Black Hole escrita por juliananv


Capítulo 22
Capítulo 22 Veredito


Notas iniciais do capítulo

Agora a narração volta interamente para o Edward.
Inseri muitos comentários entre os dialogos, pois, no momento, Edward é obrigado a vigiar todas as mente.



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            Em contraste à minha tensão, Bella relaxou. O ambiente estava um pouco mais quente, sabia que ela gostava disso. Mas Jane nos encarava e enviava pensamentos que me irritavam. Eles tinham certeza absoluta de que Bella seria usada como alimento. Não me conheciam; ontem eu queria morrer, hoje estava lutando para viver. Não faziam ideia de que eu faria tudo para impedir isso, seria capaz até mesmo de me aliar aos Volturi para impedir que qualquer coisa acontecesse a ela.


 


            Entramos no elevador. Alice e eu nos posicionamos em volta da Bella. A nossa escolta estava completamente relaxada. Bella encarava os três como curiosidade; se ela estava com medo, escondia isso muito bem. Minha concentração era enorme. Seguia os pensamentos da Jane muito mais de perto do que os dos outros. Para ataques físicos estávamos preparados; o que Jane fazia, contudo, era totalmente diferente de qualquer coisa que Alice e eu já havíamos enfrentando; nossas chances eram mínimas contra ela.


 


            Meu maior receio era de ser obrigado a ver Bella morrer, não podia passar por isso novamente. Bella me olhou; quando eu a olhei de volta, ela se afastou de mim de uma maneira como nunca havia feito antes; queria questionar a sua atitude, mas não podia. Guardei as minhas perguntas para depois, se saíssemos vivos dali. Teríamos de ter uma conversa dolorosa, não sabia o que a Bella iria querer comigo depois de tudo. Apegava-me ao fato de ela ter vindo me salvar, isso deveria significar alguma coisa.


 


            Quando saímos do elevador e a Bella viu que não era a única humana no lugar, ela deu uma pequena travada, olhou para mim e Alice; não podíamos dar atenção a ela naquele momento. A humana era a recepcionista do castelo dele. É, eu sei, era estranho.


 


            - Boa tarde, Jane - cumprimentou a humana.


 


            Parece que teremos mais acréscimos à família. E estes são eficientes, já trouxeram até a sua comida. Antes ela do que eu. Não, eu não serei usada assim, eles vão cumprir a promessa. Não vejo a hora de ser tão linda quanto todos eles... Quem sabe eu também não venha a ter algum dom...


 


            Bloqueei a mente da humana.


 


            - Gianna – disse Jane.


 


            Felix a cumprimentou, pensando quanto tempo mais os seus senhores a manteriam ali; ela tinha um cheiro bom, não tanto quanto o da Bella, mas serviria para matar a sua sede, que era muito grande.


 


            Esta era mais uma preocupação na minha lista. Já sabia que eles todos estavam com sede e que Heidi traria uma “safra” de humanos para alimentá-los. Entretanto, se ela demorasse a chegar, temia que alguém perdesse o controle e atacasse a Bella. Rezava para que ela não cheirasse para ninguém como cheirava para mim; se isso acontecesse, estaríamos todos mortos. Eles não precisavam controlara a sua natureza, não davam valor aos humanos; para eles, humanos e vacas davam no mesmo. Se bem que humanos eram muito mais saborosos, com isso eu era obrigado a concordar.


 


            Entramos em mais uma sala; embora soubesse para onde estávamos indo, não conseguia conter a minha irritação. Alice fitava o nosso futuro segundo a segundo, assim tínhamos chance de mudar o que pudéssemos a nosso favor.


 


            Alec, o vampiro que havia me apagado durante a madrugada, esperava por nós.


 


            Este também tem um dom. Eu assisti toda sua noite de terror, vi quando ele te deixou meio estranho. Concentre-se neste também, ele é perigoso.


 


            Mexi o meu corpo de maneira que Alice entenderia que eu estava concordando com ela. Eles eram irmãos, Jane e Alec, haviam sido transformados pelo próprio Aro, por isso estavam ligados a ele de modo mais intenso que outros da guarda. Aro suspeitava que eles fossem talentosos ainda quando eram humanos.


 


            - Jane.


 


            - Alec.


 


            Eles se beijaram; realmente os dois se amavam como irmãos. Ele estava orgulhoso por sua irmã ter feito exatamente o que Aro queria. Olhou para nós animado. O cheiro da Bella agradou a ele também. Por que ela tinha de cheirar tão bem?


 


            - Mandaram-na pegar um e você volta com dois... e meio. Bom trabalho.


 


            Jane gargalhou, o som era suave como o de um bebê; suas feições também eram delicadas. Só eu que tinha acesso aos seus pensamentos conseguia ver como ela era maligna por dentro; o contraste com a parte externa do seu corpo era gritante.


