Silêncio Vermelho escrita por Ella NH


Capítulo 5
Capítulo 4: O branco da felicidade


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, desculpem-me pela demora! Trago más notícias, segurei a barra enquanto pude, mas infelizmente ficarei umas duas ou três semanas sem postar. Tenho que começar e entregar trabalhos e provas da faculdade e estou sem tempo de escrever. Esse é o último capítulo que eu tenho pronto e estou quase sem tempo para qualquer coisa. Espero que vocês entendam. Assim que eu acabar com esses trabalhos e provas dedicarei meu tempo a escrever tanto para essa fanfic quanto para as fanfics que eu tenho inacabadas, que estava previsto me dedicar antes desse projeto, mas realmente não tenho ideia de como prosseguir, mas farei o meu máximo.
Agradeço pela atenção e boa leitura!



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Nosso amor começou a ser escrito. Nosso amor impossível se concretizava a cada dia e não havia barreira que atrapalhasse nossa crescente paixão, fervor e devoção. Ele era meu e eu era dele. Juntos éramos mais fortes que uma muralha. Juntos podíamos vencer um exército inteiro. Juntos tínhamos tudo o que precisávamos.

Nós nos casamos. Contra tudo e contra todos. Minha família me abandonou. Tornei-me mal vista na sociedade, mas eu nunca havia sido tão feliz. Pela primeira vez na vida eu podia ser livre. Eu sentia que podia voar. Era o sentimento mais lindo que eu já havia sentido. Tudo era belo. Ele estava comigo.

O nosso amor gerou outra luz. Outro raio dourado em minha vida. Nosso filho. Ele era tão pequeno, tão adorável. Faria e faço tudo por ele. Qualquer decisão que tomei a partir daqui era visando o bem dos meus dois raios de sol: Meu marido e meu filho.

Nossa vida finalmente estava completa.

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A cada vez que fechava seus olhos e adentrava na inconsciência, Hinata lembrava-se daquela noite escura e tenebrosa que ainda se esgueira por sua mente.Três meses. Esse foi o prazo de duração em que Naruto cortejou a bela donzela escondido de seu pai tirano e com a ajuda de Lorde Neji, lady Hanabi e lady Tsunade, que ainda zelava pela saúde da adorada e mais jovem lady da casa para sua doença não voltasse a atormentar novamente o condado de lorde Hyuuga.

Na inconsciência mais uma vez a menina-mulher podia visualizar a cena. Os trovões ainda estavam registrados em sua mente enquanto o barulho da chuva torrencial que despencava do céu trazia um gosto ainda mias amargo em sua boca. Era uma típica noite chuvosa de verão e como sempre, Naruto, Lady Hinata e os demais membros da nobreza, que se dedicavam a ajudar o jovem casal em seu amor impossível, se reuniam na biblioteca, embora Lady Hanabi ainda não estivesse presente no recinto. A doce donzela de cabelos de noite sentava-se ao lado do cavalheiro de cabelos de sol, lado a lado na janela da torre conversavam suavemente entre sorrisos e roçar de mãos em gestos carinhosos de afetos.

Como dizia o costume da época, Naruto mal tocava em lady Hinata e quando o fazia, apenas segurava brevemente sua mão numa inspiração de força e coragem. Lady Tsunade sorria admirada com o doce romance do casal e Neji observava de relance o comportamento dos dois enamorados. Como ele gostaria de ajudar o amigo a desposar a prima...

Subitamente Lady Hanabi adentrou o recinto com os olhos arregalados em desespero fechando as portas e correndo atrás da irmã como que para separá-la do rapaz, mas ela não pôde chegar a tempo. Antes que ela conseguisse empurrar a irmã, lorde Hyuuga Hiashi adentrou furiosamente o recinto. Seus olhos esbugalhados e as veias dilatadas encaravam a filha e o jovem plebeu. Respirava pausadamente enquanto levantava sua mão e caminhava a passos duros em direção de lady Hinata. Num gesto rápido Naruto e Neji se colocaram a frente da menina, o que só aumentou ainda mais a raiva do príncipe do condado.

—Até tu, Neji, meu sobrinho! —O lorde retalhou irado.

