Do Lado De Dentro escrita por Mi Freire


Capítulo 31
Incertezas


Notas iniciais do capítulo

Ultimamente estou sem criatividade. Por sorte tenho alguns capítulos já prontos.



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"É que eu sou uma pessoa difícil de lidar, de conviver, de amar.

Mamãe e papai chegariam dali algumas horas da casa de Elisabeth. E dali dois dias voltaríamos para o internato, a nossas vidas normais de estudantes trancafiados longe de suas famílias, vidas e velhos amigos.

Em três dias, Amy conseguiu superar bem o fato de não se lembrar do beijo que ela deu em Jesse na virada do ano. O que ela considera, mesmo sem lembrar, o momento mais importante de sua vida.

Mesmo assim, ela segue confiante. Acreditando que um dia aquele momento possa se repetir. Mas que dá próxima vez ela possa se lembrar de cada detalhe que ela considera importante. Enquanto isso, ela e Oliver estão cada vez mais próximos. O que pra mim já não é tão mais estranho.

Tenho duas suspeitas: ou eles realmente se identificaram em meio às diferenças. Ou, um dos dois, não sei ao certo qual, tem uma leve quedinha pelo outro.

Às vezes, suspeito que seja ela. Ela teve ter uma quedinha por meu irmão mesmo alegando ainda ser apaixonada pelo Jesse. Ou talvez seja nisso que eu mais quero acreditar. Ou é o Oliver que está completamente apaixonado pela Amy, tentando a todo tempo surpreende-la e impressiona-la com seu mundinho preto e branco.

Jesse e eu não voltamos a falar sobre todas as revelações que eu fiz naquela noite. Também não me arrependo de nada. Se eu tiver que fazer, faria toda outra vez. Não há sensação melhor do que me sentir bem depois de ter descarregado, jorrado, tudo pra fora. Todos os meus segredos e mistérios. Agora eles já não são tão meus.

Quando mamãe e papai chegaram, não resisti ao impulso de correr para abraçar minha mãe assim que ela desceu do carro. Ainda me lembro do dia em que brigamos no meu quarto. E só eu sei o quanto dói, agora mais que nunca, ter ferido minha mãe e ter dito todas aquelas coisas.

— Mãe, podemos conversar? – entrei em seu quarto. Encontrei-a colocando suas coisas em seus devidos lugares. — Agora.

— Claro filha. – ela deixou de lado tudo que fazia para sentar-se na cama e me olhar. Desde que ela voltou da casa de Beth, era a primeira vez que ela me olhava verdadeiramente. Como se tivesse medo, receio ou vergonha de mim depois da nossa briga.

— Mãe, me desculpa. – sentei ao lado dela, cobrindo suas mãos com as minhas. Mamãe pareceu surpresa com o gesto. — Eu não queria ter dito aquelas coisas horríveis. Eu fui mau com você. Beth teve razão em querer tirar satisfações. Não é certo, que alguém como eu, seja tão cruel com a própria mãe e...

Mamãe me calou com um abraço apertado.

— Não diga mais nada, filha. – mamãe pediu com a voz baixa. — Eu nunca, jamais, vou conseguir sentir raiva de você ou algo parecido. Não tenho porque te desculpar, Hayley. Você é... Assim. – ela tocou meu rosto sorrindo de leve. — Eu sei que você se culpa por eu ter preferido passar o ano novo com sua irmã a ter que ficar aqui mesmo depois daquilo. Mas não teve nada a ver com você querida. Eu só precisava de tempo. E agora, que estou de volta, só quero que tudo fique bem. Não que seja perfeito. Afinal, perfeito nunca foi. Mas que seja como sempre foi. Ou melhor.

Queria chorar, mas não queria entristece-la.

— Obrigada mãe. – voltei a abraça-la, contento o choro. — Obrigada por tudo! E me desculpe, mais uma vez. Não quero agir daquela forma outra vez. Nunca mais! Desculpe.

— Eu sei querida, eu sei.

