Black Hole escrita por juliananv


Capítulo 10
Capítulo 10 Aquele idiota




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            Ficamos dois dias a mais do que Edward em Denali. Eu me mantinha vinte e quatro horas ligada ao futuro do meu irmão, sabia exatamente o lugar onde ele estava; era nojenta aquela caverna imunda, cheia de morcegos. Eca!


 


            - Alice, tem certeza de que só vai levar essa mala pequena? – Jasper perguntou.


 


            - Tenho um pouco de roupa lá em Ithaca, pretendo fazer algumas compras em Nova York. Edward vai ficar um tempo quieto, vou poder me divertir. – Vigiar Edward estava se tornando uma tarefa cansativa; haja paciência com aquele cabeça dura!


 


            Na manhã seguinte, despedimo-nos de todos em Denali, prometemos voltar para as férias da primavera, caso Edward ainda estivesse sendo teimoso. Garanti a Eleazar que não descuidaria da vigilância.


 


            Seguimos todos os Cullen para o aeroporto em Anchorage. Roseli e Emmett pegaram um vôo para a Espanha; eles estavam bem animados, pois bem longe poderiam ter uma boa lua-de-mel. Carlisle, Esme, Jasper e eu fomos para Ithaca. Lá eu veria qual o melhor rumo a tomar, já que precisava ficar próxima a Edward, mas antes merecia – e muito – um dia de compras.


 


            Esme ficou animada ao chegarmos: a casa estava muito judiada, precisava urgentemente de uma reforma.


 


            - Alice, precisamos pensar em redecorar a casa. Quero que fique parecida com a nossa casa de Forks. Não gosto de ter que ficar sempre mudando; se a casa ficar com a decoração parecida, sinto-me mais à vontade.


 


            - Esme, eu estava pensando em dar uma reformada. Acho que deveríamos aumentar o quarto do Edward...


 


            - Não sei não, Alice. As coisas podem não sair da maneira como você acredita, sempre temos escolha.


 


            - Vamos, Esme, vai ser divertido! – Sabia que ela adorava reformas, não resistiria ao meu pedido.


 


            - Tudo bem, mas sem extravagâncias, Alice.


 


            Nos dias que se passaram, Esme e eu fizemos uma tremenda faxina na casa, doamos praticamente todos os móveis. Jasper ajudou com a demolição de algumas paredes para que pudéssemos aumentar o quarto do Edward.


 


            Assim que todos os cômodos estavam limpos, pintados e o novo quarto do Edward finalizado, Esme e eu fomos comprar móveis novos. Ela adorava variações em tons de branco, trazia calma para a casa. “Precisamos de um ambiente tranquilo, já que todos temos personalidades muito fortes”, dizia minha mãe.


 


            Mobiliamos a casa toda, compramos roupas de cama mais modernas, utensílios para a cozinha... Deixei essa parte para Esme; não via sentindo em comprar esse tipo de coisa, já que a cozinha na nossa casa era como a de um estúdio de TV: totalmente cenográfica. Esme tomava o cuidado de ter sempre uma boa cozinha e banheiros; caso algum humano nos visitasse, tínhamos de manter as aparências. Não que costumássemos receber visitantes humanos com frequência... Bella era uma exceção nisso também.


 


            Eu também gostava do ambiente em nossa casa, era contraditório. Todos sempre imaginam vampiros morando em lugares escuros, úmidos, sombrios. Nossa casa era completamente o oposto, leve, com muita luz natural.


 


            Esme e Carlisle sempre transformavam uma simples casa em um lar, davam a cada um de nós uma família. E ao longo do tempo descobrimos ser possível aos vampiros terem uma família de verdade; às vezes nos desentendíamos, mas nos amávamos. Se precisasse, eu morreria para defender qualquer um deles e sabia que eles fariam a mesma coisa por mim.


 


            - Alice, você aproveitou o meu momento de distração e comprou para o Edward uma cama de casal?


 


            - Calma, mãe! Ele vai precisar dela daqui a um tempo. Só me adiantei um pouco.


 


            - Ele nunca gostou de ter cama no quarto dele. Sempre reclamava quando eu insistia: “para que preciso de uma cama? Fico bem em pé”.


 


            - Esme, confie em mim, ele vai precisar de camas daqui pra frente. – Ria da expressão de descrença no rosto de Esme. – Não se preocupe se ele ficar bravo, eu me entendo com ele.


 


            Todos sabiam que minha relação com Edward era diferente e que conseguíamos nos entender melhor do que os outros nos entendiam. Gostávamos de ser especiais, só que às vezes era difícil. No começo, Jasper ficou meio enciumado com a forte ligação que tive com Edward assim que nos encontramos. Expliquei para o meu amor que ele tinha acabado de conhecê-lo e que eu sempre soube que Edward faria parte da minha vida como meu irmão. Era como se ele já estivesse em minha vida há muito tempo. Assim que Jasper entendeu isso e percebeu que meus sentimentos eram totalmente diferentes, ele nunca mais se preocupou com isso.


