Horas antes
O homem que tirou a inocência de Judite deixou a cama ao amanhecer prendendo-a no banheiro antes de adormecer. Após violentá-la, coage Judite a tomar por obrigação um liquido que continha Boa Noite Cinderela, adormece nos braços do violentador. Ele arremessa o corpo da mesma nas toalhas felpudas estiradas no chão.
Dia seguinte (no mesmo dia horas mais tarde)
Judite desperta com a cabeça latejando e o corpo dolorido. Os vestígios da agressão emocional e física marcam trilhas imperdoáveis.
Sentia-se suja, não lembrava nada a respeito do homem, que nem deve ser chamado de homem, mas sim, verme. Ao olhar para os quatro cantos do quarto começou a chorar, caindo de joelhos no assoalho frio.
– Por que foi acontecer isso comigo- disse levando suas mãos ao rosto- Quem será o desgraçado?
Judite põe-se de pê, caminha na direção da porta pegando a chave que fora jogada antes mesmo da oportunidade de ver as feições do abusador. Ao sair esbarra com o criado, o Horácio.
– Qual o motivo da pressa... Oh...porque está enrolada numa toalha?
– É... - as lágrimas começaram a cair.
–Shii... - O criado a impede de responder Venha comigo, vou mostrar o closet de Josefina, a governanta.
–Mas...
– Venha menina!- Ele a puxa pela mão.
Ao adentrar no closet se vislumbra com a coleção de vestimentas e sapatos, o aposento tinha decoração inspirada no rococó, o dormitório de Josefina, a pessoa que não conhecia.
–Para que me trouxe aqui?- Questionou, segurando firmemente a toalha.
– O que você acha?- Sorri, pegando a mão desocupada de Judite - Sorria menina e escolha a roupa quiser.
Judite estática e admirada com a atitude dele retribui o sorriso, escolhendo uma camisa preta e calça jeans azulada. Vai ao banheiro se vestir, saindo do local berra o nome do criado rodopiando na frente de ambos sem perceber a presença de Dorian.
– Horácio, obrigada... Judite fica perplexa, a mesma pessoa da foto, porém mais envelhecido e belo- Quem é você?
– Sou Dorian Gray, o que você desprezou. disse com escárnio, pegando a de surpresa pelo pulso tornando a distancia mínima.
– Só pode está enganado. Eu não o conheço e nunca o tinha visto...
– Cala-se- Gritou levando as mãos para o cabelo Horácio pode se retira.
Assentiu o criado.
– Sim mi lorde
Colocando a mão na maçaneta, Judite implora pela a permanência no dormitório.
–Horácio, não me deixe... - Ele pega a mão acariciando.
– Não se preocupe menina. Ele seria incapaz de tratá-la mau.
E saiu por onde entrou, deixando o silencio constrangedor reinar. Judite continuava estática olhando para a porta. Porém, Dorian começa aplaudir deixado-a embaraçada.
– Depois do seu teatrinho Afrodite, um tanto comovente devo lhe dar os parabéns. Achava que não tinha coração e nem escrúpulo - Sorriu pegando novamente de surpresa, beijando-a com fúria e desejo. Judite tenta sair dos seus braços, conseguindo chutar uma das pernas deixando-o com mais fúria.
– Como ousa garota!- Berrou verificando a perna e indo na sua direção, sacudindo pelos braços.
–Eu não sou Afrodite... Me largue seu verme. Deixe ir embora.
–Não minta Afrodite. Acha que sou idiota, tem a mesma aparência...
–Sou irmã gêmea, eu me chamo Judite. Eu juro...
–Saia daqui e volte para o seu quarto.
– Mas...
Ele a pega pelo o pulso, puxando-a até a porta e a empurra atirando para fora do recinto. Judite cai no chão, porém, rapidamente coloca-se novamente de pé, falando atrás da porta.
– Você é igual a todos os homens. Li suas cartas que mandou para minha irmã... Achei que pelas suas palavras era diferente dos outros, contudo, fora tola em pensar nisso.
Judite desaparece pelo corredor sem entender os problemas ocorridos em horas. Só pensava no descanso e na resolução do seu problema que o destino tramou.