Réquiem escrita por Ghanima


Capítulo 12
Golpe de Misericórdia


Notas iniciais do capítulo

Observação: Esse capítulo será M Rated – ou pelo menos – uma parte dele. Logo quem for menor ou se sinta ofendido (se bem que eu duvido que isso vá acontecer. XD), esteja livre para não ler.
Disclaimer: Naruto pertence a Masashi Kishimoto.
Música: SOS (Anything But Love)
Banda: Apocalyptica & Cristina Scabbia
Créditos: Brighit pelo auxílio imensurável prestado no momento pelo qual todas ansiávamos. /o/



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Cap 12 – Golpe de Misericórdia

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- Continuamos isso depois, amor. – sussurra ele no ouvido dela.

E por mais incrível que pudesse parecer, a Ino também desejava isso.

- “Por Deus, o que está acontecendo comigo?”

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OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOo

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Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma. As paixões são como ventanias que enfurnam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveria viagens nem aventuras nem novas descobertas.”

(Voltaire)

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Bound to your side and

(Acorrentada ao seu lado)
Trapped in silence

(Presa no silêncio)
Just a possession

(Apenas uma propriedade)
Is the sex our only violence

(É o sexo a nossa única violência)
That feeds your obsession
(Que alimenta a sua obssessão)

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Ino sentia seus pés pesarem como chumbo ao andar pelos corredores impecavelmente limpos e bem acabados do navio luxuoso que a levaria a Kumogakure; algumas outras pessoas eram vistas passeando por perto, mas a loira sequer se ocupou em prestar atenção nas mesmas. Sua cabeça estava pra baixo e os olhos azuis e marejados fitavam incessantemente o chão coberto por um belo tapete marrom.

Ela podia ouvir a voz do jovem rapaz que guiava a ela e ao Mefistófeles até o camarote onde ela passaria os três dias mais longos de sua vida, se bem que a jovem Srª Jashin não conseguia distinguir bem o que estava sendo dito e ela nem se importava. Suas elucubrações foram interrompidas quando ela colidiu com as costas de Hidan, que estava parado em frente a uma porta, sendo acompanhado pelo jovem que os trouxera.

- Sejam bem vindos ao seu camarote. – começa o rapaz, abrindo a porta do aposento. – Em nome da tripulação, desejamos que sua viagem seja proveitosa e confortável.

- “Pode ter certeza que vai ser”.– o Jashin pega a chave oferecida e põe algumas notas no bolso do uniforme do jovem. – Me deixe a par de qualquer coisa interessante, sim?

O rapaz sorri.

- Claro, senhor. – ele se curva levemente. – Tenham um bom dia.

- Obrigado. – fala o homem de cabelos prateados que logo pega o braço da esposa e a traz porta adentro. – Vai ficar plantada aí até quando?

A jovem sai de seu segundo transe com o som da porta se fechando e logo se pega analisando o lugar onde se encontrava. Ela começa a zanzar pelo ambiente e vê que era bem confortável; sendo dividido em três partes: A primeira servira como uma sala de estar onde na parede oposta à porta estava uma mesa retangular de dois lugares e feita de mogno, em uma outra parede ficava um sofá e na oposta, uma pequena cômoda com onde – em cima – estava um espelho e uma bandejinha com uma garrafa de gin e dois copos. Podiam ser vistas luminárias nas paredes e um bulbo de luz no teto.

A segunda era composta por um corredor um tanto estreito que culminaria no quarto. Por fim, havia o lugar em que a loirinha mais temia se meter no mundo, o quarto. Seus passos a levam – lentamente - até o mesmo e logo ela se põe a observar. No meio do cômodo estava uma espaçosa cama, coberta com lençóis vermelhos e brancos, do lado direito da mesma ficava um armário e à esquerda, estava um banheiro. Um detalhe que ela percebeu era que todas as paredes do camarote estavam cobertas com um papel de parede grená, cujos desenhos lembravam bambus. E o chão amadeirado também estava adornado por alguns tapetes mais coloridos.

- Isso é bem luxuoso. – fala ela pra si mesma.

- Nisso eu concordo. – diz Hidan que estava parado atrás dela, logo o homem sorri vendo o susto que a jovem tomara. – O jantar é daqui a... – ele tira um relógio do bolso. – 3 horas.

- Sei. – responde a dona dos olhos azuis enquanto tira o seu chapéu.

- Até quando você vai ficar com essa depressão insuportável? – inquire a Morte – “Garotinha irritante”.

- Desde quando você se importa?

Ino rebate e encara Hidan, que logo repara nos olhos avermelhados da mesma. Ele amaldiçoa a tudo e a todos por isso. Não que ele realmente se importasse com a tristeza que se apossara de sua esposa, mas detestava o fato de que a deliciosa trégua que tiveram foi jogada fora por causa de uma súbita aparição enquanto eles entravam no navio.