 


            Carlisle estava terminando os preparativos para começar a trabalhar no dia seguinte. Entrei em seu escritório:


 


            - Carlisle, melhor você e Jasper irem comprar alguns carros hoje. Os humanos não estão acostumados a um médico que chega correndo ao hospital.


 


            - Tem razão, Alice, havia esquecido este detalhe. Estou entusiasmado em começar a lecionar. Gosto da idéia de poder dividir o conhecimento que acumulei ao longo dos anos com os humanos. Sinto que dessa forma posso ajudar mais pessoas. – Uma das prioridades na existência de meu pai era ajudar qualquer humano que ele pudesse. Carlisle acreditava que se fosse realmente generoso com     todos poderia ter uma chance de ter um pouco da sua humanidade de volta. Nunca conheci ninguém melhor do que ele.


 


            - Leve Jasper com você, isso é o tipo da coisa que homens podem comprar sozinhos. Acho melhor comprar pelo menos três, vejo que logo Emmett e Roseli podem aparecer para uma visita. Sabe como Rose se empolga com um motor novo.


 


            - Certo. – Não demorou muito, Jasper e Carlisle saíram muito animados, discutindo quais seriam os melhores modelos.


 


            Aproveitei que os “meninos” estavam ocupados e se divertindo para dar uma organizada em meu closet. Praticamente esvazie-o; precisava de uma nova coleção completa e, principalmente, merecia relaxar. Convidei Esme para ir a Nova York; ela aceitou, com a condição de visitar alguns antiquários em vez de se enfiar em lojas de roupa comigo.


 


            - Tudo bem, Esme, não se preocupe, eu compro roupas novas para todos. Não estou gostando mesmo das roupas que você e Carlisle estão usando. – Esme sorria.


 


             Geralmente, eu não os deixava escolherem que tipo de roupa deveriam vestir. Desde que entrei para a família, assumi esta responsabilidade. Bom, não foi bem assim, eu praticamente proibi que qualquer um fizesse compras sem minha presença. A única que às vezes me acompanhava era a Rose; o resto sempre acabava perdendo a paciência comigo, diziam que eu era muito exigente, só porque eu não me contentava com qualquer roupa como eles.


 


            - Jazz, Esme e eu estamos indo fazer compras. Venha, vamos também! – Já sabia a resposta:


 


            - Alice, você sabe muito bem que eu não tenho paciência com você quando está fazendo isso. Melhor vocês irem sozinhas. Fico aqui com Carlisle.


 


            - Vai ficar fazendo o que aqui, sozinho? Carlisle vai ficar no hospital e na universidade...


 


            - Posso fazer umas pesquisas para você, ir a alguns sanatórios nas redondezas. Ver o que posso descobrir sobre o seu passado. – Claro que eu já sabia que ele planejava fazer isso.


 


            - Melhor você também dar uma olhada nas bibliotecas, procurar em jornais antigos alguma pista da minha família. Faça um favor para mim, entre em contato com a nossa antiga escola em Forks e consiga aquelas fotos que tiramos no baile de formatura, vou precisar delas. - Jasper me olhava com desconfiança.


 


            Dei um beijo apaixonado em meu amor antes de sair, não gostava de ter de ficar longe de Jasper, mesmo que fosse para fazer algo tão importante como comprar roupas.


 


            - Prometo que volto logo, espere por mim.


 


            - Sempre.


 


            Fui me despedir de meu pai e chamar minha mãe. Bati na porta do quarto deles:


 


            - Posso entrar? Desculpe, mas se não interromper vocês vamos perder o avião, Esme. – Estávamos tão acostumados à falta de privacidade que nenhum de nós ficava mais constrangido.


 


            - Entre, Alice – disse Carlisle.


 


            - Carlisle, sei que você está preocupado, relaxe. Estou monitorando Edward, ele não parece querer sair daquela caverna tão cedo.


 


            - E Bella, como anda?


 


            - Não fico o tempo todo de olho nela, mantenho minha mente concentrada o tempo todo em Edward. Quando algo importante acontece, Bella aparece para mim. Ela continua praticamente na mesma. A única novidade é que ela anda muito na companhia daquele garoto quileute, o tal de Jacob Black. Fiquei feliz outro dia: ela apareceu sorrindo, havia muito tempo que isso não acontecia.


 


            - Que bom! Quem sabe Edward não tenha razão e ela venha a se recuperar? – Esme encontrava um pequeno consolo nisso.


 


            - Ela nunca vai se recuperar disso. Acho que está encontrando outras maneiras de lidar com a situação.


 


            - Eu estou muito preocupada com Edward naquela caverna, Alice. Será que não deveríamos ir até lá?


 


            - Também não me agrada que Edward se enfurne naquele lugar nojento, mas antes ele lá protegido do que fazendo besteira aqui fora. Vamos dar mais um tempo para ele. Enquanto isso, pelo menos a gente pode se divertir um pouco. Anda, Esme, estou esperando por você lá embaixo! Até mais, Carlisle.