“Jesse é como uma cura pra você. Ele faz com que você se lembre o quão boa pode ser.”

Isso foi o que mamãe me disse em um dos nosso desentendimentos. E agora, até mesmo naquele tempo, suas palavras fazem sentido. Foi difícil admitir, por isso briguei com ela. Mas hoje, olhando com outros olhos. Novos olhos. Consigo enxergar o quão certa ela estava todo o tempo. E mais difícil que seja de admitir, é assim, exatamente como ela disse, que me sinto quando estou com ele. O Jesse. Uma cura.

— Oi mãe. – Oliver desceu as escadas correndo, provavelmente sentira lá de cima o cheirinho de comida fresca para o almoço. É bom ter mamãe de volta!.Nunca pensei que seria capaz de admitir isso. Mesmo não seja em voz alta. — É bom te ver!

Eu, já sentada à mesa, observei quando Oliver finalmente se aproximou e beijou o rosto da mamãe. Fazendo-a corar e sorrir pela timidez como uma adolescente sendo paquerada. Não sei ao certo o que se passa na cabeça dela em um momento como esse. Sei que não é fácil. Pois não esta sendo fácil pra mim também. Ver a minha mudança e a do meu irmão que até alguns meses atrás mal parávamos em casa.

— Lavem as mãos. – mamãe quebrou o silencio, sorridente. Ela pegou a tigela com salada e colocou sobre a mesa. Amy pegou a jarra de suco e os copos. — Vamos almoçar! Vou chamar o pai de vocês.

Quando ela disse “o pai de vocês”, incluía também a Amy que praticamente já era uma de nós. O que é muito bom pra mim. Amy poderia ser minha irmã no lugar de Elisabeth, eu não me importaria.

— Vou sentir falta dos seus pais, da sua casa. – Amy comentou enquanto arrumávamos as malas em meu quarto. — Foi em um lar como esse que eu me imaginei crescendo toda a minha infância.

Bateram na porta antes que eu pudesse dizer qualquer coisa amigável para Amy se sentir no mínimo melhor e esperançosa, em um dia, dali uns anos, ela mesma construir a família e o lar que sempre sonhou.

— Jesse? – Amy foi a primeira a perguntar, surpresa ao vê-lo entrar de mansinho. Como se nunca tivesse pisado os pés ali.

— Oi meninas. – ele sorriu docemente. Um canto da boca se elevando mais que o outro. Um sorriso lindo e encantador. Qualquer uma se apaixonaria por isso. — Posso entrar?

— Amy! – Oliver surgiu do além, adentrando meu quarto antes mesmo do Jesse. Ele arfava como quem acabara de correr uma maratona. Os cabelos negros bagunçados. — Amy, vamos sair? – ele não olhou pra mais ninguém além dela. — Preciso te mostrar uns lugares antes de termos que voltar para aquele zoológico. Topa?

Zoológico=internato.

— Vamos. – ela sorriu meio tímida. Ajeitando os óculos no rosto branco. — Vocês não vêm? – Amy se dirigia a mim e Jesse.

— Amy! – Oliver bateu o pé em protesto. — Vamos!

E ela se foi correndo atrás dele. Deixando-nos sem uma resposta para o convite dela. Não acho que Oliver teria gostado que eu e Jesse tivéssemos ido juntos para o tal passeio deles.

— Eu também tenho um convite. – Jesse se aproximou sorrindo, deixando seu aparelho a mostra nos dentes brancos. — Vamos?

— Pra onde? – arquei uma das sobrancelhas, curiosa. Jesse riu, pelo visto, ele não ia querer me contar, nem entrar em detalhes. — Tá, vamos.

Peguei minha jaqueta de couro antes de sairmos.

Flocos de neve se espalharam por nossos cabelos enquanto caminhávamos seja lá pra onde fosse que Jesse estava nos levando. Ele estava muito calado. Não saberia dizer se isso era positivo ou negativo.

— Pronto. Chegamos.