—Eu luto pela felicidade de minha prima, meu tio. Foi isso que o senhor meu pai pediu que eu fizesse antes de morrer, e eu darei a minha vida pela felicidade de minha prima e de meu amigo. Vós deveríeis compreender melhor do que eu, meu senhor! —o menino foi petulante e acusador.

Lady Hinata estremeceu suavemente enquanto segurava com força na roupa do amado. Naruto por um breve instante se virou e olhou para a mulher da sua vida tentando passar tranquilidade para ela. Mesmo num momento de crise Lady Hinata relaxou visivelmente com o olhar do amado.

—Como ousa, sobrinho? Não posso deixa-la estragar o nome da família. Ela está sujando dessa forma nosso nome com um relacionamento com esse plebeu! —O lorde falou irado, ainda mantendo o tom de voz para não chamar a atenção de expectadores.

Lady Hinata fechou os olhos por alguns segundos enquanto juntava forças para falar com seu pai.

—Como ousa o senhor, meu pai! Como ousa tratar alguém como se fosse um ser inferior a você? Naruto pode não ter um título, mas ainda sim, é alguém nesse reino. Tenha mais respeito pelas pessoas que o senhor tens de cuidar! —Lady Hinata falou firme surpreendendo a todos, menos Naruto. Ele já a havia visto defendendo-o como uma tigresa protege seus filhotes e era por isso que ele a amava. Não só por protegê-lo, mas por ser doce e delicada, mas que sabia ser implacável quando alguém que amava precisava de si.

Lorde Hiashi avançou e iria bater no rosto de sua filha, porém lorde Neji e Naruto seguraram-no firmemente. Lorde Neji seu torso e Naruto sua mão.

—Não ouse a encostar um só dedo numa dama, meu senhor! —O loiro falou com a ameaça explicita na voz.

Lorde Neji sentiu um frio na espinha. Sabia que o jovem era implacável numa luta, ele era invencível. Havia vencido sem dificuldade até mesmo o grande Uchiha Sasuke com quem criara um grande laço fraternal. A família Uchiha era simplesmente a segunda mais poderosa do reino, perdendo apenas para a família do Czar, e lorde Sasuke era um gênio, perdendo apenas para o irmão Uchiha Itashi. Os irmãos Uchiha era uma referência em guerreiros dentro e fora do império do Czar. Lorde Neji sabia que se Naruto resolvesse lutar contra lorde Hiashi, nem mesmo ele poderia deter o loiro.

Lorde Hiashi nem mesmo o encarou, mas também não ousou se aproximar mais da donzela que ainda o encarava firmemente. A esquadrinhando notou que ela nem mesma hesitara sob seu olhar e em plena fúria se soltou bruscamente dos dois homens e em meia volta se pôs a caminhar pesadamente em direção a porta adornada.

—Podes ficar com o plebeu, podes defender essa gente inferior, mas para isso a partir de agora digo que abdicou de seu nome e de seu título. A partir de hoje será como ele, um ninguém, um inseto. A partir de hoje, vós não sois mais minha filha, não és mais uma princesa. Agora será apenas Hinata. Saia de minha casa e espero que nunca mais pise aqui! —O homem falou friamente enquanto caminhava resignado para fora da sala deixando todos completamente surpresos pela reação do príncipe mais poderoso da corte russa. E era nesse momento que Hinata acordava.

Desde que saíra da casa de seu pai, Hinata sofrera pelo abandono que ele lhe lançou. As pessoas na rua a olhavam com repugnância, outros lhe tratavam como se ela se entregasse a cada homem que visse durante o trajeto de sua vida, outros como se ela fosse tola por desistir das regalias da vida da nobreza, outros ainda a olhavam com pena e muitos poucos com admiração por ver que aquela menina lutou por sua história de amor.

Hinata ainda se lembrava de cada olhar, mas principalmente dos braços de Naruto a abraçando toda vez que ela sentia os seus olhos marejados dando lhe a certeza de que não importa o que acontecesse, ele estaria com ela. Nesses momentos Hinata tinha certeza de que ele valia a pena.

