Os Filhos do Olimpo escrita por Larissa Haguiô, Noah Rinns


Capítulo 16
Suddenly everything explodes.




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LARA

Fui surpreendida quando um enorme urso com o físico de um homem de quase 2 metros de altura apareceu atrás do balcão. Ele destruiu tudo a sua frente e correu em minha direção.

Atrás de mim, ouvi Lucy gritar, e um outro urso humanoide pegá-la de surpresa. Annie estava pronta para acertar um dos monstros com sua adaga que estava em seu bolso quando o urso em minha frente pulou sobre ela. Eu não tinha arma, meu arco estava no porta-malas do carro, e não pude fazer nada.

Os dois ursos prenderam cordas em volta das mãos de Annie e Lucy e caminharam em minha direção com um sorriso maldoso.

– Hahahaha. - Riram-se eles.

Olhei para Annie, que quase não se aguentava em pé após o impacto do urso sobre ela. Ela balançou a cabeça sem resposta.

Os ursos seguraram meus pulsos com força e amarraram a corda em volta delas, e me posicionaram ao lado das duas garotas.

– Vamos embora daqui, Oreios. - Disse um dos ursos, que era mais alto e com uma cor de marrom mais escura que a do outro.

– Tanto tempo que não vemos semideuses, não é, Agrios?! - Exclamou o urso de nome Oreios, nos empurrando para fora da loja.

Lucy ainda segurava o walkie-talkie nas mãos amarradas, que tremiam loucamente.

Connor, o filho de Nêmesis, estava saindo do carro, com uma machadinha em mãos. Ele nos notou e pareceu aflito.

– Mais semideuses! - Gritou Oreios, animado.

Alastor desceu do carro imediatamente, e logo após vieram Adam e Dianna, do outro carro. O filho de Atena com sua espada e a filha de Ares com sua lança.

Os dois ursos nos empurraram para o chão com violência, e correram na direção dos outros três semideuses que haviam acabado de entrar em cena. Connor passou despercebido, e veio sorrateiramente até nós.

– Ajude-me aqui. - Falei, estendendo os braços, deixando a mostra as cordas que prendiam minhas mãos.

Connor, num único golpe, arrebentou as cordas com sua machadinha. Repetiu o gesto nas duas garotas, e nos levantamos, já livres.

Do outro lado da estrada, percebi que não havia mais nada. Era um penhasco íngreme, e logo tive um plano.

– Garotas, conseguem distrair aqueles ursos e ajudar os outros? - Perguntei para Lucy e Annie, que assentiram, apesar de não estarem muito confiantes. Lucy retirou do bolso da blusa uma adaga semelhante a de Annie, e elas nos deram as costas, indo na direção dos monstros.

– Connor, preciso de proteção. - Falei, correndo na direção do Corolla quase em frente a loja. Olhei para trás e vi Agrios vindo em nossa direção. - Distraia ele, preciso do meu arco.

Ouvi som de passos se afastando, e soube que Connor não daria conta por muito tempo.

Abri a porta do carro e me inclinei sobre o banco do motorista, retirando as chaves da ignição. Olhei para trás, nos bancos do passageiro, e notei Lua, minha meia-irmã, dormindo tranquilamente.

– Inútil! - Exclamei, saindo para fora, e batendo a porta do carro.

Corri para a traseira do carro, e com a mão tremendo, coloquei a chave na abertura e o porta-malas se abriu. Havia várias bolsas e algumas armas de porte menor espalhadas. Logo no canto, avistei meu arco dourado, junto da aljava. Peguei a arma e a aljava rapidamente, e fechei o porta-malas.

Fui em direção a confusão, e notei Annie caída, já desacordada, e Adam - que ainda lutava - com um sangramento no ombro. Connor estava ofegante, avançando na direção de Agrios, que desviava dos golpes.

– ALASTOR! - Gritei. O garoto, que era ágil, desviava e pulava do urso com maestria, deixando-o confuso. Ele se virou para mim e apontei para ele o outro lado da estrada, onde começava o penhasco íngreme. Ele entendeu no mesmo instante e começou a caminhar para lá, atraindo o monstro.

Em poucos segundos, os dois estavam próximos da borda do penhasco, e Alastor olhava para mim aflito, analisando as possibilidades de fuga.

Levantei o arco e mirei a flecha na direção das costas de Oreios, que estava parado. Soltei a flecha. Ela passou raspando por suas orelhas, quando ele deu as costas a Alastor e começou a caminhar em direção ao carro onde estava Gump, o sátiro.

– Não! - Gritou Alastor. - Aqui!

Olhei para o carro e notei pela janela aberta que o sátiro balançava os braços, tentando remover o cinto, que parecia emperrado. Oreios, com seus fortes braços, pegou o carro por baixo, e surpreendentemente o ergueu.

– Pelos deuses! - Exclamei.

Antes que o veículo o atingisse, Alastor se jogou para o lado. O carro voou direto para o penhasco íngreme, e deslizou para baixo. Alguns minutos depois, todos pararam de lutar, perplexos. A explosão aconteceu, levando embora a vida de Gump.


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