 


            - Bem vindo de volta, Edward - Alec saudou. - Você parece estar de melhor humor hoje.


 


            - Um pouco.


 


            Se não estivéssemos em um perigo tão grande eu estaria em total êxtase agora, principalmente porque estava com uma enorme sede e desde que abraçara a Bella, não tive de controlar uma única vez o impulso de atacá-la, não senti nem o gosto do veneno na minha boca. Sabia que o meu cérebro rejeitava tudo que pudesse feri-la, pois eu havia experimentando intensamente a dor de achar que ela havia morrido. Não toleraria passar por isso de novo. Meu corpo lutava para defendê-la assim como lutava para me manter vivo, eu nunca mais teria medo de matá-la. Agora eu tinha absoluta convicção disso.


 


            Alec se divertia olhando para nós. Bella se apertou a mim.


 


            - Essa é a causa de todos os problemas?


 


            Sorri.


 


            Ela não é tão bonita, mas o cheiro... – ignorei.


 


            Quando vi o que Felix ia falar, eu perdi o controle e me virei com a intenção de atacá-lo. Uma coisa era ele bombardear a minha mente com ataques, outra era falar e deixá-la apavorada. Não tolerava que a Bella soubesse dos perigos que corria. Eu a amava tanto que qualquer coisa que a abalasse, mesmo que só uma ameaça, me deixava insano; ninguém nunca tocaria nela enquanto eu vivesse.


 


            - É minha.


 


            Foi o que bastou para que a fúria que eu estava contendo escapasse. Preparei-me para atacá-lo quando Alice me fez ganhar foco novamente: mostrava-me Bella sendo alvo da Jane.


 


            - Paciência – disse Alice.


 


            O jogo ainda esta só começando, Edward. Não dê motivos a eles, pense friamente. Sei que não gosta de que ela saiba de tudo, mas agora ela precisa saber, assim será mais fácil protegê-la, assim ela não se deixará enganar pela aparência. Você a conhece muito bem, sabe como ela é ingênua. Se a Bella não perceber o perigo que corre, é capaz de virar amiga deles. Relaxe. Respire. Mantenha o foco. Vamos até Aro e veremos como tudo se desenrola; eu prometo que, mesmo que alguma coisa aconteça a você, eu a protejerei, com a minha própria vida se for necessário. Juntos, ela tem mais chance. Mas você realmente tem que controlar o seu gênio, caso contrário a Bella vai sofrer.


 


            Suspirei e abracei a Bella novamente para me acalmar. Voltei a minha atenção a Alec, ignorando os insultos de Felix. Ele era só um capacho dos seus senhores, um pau mandando, concentraria meu foco em Aro, Caius e Marcos.


 


            - Aro ficará muito satisfeito por vê-lo novamente - Alec disse, como se nada tivesse acontecido.


 


            - Não vamos fazê-lo ficar esperando - Jane sugeriu.


           


            Entramos na “sala do banquete”; não me agradava levá-la até aquele lugar. Alice e Bella não sabiam onde estavam entrando. Sentia que estava trazendo a Bella direto para o matadouro, era muito difícil permitir que ela entrasse ali. Suspirei e segui em frente. Bella olhava com curiosidade para tudo, não fazia a mais remota idéia de onde estava e eu queria que ela continuasse sem essa noção.


 


            Edward, temos de ser o mais breves possível. Vejo que daqui a pouco esta sala vai estar cheia de humanos, será horrível. Alice me mostrava a visão dela. Não é seguro que a Bella esteja aqui, não quero que minha amiga veja isso. Se já é demais para nós, o que fará a ela?


 


            Eu concordava com Alice, mas conhecia Aro, teria de ser paciente. Ele gostava dos joguinhos, não podia apressá-lo. O pouco que eu me interessei em ouvir da sua mente me alertava que ele era um sádico.


 


            Quando o cheiro da Bella tomou a sala, todos gostaram. Pelo menos ela não cheirava tão bem para eles como cheirava para mim; primeira sorte do dia. Esperava que conseguíssemos milagrosamente sair os três dali vivos.


 


            Ele voltou vivo, e com a Alice. Preciso arrumar uma maneira de conquistar a confiança dela. Não posso perdê-la, ela é preciosa demais. O que eu não daria para ter o seu dom... Se eu conseguir fazer com ela fique comigo, posso passar o resto da eternidade segurando a sua mão.


 


            Aro nos imaginava a seu lado. Assim, ele saberia o que todos que estavam à sua volta pensavam, teria simultaneamente os vislumbres do futuro e os pensamentos presentes. Ele não conhecia a minha irmã, Alice nunca permitiria que seu dom fosse usado para esses propósitos.


 


            Comecei a rastrear a mente de todos.