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OoOoOoOoOoOoOo Flashback oOoOoOoOoOoOoO

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You send me to a broken state

(Você me deixa num estado deplorável)
Where I can take the pain

(Onde eu possa suportar a dor)
Just long enough

(Apenas o suficiente)
That I am numb

(Para que eu fique apática)
That I just disappear
(Para que eu simplesmente desapareça)

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Depois do beijo inesperado do Jashin, Ino permanece tonta e no colo do mesmo, tentando recuperar a força e a disposição para falar; seus lábios inchados acabam por não serem um estímulo a tal coisa, assim como os braços firmes mantendo-a junto ao corpo masculino. Os orbes azuis olhavam para o lado de fora do veículo. Depois de vários minutos, o mesmo para e o som de vozes, rodas e da chaminé de um navio acordam o casal do transe em que se encontravam.

- Senhor e senhora Jashin. – começa o velho condutor. – Estamos no porto.

- Pena, meu bem. – começa Hidan. – Eu estava adorando a nossa presente posição.

Ele encerra o seu discurso mordiscando o lóbulo de uma das orelhas da loira, causando um arrepio bem claro na jovem – que se ocupa em sair do colo dele no mesmo instante. – cujas pernas bambas dificultam a volta ao seu banco de origem. Ino pega o seu chapéu e o coloca no lugar, usando a garrafa de bebida como espelho.

O velho condutor abre a porta da carruagem e a Morte sai primeiro, se aproximando do outro e falando algo que a esposa não consegue ouvir. Ao invés disso, a loira escolhe se distrair vendo figuras passando do lado de fora da janela e remexendo em seus presentes.

- Vamos indo. – o homem de cabelos prateados estende a mão direita para dentro do veículo. – Estamos sem tempo.

A jovem aceita a mão dele e sai da carruagem, ficando abismada com o movimento intenso dentro do porto. Havia alguns navios parados e ela não sabia em qual viajaria, várias pessoas se amontoavam nos guichês e uma outra imensidão de indivíduos andava de lá para cá pelos caminhos pequenos e estreitos entre os muitos armazéns. Dando uma olhada para trás, a loira percebe que um carrinho transportava os seus presentes e outras coisas que estavam dentro da carruagem.

- É aquele ali.

A voz da Morte faz com que a jovem volte seus orbes azuis para a direção correta e – ao fazê-lo – ela se depara com um enorme navio branco e verde escuro, cujas chaminés imponentes soltavam uma fumaça quase negra a todo instante. Olhando para o casco alvo da embarcação, Ino vê que havia duas entradas: Uma seguia reta e para os níveis mais baixos do navio (ou pelo menos, era o que ela achava.) e uma mais íngreme pela qual se chegava em níveis mais altos.

- Não consigo ver como essa banheira vai chegar em Kumogakure em 3 dias. – comenta a antiga Yamanaka, ainda sendo guiada pelo Jashin.

- E quem disse que você precisa ver alguma coisa? – inquiri o homem de cabelos cor de lua, que pega alguns papéis que estavam dentro do seu terno e passa uns dos mesmos para a acompanhante. – Apresente isso quando chegarmos na entrada.

Ino abre os papéis e se surpreende.

- Desde quando você tem isso? – questiona ela com uma irritação visível na voz e na face. – Esses meus novos documentos já tem o seu nome!

- E daí?

- E daí que isso demora pra ser feito!

- Não quando se suborna o pessoal do cartório. – esclarece ele, sorrindo como se aquilo fosse perfeitamente normal. – E como você mesma tinha percebido: O casamento era inevitável.

- Isso não é motivo!

- Se o estupro é inevitável. – Hidan vai levando Ino pela rampa íngreme. – Relaxa e goza.

- Vou fingir que não ouvi isso.

Era desnecessário comentar o quão vermelha a loira estava com o comentário depravado que o Mefistófeles havia feito. Quando já estavam quase entrando na embarcação.

- Ino?

Aquela voz conhecida faz com que a jovem sinta seu coração gelar e seus pés fincarem na rampa de ferro. Não podia ser verdade, aquilo não podia estar acontecendo! Ela já tinha se conformado com a sua situação. Por que, justo agora, aquela pessoa tinha que aparecer?

- “Não seja você, não seja você!” – esse mantra agoniado ecoa pelos pensamentos turvos da moça dos olhos azuis.

- Você é insistente, moleque! – Hidan reclama e se vira para o indivíduo. – Lamento, menino Nara. Só que eu e Ino estamos de partida.

Essa confirmação traz lágrimas aos olhos cerúleos da Srª Jashin. Com movimentos mecânicos, ela se move de maneira a poder olhar pela última vez para aquele rosto. Shikamaru os fitava com os olhos esbugalhados, os cabelos estavam bagunçados e algumas gotículas de suor podiam ser vistas brilhando naquela pele morena. O jovem deve tê-los seguido desde a saída do cartório.

- “Você é tão lindo, meu preguiçoso”.– pensa a jovem, sem forças para falar.

- Para onde estão indo? – o Nara vai se aproximando.