Olhei em volta. A Praça do Anjo. Do mesmo jeito, recoberta por neve, como no dia em que viemos aqui pela primeira vez. Lembro como se fosse ontem, a maneira como Jesse tocou a fundo meu coração, dizendo coisas lindas a respeito da maneira como devemos olhar as coisas com outros olhos para enxergarmos a verdadeira magia.

— Lembra-se de quando viemos aqui pela primeira vez? E eu te disse todas aquelas coisas. – aquilo não era exatamente uma pergunta e sim uma afirmação. Mesmo assim eu assenti, sem tirar meus olhos dele. — Eu te disse que foi aqui, bem no meio dessa praça, que meu tio Alec pediu Kristin em casamento. E disse também, que nada poderia ser melhor do que sermos só nós dois. Juntos poderíamos enxergar coisas que normalmente não enxergaríamos em outros lugares com outras pessoas.

— Sim. E então, eu falei um monte de besteiras. Defendi meu mundinho sem graça, porque ainda estava muito brava por você ter sido tão babaca quando eu resolvi de mostrar a cidade e todas as coisas que eu faço por aqui. E mesmo assim você persistiu. E me fez ver coisas que eu nunca enxerguei antes. – desviei meu olhar, olhando em volta, analisando as estatuas. Éramos só nós dois, além dos anjos. — E então, a gente se beijou. O Andrew apareceu e estragou tudo.

— Exatamente. – ele riu, eu ri também. Como poderia te esquecido algo tão significativo? Não há um só quer instante que eu tenha passado ao lado do Jesse, desde que o conheci que eu não me lembre como se fosse ontem. — E foi aqui também que eu te perguntei quem era Brandon e você não quis me responder. Mas então – ele caminhou, com as mãos dentro do jeans. — desde aquela noite de ano-novo, eu tenho pensando muito nisso, e em todas as coisas que você me disse. E eu não consigo, por mais que eu tente, não consigo esquecer nenhuma palavra.

— Jesse...

— E eu só queria dizer Hayley – Jesse voltou-se pra mim outra vez, sorrindo feito um anjo. — que você não é a única que se sente tão diferente quando está comigo. Quero dizer, eu também me sinto muito diferente quando estou com você. – conforme as palavras iam jorrando de sua boca bem delineada, Jesse ia se aproximando de mim pouca há pouco. Seus olhos nos meus e os meus dos dele. — Que é por sua causa que eu me perco todo. É por você que eu fico mais manso, mais alegre, mais preocupado, mais chato e mais sentimentalista. Mais eu. É com você que eu me sinto o tempo todo quase como se não soubesse exatamente o que sentir ou o que dizer. Ao mesmo tempo em que tenho a necessidade de te colocar no colo, te mimar, sentir sua respiração, ouvir sua voz e ficar olhando pra você por horas.

Fechei meus olhos assim que ele tocou meu rosto. Suas palavras eram como um vento forte de encontro ao meu rosto. A sensação é revigoradora e ao mesmo tempo amolece. Faz com que eu possa sentir as lágrimas arderes atrás das pálpebras. Uma mistura de alegria em poder ouvir aquelas convicções, com o desespero e o medo de sentir tanto quando deveria não sentir nada.

Não há nada tão grandioso como é estar perto dele.

— Jesse...

— Por favor, Hayley. Não precisa dizer nada quando nem eu mesmo sei o que dizer. – senti-o sorrindo com seu rosto muito próximo do meu. — Deixa eu te beijar? Deixa eu te beijar sem que nada ou ninguém possa interromper esse momento como nas outras tantas vezes.

Jesse interpretou meu silêncio como uma resposta positiva. Ele pousou suas duas mãos em minha cintura e me puxou devagar. Senti seu corpo magro e alto contra o meu. Uma necessidade excessiva de fundir seu corpo ao meu tornando-os um só. Pra minha surpresa ele não me beijou como o esperado. Ele apenas me abraçou, enlaçado meu corpo com seus braços, enterrando seu rosto no meu pescoço.

Dentro do seu abraço o tempo parecia passar muito devagar. Como se a Terra girasse lentamente ao nosso favor.