 


            Edward, prepare-se: o jogo vai começar pra valer agora. Eu sei o que Aro quer, já tive um vislumbre disso. Não se preocupe comigo, nunca vou sucumbir aos desejos dele. Mantenha sua atenção no futuro e no presente, não posso garantir nada ainda, vamos ter de ser mais inteligentes do que ele. Avise-me se eu precisar saber de algo.


 


            - Jane, minha cara, você voltou!


 


            Aro começou com a sua encenação de bom vampiro, Bella se contraiu ao meu lado. Pelas batidas do seu coração sabia que ela estava assustada com ele, esperava que continuasse assim e não se enganasse pela falsa simpatia de Aro. Queria acalmá-la, não podia. A vida dela estava dependo de mim e Alice. Isso era o que importava no momento.


 


            - Sim, meu senhor. Eu o trouxe de volta vivo, como era do seu desejo.


 


            Aro conhecia Jane profundamente, sabia que a vaidade dela era o seu ponto fraco. Usava isso para mantê-la sob o seu controle. Ele parecia um experiente jogador de xadrez, sabia perfeitamente manipular todas as peças do tabuleiro a seu favor. Não estava feliz com a minha capacidade de ouvir o que pensava, nunca antes ele encontrou um jogador tão bom como eu.


 


            - Ah, Jane, você é um grande conforto para mim.


 


            Por fora ele se derretia para ela, aparentava estar agradecido; já por dentro pensava que ela não havia feito nada além da sua obrigação. Esta era a função da guarda: realizar todos os desejos dos seus senhores. Se ela pudesse saber como ele a via verdadeiramente, como ele via a todos ali, os Volturi estariam sozinhos. Eu nunca encontrei nada tão maligno como eles.


 


            - E também Alice e Bella! Isso sim é uma feliz surpresa! Maravilhoso!


 


            A falsa alegria dele me dava nojo. A única coisa que o motivava era a sede pelo poder. “Droga”, ele também gostou muito do cheiro da Bella, claro.


 


            Fiquei constrangido. Da primeira vez que estive aqui eu não me importei em me concentrar na mente deles. Agora que eu examinava atentamente a todos, vi que as nossas chances se concentravam em Aro, isso não era nada bom. Ele era o pior de todos.


 


            - Felix, seja gentil e conte aos meus irmãos sobre nossa companhia. Tenho certeza de que não gostariam de perder isso.


 


            - Sim, meu senhor.


           


            Volto logo, Edward, mantenha-a segura para mim. Que cheiro bom, fico só imaginando o sabor.


 


            - Está vendo, Edward? O que eu te disse? Não está feliz por eu não ter dado o que você queria ontem?


 


            - Sim, Aro, estou.


 


            Estava explodindo de alegria por tê-la novamente comigo; aproximei o meu corpo gentilmente mais perto dela. A única parte ruim era estar onde estávamos.


 


            - Adoro finais felizes. São tão raros! Mas quero a história toda. Como isso aconteceu, Alice? Seu irmão parecia pensar que você era infalível, mas parece que houve algum equívoco.


 


            - Ah, eu estou longe de ser infalível – não queria que ele tocasse minha irmã, Alice também não queria isso. – Como pode ver hoje, eu causo problemas com a mesma frequência com que os resolvo.


 


            - Você é muito modesta. Já vi algumas de suas façanhas mais inacreditáveis e devo admitir que nunca observei nada como o seu talento. Maravilhoso!


 


            Alice me olhou, querendo saber o que Aro consegui ver em minha mente. Ela achava que sabia do ele era capaz. Receber a informação de Eleazar era uma coisa, ter a sua mente scaneada, toda a sua existência passada por um microscópio, era outra. Aro era mortalmente perigoso; ele conhecia tudo a meu respeito e conhecia o que eu sabia sobre Alice.


 


            - Lamento, ainda não fomos apresentados adequadamente, não é? É que tenho a sensação de que já conheço você e acabo me precipitando. Seu irmão nos apresentou ontem, de maneira peculiar. Veja você, compartilho de alguns dos talentos de seu irmão, mas sou limitado de uma forma que ele não é.


 


            Não podia explicar tudo a ela, então usei palavras-chaves que ela entenderia.


 


            - E é também exponencialmente mais poderoso. Aro precisa de contato físico para ouvir seus pensamentos, mas ele ouviu muito mais do que eu. Sabe que eu só posso ouvir o que está passando na sua cabeça no momento. Aro ouve cada pensamento que a sua mente já teve.


 


            Alice levantou as delicadas sobrancelhas para mim enquanto pensava:


 


            Ele te conhece melhor de que ninguém agora? Ele viu tudo, você humano, você vampiro?


 


            Eu assenti para ela. Aro conhecia até as lembranças humanas que eu não recordava, ele teve acesso ilimitado em meu cérebro. Ele conhecia a maneira com que eu e Alice nos falávamos


 


            - Mas ser capaz de ouvir a distância... Isso seria muito conveniente.