 


            Assim que chegamos a Nova York, fomos direto nos hospedar no The Plaza Hotel. Tivemos de esperar o fim da tarde para podermos sair; o tempo estava muito ensolarado. Quando o sol começou a se pôr no horizonte, foi cada uma para o seu lado: Esme em busca de peças para decorar a nossa casa, eu para o maravilhoso mundo das compras!


 


            Comprei roupas e sapatos novos para o Jasper e para o Carlisle. Não era muito interessante comprar roupa para os meninos, eles não gostavam muito quando eu tentava dar uma cara especial, preferiam mais o tradicional.


 


            Agora, com as minhas roupas e as de Esme eu podia extrapolar. Esme às vezes reclamava das roupas extravagantes que eu comprava, mas acabava cedendo. Ficamos três dias em Nova York, o suficiente para que eu pudesse montar um closet novo para todos. Quando estava saindo da última loja, lembrei-me de um detalhe importante:


 


            - Por favor, onde é o setor de decoração? – Perguntei para a primeira vendedora que encontrei.


 


            - No piso superior.


 


            Voltei para a loja, procurava um portarretrato. Os primeiros que olhei não me agradaram; achei um, meio escondido, era de prata, muito delicado, de moldura fina; o portarretrato em si não se destacava, era perfeito para o que eu precisava. Dei as compras por encerradas. Encontrei com Esme no hotel.


 


            - Alice! Você exagerou muito desta vez. Como pretende levar tudo isso para casa?


 


            - Não se preocupe, Esme, vamos contratar um serviço de entrega. Assim podemos voltar juntas de avião.


 


            - E o Edward? Nada ainda?


           


            - Nada, ele ainda não decidiu sair daquela caverna. Mas fique tranquila; pelo que vejo, a coisa ainda vai longe. – Esme estava preocupada com o isolamento do Edward. Eu estava irritada. Bom, pelo menos ele não estava fazendo nenhuma besteira.


 


            Fechamos a conta do hotel e em seguida fomos para o aeroporto. Queríamos voltar logo para casa; estávamos com saudades dos nossos vampiros. Durante todo o voo fiquei vigiando Edward, mesmo não tendo nada de muito diferente para ver: ele mal se mexia. Sabia que Edward escolhia passar por isso. Mesmo assim, não conseguia evitar, sentia pena do meu irmão. Pensava em opções para ajudá-lo.


 


            Quando o avião estava pousando em Ithaca, gelei: vi Bella perdendo o controle de uma moto e cair; na verdade, Bella se arrebentava contra uma árvore. A moto estava sobre ela, Bella não se mexia. Dei um pulo. Esme segurou o meu braço. Alguém tirava a moto de cima dela... Jacob, aquele menino quileute que estava no baile da primavera. Bella estava sangrando muito, tinha um grande corte em sua cabeça. Parecia bem, fora o corte. Esme me perguntava se havia acontecido alguma coisa a Edward.


 


            - Edward continua na mesma. – Falava aos sussurros. – Bella sofreu um acidente de moto, mas parece bem. Precisamos falar com Carlisle.


 


            Ficamos nervosas o resto da viagem, não queria falar com ele pelo celular. Liguei para que o Jasper fosse nos encontrar no aeroporto. Assim que o avião pousou, Jasper nos esperava no porta de desembarque. Corremos em direção ao hospital.


 


            Encontramos o meu pai na sala de emergências. Assim que ele nos viu, veio em nossa direção. Era engraçado ver os humanos nos olhando; eles ficavam divididos entre o medo e a admiração.


 


            - O que houve, Alice? – Carlisle sabia que eu só viria ao hospital se alguma coisa grave acontecesse.


 


            - Bella se machucou.


 


            - Vamos até o meu consultório. – No caminho, sussurrei para ele e Jasper tudo o que havia visto.


 


            - Carlisle, ligue para alguém em Forks. Precisamos ter certeza de que nada de grave aconteceu – pediu Esme.


 


            Carlisle pegou o telefone sem questionar minha mãe e ligou para o Dr. Gerandy. Ele era confiável, não havia contado a Charlie que Carlisle sempre ligava para ter noticias da saúde de Bella.


 


            - Olá, Dr. Gerandy. E aí, já conseguiram um substituto para mim? Não, estou bem aqui. Na verdade, estou ligando porque soube do acidente da Isabella Swan, queria saber se ela está bem. Hã? Sim, que bom. E a depressão como está? Certo, bom. É, se ele não quer, não adianta insistir. Mas fico feliz. Obrigado pelas informações. Claro, qualquer hora apareço para uma visita. Adeus.


 


            Ele desligou, preocupado:


 


            - Ela está bem, foi só um corte. A radiografia não mostrou nada sério, foi suturada e liberada; já deve estar em casa. Ao que parece, ela está se recuperando aos poucos da depressão. Dr. Gerandy ainda está preocupado com isso, disse que ela está muito magra. Ele chegou a cogitar a hipótese de que ela se machucou de propósito. Mas o garoto garantiu a ele que ela havia caído em sua oficina e batido com a cabeça em um martelo.