Senti as pernas tremerem, não só pelo frio e por estar tão pertinho dele, mas também por passar tanto tempo na mesma posição com a necessidade de que aquele momento nunca tivesse que acabar. Jesse pareceu sentir meu incomodo e me soltou. Sorriu, tirando uma mecha do meu cabelo azul de frente dos meus olhos. Sorri agradecida, sentindo as bochechas arderem em brasa.

Me beija. – minha voz saiu em um tom de suplica. Como se eu não quisesse nada do mundo além de sentir sua boca quente na minha.

Jesse finalmente me beijou. Segurando meu rosto com suas duas mãos macias. Senti uma onda quente se espalhando por meu corpo pouco a pouco. Uma necessidade de que ele nunca parasse e que me beijasse pelo resto do dia, se possível, pelo resto da vida. Que Jesse nunca mais tivesse que me soltar e que eu pudesse pra sempre olhar pra ele, comtemplar seu sorriso, ouvir a sua voz e sentir suas mãos em mim.

— Quero te dá uma coisa. – ele disse baixo ao termino do nosso beijo. Abri os olhos e encontrei os dele nos meus. Jesse tirou de dentro do casaco algo pequeno e singelo. — Você pode usar ou guardar dentro da caixinha que te dei de natal. O que você prefere?

Era uma colar muito delicado. Um coraçãozinho perolado com asinhas cravejadas.

— Quero que você coloque em mim. – sorri, virei de costas e afastei o cabelo do pescoço, deixando o exposto. Confesso que, o colar não tinha muito a ver comigo: fofo e meigo. Mas vindo do Jesse, qualquer coisa parecia se encaixar perfeitamente em mim de uma maneira como nunca antes.

Senti quando a ponta dos seus dedos tocaram minha pele e suspirei fundo enquanto ele fechava o colar em volta do meu pescoço.

Pra minha surpresa, Jesse beijou a curvatura do meu pescoço o que instantaneamente fez meu coração querer saltar.

Quando virei-me de frente pra ele outra vez trocamos um sorriso simples e voltei a me encaixar em seus braços sentindo uma onda de satisfação ao sentir seus braços em volta do meu pequeno corpo.

Passamos o resto do dia ali sentado em um dos bancos. Durante todo o tempo de mãos dadas conversando naturalmente como um casal de namorados. Jesse acarinhava as costas das minhas mãos com seu polegar ou tracejava os desenhos da palma das minhas mãos com a ponta de seus dedos. Poucas pessoas apareceram na praça. A maior parte do tempo éramos só nos dois e som da nossa risada.

Ao anoitecer voltamos para casa, Jesse precisava se encontrar com os meninos da banda na casa do tio para ensaiar. Antes de nos separarmos ele me deu um rápido beijo enfrente de casa. Fiquei preocupada com a possibilidade de alguém ter visto. Jesse pareceu não se importar. Mas eu me importava, especialmente com a Amy, caso ela visse.

Naquele momento, vê-lo se afastar, não saberia dizer o que estava de fato acontecendo entre nós. Mas tão pouco importava. Não precisávamos de uma definição concreta. Eu estava feliz e ele parecia feliz e satisfeito também. Não brigamos, não discutimos e estava tudo certo.

Sentei-me a mesa para o jantar. Esta seria a penúltima refeição até termos que voltar para o internato. Comia calada observando as poucas pessoas a minha volta. Papai continua o mesmo velho emburrado perdido em seus próprios pensamentos. Ignorando os comentários da minha mãe sorridente que deve está falando alguma coisa sobre o bom comportamento de Oliver que não para de fazer a Amy dá risada.

Até que eles formam um belo casal. Amy e Oliver. Em outros tempos eu teria ficado preocupada com isso. Afinal, Oliver nunca foi flor que se cheire. Mas agora, ele está tão mudado. Não consigo imaginar na possiblidade de Oliver faze-la sofrer. Pelo contrário, ele está sempre a satisfazendo, fazendo a sorrir e dá risada. Será que o amor finalmente chegou para o meu irmão? E as mudanças seriam um efeito dessa causa?