 


            Ele sabia perfeitamente que Alice e eu estávamos conversando desde o momento que nos encontramos. Isso era tão natural para mim e para ela que não precisava de muito para nos concentrarmos.


 


            Bom, o circo todo está armado: Caius e Marcos estão chegando. Agora Aro vai começar pra valer.


 


            Suspirei. Caius era quase tão maligno quanto Aro. Já Marcos estava tão indiferente ao resto do mundo que não se importava com o que estava acontecendo ali, afinal isso era pouca coisa. Não representávamos perigo a eles.


           


            - Marcus, Caius, vejam! - Aro sussurrou. - Bella está viva afinal e Alice está aqui com ela! Não é ótimo?


 


            Aro olhou para Marcos sabendo que ele entenderia. Ele precisava saber se os laços que nos uniam eram realmente tão fortes.


 


            Caius passou exalando o seu ódio, já Marcos sentia o clima entre cada um de nós. Ele ficou surpreso com o que sentiu. Para mim, a única novidade foi sentir a profundidade dos sentimentos que a Bella nutria por mim ainda. Aro continuava com o seu teatro:


 


            - Conte-nos a história.


 


            Aro pediu a Marcos, ele parou e tocou a palma da mão do Aro e foi se sentar. Aro levantou a sua sobrancelha, parecendo não gostar de saber o que Marcos contou. Os nossos laços eram muito fortes. Aro nunca encontrou vampiros conectados tão fortemente assim. Ninguém que pertencia ao clã desles tinha tanta lealdade por seus senhores como nos tínhamos. Não existiam vampiros como nós, mas eu e minha família já sabíamos disso havia muito tempo. Ele teria de tomar atitudes drásticas se quisesse ficar com Alice. Isso me enfureceu.


 


            O quê, Edward?


 


            - Obrigado, Marcus. Isso é muito interessante. Incrível, absolutamente incrível.


 


            Se não me contar o que está acontecendo agora, como posso ajudar? Desembucha de uma vez, Edward!


 


            - Marcus vê relacionamentos. Ele está surpreso pela intensidade do nosso.


 


            Isso não é bom. Agora que eles sabem o quanto estamos ligados, podem usar isso contra nós. Não me agrada, já tem tanta coisa contra nós, mais essa agora.


 


            Ele entendeu o motivo da minha irritação muito rápido. Se ameaçasse qualquer uma delas, eu não teria escolha. Principalmente se Bella corresse perigo. Aro sorriu.


 


            - Muito conveniente. É preciso muito para surpreender Marcus, posso lhes garantir.


 


            - É tão difícil de entender, mesmo agora. Como pode ficar assim tão perto dela?


 


            Ele nos olhava intrigado; mesmo para ele, que às vezes convivia com algum humano, era difícil se aproximar. E eu estava agarrado a ela. Ele sabia que com tamanha proximidade eu sentia o fluxo sanguíneo por toda a extensão do corpo da Bella.


 


            - Não é sem esforço.


 


            - Mas ainda assim... “La tua cantante”! Que desperdício!


 


            Ele se lembrava dos meus beijos com ela. Chocado. Mesmo conhecendo o meu cérebro todo, ter visto a verdade de meus sentimentos era difícil para ele acreditar. Eu me orgulhava disso, de poder sentir os lábios dela sem machucá-la. Minha garganta queimava violentamente quando estava beijando a Bella, o monstro ficava eufórico. Mas eu conseguia. Só pude rir da decepção dele.


 


            - Vejo isso mais como um preço.  


 


            - Um preço muito alto.


 


            - Apropriado.


 


            Se eu não tivesse receio de que o monstro podia vencer a batalha, teria beijado a Bella muito mais. Era tão prazeroso fazer isso, que às vezes era difícil controlar a intensidade dos beijos. Eu não podia machucá-la. Estava louco para beijá-la, queria saber com certeza se o monstro estava mesmo sob controle como eu sentia, mas agora eu não podia. Nem sabia se a Bella queria isso de mim. Por ora, deixei este pensamento de lado.


 


            - Se eu não tivesse sentindo o cheiro dela nas suas lembranças, não teria acreditado que o apelo do sangue de alguém pudesse ser tão forte. Nunca senti nada parecido. A maioria de nós daria muito por um presente desses, e, no entanto você...


 


            - Desperdiço - ele conseguia me irritar.


 


            - Ah, como eu sinto falta de meu amigo Carlisle! Faz-me lembrar dele... Só que ele não era tão irritável.


 


            - Carlisle é melhor do que eu de muitas maneiras.


 


            - Certamente. Entre tudo mais, nunca imaginei ver Carlisle ser suplantado na questão autocontrole, mas você consegue superá-lo.


 


            - Dificilmente.