Naruto logo se casara com Hinata assim que saíram da cidadela do príncipe Hyuuga, Lady Tsunade os ajudou e lhes ofereceu abrigo em suas terras. Naruto e Hinata construíram uma pequena casa para eles próxima a casa que tão bondosamente a belíssima baronesa lhes concedera e assim, agora Hinata tinha um lar, não apenas uma casa, essa era simples, mas muito feliz, ela possuía novamente um sobrenome, Uzumaki, já que o seu lhe fora negado por seu próprio pai e ainda havia aprendido a trabalhar em sua casa e cultivar as terras, sentindo-se agora útil, não mais como uma menina tola que dependia de todas as pessoas que lhe servissem. Ela agora estava completa em seu próprio ser.

A bela senhora agora terminava seus últimos afazeres em seu humilde lar. Já fazia dois meses que seu marido havia viajado em nome de vossa majestade, o czar, para defender seu nome e sua honra pelas terras que o Senhor, Deus dos homens, lhe concedera. Seu coração já se enchia pela ânsia de mais uma vez poder ver as madeixas de sol e o rosto desenhado pelo próprio Deus inspirado no anjo mais belo que pode encontrar em sua morada, poder beijar mais uma vez os suaves e quentes lábios do homem que tanto amava, poder mais uma vez admirar os intensos olhos azuis que resplandeciam mais que o céu no dia mais claro do verão, escutar a doce e firme voz que lhe aqueciam até mesmo na mais fria e arrebatadora noite de inverno e nos braços que lhe traziam mais do que segurança, lhes trazia a certeza de que ninguém lhe feriria enquanto estivesse no meio deles.

A jovem Hinata sentia seu coração tomado pela saudade de seu senhor, seu marido. O anel adornado em safiras em seu dedo lhe trazia as vívidas lembranças do homem que jurara amar até depois da morte e o brilho de seu olhar ao admirar só fazia com seu sorriso se firmasse ainda mais em seus doces lábios.

—Hinata, minha querida! — A bela baronesa lhe tirou de seus apaixonados devaneios. Com um sorriso misterioso, ela lhe estendeu a mão carinhosamente.

—Sim, minha senhora! —A jovem mulher lhe respondeu em educada reverência.

—Não faça isso minha querida! És uma princesa, não precisa de tal reverência! —A bela senhora repreendeu a jovem mulher de cabelos de noite.

—Desculpe-me Milady, mas não sou mais uma princesa. Tenho certeza que lembras que meu pai retirou-me o título, minha senhora. —A menina informou com olhos lacrimosos e ainda com a cabeça baixa em sinal de reverência encolheu-se mais em seu lugar.

A baronesa inclinou-se em direção à esposa de seu pupilo, a quem amava como uma mãe ama seu filho.

—Não chores, minha querida. É ainda mais do que uma princesa. Sou eu quem devo reverenciá-la. —A mulher que causava tanto rebuliço na corte a cada aparição se deslocou para enxugar os belos olhos da jovem senhora que tomara como filha. Sua voz nunca transparecera tamanha sinceridade. Sinceridade exposta a ponto da menina dos olhos de lua lhe sorrir agradecida.

—Obrigada, Lady Tsunade! —O agradecimento vinha de seu coração e alma banhados em mais puros sentimentos que aquela doce menina possuía.

—Sou eu quem agradeço, minha filha. Sou uma mulher sortuda em conhecer tão belo anjo como vós e ainda mais sortuda por ser vós a desposar o homem a quem amei como um filho. —A baronesa agradeceu com profunda gratidão banhando lhe os olhos do mais puro mel.

A menina, já com a cabeça erguida lhe assentiu em mútua gratidão.

—Sorria, minha menina. Seu marido chegou em minhas terras. Não tardará a chegar aqui! Estou ansiosa para que você o conte a maravilhosa notícia que guardais. Oh! Ele ficará tão feliz! —A velha senhora largou a menina para feliz devanear em alta voz pelos aposentos em que a jovem senhora trabalhava e que agora se encontrava extremamente constrangida. O rubor lhe subia a face ao mesmo tempo sendo acompanhado por um sorriso.

