vamos lá! Não se faça de difícil. - O garoto tentou novamente se aproximar colocando uma das mãos em minha cintura.
Segurei sua mão e torci seu braço. O garoto soltou um grito alto, que não chamou a atenção das pessoas fissuradas ao nosso redor. Ele vinha em minha direção novamente quando o empurrei de lhe dei um soco no meio de sua bochecha. Já fazia algum tempo desde a última vez em que eu batia em alguém, a sensação era boa. Aproximei-me do garoto no chão e lhe acertei mais alguns socos e chutes.
Quando finalmente cansei, larguei Gump jogando sozinho e comecei a andar pelo cassino. Estava cheio: crianças, jovens, adultos. Todos se divertiam como se fossem felizes sempre e não tivessem nenhum problema. E eu, pela primeira vez, me sentia feliz e bem. Não conseguia sequer imaginar algum problema que eu tivesse e não pudesse resolver. Até eu ver Adam.
Ele estava conversando com uma garota loira, e Alastor estava ao seu lado. Ao longe, percebi um dos seguranças do cassino olhar desconfiado para eles, logo após pegar um dispositivo e começar a sussurrar nele. Havia algo errado ali.
Caminhei até os três furiosa.
- Qual é, o que vocês dois aprontaram?
- O que você quer dizer com isso? - Perguntou Alastor.
- Aquele segurança está olhando bravo para vocês e chamando alguém por aquele celu.. vocês não fizeram nada?
- Não. - Respondeu Adam. - A não ser que encontrar uma semideusa conte.
A garota loira olhou para mim com desconfiança.
- Você é uma semideusa? - Perguntei.
- Annie Hoffman, filha de Atena.
Já não bastava um sabichão e agora tinha aparecido outra. Se havia algo que eu mais odiava, eram os filhos de Atena. Sempre se achando superiores por causa de sua sabedoria.
- Enfim, o que você dizia sobre o segurança? - Perguntou Alastor.
- Olhem ali. - Disse Adam, apontando para o segurança. Dessa vez, não era apenas um, e sim três, caminhando em nossa direção com olhares nada agradáveis.
Quando eles estavam quase chegando, Adam disse:
- Hora de partir.
E corremos pelo cassino, atropelando toda multidão de jovens que estavam em nossa frente.
Após resgatarmos Lua das garras de garotos obcecados, que tentavam beija-la a todo o custo, pensamos que já podíamos ir embora, quando seguranças de todas as direções vieram atrás de nós.
Não pensei duas vezes e retirei minha faca de bronze do bolso, avançando contra os homens. Saltei em direção a um, socando-o bem no meio do rosto, enquanto golpeei o de trás no ombro com a minha faca. Gump tocava sua flauta de bronze, e em poucos minutos, os seguranças restantes caíram desacordados no chão.
Caminhei até os desacordados e acertei-os com alguns golpes - muitos deles fatais - só para ter certeza de que eles não viriam atrás de nós novamente.
- Você é muito violenta. - Comentou Adam.
Que ridículo. Eu só estava nos protegendo. Não respondi, apenas girei a faca de bronze em minha mão. O garoto não disse mais nada.
Várias pessoas olhavam para nós assustados, inclusive a garota nova que mudava a cor do cabelo que nos seguia encolhida sem dizer nada. Era melhor assim.
Saltamos por cima dos corpos dos seguranças e corremos em direção a um corredor, que deduzi ser o banheiro. Todos nós corremos para dentro do banheiro feminino e logo Alastor avistou uma janela no auto.
- Deixa comigo. - Falei, ainda com a faca nas mãos. Pulei sobre as pias e num salto rápido, finquei a lâmina no vidro, a tempo de faze-lo se estilhaçar. - Senhoras e senhores, passagem aberta.
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