 


            Estava irritado com a falsidade dele. Antes ele podia ter gostado muito do meu pai. Carlisle era digno disso, meu pai tinha o dom de ver o que havia de melhor nas pessoas, se bem que eu mesmo não conseguia ver nada de bom no Aro. Entretanto, agora tudo era diferente, ele tinha inveja do que meu pai tinha. Ele queria tudo o que julgava ser de domínio de Carlisle. Temia pela vida do meu pai, não podia permitir isso. Tínhamos que sair dali vivos para que eu pudesse alertá-lo do perigo que ele corria agora. Culpa da minha irresponsabilidade.


 


            - Sinto-me recompensado pelo sucesso dele. Suas lembranças de Carlisle são uma dádiva para mim, embora me tenham atordoado de maneira extraordinária. Estou surpreso pelo modo como isso... me agrada, o seu sucesso dele na via heterodoxa que escolheu. Esperava que ele se desgastasse, que enfraquecesse com o tempo. Ridicularizei seus planos de encontrar outros que compartilhassem a sua visão particular. E, no entanto, de algum modo estou feliz por ter me enganado.


 


            Consegui ler o pensamento que passou rapidamente por sua cabeça: Carlisle morto. Tinha de haver uma maneira de avisar o meu pai disso. Aro evitava planejar qualquer coisa em minha frente, entretanto eu sabia que ele não conseguiria abrir mão do que julgava ser do Carlisle: ele queria acabar com a nossa família.


 


            - Mas o seu controle. Não sabia que essa força era possível. Habituar-se a tal canto de sereia, não apenas uma vez, mas repetidamente... Se eu próprio não sentisse, não teria acreditado. Só de me lembrar o apelo que ela tem a você... - Aro gargalhou. - Fico com sede.


 


            Bella estava respirando mais forte, ela estava com medo. Não me agradava vê-la assim. Eu sabia que neste momento Aro não pretendia matá-la, e vendo o futuro através da mente da Alice isso só se confirmava. Mas Bella estava apavorada, podia sentir, segurei a sua cintura para mantê-la de pé, sustentei a maior parte do seu peso.


           


            Aro estava interessado também em Bella, e isso em parte era bom. Ele estava sendo cuidadoso não só por mim e Alice. Se Bella fosse tão extraordinária como ele havia visto em minhas lembranças, podia ser interessante tê-la também. Fiquei tenso com isso.


 


            - Não fique perturbado. Não pretendo causar nenhum dano a ela. Mas eu estou muito curioso com uma questão em particular - ele me olhou, brilhando de interesse. -Posso?


 


            Ele agia como se ela fosse de minha propriedade. Nunca, eu nunca a trataria assim. Bella ela livre para tudo, inclusive me abandonar se ela achasse melhor, e se negar ser tocada por ele. Ele levantou a mão esperando por minha autorização.


 


            - Peça a ela.


 


            Surpreendi a todos. Eles prestavam atenção, imaginando que eu negaria isso a ele. Mas eu não tinha este direito, embora tivesse muita vontade de fazer isso. Não me agradava vê-la tão perto dele assim, mas não tínhamos escolha; de um modo ou de outro, eu sabia que Aro ia tocá-la. Precisava fazê-lo entender que conosco todos tinham o direito de escolher o que lhe era melhor.


 


            - Claro, que grosseria a minha! – ele voltou a sua atenção para ela. – Bella, estou fascinado que você seja a única exceção ao talento impressionante de Edward... E tão interessante que aconteça uma coisa dessas! E estava me perguntando, uma vez que nossos talentos são em muitos aspectos semelhantes, se você faria a gentileza de me permitir tentar... ver se você é uma exceção pra mim?


 


            Ela me olhava em pânico, minha vontade era de dizer a ela que se negasse a fazer isso, mas Alice interveio:


 


             Edward, encoraje-a ou eles a forçarão! Você não vai reagir bem se Jane a machucar. É para a proteção dela, pense nisso.


 


            Olhava para ela, assenti para as duas. Alice relaxou.


 


            Uma parte minha também estava intrigada com isso. Se Aro conseguisse entrar na cabeça dela, uma coisa que eu realmente não queria que acontecesse, mas se acontecesse, eu finalmente conseguiria ouvir alguma coisa vinda dela através do Aro. Mesmo com a minha eterna curiosidade sobre o que se passava na cabeça dela, não me agradava ter de ouvi-la através dele.


 


            Bella estendeu a sua mão trêmula, eu parei de respirar. Aro veio até nós. A sua guarda não gostou da proximidade, mesmo sabendo que não havia risco nenhum para o seu senhor. Jane estava muito atenta a tudo.


 


            Os segundos anteriores ao seu toque foram tensos para mim. Assim que sua mão segurou a dele, eu me senti extremamente feliz: Bella também era mentalmente muda para ele. Aro ficou muito irritado com isso, tentou penetrar no cérebro dela de todas as maneiras que conhecia. Mas era como se ele batesse em um grande paredão; nada, ele não tinha acesso a nada. Explodi de orgulho por ela ser assim tão especial. Aro se controlou antes de falar.