 


               - Acho que devíamos ligar para o Edward. – Ele precisava saber que Bella continuava se machucando, mesmo com ele longe.


 


            - Deixe-o em paz, Alice. Não foi nada de grave, Bella está bem. – Esme não suportava a idéia de magoar Edward ainda mais.


 


            - Hoje não foi nada sério, concordo. Entretanto, o que me preocupa é que ela está se colocando em perigo de propósito. Bella sempre foi muito cuidadosa. Ela sabe o quanto é atrapalhada, mal jogava vôlei na escola com medo de se machucar ou machucar os outros. Andar de moto não é uma coisa que ela faria em seu estado normal.


 


            - Eu sei. Mas concordo com Esme, vamos manter Edward no escuro por ora – ponderou Carlisle.


 


            - Carlisle, e se ela continuar com isso? Da próxima vez pode ser fatal! Os humanos são muito frágeis.


 


            - Relaxe, Alice. Milhares de humanos andam de moto diariamente. Esse não é um motivo forte o suficiente para interferimos. Bella está diferente, passou por coisas que humanos nem sonham em passar. Ela está lidando com a situação do jeito que consegue. Ela é forte por trás de sua aparente fragilidade, está levando tudo isso muito melhor do que o Edward.


 


            - Carlisle, você já se colocou no lugar da Bella? Edward tem o nosso total apoio. Quando precisa, pode conversar com qualquer um de nós. Ela está completamente sozinha! Não pode chegar para o Charlei e falar: “Pai, meu namorado, o Edward era um vampiro. Ele e sua família, que, aliás, também era de vampiros, foram embora porque não me acham boa o suficiente para estar com eles”.


 


            - Eu sei disso, Alice. – Carlisle fechou os olhos e suspirou – O Dr. Gerandy desistiu de tentar convencer Charlie a dar um antidepressivo para ela.


 


            - Não se trata só de medicamentos. Bella não pode falar do que sente para ninguém. Ela é humana! Até para nós que não o somos isso seria pesado demais. Vai chegar uma hora em que ela vai explodir e isso já está começando. Não é do temperamento da Bella se colocar tão próxima ao perigo dessa maneira. Não estou reconhecendo minha amiga.


 


            - Vamos monitorar a situação. Se Bella continuar assim, decidiremos o que fazer. Agora preciso voltar para o meu plantão. Não se esqueçam de que precisamos caçar neste final de semana. – Podia ver que Carlisle estava começando a pensar em outras saídas. Ele também parecia poder ver que, se continuássemos a seguir pelo caminho que Edward teimava em trilhar, as coisas não iriam acabar bem.


 


            Contrariada, voltei para casa. No caminho, Jasper, Esme e eu planejamos o nosso fim de semana. Resolvemos caçar todos juntos. Assim que chegamos em casa, fui para o quarto com Jasper.


 


            - Vem cá, Alice. – Jasper me puxou para junto dele. – Não fique tão irritada. Você mesma não diz que as coisas vão dar certo?


 


            - Jazz, chega de Edward por hoje. Me beija.


 


            Estava morrendo de saudades do meu amor, queria sentir Jasper perto de mim. Ele era tão delicado comigo, eu que às vezes extrapolava na empolgação. Hoje não aquentei e rasguei as roupas dele. Estava impaciente para sentir o corpo do Jazz junto ao meu, o mais rápido possível. Não via o tempo passar quando estávamos assim, era difícil controlar o tesão que sentíamos um pelo outro. Jasper ainda gostava de me deixar mais acesa, sempre incrementava as sensações em meu corpo. Ele me deixava incontrolável.


 


            - Jazz, me acalme um pouco.


 


            - Não. Você está perfeita assim, Alice. – Ria enquanto Jazz voltava a me beijar.


 


            Nós nos amamos o restante do dia e da noite, só saímos do quarto na manhã seguinte.


 


            - Bom dia, Esme.


 


            - Bom dia, menos irritada filha! – Esme sorria.


 


            - Jasper deu um jeito em mim. – Todos ríamos. - Vejo que Carlisle chega daqui a uma hora. Vamos partir hoje para caçar. – Estava preocupada; Jasper estava com sede e era mais difícil para ele se controlar perto dos humanos assim.


 


            Pegamos o carro novo do Carlisle, um BMW CS Four. Decidimos caçar no Parque Nacional Adirondack, era o lugar mais próximo. Passamos o fim de semana todo lá, voltamos na segunda de manhã; Carlisle tinha plantão no hospital.


 


            Jasper havia começado a sua investigação sobre o meu passado.


 


            - Alice, eu chequei primeiro na biblioteca da universidade, como você pediu. Encontrei alguns antigos sanatórios que na época de 1920 tratavam de doenças psiquiátricas. O primeiro deles eu já chequei: era o de Augusta e você não passou por lá.


