Os Filhos do Olimpo escrita por Larissa Haguiô, Noah Rinns


Capítulo 15
Soiero & Soirga.




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CONNOR

Permanecemos na sala de treinamento a noite toda. Os pais de Lara nos visitaram durante a madrugada para nos levar doces. Decidimos ficar lá, pois estávamos com medo de que pudéssemos atrair mais monstros com nosso cheiro de meio-sangue.

Durante a manhã, os pais de Lara tornaram a aparecer na porta, trazendo ovos mexidos, biscoitos e suco de laranja. Tomamos um rápido café da manhã e por volta das 10 horas já estávamos prontos para partir. Minha mochila com roupas estava arrumada, e eu estava um pouco chateado por ter que deixar minha curta vida luxuosa para trás, mas soube que se ficássemos lá, seria mais perigoso. Além de ter que levar uma vida isolada com outros jovens que eu nem sequer conversava muito.

Caminhamos por alguns corredores secretos da mansão e logo estávamos na garagem. Era um grande pátio cheio de carros luxuosos. Lara nos guiou até os dois carros mais simples presentes no local: um Corolla preto e outro prata.

Os pais dela estavam parados de mãos dadas em frente ao Corolla prata, com um sorriso bobo no rosto. O mais alto estava quase chorando, com os olhos lacrimejantes.

– Lhe demos esse carro quando você tinha 15 anos. - Disse ele. Lara se aproximou, e os dois correram para um abraço triplo.

Isso que eu chamo de jogar dinheiro fora. Quem é a pessoa maluca que daria um carro para uma jovem de 15 anos que não tem habilitação?

– Vocês são os melhores pais do mundo. - Disse ela.

– Tudo bem, chega de melação. - Disse Dianna. - Já devíamos estar na estrada.

– Sinto muito dizer, mas.. ela tem razão. - Falou Gump, indo até o Corolla preto. Lara balançou a cabeça positivamente e entregou as chaves para ele. O sátiro abriu a porta e ajeitou as muletas ao lado do banco, logo depois se sentou. – Eu dirijo.

– Vou com ele. - Falei, caminhando até o carro. Gump era o que eu tinha mais próximo de um amigo.

– Adam e Dianna, vão com eles. - Ordenou Alastor.

Dianna resmungou algo com ''sabichão'' e finalmente se dirigiu até o carro. Adam abriu a porta detrás, e se sentou no canto do banco traseiro. Entrei e me sentei no outro canto, longe dele. O jeito como ele olhava sério dava impressão de que não gostava muito de mim.

O porta-malas se abriu atrás de mim e vi Alastor colocando nossas mochilas lá dentro.

Lara se despediu mais uma vez dos pais e veio até nós, se inclinando sobre a janela aberta do motorista.

– Pegue. - Disse ela, estendendo um dispositivo para Gump. - É um walkie-talkie. Se precisarem de ajuda, apertem o botão pequeno do meio e falaremos com vocês. Sigam-nos sempre. Alastor vai parar numa loja de conveniência para comprarmos alguns docinhos para irmos comendo.

– O.k. - Foi o que Gump respondeu. Lara deu as costas e se juntou com os outros no Corolla prata.

O portão da garagem se abriu, e avançamos na luz do dia, deixando para trás os pais de Lara que acenavam um adeus, sem saber se a filha voltaria algum dia.

Quando estávamos na estrada, perto da saída de Nevada, ouvimos o walkie-talkie vibrar e a voz de Lara foi ouvida.

Gabô? - Berrou Dianna para o dispositivo.

– O que? - Respondeu Lara, com a voz trêmula.

Adam se inclinou para a frente e tomou o walkie-talkie da mão de Dianna.

– Alô? - Disse ele, arqueando as sobrancelhas.

– Ahn, oi. Já vimos a loja mais a frente. Vou descer com as garotas e comprar umas coisinhas. Seremos rápidas, então se quiserem, podem esperar no carro.

– Tudo bem, esperaremos.

Ouvi um bip e não saiu mais som. Adam entregou o walkie-talkie para Dianna, que exclamou:

– Eu sabia que era alô!

Estacionamos em frente a loja, atrás do Corolla prata. Adam e Dianna discutiam, chamando um ao outro de sabichão e machona.

Através da janela, pude ver Annie, Lara e Lucy descerem do carro. Lua e Alastor permaneceram dentro do veículo.

As três entraram na loja e desapareceram lá dentro após as portas se fecharem. Olhei para cima, onde havia uma placa com o nome de loja. Demorei alguns minutos para conseguir ler o que estava escrito, por conta da minha dislexia. Por fim, soube que a loja se chamava Soiero & Soirga. Achei o nome muito estranho, mas tudo se esclareceu quando subitamente as letras começaram a se embaralhar até formar dois novos nomes: Agrios e Oreios.

De repente, ouvimos uma voz sussurrar através do walkie-talkie.

– S-socorro. - Era Lucy.

– Elas estão em perigo! - Peguei minha machadinha que estava nos meus pés e abri a porta do carro. Mas já era tarde.

Annie, Lucy e Lara estavam presas acompanhadas de dois grandes ursos humanoides.


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