 


            Alice escondia alguma coisa de mim. Voltei a minha atenção para ela. Nada, ela só pensava no Jasper. Fiquei tenso, alguma coisa ia acontecer.


 


            - Muitíssimo interessante.


 


            Vasculhava a mente de todos esperando por um ataque.


 


            Calma, Edward. Mantenha a cabeça fria que tudo vai dar certo. Aro também se interessa pela Bella, então provavelmente vai querer transformá-la. Antes assim do que morta.


 


            Relaxei achando que era isso que Alice escondia de mim. Isso não seria o pior, é claro que eu tentaria impedir. Mas preferia transformá-la a permitir que ela viesse a morrer. Já havia pensado nisso recentemente. Aro continuou falando:


 


            - É um começo. Pergunto-me se ela é imune a nossos outros talentos... Jane, minha cara?


 


            - Não!


 


            Edward, isso não vai matá-la. - Alice segurou o meu braço. - Mantenha a calma, caso contrário Bella pode morrer! Ela vai sentir um pouco de dor, mas se sairmos desta vivos, não terá valido a pena?


 


             Soltei o braço da Alice. Eu nunca permitiria que Bella viesse a sofrer na minha frente. Sabia muito bem o quanto os ataques da Jane eram dolorosos. Se para mim, que era forte, já doía bastante, imaginava para a Bella, que era a mais frágil das humanas que eu já havia encontrado; tinha medo de que ela morresse. Eu nunca permitiria isso.


 


            - Sim, meu senhor?


 


            Jane veio alegremente para o lado do seu senhor. Estava louca de vontade de me torturar novamente; se fosse por isso, eu não estaria enfurecido do jeito que estava.


 


             Todos sentiram o quanto eu estava nervoso. Os membros da guarda ficaram atentos à minha reação e se posicionavam para defender os seus senhores caso fosse necessário.


 


             Edward, calma.


 


            - Imagino, minha querida, se Bella é imune a você. – Aro falava com a Jane ignorando os meus rosnados em protestos.


 


            - Alice – sussurrei para que Bella não ouvisse -, cuide dela.


 


            Quando Jane se preparava para atacar a Bella, eu me lancei em sua direção. Ela agiu como previ: atacou a mim ao invés da Bella.


 


            Enquanto eu me contorcia no chão de dor, Alice segurava a Bella. Eu mal conseguia ver as duas. Desta vez, foi tudo mais intenso. Antes, eu já estava em agonia; agora não, eu estava inteiro, completo, e lutava para me manter assim. A dor foi muito pior. Não soltei um único som, Bella não precisava se preocupar comigo também. Quando Jane parou e antes que eu conseguisse ficar de pé, Aro já havia ordenado a Jane que atacasse a Bella.


 


            Ela me olhava em pânico. Alice tentava acalmá-la enquanto a segurava. Relaxei quando ouvi a irritação da Jane. Bella nem havia notado que estava sob ataque, até que eu olhei para Jane e para ela. Bella notou o que acontecia, encolheu-se e nada. Levantei-me com dificuldade, estava fraco. Mas Bella precisava de mim. Alice devolveu-a para mim.


 


            Faço o favor de se comportar, viu? Não havia motivos para agir desta maneira. A bruxa não consegue atingi-la.


 


            -Rá, rá, rá! Isso é maravilhoso!


 


            Aro estava radiante com as possibilidades que Bella representava. Pelo menos ele não a mataria. Não me agradava também o que ele queria fazer com ela. Jane estava visivelmente frustrada, isso nunca havia acontecido a ela.


 


            - Não fique aborrecida, minha querida Jane. Ela confunde a todos nós.


 


            Aro voltou a sua atenção para mim.


           


            Acabaram-se as preliminares, Edward, ele já sabe de tudo o que precisava. Só quer tocar em mim. Eu sei que também não gostaria disso, mas não temos escolha.


 


            - Rá, rá, rá! Você é muito corajoso, Edward, por ter suportado em silêncio. Pedi a Jane que fizesse isso comigo uma vez... Só por curiosidade. E o que vamos fazer com vocês agora?


 


            Teremos de ter cautela. Caius quer a sua cabeça de qualquer maneira.


 


            - Não suponho que haja alguma possibilidade de você mudar de idéia. Seu talento seria um excelente incremento para a nossa pequena companhia.


 


             Deixaria claro para ele que por vontade própria nunca me uniria ao seu clã.


 


            - Eu... prefiro... não.


 


            - Alice? Estaria talvez interessada em se juntar a nós?


 


            - Não, obrigada.


 


            - E você, Bella?