 


            - Quais são os outros Jasper? – Precisava me concentrar para ver qual o melhor caminho a seguir.


 


            - Nisso demos sorte. Na época, havia poucas cidades que tinham esse tipo de sanatórios, então temos cinco: Seattle, Dallas, Chicago, Minneapolis e Denver.


 


            - Vamos a Minneapolis, vejo que encontraremos alguma coisa lá. Caso Edward resolva despertar e começar a caçar, nós paramos o que estamos fazendo e vamos atrás dele.


 


            - Por que a gente não pede a ajuda de Charlote e Peter? – Pensei nisso por um tempo.


 


            - Acho que você pode estar certo, Jazz; eu vou ficar mais tranquila se alguém estiver próximo a ele caso alguma coisa aconteça. Ligue para eles, deixe-os de sobreaviso.


 


            Começamos os preparativos para a nossa viagem. Esme estava chateada, não queria ficar sozinha; Carlisle andava trabalhando bastante desde que chegamos a Ithaca.


 


            - Esme, convide Tanya, Irina e Kate para passar alguns dias com você. Não se preocupe; logo estaremos de volta.


 


            - Não se preocupe comigo, filha. Caso precisem de alguma coisa, me liguem. Alice, se acontecer algo com o seu irmão, me informe, por favor.


 


            - Pode ficar tranquila, Esme, estou de olho nele.


 


            - Chegou isso para você hoje. – Esme me entregou um envelope da escola de Forks: as fotos chegaram.


 


            - Obrigada, Esme.


 


            Antes de sairmos, fui até o quarto do Edward, peguei o portarretrato que havia comprado especialmente para isso, escolhi a melhor foto que os dois haviam tirado no baile de formatura. Bella estava abraçada a Edward, ele olhava para ela, enquanto Bella parecia estar corando. Olhei a foto por um tempo pensando em como tudo poderia ser mais simples se meu irmão não fosse tão teimoso; coloquei gentilmente o portarretrato na mesa de cabeceira ao lado da nova cama do Edward. Ele podia até tentar mentir, mas sabia que ia gostar da surpresa. “Perfeito, Alice!”


 


            Quando estava saindo do quarto do Edward, Bella apareceu novamente. Ela ia sofrer mais um acidente de moto. Suspirei profundamente buscando por paciência, fui até a sala ligar para o Carlisle.


 


            - Alice, o que aconteceu?


 


            - Bella caiu de moto novamente. Parece que não foi nada, só mais um corte para a sua coleção. Mesmo assim, acho melhor dar uma conferida.


 


            - Pode deixar, faço isso. Também estou ficando preocupado, vou me informar melhor. Tchau.


 


            Voltei para o meu quarto, queria falar com Jasper.


 


            - Jasper, vamos para Minnesota. Se as coisas continuarem assim, logo vou ter de despertar o belo adormecido do Edward.


 


            - O que houve? Você está tão irritada.


 


            - Bella caiu de novo, nada sério, só estou com medo. Se continuar a acontecer, vou ter que ligar para ele.


 


            - Tudo bem. Quer ir já?


 


            - Quero, no caminho aproveitamos para caçar.


 


            Despedimo-nos de Esme e seguimos rumo a Minneapolis. Estava ansiosa, queria descobrir alguma coisa sobre o meu misterioso passado.


 


            Assim que chegamos, vi o caminho que deveríamos tomar: o sanatório ficava na parte mais antiga da cidade. Olhava tudo tentando reconhecer alguma coisa, obviamente não me lembrei de nada. As casas que ficavam em volta do sanatório eram muito antigas, século 20 e 30, Esme adoraria aquilo.


 


            O sanatório ficava na parte mais alta do bairro, a rua era muito íngreme. Estava totalmente abandonado, era sombrio cercado de árvores. Jasper desceu do carro e veio me dar a mão enquanto eu descia. Conseguimos entrar pelo grande portão principal, ele estava enferrujado, tivemos de ter cuidado para não acabar com ele de vez.


 


             Jasper me olhou, revelando saber como era importante, para mim, entender um pouco da minha antiga vida. Suspirei profundamente antes de entrar pela porta da frente. Assim que entrei pela porta, sabia exatamente onde encontraria respostas para o meu misterioso passado.


 


            A primeira sala era muito grande, tudo estava em ruínas. Havia uma grande escada que levava para o andar superior. Fomos para o lado esquerdo do prédio, passamos por algumas salas que antes pareciam ser a administração do sanatório. Fomos até o final do corredor, entramos na antiga cozinha, lá havia uma porta que levava a um porão, a única porta trancada em todo o prédio. Facilmente, Jasper quebrou a fechadura e descemos as escadas; estava muito escuro e empoeirado, parecia que havia anos que ninguém entrava ali.