E Amy, será que algum dia ela poderá gostar do meu irmão tanto quanto ele parece gostar dela? E se não, Oliver superaria isso numa boa? Amy deixaria de gostar do Jesse só pra gostar do meu irmão apesar dele ser o oposto dela? São perguntas que preenchem a minha mente e me deixa exausta só de pensar na possibilidade das respostas.

— ... Hayley? – Amy despertou-me dos meus devaneios. Acho que ela estava falando alguma coisa, mas eu não escutei. — Então, e esse colar no seu pescoço? – os olhos negros dela brilhavam a pouca luz. — Você comprou? Ganho de alguém? Eu nunca vi antes...

Nossa! Mas que intrometida. Credo.

— Na verdade, fui eu quem dei a ela. – Oliver respondeu antes mesmo que eu pudesse inventar alguma desculpinha. — Não achei justo dá um a você no natal e deixar minha irmãzinha sem.

Todos riram. Menos meu pai.

— Porque você mentiu sobre o colar? – perguntei há ele minutos depois do jantar. Aproveitando a oportunidade em que estávamos só nós dois. Ele lavando a louça no lugar da Amy e eu secando e guardando.

— Só queria facilitar as coisas para você. – ele sorriu de lado, jogando um pouquinho de água em mim. Certamente, essa versão de melhor irmão do mundo tem tudo a ver com ele. Prefiro assim. — Fiz mal?

— De jeito nenhum.

Apesar de já está tarde da noite, eu não sentia o mínimo pingo de sono. Amy e Oliver também pareciam muito agitados. E eu queria poder fazer alguma coisa, qualquer coisa pra passar o tempo. Já que o Jesse estava ocupando ensaiando com a banda e não poderíamos mais nos encontrar. E também, não queria dá uma de garota-grude igual à Alexa.

— Vamos sair? – sugeri, já levantando do sofá.

Fomos até o pub no centro. Rapidamente perdi Amy e Oliver de vista. Parece que meu irmão tem sempre algo divertido e particular para mostrar pra minha amiga. Coisas que ela nunca me conta e nem faz comentário. Parece que ela não quer que eu saiba, seja lá o que esteja acontecendo entre eles. Mas também não faço questão de saber. Afinal, todos nós temos particularidades e segredos.

Vou à procura dos meus antigos conhecidos. Se não são todos, tem sempre boa parte deles espalhados por todos os lugares dessa cidade.

Dez minutos depois desde que cheguei, estou no meu quinto copo de cerveja. Digo a todos que é a minha despedida antes de voltar ao internato, o que deixa a galera ainda mais empolgada. Matt, um colega, me puxa até o pequeno palco nos fundos. Hoje é dia de karaokê. A galera insiste que eu cante algo mesmo que eu não leve o menor jeito pra isso, é só mais por diversão. Então, não vejo problema em arriscar. Quantas vezes, no passado, eu já não fiz isso bêbada ou não?

Acordei na manhã seguinte sentindo uma forte dor de cabeça. O ultimo dia antes de voltar para o internato. Papai nos levará de carro na manhã seguinte. Estou de ressaca, me sinto mole e enjoada. Eu poderia passar o dia inteiro deitada, mas algo dentro de mim, bem lá no fundo diz que eu devo aproveitar o ultimo dia antes de partir.

— Filha? – mamãe bate na porta, após alguns minutos desde que acordei. — Posso entrar? – assenti, espreguiçando-me. — O Jesse passou hoje mais cedo aqui, mas como você estava dormindo, ele resolveu deixar um recado.

Só de falar Jesse sinto uma inquietação dentro de mim, quase como se eu não pudesse me conter. Pelo menos tento disfarçar.

— Ele quer que você vá almoçar com ele e o tio hoje.

Eu, Jesse e Alexander? Não sei se isso vai dá certo.


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Notas finais do capítulo

E então, o que será que vai rolar nesse tal almoço? Comentem!



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