 


            Mesmo sabendo que ele perguntaria isso a ela, não consegui me conter. Imaginá-la ali no meio de vampiros tão sádicos era muito para que eu pudesse controlar. Bella era pura, ela não pertencia àquele lugar.


 


            Caius ficou irritado com a proposta de Aro; ele não havia falado sobre isso com os seus irmãos. Não havia como, ninguém podia imaginar que ela estava viva.


 


            - O quê? – perguntou Caius.


 


            - Caius, com certeza você vê o potencial. Não vejo um possível talento desde que encontramos Jane e Alec. Pode imaginar as possibilidades quando ela for uma de nós?


 


            Bella sentia a minha tensão.


 


            - Não, obrigada – disse Bella.


 


            - É lamentável. Um desperdício - disse Aro.


           


            Cuidado com as suas palavras, Edward.


 


            - Unir-se ou morrer, não é? Desconfiei quando fomos trazidos a essa sala. Bem de acordo com suas leis.


 


            Eu estava irritado, cansado dos joguinhos dele. Mas escolhi as palavras com cuidado. Sabia que pelo menos Aro não queria nos perder. Graças à cabeça maluca da Bella, ela se tornou atrativa para ele e no momento isso era bom. Não fazia ideia de como lidaríamos com isso depois, mas naquele momento faria uso disso.


 


            - É claro que não. Já estávamos reunidos aqui, Edward, esperando pelo retorno de Heidi. Não por você.


 


            - Aro, a lei os reclama – proclamou Caius.


 


            Estava determinado a fazer com que ele falasse, assim Alice saberia o que todos pensavam em fazer, alertando-me do futuro. E também precisava tentar uma manobra arriscada.


 


            - Como assim? – perguntei.


 


            - Ela sabe demais. Você expôs os nossos segredos.


 


            - Também tem alguns humanos no seu teatro aqui.


 


            - Sim. Mas quando não nos forem mais úteis, servirão para nos sustentar. Não é o seu plano para essa. Se ela trair o nosso segredo, você estaria preparado para destruí-la? Eu acho que não.


 


            - Eu não...


 


            Bella falou timidamente, mas foi silenciada pelo olhar de nojo que Caius lançou a ela; fingi não me afetar com isso. Ele continuou:


 


            - Também não pretende torná-la uma de nós. Portanto, ela é uma vulnerabilidade. Admitindo que isso seja verdade, nesse caso, só ela perde o direito à vida. Você pode partir se desejar.


 


            O que ele pensava? Que eu a deixaria para trás? Que permitiria que a Bella morresse? Nunca!


 


            - Foi o que eu pensei.


 


            Como eu havia cuidadosamente planejado, Aro se intrometeu:


 


            - A não ser... A não ser que você pretenda dar-lhe a imortalidade.


 


            - E se eu der?


 


            Fingi indiferença; se eu conseguisse tirar a Bella dali ainda humana, daria um jeito de mantê-la assim.


 


            - Assim estaria livre para ir para casa e levar os meus cumprimentos a meu amigo Carlisle. Mas receio que tenha de estar sendo sincero.


 


            Eu não queria ter de segurar novamente a sua mão. No tempo que estivemos ali eu consegui algumas informações realmente valiosas para a minha família e para conseguir manter a Bella segura. Não queria que ele soubesse o quanto eu já estava inteirado do que ele tinha ali.


 


            Olhei para ela. O olhar de dor que atravessava o seu rosto me deixou preocupado, precisava falar com ela antes de prometer qualquer coisa a Aro. Quando eu ia pedir a Aro para me deixar falar com ela antes, Bella implorou:


 


            - Seja sincero. Por favor.


 


            O que ela estava pensando? Antes que eu me recuperasse do horror que eu vi em seus olhos, Alice me chamou:


 


            Edward, deixe que eu resolva isso. Ele não vai permitir que eu vá sem antes tocá-lo. E os humanos estão quase aqui, Bella precisa estar longe. Vou apressar a nossa saída.


 


            Alice caminhou até ele, estendeu a mão e parou. Aro estava em júbilo.


 


            Foi duro ver ele vasculhar a mente da minha irmã da maneira que estava fazendo. Ele se deliciava com as possibilidades de futuro que Alice via. E a promessa que Alice havia feito a Bella ainda no avião, de que a morderia. As duas estavam decididas. Então o futuro da Bella estava certo, ela se tornaria uma de nós.


 


            Fiquei irritado com a Alice e parei de ver o que Aro conseguia absorver dela. Passei a me concentrar em outras mentes e na Bella. Desde o momento que eu havia falsamente relutado em transformá-la, ela mudou, afastou-se um pouco de mim, ficou desconfortável a meu lado. Eu olhava seu rosto, mas ela estava concentrada em Alice. Será que eu a magoei novamente?


 


            - Rá, rá, rá – Aro estava em total êxtase. - Isso foi fascinante!