—Sim, ele ficará muitíssimo feliz! —A menina de olhos de lua apenas deixou o comentário pairando no ar enquanto ouvia os sinos que anunciavam a chegada dos jovens soldados do exército de sua majestade, o grande Czar!

Naquele dia, houve um belo cortejo por toda a propriedade Senju, porém nosso casal de protagonista, não muito se importou com a pompa que o evento demonstrava. Seus olhos, a partir do momento em que se encontraram, se tronaram como imãs de polos opostos, atraídos um ao outro de onde era impossível evitar se distanciar. O amor, a saudade, a felicidade brilhavam mais do que as ricas tochas que brilhavam na escuridão da noite de lua-cheia, brilhavam mais do que as estrelas que adornavam luxuosamente a senhora lua, ou o ouro e jóias que as gordas senhoras burguesas exibiam durante o desfile. O verdadeiro sentimento exposto no olhar, era capaz de suprimir tudo que estava ao seu redor. Era como se apenas eles existissem ali. Nada era mais importante. Apenas Eles.

Quando o jovem Uzumaki desceu de seu cavalo, seus braços já estavam erguidos e abertos para receber carinhosamente a esposa que corria para eles. Com um sorriso amoroso, ele olhou para os olhos cor de lua, assim que a mulher, ainda em seus braços, ergueu a face para encará-lo, e como que lidando com a fragilidade da mais bela rosa, ele a beijou docemente, transbordando seu amor, seu carinho, sua paixão, e acima de tudo, o sentimento amargo e caloroso que rompe nossos corações e que faça doer ainda mais a distância nos imposta do nosso amado: a saudade.

Os doces lábios se encaixavam numa dança sensual e misteriosa cheia de amor e paixão que trazia os mais belos pensamentos às pessoas que admiravam o reencontro daquele casal, o abraço apaixonado só marcava ainda mais a necessidade que um tinha pelo outro, mas a face de alegria dos enamorados ao se separem só refletia a felicidade que todos podiam sentir ao admirara-los. No momento em que se separaram, a jovem sussurrou docemente no ouvido do amado. Palavras que ficariam marcadas para sempre no ouvido do jovem e que lhe torturariam amargamente no negro futuro que lhes aguardavam.

O sorriso de felicidade que se rompia nos lábios fartos da senhora de cabelos de noite e o leve rubor que se instauraram em sua face só tornava o momento ainda mais surreal para o homem dos olhos celestes. As palavras se desprendia como em ondas do jovem casal e como em um misto de prazer e alegria sua alma explodiu ao escutar tão doces palavras vinda da esposa que ele tanto amava.

—Você será pai, meu senhor! Em breve nós seremos pais da criança que no presente cresce em meu ventre e que em breve conhecerá esse mundo para ser amado por mim e por vós. Eu já o amo, assim como amo a vós, meu senhor! —A doce e tilintante voz demonstrava a alegria do momento, alegria essa que logo foi refletida no enorme sorriso que se instalou nos lábios do homem, que num momento fazia nascer em seus olhos o menino que entrara na bela mansão Hyuuga e que agora era inundado pela felicidade de se tornar pai. Alegria que estaria presente em sua vida pelo longo tempo que Deus, Senhor do mundo, lhe concedeu, mas que infelizmente os homens o tomariam para si, dando lhe apenas a esperança de que o Senhor, conhecedor de todas as coisas, lhe dará novamente.

Mas o futuro, não nos pertence, e o momento esse era bom, era momento em que tudo virava, era o momento em que uma nova carta surgia no jogo, era o momento em que segredos seriam revelados. Segredos que escondiam um passado sangrento, encobertos a tanto tempo que até o mais belo raio de sol que ameaçasse brilhar no horizonte era morto imediatamente, mas que não tardaria para que o brilho da lua o encontrasse, e logo, que fizesse a bela manhã nascer naquele sombrio lugar, o lugar do silêncio, o lugar vermelho.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Volto a perguntar: O que você acham que vai acontecer? O que vocês acham que é esse segredo ? Porque ele precisa ser mantido e quem o mantém? Porque ele é tão perigoso? Espero ver as respostas de vocês e para quem não leu as notas do capítulo lá em cima, por favor não deixem de ler!
um grande beijo para todos vocês e até mais!!!



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