Os Filhos do Olimpo escrita por Larissa Haguiô, Noah Rinns
Notas iniciais do capítulo
Desculpe a demora, a manutenção do Nyah! impossibilitou-nos de postar novos capítulos, mas isso finalmente acabou e aqui estou eu atualizando a fic novamente. Espero que gostem (:
LUA
Quase todos no carro estavam dormindo: Annie dormia encostada na porta e eu podia ver Adam quase adormecendo. No banco da frente, Lucy dormia com a cabeça apoiada no ombro de Alastor que também dormia.
Gump, o sátiro-motorista também estava quase dormindo, deduzi isso pelo jeito que o carro ziguezagueava na pista. Aquele bode fedorento que se dizia nosso protetor iria nos matar.
– Gump, pare o carro. – Disse, esticando o braço para sacudir seu ombro. – Vamos, acorde!
– Hã? Lua? O que foi?
– Eu disse pra você parar o carro.
Instantes depois e sem contestar o sátiro parou o carro no acostamento, seus olhos estavam quase fechando. Passei por cima de Dianna e Adam e saí do carro. Do lado de fora, um vento gelado bagunçou meus cabelos e meu vestido, deixando-me com frio. Caminhei rapidamente em direção a porta do motorista e a abri:
– Sai. – Ordenei, jogando os cabelos para trás enquanto via o bode cansado sair do carro.
– Você não está pensando em dirigir, está? – Perguntou-me Dianna.
– Já pensei. – Olhei para o lado e vi que Lucy e Alastor ainda dormiam. Coloquei uma das mãos no joelho de Alastor e o sacudi. – Acordem vocês dois! Precisamos achar um lugar pra ficar.
Já com as mãos no volante olhei para o espelho retrovisor, sorri e mandei um beijo para mim mesma. “Linda”, pensei.
Dei a partida e o lugar onde havíamos parado logo ficara para trás. Eu não fazia ideia de que direção deveria seguir, mas deveria ter algum lugar para nós ali. Segui minha intuição e como sempre, acabei escolhendo o lado mais bonito da cidade. Prédios grandes e imponentes se estendiam a medida que avançávamos. Pessoas rindo e bebendo podiam ser vistas pelas janelas de restaurantes chiques que eu sempre sonhei em visitar.
– O que é que nós estamos fazendo aqui? – Perguntou Lucy.
– Estamos procurando abrigo. – Respondi, sem tirar os olhos da rua.
– Nós somos adolescentes sem nenhum dinheiro e você vem procurar abrigo no lado mais caro e luxuoso da cidade?!
Mal tinha se descoberto e já estava se achando. Quem ela pensava que era? Aquele jeito meigo e inocente dela não me enganava nenhum pouco.
– Sim, estamos. Sou eu que estou dirigindo, não sou? Então não dê palpites.
– Eu não sabia que você sabia dirigir, você é tão... nova. – Alastor ainda dividia o banco da frente com a garota das cores, não havia falado nada até agora.
– É, eu sei. O que você estava pensando? Que eu era só mais um rostinho bonitinho e fútil sem nenhuma habilidade em especial? Vocês não sabem nada sobre mim.
– Olha, na verdade eu...
– Cale a boca! – Disse, interrompendo-o. – Não quero te ouvir. Chegamos a um lugar interessante.
Agora estávamos em uma rua completamente iluminada e linda. Enormes mansões nos ladeavam. Jardins impecáveis tomavam conta da entrada de grande parte delas.
– Acha que vamos arrumar abrigo aqui? Garota, você não pensa direito né? – Dianna que estava sem falar nada, agora estava apoiada nos bancos com o rosto enfiado entre os dois bancos da frente.
No fim da rua, uma mansão se destacava de todas as outras: era maior, mais bonita e luxuosa. Portões de ferro enormes impediam a nossa entrada. A casa parecia vazia. Aproximei o carro do portão e fiz um sinal para que todos dentro do carro fizessem silêncio e se escondessem.
– Hã-ham. – Pigarreei para chamar a atenção do segurança.
Ele se aproximou e eu abaixei o vidro o suficiente para deixar meus olhos e minha mão para fora.
– Olá. – Disse, abrindo um enorme e ofuscante sorriso para o segurança alto e musculoso a nossa frente. Ele era um gato.
– Olá, senhorita. Posso saber qual é o seu nome? – O segurança pegou uma prancheta com uma lista nela, provavelmente de pessoas autorizadas a entrar.
– Lua. Meu nome é Lua.
Ele leu e folheou o conteúdo da prancheta duas ou três vezes até se dirigir novamente para mim:
– Desculpe, mas não tem nenhuma Lua autorizada a entrar.
– Que absurdo! É claro que tem, olhe bem para mim, tenho certeza de que você me conhece. – Abaixei ainda mais o vidro do carro e o homem olhou para mim. Sorri e mandei um beijo, em seguida fixei meus olhos nos seus concentrada em fazê-lo agir do modo que eu queria.
O segurança retribuiu o sorriso e o beijo e, em seguida, disse:
– Ah, mas é claro! Me desculpe senhorita Peverell, devo ter me enganado. Pode entrar.
Os grandes e imponentes portões de ferro a nossa frente se abriram e em alguns segundos estávamos dentro de uma mansão incrivelmente luxuosa.
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