 


            O porão tinha muitas estantes cheias de caixas. Vasculhamos todas elas, não havia nada escrito do lado de fora que me desse uma pista de qual seria. Estava tudo fora de ordem. Olhei para Jasper, antecipando-me ao que ele iria falar:


 


            - Encontrei! Muito prazer, Mary Alice Brandon! – Jasper me entregou a ficha enquanto me dava um beijo.


 


            - Sou eu mesma, Jasper! – Comecei a ler a minha ficha, ia falando para o Jasper o que achava interessante.


 


            - Nasci em 10 de junho de 1903, colocaram-me no sanatório em 23 de outubro de 1915, eu tinha doze anos... Diz que eu era órfã. Anotaram a data da minha fuga: 13 de janeiro de 1920; deve ter sido quando o James começou a me caçar. Jasper, eu tinha a mesma idade do Edward quando fui transformada, 17 anos... Fui classificada como doente irrecuperável, ficava na ala C. O número do quarto era 12. Venha, você tem que ver isso!


 


            Jasper e eu seguimos para o andar superior; estava nervosa, já sabia o que encontraria lá.


 


            O quarto estava em ruínas, assim como o restante do sanatório; era um cubículo, as paredes antigamente deveriam ter sido pintadas de branco; o único móvel que havia ali era uma antiga cama de ferro. A cama ficava no canto direito em frente à porta; fui até ela e a arrastei. Embaixo da cama, no antigo assoalho de madeira, tinha escrito várias vezes os mesmos nomes: Jasper e Cynthia. Olhei assustada para o Jasper, ele veio me abraçar.


 


            - Não tinha como eu fugir de você, baixinha. Ainda bem! – Olhava para ele da mesma maneira que ele me olhava: nós éramos um. Imaginava que só pudesse ver Jasper quando virei vampira; o rosto dele foi a primeira coisa que vi quando abri os meus olhos pela primeira vez. Agora eu sabia pelo menos isso sobre o meu passado como humana: sempre conheci Jasper, eu sempre soube que ele seria meu.


 


            - Bom, com certeza era eu. Mas quem é Cynthia? – Procurava em meu futuro se encontraria alguém importante que se chamasse Cynthia, não pude ver nada. – Não encontro nenhuma Cynthia em meu futuro. O que será que isso significa, Jazz?


 


            - Quem sabe ela não estava no seu passado? Pelo menos, agora fica mais fácil, já que sabemos você é Mary Alice Brandon. – Jasper falava o meu nome com orgulho.


 


            - Já sei aonde devemos ir.


 


            Quando estávamos descendo as escadas do sanatório, parei. Bella caia da moto mais uma vez, só que agora ela batia a cabeça com muita força em uma pedra grande. Estava desacordada.


 


            - Levanta, Bella! Anda, se mexe... – Jasper voltou para me segurar, estava em pânico, nossas vidas dependiam dela.


 


            - Calma, Alice! Ela vai ficar bem... – Bella ficou três minutos desacordada, o garoto quileutes cuidava dela. Lentamente, ela abria os olhos...


 


            - Ela está acordando! – Relaxei. – Lá vai a Bella para a emergência mais uma vez... Não dá mais para esperar, Jasper, vou falar com o Edward. Vamos, preciso que você me leve para o aeroporto.


 


            - Não vou com você?


 


            - Venha, no caminho eu te explico. – Antes de sair do sanatório, pequei a minha ficha médica; Carlisle precisava ver isso para mim.


 


            Enquanto Jasper me levava para o aeroporto, dava para ele as coordenadas para descobrirmos o restante do meu passado. Pedi que ele fosse até Saint Louis; na biblioteca ele encontraria informações sobre o meu passado.


 


            - Pegue o que puder e volte para Ithaca. Estarei com o Edward; não se preocupe, manterei contato com você.


 


            - Alice, acho melhor irmos juntos. Edward não anda muito confiável.


 


            - Jazz, eu vou sozinha. Ligue para Peter e Charlote, eles estão perto de Vancouver. Mande que eles vigiem Edward de longe; assim, se ele mudar de idéia. Os dois podem pará-lo até que eu chegue.


 


            Assim que chegamos ao aeroporto, dei um beijo no Jazz e fui correndo comprar a minha passagem. Passei o restante da viagem divida entre muitos futuros, vigiava Edward, Bella, Jasper, Peter e Charlote. Estava ficando cansada de toda essa pressão; quando isso tudo acabasse, iria tirar umas longas férias com Jazz.


 


            Pouco antes de o avião pousar, liguei para o Edward; ele reagiu da maneira que eu esperava: ficou em pânico. Olhava o seu futuro na esperança de que o desespero o fizesse voltar para Forks; vi que ele pretendia ligar para Carlisle. Edward mudou de idéia rápido demais, não consegui impedir que ele ligasse para o Dr. Gerandy. “Que droga, Alice!”


 


            Edward decidiu ir para os Volturi! Liguei para ele imediatamente, ameacei Bella, sabia que esta era a única maneira de segurá-lo onde estava. Por via das duvidas, resolvi tomar precauções.