Tudo que Hidan faz é parar atrás da inerte Ino, pegar a mão esquerda da jovem e mostrar a aliança que brilhava desafiadora nos dedos finos e trêmulos da mesma. O choque no rosto do moreno faz com que as lágrimas que ameaçavam cair dos olhos azuis da jovem acabem por despencarem como a água que cai de uma cachoeira; ao mesmo passo que o Mefistófeles sorria vitorioso.

- “Esse foi o golpe de misericórdia nesses dois”.– ele vai puxando a resistente esposa para o interior da embarcação. – Se não se importa, temos que ir pra casa.

A última frase de Ino a Shikamaru reverbera de forma diferente no ouvido dos dois. O adulto se enche de ódio, o jovem é inundado de uma felicidade melancólica.

- Eu te amo, Shikamaru.

Ao vê-la sendo arrancada de si, o Nara cai na rampa.

- Eu também, problemática...

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So go on and fight me

(Vá em frente e brigue comigo)
Go on and scare me to death

(Vá em frente e me deixe morta de medo)
Tell me I asked for it

(Me diga que eu pedi por isso)
Tell me I'll never forget

(Me diga que eu nunca esquecerei)

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OoOoOoOoOoOoOo Fim do Flashback oOoOoOoOoOoOoO

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You could give me anything but love

(Você poderia me dar tudo menos amor)
Anything but love
(Tudo menos amor)

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O Jashin estava largado em sua cama, com os olhos fechados e braços cruzados sobre o seu peito exposto. Lembrar dos seus últimos momentos em Konoha era uma fonte de irritação intensa e estar tão perto daquela que catalisou o estresse era tão ruim quanto a memória em si. Não se ouvia som algum vindo do banheiro, onde Ino se trancara há quase 30 minutos.

O Mefistófeles decidiu extravasar a sua frustração da forma que lhe era peculiar: Sendo o que era. Aproveitando que sua caríssima esposinha estava enfurnada no banheiro, e não dava sinal de querer sair de lá, a Morte tomou sua aparência de esqueleto e usando o seu poder, decidiu passear pelo navio. Decidindo quando, quem e onde as pessoas que escolhesse morreriam.

Sua “ronda” pela embarcação dura cerca de 40 minutos e, já estando mais relaxada, a Morte toma a aparência normal de Hidan Jashin e volta para o camarote, deparando-se com a porta de seu quarto, fechada. Abrindo a mesma com a maior sutileza possível, o homem se depara com a figura adormecida de Ino sobre os lençóis.

Ela estava deitada de costas, os cabelos loiros espalhados pelos tecidos brancos e negros, o roupão branco deixava sua perna esquerda e seu seio direito expostos ao olhar faminto do Mefistófeles. Aproveitando o estado de inconsciência de Ino, Hidan caminha lentamente até a cama, sentando-se ao lado dela e tocando suavemente o seio descoberto. Era macio e quente. A presença de mão no seio faz com que a loira reaja em seu sono.

- Shika...

Aquilo foi a gota d’água! Ele não iria tolerar um rival entre ele e aquela que era sua por direito.

- Essa é a última vez que você chama por ele.

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OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOo

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- Vamos nos atrasar para o jantar!

A voz autoritária de Hidan arranca a loira de um sono pesado e sem sonhos. Ela ainda estava na mesma posição que dormira e o homem a observava pelo espelho, ao mesmo tempo em que acertava a sua gravata. Os olhos violetas estavam frios e amedrontadores e fitavam diretamente o rosto sonolento de Ino. Aquilo a estava deixando incomodada, a súbita mudança no humor dele.

- Que horas são? – a loira pergunta ao se sentar na cama.

- 19:10. – responde Hidan. – Você tem 40 minutos para se arrumar.

Dizendo isso, ela sai do quarto, batendo a porta com uma violência que faz com que o som produzido fira os tímpanos despreparados e delicados de Ino. Ela se ergue do móvel e leva as mãos ao rosto, se surpreendendo com o frio que aquele fino pedaço de metal em seu dado causava em sua pele. Os olhos azuis se prendem ao objeto.

- Isso mais parece uma algema.

De uma certa forma, a jovem não estava muito longe da verdade. Muito embora ela não soubesse que o que realmente a ligava a Hidan era algo infinitamente mais complexo e sinistro do que a lei dos homens e um fino pedaço de prata. A loira vai caminhando até a janela, percebendo que o clima parecia bem mais frio e cruel do que aquele que se apresentara pela manhã; assim sendo, ela vaio até o armário e escolhe um vestido roxo com detalhes em branco.

A arrumação da jovem demora mais, visto que não havia mais Satsuki para ajudá-la. A última coisa era escolher que jóias usar no jantar, não que ela estivesse minimamente interessada em agradar ao Mefistófeles, e sim que ela queria sentir-se bem consigo mesma. E a melhor forma de fazer isso era estando deslumbrante. Ino estava de pé colocando brincos quando o dito cujo entrou no quarto.