 


            - Fico feliz que tenha gostado.


 


            - Ver as coisas que você viu... Em especial aquelas que ainda não aconteceram!   


 


            - Mas acontecerão.


 


            - Sim, sim, está bem determinado. Certamente não há problema.


 


            Alice havia conseguido convencer Aro. Olhava na mente dela, ela via que em seu futuro encontraria com Jasper na manha seguinte, Bella e eu estávamos com ela.


 


            Precisamos sair daqui rápido, os humanos estão chegando.


 


            - Aro - Caius reclamou.


 


            -Meu caro Caius - Aro sorriu. – Não se aflija. Pense nas possibilidades! Eles não se unirão a nós hoje, mas sempre podemos ter esperança quanto ao futuro. Imagine a alegria que a jovem Alice, sozinha, poderia trazer à nossa pequena família... Além disso, estou tão terrivelmente curioso para ver como Bella ficará!


 


             Aro procurava não pensar em nada importante, sabia que ele estava escondendo alguma coisa de mim. No memento isso não importava, precisava tirar a Bella dali com urgência. Não queria que ela visse o que estava para acontecer.


 


            - Então agora estamos livres para partir? – perguntei.


 


            - Sim, sim. Mas, por favor, voltem a nos visitar. Isso foi absolutamente fascinante.


 


            - E nós também os visitaremos - Caius prometeu. - Para nos assegurarmos de que sua parte foi cumprida. Em seu lugar, eu não demoraria. Não oferecemos uma segunda chance.


 


            Por ele, Bella não saia viva dali, mas Caius confiava no julgamento de Aro. Não que estivesse feliz com isso.


 


            Logo, anda logo. Não vai dar tempo....


 


            Fiquei feliz pelo desapontamento do Felix, ele contava que os seus senhores lhe dariam a Bella.


 


            -Ah, Felix - Aro o consolava. - Heidi estará aqui a qualquer momento. Paciência.


 


            - Hmmm. Nesse caso, talvez seja melhor partimos o quanto antes.


 


            Aproveitei para lembrá-lo de que seria perigoso para Bella estar aqui quando Heidi chegasse.


 


            - Sim. É uma boa idéia. Acidentes acontecem. Mas, por favor, esperem aqui até que escureça, se não se importam.


 


            - Claro.


 


            - E tome. Pegue isso. Você chama um pouco a atenção.


 


            Aro jogou para mim o manto de Felix, senti nojo ao colocar aquilo, mas logo estaria livre para jogá-lo fora. No momento, o que importava era sair dali rápido.


 


            - Cabe em você.


 


            Dei uma gargalhada em resposta aos pensamentos dele. Ele insistia para que eu aceitasse a sua proposta de ficar ali com eles. Isso nunca. Já conseguia ouvir as vozes dos humanos se aproximando.


 


            Anda, Edward, corre, não vai dar tempo. Ela vai entrar em colapso.


 


            - Obrigado, Aro. Vamos esperar lá embaixo.


 


            - Adeus, jovens amigos.


 


            - Vamos.


           


            Apertei a cintura da Bella enquanto a arrastava com a maior rapidez que sabia que Bella conseguiria acompanhar. Ela estava tremendo, o que dificultava o nosso progresso.


 


            - Não está rápido o suficiente.


 


            Alice e eu já conseguíamos ouvir as batidas dos corações que se aproximavam. Os outros vampiros na sala estavam ansiosos.


 


            Bella me olhou quando começou a ouvir as vozes.


 


            Ela vai dar trabalho. Mantenha-a o mais calma que puder.


 


            - Vou fazer o máximo, me avise se...


 


            Não completei a frase, mas Alice compreendeu.


 


            Ninguém pretende tocá-la. Aro não iria gostar, eles sabem disso. Mas Jane vai adorar testar o dom do Alec nela se sentir necessidade, vamos tirá-la daqui e mantê-la calma. Ainda teremos de suportar algumas horas neste lugar horrendo.


 


            Quando consegui empurrar a Bella pelo corredor já era tarde: ela entendera que todos aqueles humanos estavam ali para servir de alimento. Estava chorando muito alto, não parecia notar o que estava fazendo. Cruzamos com a Heidi. Abracei-a enquanto conversávamos. Minha vontade era arrastá-la de lá, pegá-la no colo e levá-la para a proteção do seu quarto em Forks. Entretanto, precisava ter paciência.


 


            Conseguimos nos desvencilhar da Heidi e corremos pelo corredor, mas sem evitar que Bella ouvisse os gritos de pavor dos humanos. Ela entrou em choque.


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Notas finais do capítulo

Obrigada aos mais de 6000 acessos em minha página, isso me anima muito a continuar.
Estamos em contagem regressiva, faltam 10 dias para a estréia do Lua Nova.
bjos



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