 


            - Peter, sou eu, Alice. – Podia ver exatamente onde eles estavam. – Edward não está bem. Não deixe que ele perceba que estão perto, fique de olho, mas mantenham distância, estou chegando. Caso ele resolva sair daí, não deixem.


 


            - Aconteceu alguma coisa? Quer que falemos com ele?


 


            - Não, dificilmente ele ouviria vocês. Preciso falar com Jasper. Ligo caso algo venha a mudar. Obrigada.


 


            - Jazz, avise Carlisle que Edward se vê indo aos Volturi agora. Consegui fazer com que ele me espere, vou fazer o que puder. Caso ele esteja irredutível, aviso vocês. Fiquem preparados!


 


            Desliguei o celular, podia ver que Edward tentava me ligar, aluguei o carro mais veloz que encontrei e voei em direção a meu irmão cabeça dura.


 


            Assim que me aproximei, mostrei a ele as últimas visões que tive de Bella, o seu recente entra-e-sai da emergência. Sabia exatamente o que ia acontecer, então Edward não me pegou desprevenida: tentou me agarrar. Por muitas vezes, deixei que ele colocasse para fora um pouco da sua ira; sabia o quanto ele estava sofrendo pelo ciúme doentio que sentia de Bella.


 


            Expliquei tudo o que sabia sobre os recentes acontecimentos em Forks. Tentava insistir com ele para que voltasse. Quando ficou claro para mim que ele resolveu se manter afastado dela, perdi todo a minha curta paciência. Edward já estava me cansando com toda aquela história.


 


            Gritei muito com ele, minha vontade era de bater em Edward e fazer como as mães humanas fazem com seus filhos teimosos: queria poder pegar Edward pela orelha e levá-lo até Forks. Como não podia fazer isso, usei a última visão que tive dos dois, de quando eles ainda estavam juntos. Quando vi a cara de abobalhado do Edward, afastei-me dele.


 


            Enquanto corria em direção ao carro, liguei para o Peter agradecendo e liberando-os. Vi que Edward resolveu voltar para Forks. Corri para o aeroporto e fiquei escondida. Assim que ele comprou a passagem e foi se cuidar, fui ate o guichê comprar a minha passagem também. Estava radiante: o futuro estava mudando novamente! Minha amiga voltaria a sorrir.


 


            - Uma passagem para Seattle, por favor. – O futuro mudou novamente. Que grande idiota! – Desculpe-me, a passagem é para Ithaca.


 


            Eram tantos os sentimentos que passavam por mim que mal conseguia me controlar: raiva, indignação, medo, irritação... Fui até o banheiro feminino e me tranquei lá. Liguei para o Jasper.


 


            - Jazz, aquele idiota voltou atrás! Encontre-me em Ithaca, já estou a caminho. Sei que você não conseguiu chegar a Saint Louis, esqueça isso. Depois a gente resolve. Preciso de você.


 


            - O que aconteceu, Alice? Por que você está com essa voz?


 


            - Não se preocupe, quando estivemos juntos conversamos. – Estava tão irritada com meu irmão que não conseguia nem falar, precisava de um tempo para organizar as minhas emoções. Fiquei trancada no banheiro até a hora do embarque.


 


            Quando cheguei a Ithaca já era noite. Assim que Esme me viu entrar, correu em minha direção:


 


            - Alice, o que aconteceu? Por que você esta assim? – Não tinha vontade de conversar com ninguém. Estava com tanta raiva do Edward que mal conseguia controlar a minha voz. Resumidamente, contei para Esme o que tinha acontecido e fui para o meu quarto. Sabia que Jasper ainda demoraria um pouco a chegar. Fique lá remoendo a minha raiva.


 


            Jasper chegou e conversava com Esme e Carlisle. Desci as escadas para me encontrar logo com ele. Jasper me olhava impressionado, poucas vezes eu fiquei assim tão revoltada com alguém.


 


            - Alice, não precisa se sentir assim, amor. – Jazz veio me abraçar, emanando ondas de tranquilidade para mim.


 


            - Jasper está certo, Alice – disse Carlisle – Não é você mesma que vive nos dizendo que Edward vai voltar logo para Forks?


 


            - Essa probabilidade fica mais forte a cada dia, sei disso, Carlisle. Só que a Bella claramente está tentando se matar com aquelas motos. O último tombo foi feio, os humanos são tão frágeis. E se ela conseguir o que quer? E se minha amiga morrer? – Jasper me abraçava, ele sabia que eu amava Bella demais.


 


            - Eu sei, Alice, também estou mais preocupado com isso a cada dia que passa. Conversei com o enfermeiro Brett Warner, ele deu uma olhada na ficha dela. Nos últimos vinte dias ela passou pela emergência sete vezes.


 


            - Eu não vi tudo isso... Estranho, acho que ando concentrada demais em Edward e algumas coisas têm fugido. – Isso não me agradava.