- A sua intenção é chegar para o jantar de amanhã?

- Estou me arrumando. – a antiga Yamanaka continua com seus olhos focados em numa caixinha onde colocara suas jóias.

- E o que te faz demorar tanto? – ele se aproxima, ajeitando a gravata azul petróleo colocada sobre uma blusa branca de seda, coberta por um terno cinza.

- Não sei que jóia usar.

O marido se adianta e começa e inspecionar os objetos, não levando 5 segundos até ele selecionar a peça ideal para ser usada. Ele se coloca atrás da esposa e põe o item em volta do pescoço esguio, permitindo que suas mãos flutuassem lascivamente sobre a pele alva e macia, causando arrepios na jovem.

- Pronto!

A loirinha se olha num espelho e confirma que o famoso colar com o triângulo ficara bem, adornando sem ser chamativo. Depois de acertar os brincos e os anéis, Ino finalmente se sente pronta para comer.

- Dá pra ser ou está difícil? – mais uma vez reclama o homem.

Já exausta de ouvir Hidan reclamando, a jovem pega uma das mãos da Morte a arrasta para fora do camarote.

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OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

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Does it feel good tonight

(Está se sentindo bem essa noite)
Hurt me with nothing

(Me machuque com nada)
Some sort of sick satisfaction you

(Algum tipo de satisafação doentia que você)
Get from mind fucking
(tem em foder com a minha mente)

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- Está pensando nele de novo.

A voz cavernosa do Mefistófeles arranca a loira de suas divagações. O casal estava no restaurante do navio, que por sorte, não estava muito cheio; o Jashin optou por uma mesa mais afastada e que ficava perto de uma das portas de saída do recinto. Um pianista tocava alguma música conhecida; vasos de flores, pratos refinados, pratarias, risadas e vozes sibilantes eram uma constante naquele salão amplo e decorado com esmero.

Ino não prestava atenção em nada disso, ela apenas se fixava em beber a água cristalina em seu copo e comer seu jantar. A loira sabia que era um peixe qualquer, mas não se esforçara em prestar atenção no que acontecia em seus arredores. Já Hidan se comportava da maneira oposta. Mesmo sem querer, a esposa percebeu que o homem era alguém bem relacionado, visto que vários vinham até a mesa deles especialmente para cumprimentá-lo.

- É, estou. – confirma a dama de olhos azuis antes de beber mais água. – “Na verdade, eu sempre penso nele.”

- Não vai te servir de nada, garota. – fala a Morte depois de mastigar uma fatia de tomate. – O Nara está a quilômetros de distância.

- Alguém como você não entenderia o que eu sinto. – a jovem sussurra e os olhos azuis brilham com desdém.

Os olhos púrpuros a encaram, irônicos e frios.

- Na verdade, eu entendo muito bem. – ele se acomoda mais na cadeira e brinca com o colar igual ao de Ino.

Ela não tinha reparado na presença daquilo até aquele instante.

- Entende, é? Você sabe o que é amor? – ironiza a Srª Jashin.

Ele dá uma gargalhada baixa e apóia a cabeça no punho direito fechado, o cotovelo estava apoiado na mesa.

- Acha que mesmo que isso é amor, pirralha? – Hidan toma um gole do vinho que estava à sua frente. – Deixe eu te dizer o que isso é realmente...

- Diga! – desafia a jovem.

- Uma paixonite tola a qual você está tentando se prender. – ele a vê prender a respiração pelo choque. – Como uma criança que não quer se desfazer de um brinquedo.

A reação da loira é inesperada e por sorte, ocorreu quando o salão já estava totalmente vazio. Assim como os corredores que os levariam até o camarote. Quando a Morte terminou sua sentença, a fúria de Ino foi tamanha que ela – assim que se ergue da cadeira – pega a taça onde bebia a água e arremessa o líquido no homem. Saindo do recinto logo em seguida, sendo seguida de longe pelo marido.

Ino corre pelos corredores do navio, sem se importar se estava fazendo barulho ou não, aliás, ela havia se alienado para o mundo exterior. Não por vontade própria, mas porque a raiva que a consumia impedia qualquer consideração racional. Ela adentra, tempestuosa e irascível, ao camarote, indo para o banheiro e lavando o rosto. A água fria não aplaca a ira de seus pensamentos. Como aquele maldito se atrevera a rebaixar os seus sentimentos.

O Jashin acompanhou a explosão de fúria da loira com uma certa satisfação, uma vez que vê-la daquele jeito indomável despertou os desejos mais escusos que ele mantinha dentro do corpo. Sim, aquela seria a noite que ele desejava desde que colocara os olhos na ex-Yamanaka depois dos nove anos desde o acordo. Ele não tinha pressa em chegar ao camarote; afinal, ela não tinha para onde ir.

Quando chega ao local desejado, ele vai até a pequena cômoda e pega sua bebida; sentando depois na poltrona. Não demora a que ele se desfaça do terno, do sapato e da meia, a gravata azul petróleo é afrouxada. Em uma das mãos brancas estava a garrafa de gim, na outra estava o patenteado colar, que logo vai parar no pescoço. Os passos dela voltando a pequena sala de estar se tornam audíveis e ele sorri.

- Hora da festa...

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(M-Rated a partir desse momento! o/)

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Oh stripped down to my naked core

(Despida até o meu âmago)
The darkest corners of my mind are yours

(Os cantos mais sombrios da minha mente são seus)
That's where you live,

(É ali que você vive)

That's where you breathe
(É ali que você respira)

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OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOo

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So go on and fight me

(Então vá em frente e brigue comigo)
Go on and scare me to death

(Vá em frente e me deixe morta de medo)
Dare me to leave you

(Me desafie a deixá-lo)
Tell me I'd never forget

(Me diga que eu nunca esqueceria)

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A dona dos olhos azuis voltava a passos lentos para a sala, a maciez do tapete confortava o seu trajeto. Os orbes cerúleos estavam sutilmente avermelhados, assim como as maçãs do rosto e o nariz, os lábios estavam cerrados numa linha fina e rígida. Rígida como a expressão na face marmórea. Os fios dourados se apresentavam levemente bagunçados devido aos passos acelerados. Ela não dá atenção a Hidan sentado no sofá, vigiando cada movimento dela e para diante do espelho.

- Nossa, será que a verdade doeu tanto assim? – o Jashin brinca com o pingente em seu pescoço.

- Cale a boca...

- Suponho que sim. – continua o homem, sem dar a mínima para os efeitos de suas palavras. – Descobrir que o “amor” não era na...- a frase dele é interrompida por uma Ino revoltada, encarando-o pelo espelho.

- Que diferença faz que eu sinto pelo Shikamaru? – ela berra e joga uma das taças na porta. – MEUS PAIS NÃO ME VENDERAM PRA VOCÊ, MISERÁVEL?!

Ele se levanta, vai até a jovem, fazendo-a olhar diretamente para ele.

- Exatamente! – a voz dele sai cavernosa de tal maneira que deixa a loira apreensiva ao extremo. – E agora é hora de eu tomar posse do que é meu!

Aproveitando que ela se afastou e foi andando sem perceber até a mesa, a Morte faz o mesmo trajeto até tê-la pressionada entre seu corpo e o móvel. Logo Ino se percebe sentada sobre o móvel, e aquele ser lascivo abria seus joelhos para se encaixar entre suas pernas, os olhos azuis estavam arregalados e fixos nos orbes púrpuros e intensos. Ela tenta se levantar, mas a mão esquerda dele - empurrando seu peito - a faz deitar no mogno de forma violenta, os fios loiros se espalham pela escura madeira.

- Pensa que vai aonde? – pergunta ele, uma das mãos ainda parada em sobre os ombros femininos. – Daqui você não sai!

Dizendo isso, ele põe a garrafa que estava na mão direita em cima de uma cadeira, agarra a frente do vestido e rasga o tecido roxo com toda violência possível. Os seios brancos agora se encontravam expostos ao olhar faminto do Mefistófeles – que lambia os lábios numa clara demonstração de luxúria - a loira tenta levar seus braços até seu colo, sendo prontamente impedida pelo homem que leva sua boca até aquela carne recém exposta.

Ino estava pasma com o que se passava ali dentro, seu corpo sendo atacado por Hidan e ela sem forças para reagir ao assalto. Os lábios e língua dele marcavam seus seios como ferro em brasa, assim como fazia a mão direita dele, uma vez que a esquerda segurava seus pulsos acima da cabeça dourada. Os gemidos escapam de sua garganta, mesmo que ela desejasse detê-los com todo o seu ser.

- Gostando, não é? – ele pára com o ataque aos seios e a vira, fazendo com que ela fique de costas para ele. – Bom saber...

- Pára com isso! – ela ordena, movendo sua cabeça até poder olhar nos olhos dele. – O que vai fazer com essa coisa?

A pergunta dela foi motivada pela visão de Hidan tirando sua gravata do pescoço e encarando o objeto com uma expressão curiosa, como se pensasse no que poderia fazer com aquilo. Ela podia sentir o uma distinta parte da anatomia dele tocando suas nádegas. Os olhos azuis ficam aderidos à figura da Morte até o momento em que um sorrisinho assustador brota nos lábios masculinos. Não demora até que os braços de Ino sejam levados até as costas e amarrados com a mesma gravata que tanto atraíra a atenção da mesma.

- Acho que você já sabe o que eu vou fazer.

- Não se atreva!

- Tarde demais.

Ele puxa o que sobrou do vestido para baixo, fazendo com que o elaborado tecido fique como uma poça a seus pés. O Jashin aproveita o momento para admirar aquela cena: Ino apenas com uma cinta-liga, tremendo e indefesa. A mente da Morte começa a galopar, considerando tudo o que o que poderia ser feito a partir dali. Não demora até a resolução chegar.