 


            - Estou seriamente cogitando a idéia de interferir, não me agrada ter a morte dela em minha consciência.


 


            - Carlisle, não podemos fazer isso! – Disse Esme – Nós prometemos a ele!


 


            - Só por este motivo ainda não voltei a Forks, Esme. As coisas que vêm acontecendo estão me deixando sem saída. Se Bella insistir em continuar assim, não terei escolha.


 


            - Edward está vindo! - Interrompi antes que Esme tentasse convencer Carlisle a não fazer isso. – Alguém vai ter de pegá-lo no aeroporto. Vai fazer sol ele ficará o dia todo preso lá se ninguém aparecer. Se bem que ele merece isso...


 


            - Alice, não brigue com ele! Você sabe que Edward precisa de você.


 


            - Esme, no momento eu não quero saber dele. Edward é um tremendo idiota, ele me irrita! Acho melhor você ir logo buscá-lo, o avião está quase pousando. – Esme rapidamente saiu para pegar Edward, precisava conversar com meu pai afastado dela.


 


            - Carlisle, na próxima vez que eu vir a Bella se machucando, volto para Forks!


 


            - O que pretende fazer com ela? – Carlisle tinha medo de que eu a transformasse em uma de nós.


 


            - Não se preocupe com isso, eu vou contar para ela toda a verdade e tudo o que está acontecendo com Edward. É provável que Bella queira que eu a leve até ele. Aí eles que se resolvam.


 


            - Tudo bem, Alice, vou pensar. Pode ser uma boa saída. Não devemos pensar sobre isso com Edward aqui.


 


            Subi com Jasper. Antes de entrar no meu quarto, fui até o do Edward e coloquei o CD do Debussy, posicionei na faixa certa. Usava de todas as artimanhas para forçá-lo a ir atrás da Bella; afinal, tendo ele começado com toda aquela bagunça, o certo era que ele colocasse tudo no lugar.


 


            Assim que ele chegou, fiquei ainda mais irritada: não era para Edward estar aqui. Resolvi que não ia mais poupar Edward de nada: lembrava-me a todo instante de coisas que havia visto e do que havia vivido com Bella. Edward tentava se segurar; em determinados momentos, via que ele planejava me atacar novamente, mas não me deixava intimidar por nada disso. A culpa de tudo o que estava acontecendo e de tudo o que poderia vir a acontecer era dele mesmo. Tentei fazer com que ele parasse de ser tão idiota de muitas maneiras, já estava de saco cheio de que todos os meus planos não dessem certo.


 


            - Alice, pare com isso! Ele já está sofrendo demais! – Jasper intercedia em favor de Edward.


 


            - Nem tente, Jazz! Ele pretende começar a caçar Victoria amanhã, então só tenho mais algumas horas para tentar detê-lo.


 


            Aproveitei que Edward conversava com Carlisle e decidi colocar a blusa com o cheiro da Bella na mochila dele – em algum momento ele a acabaria encontrando. Voltei para o meu quarto sem que ninguém percebesse o que eu fiz.


 


            Como previsto, na manhã seguinte Edward foi atrás de Victoria. Antes de partir, ele veio falar comigo. Apesar da raiva que ainda sentia, não consegui deixar que ele fosse embora sem me despedir, amava muito meu irmão. No momento em que ele pôs os pés para fora de casa, comecei a buscar novamente pelo seu futuro.


 


            Desci a escada massageando a minha testa, aquilo já estava se tornando cansativo. Encontrei todos na sala, fui falar com Carlisle.


 


            - Pai, e sobre aquele assunto que conversávamos antes de Edward voltar, já resolveu? – Claro que já sabia da decisão do meu pai, só queria que ele mesmo contasse a todos.


 


            - Você sabe muito bem o que decidi, Alice - sorri para ele.


 


            - Bom, então acho que Jasper e eu devemos terminar a minha pesquisa. Logo Bella pode se machucar de novo e, então, terei de ir a Forks. – Contava com a sorte de Bella em sofrer acidentes; não via a hora de voltar.


 


            - Carlisle, você concordou com isso? – Perguntou Esme.


 


            - Calma, Esme. - Carlisle foi abraçar a minha mãe. – Alice só vai conversar com Bella e, se ela quiser, Alice vai levá-la até o Edward.


 


            - Ele não vai gostar disso, não é certo nos metermos dessa maneira na vida deles.


 


            - Esme, Edward mal se aguenta, nem entendo mais porque ele ainda não voltou. Alice só está querendo ajudar. Acho que é melhor que eles se encontrem de uma vez, antes que um dos dois acabe cometendo alguma besteira.


 


            Esme não pôde mais se opor depois disso. Resolvi partir logo com Jasper. Antes de partir, contudo, tinha uma última coisa que precisava fazer.


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Notas finais do capítulo

Adoro a impaciência da Alice.Achei importante começar a contar um pouco da história dela também, os próximos capítulos da Alice serão emocionantes, aguardem.
bjos.



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