As unhas, lábios e língua começam a tomar conhecimento da pele branca e delicada; mordidas e arranhões deixavam marcas vermelhas em Ino, que ora gemia de dor, ora gemia por causa das sensações novas que lhe eram infligidas. Esse tempo todo, a consciência e o corpo da jovem se debatiam em resistência. Um lado queria continuar, o outro desprezava a idéia.

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You could give me anything but love

(Você poderia me dar tudo menos amor)
Anything but love
(Tudo menos amor)

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Hidan estava extasiado com os acontecimentos, nem mesmo em suas fantasias mais depravadas – e essas eram muitas – tê-la à sua mercê seria tão sublime - o delírio não chega nem perto da realidade. Os gemidos e gritinhos que ela emitiam fizeram brotar nele uma fome violenta e que precisava ser extinta com a mais absoluta urgência. Enquanto uma das mãos dele se ocupa de percorrer o corpo da jovem, a outra se aproxima da cadeira mais próxima, tomando para si um objeto há muito ignorado.

- Ahhh! – ela solta um grito ao sentir algo molhado e gelado escorrendo por suas costas, desconsiderando o fato de esse “algo” também causar ardências nas feridas. – Você é louco?

- Nem respondo... – a voz do homem sai tão rouca e baixa que a jovem sente uma parte ainda oculta do seu corpo reagir.

Ela se arrepia ao sentir a boca dele correr mais lentamente pela sua pele, lambendo o gim que ali fora derramado. A aspereza das mordidas ia sendo trocada pela languidez da língua do Jashin retirando cada traço de álcool das costas da jovem. A loira se apóia mais na mesa, mordendo os lábios e passando a língua nos mesmos; sua mente num total estado de letargia. As mãos dele faziam um trabalho divino em seus seios, ora acariciando, ora ferindo sutilmente. De repente, suas costas colidem com o tronco ainda coberto do marido.

- Onde é que foi parar toda aquela fúria, hein? – a pergunta de Hidan veio acompanhada de uma língua que passeava por sua orelha esquerda. – Acho que eu já sei...

- É mesmo? – retruca a loira, ofegando.

- Aqui!

Ele exclama e arranca a calcinha da jovem, que se assusta com o quão brusca fora aquela atitude. Antes que ela pudesse reagir apropriadamente, o indivíduo de olhos púrpuros se enrosca nas pernas alvas e torneadas, encaixando sua pélvis na da figura trêmula e enrubescida. O rosto dele se oculta brevemente no pescoço dela, aspirando intensamente o perfume de dama-da-noite que tinha se tornado tão intenso que beirava o insuportável; além da umidade que penetrava pela calça masculina.

- Já está úmida? – a mão direita dele explora o território mais desejado, aquela junção entre as pernas de Ino.

- Pa..ra... – a cabeça loira pende para trás, mesmo sem querer.

- Estou vendo que sim. – ele ri e continua os movimentos, deleitando-se quando começa a brincar com um ponto naquele lugar que leva a loira aos gritos. – A fúria virou tesão, não foi? Admita.

Ino sequer acha forças pra reagir, todo o seu corpo parece incendiar e implorar pelos toques do homem sombrio à sua frente. A ex-Yamanaka ignora até mesmo a pressão da gravata em seu pulso, que causava dormência nos mesmos. Seu estado de torpor sexual é piorado sensivelmente quando os dedos do homem são substituídos pela boca do mesmo.

A principio, a língua passeia vagarosamente pela aquela pele rosada e úmida, descobrindo a textura e o gosto daquele lugar. As mãos de Hidan prendiam e acariciavam toda extensão das pernas bambas da jovem. Um grito de Ino ecoa pelo camarote quando os movimentos da Morte em seu sexo se tornam mais violentos e profundos, aquela língua entrando e saindo de dentro de si, os dedos da mão direita (que abandonara sua perna) acompanhando a exploração, as mordidas que atacavam seu clitóris. Tudo aquilo fazia o seu mundo girar.

- Ahhhh! – a jovem se ergue da mesa de repente, mas logo volta a sua posição original. – Onde é que você está com a cabeça, seu doente?

Berra a loira ao sentir os dentes do Jashin mordendo a parte interna de sua coxa e segurando as pernas de modo que ela não pudesse reagir. Ele solta uma das pernas, pega a garrafa de gim e toma um gole.

- Sabia que o seu gosto combinado com gim é uma delicia, vadia?

Hidan volta até o sexo da moça de olhos azuis, lambe mais algumas vezes, toma outro gole da bebida, e despeja a bebida na boca feminina com um beijo abrasador, fazendo com que ela sinta o sabor que o deixara mais faminto.

- É mesmo? – ela sussurra, sentindo seu corpo queimar e pedir por mais.

- Com certeza!

Hidan põe puxa o colar no pescoço de Ino, trazendo o para perto e mais uma vez tomando posse dos lábios rosados da loira. Ela se cola ao corpo masculino, sentindo o seu suor se misturar com o dele, aspirando o cheiro de almíscar que recendia do Mefistófeles. Quando se afastam, o púrpuro encontra o azul com uma intensidade capaz de causar arrepios em qualquer um.

- Me solta.

- Por que? – a Morte bebe o último gole da garrafa. – To achando ótimo como está.

- Tira essa gravata dos meus pulsos. – exige a jovem, prendendo suas pernas na cintura dele, sentindo a excitação do outro tocar em sua feminilidade. – Está me machucando.

- Bom saber.

- Dá pra ajudar? – Ino reclama.

O Jashin aquiesce e tira a gravata dos pulsos finos da jovem; apenas para, logo em seguida, colocar as mãos dela dentro de sua cueca. Os olhos azuis da moça se arregalam ao sentir aquele pedaço de carne quente latejando em suas mãos; ela tenta tirar suas mãos daquele ponto, mas é impedida pela força que prendia seus pulsos. O Mefistófeles vai até a orelha dela, mordiscando e lambendo.

- Achou que era a única que ia se divertir é? – ele sussurra ao mesmo tempo em que incita que as mãos da loira se movam. – Me entretenha, loirinha. – os lábios dele vão até a veia do pescoço que pulsava elétrica. – “Eu vou te deixar hibernando essa noite, garota. Pode apostar que vou.”

Contra todas as probabilidades possíveis e imagináveis, a Srª Jashin acaba fazendo o que era exigido. Suas mãos começam com movimentos lentos, se habituando ao “novo ambiente”, sentindo a textura daquela pele e o calor da mesma. Não demora muito para que o Jashin apóie a cabeça no ombro dela, os olhos masculinos se fecham, desejando apreciar melhor o momento.

A voz rouca dele a deixa tonta, assim como a respiração descompassada que eriçava os pêlos do pescoço da loira. A própria Ino põe seu rosto no pescoço do homem, beijando e lambendo languidamente a pele levemente temperada de suor e que queimava tanto quanto a sua. Sem perceber, ela já o tinha deixado nu (N/A: Isso sim é a visão do Paraíso. :D).

- “Isso mesmo, loira.” – a mente da Morte encontrava dificuldades em formar uma sentença coerente. As mãos firmes dele se prendem na pele da cintura dela. – Mesmo sabendo que você é virgem, admito que você é bem talentosa, Ino.

A voz dele faz algo estalar no cérebro da jovem, fazendo com que em questão de segundos, a jovem se atentasse para o que estava fazendo. Ouvi-lo chamando-a pelo nome fez com que algo que o que ainda havia da antiga Ino Yamanaka despertasse dentro daquele corpo cheio de desejo. Hidan percebe a mudança e se afasta, sentindo a esposa fazer o mesmo e percebendo-a olhando para baixo.

- O que foi? – pergunta ele sem entender o que se passava.

- “Deus, eu estou traindo o Shikamaru!” – os olhos azuis dela ficam marejados. – “E o Deidara-niisan também”.

Ela se dá conta de que estava abandonando aqueles que tanto se esforçaram por ela.

- Que houve? – Hidan inquire autoritário, erguendo o rosto dela. – “Que merda! Logo quando estava tudo indo bem!”

Ino não se vê inclinada a responder. Antes que o Jashin pudesse se dar conta do que ocorria, a loira o empurra e sai da mesa, correndo em direção ao quarto, mas tropeçando nas roupas que estavam caídas pelo chão, colidindo com o tapete e se apavorando ao ouvir os passos da Morte. Ela solta um grito e se debate ao sentir-se sendo puxada violentamente para cima e – mesmo dando chutes no ar – não demora até suas costas colidirem com a parede do corredor.

- Você achou mesmo que ia fugir? – ironiza o homem, olhando para ela com fúria e paixão.

- Eu não posso fazer isso. – exclama a dama. – E não vou fazer!

Ele a vira de frente para a parede, afasta um pouco as pernas longas e torneadas da moça, ainda salpicando alguns beijos molhados na pele da nuca e dos ombros dela. A Morte prende os braços dela entre os seus e a parede, enroscando seus dedos nos dela.

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Without any faith

(Sem nenhuma fé)
Without any light

(Sem nenhuma luz)
Can dare me to live

(Pode me desafiar a viver)
I'm living a lie

(Eu estou vivendo uma mentira)
Inside I am dead
(Por dentro, eu estou morta)

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- Não pedi permissão. – dizendo isso, o Jashin a penetra, se deliciando com a sensação de estar dentro da loira e com o grito que ela deu. – E nem preciso dela.

- Pára! Sai, sai de dentro de mim!

Ela berra isso quando os movimento do homem começam. A dor de ter tido sua inocência roubada era menor do que a dor de saber que todos os sonhos que ela tinha quanto à sua primeira vez estavam sendo obliterados por aquele homem infeliz! Ela olha para suas pernas e vê o sangue escorrendo e maculando a pele branca.

- “Socorro, Shika! Deidara-niisan!” – a mente dela implora. – Chega! Chega!

- Não mesmo, meu bem. Acabei de começar.

Nem é preciso comentar a satisfação macabra que se apossou do Jashin assim que se sentiu dentro do corpo de Ino. O sexo dela era quente, apertado e deliciosamente úmido, fazendo com que os movimentos dele ficassem fluidos. Seu membro deslizava facilmente dentro daquele lugar que – durante anos – foi desejado ardentemente pelo Jashin. Ele se apóia no ombro direito dela, diminuindo a intensidade do vai-e-vem, tendo uma súbita preocupação com o prazer da jovem.

- Aproveita, doçura. – sussurra ele ao mesmo tempo em que solta as mãos dela, colocando uma em volta de seu pescoço. – Vamos saborear?

Hidan acaricia todo o tronco de Ino, beija o pescoço e o ombro dela, brinca com os mamilos duros da mesma.

- Saborear?

A loira deita a cabeça no ombro da Morte. A dor que a acometera recentemente ia sendo substituída por um calor jamais sentido, um prazer intenso a devorava por dentro e corria como fogo em suas veias. Os fios prateados dele roçam na pele do rosto dela quando Hidan beija rapidamente a testa feminina. O carinho repentino dele faz com que as imagens de Deidara e Shikamaru desapareçam dos pensamentos da Srª Jashin. Tudo o que ela queria era o corpo de Hidan onde ele estava, grudado no dela.

- É, amor. – a velocidade dos movimentos aumenta, assim com os gemidos do casal que ecoavam pelo camarote. – Vamos saborear o prazer sublime juntos.(1)

O convite dele se provou totalmente desnecessário quando a moça dos olhos azuis se põe a acompanhar os movimentos do homem. As nádegas macias dela roçavam contra o corpo dele, deixando-o mais enlouquecido do que já estava antes; a mão direita dela se prende aos fios prateados da cabeça de Hidan e a mão esquerda dela vai se aproximando de sua feminilidade. Já a Morte leva suas duas mãos aos seios fartos da esposa. Quando o Jashin percebe, uma das mãos de Ino tocava aquele ponto no sexo dela que a fez começar a gemer mais alto.

- Se eu soubesse que você ia fazer isso... – ele tira a mão dela e substitui pela sua. – Não tinha te soltado.

A voz dele sai parecida com um rosnado, e que veio acompanhado de uma mordida selvagem no pescoço feminino. Segundos, minutos perdem totalmente o sentido para eles, de tão inebriados que estavam por causa daquele sexo. As batidas dos corações e os gemidos encontraram uma sintonia poderosa, quase musical.

Num dado momento, Ino é tomada por um calor insuportável e algo semelhante a uma explosão ocorre dentro de si, o grito decorrente disso foi longo e quase acaba com suas cordas vocais. As pernas da loirinha perdem a força, encontrando suporte nos braços fortes do marido, que não interrompera os movimentos e ainda a acariciava. E mais uma vez, uma corrente elétrica correu pelo corpo de Ino, terminando longos minutos depois, quando se sente sendo preenchida pelo gozo do amante.

Os dois se escoram na parede e quando a força falta, o chão se torna o lugar de descanso dos amantes. Ino e Hidan caíram de lado, um de frente para o outro, mas sem se olharem. Cada um imerso em pensamentos e ocupados em aproveitar os resíduos do sexo que acabaram de fazer, espasmos percorriam os corpos suados e enfraquecidos. Hidan é o primeiro a abrir os olhos, fitando a esposa dormindo com uma expressão calma e com um rubor adorável decorando as bochechas. Ele leva uma das mãos ao rosto dela; uma alegria curiosa era sentida pelo homem.

- O que você fez comigo, garota?

Pergunta ele, sabendo que não teria resposta. Depois de mais alguns minutos deitado no chão, Hidan se levanta e toma para si o corpo adormecido de Ino, caminhando até o quarto deles e colocando o corpo dela sobre a cama, da forma mais delicada possível. Ele se deita ao lado dela, encaixando o braço esquerdo sob o pescoço dela e envolvendo a cintura feminina com o esquerdo, não sem antes cobrir a si e a ela.

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So go on and fight me

(Então vá em frente e brigue comigo)
Go on and scare me to death

(Vá em frente e me deixe morta de medo)
I'll be the victim

(Eu serei a vítima)
You'll be the voice in my head

(Você será a voz dentro da minha cabeça)

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- Boa noite.

Fala a Morte, se sentindo tranqüila como a muito tempo não conseguia.

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You could give me anything ...

(Você poderia me dar tudo...)
But love

(Mas amor)
Anything but love

(Tudo menos amor)

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Continua


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Notas finais do capítulo

(1) Adaptação de uma frase do Hidan que ele fala – se eu não me engano – quando vai matar o Asuma. A frase original é: “Vamos saborear o sublime sofrimento juntos.”