POV Katniss Everdeen

Para mim aquela casa estava normal, pois eu não tinha medo de fantasmas e algo do tipo, mas o que apenas me deixava um pouco assustada era esperar os medos de cada um. Do nosso grupo havia apenas saído a Glimmer por enquanto, mas os outros todos estavam lá por enquanto. Havia se passado mais ou menos duas horas desde que Glimmer havia saído quando entramos em uma sala bem diferente.

– Deve ser outro medo – Gale falou.

A sala parecia o lar de algum tipo de inseto, era marrom e tinha algumas partes pretas, mas por essas cores eu não consegui descobrir de qual inseto era.

– Baratas – Bianca gritou e começou a pular fugindo das baratas.

Certo, acho que ninguém ali gostava de baratas, mas Gloss estava fazendo um tremendo fiasco.

– Será que esse é o medo dele? – Eu perguntei com desconfiança para Annabeth.

– Acho que é – Annabeth disse e tentou esconder uma risada – É muito engraçado ver um cara desse tamanho com medo de baratas.

Eu dei um sorrisinho também, aliás, era mesmo engraçado até porque o Gloss se achava o máximo.

– Como se enfrenta isso? – Gloss gritou.

– Parece que você tem que pegar aquele inseticida naquele monte de baratas ali – Frank falou.

Gloss fez uma expressão apavorada e olhou para todos nós.

– Alguém pega ali para mim, por favor – Ele pediu.

– Não, o medo é seu, você que pegue – Luke falou bem grosso.

– Na verdade é mais ou menos isso, se qualquer um de nós pegar seu medo não irá desaparecer, talvez até piore – Annabeth falou – então é você que tem que enfrentar seu próprio medo.

– Eu não vou colocar minha mão ali dentro – Gloss falou.

– Então vá embora – Annabeth e Luke falaram ao mesmo tempo, bem irritados.

– É isso mesmo que eu vou fazer, essa casa é ridícula – Gloss gritou.

E Então ele ergueu os braços cruzados e dois homens vieram pega-lo.

– Nem eu aguentava mais essas baratas – Bianca falou e assim que Gloss saiu as baratas também saíram.

Nós não falamos mais nada e saímos imediatamente daquela cena e ao longo do tempo que íamos caminhando eu pensava em Peeta, pois ele havia me dito que seria muito difícil aguentar a casa sem mim. Será que ele já havia saído ou ele havia enfrentado seu medo? Ou simplesmente seu medo não havia parecido ainda assim como o meu?

Parei de pensar nele por um tempo, pois senão eu iria me prejudicar ali também e ficar muito preocupada com ele não faria com que ele virasse uma pessoa mais corajosa. Então eu continuei caminhando pela casa com meus companheiros de grupo, agora com dois a menos.

POV Reyna

– Cara, eu estou com fome – Percy reclamou – Bem que alguém aqui poderia ter algum medo relacionado com comida, né?

– Fica quieto, Percy – Thalia mandou.

Nós havíamos achado uma sala bem clara e resolvemos nos sentar por lá, aliás, fazia um bom tempo que estávamos andando. Devia ser umas três horas da manhã já.

– Finalmente um local claro – Drew disse – Eu não aguentava mais andar no meio escuro, já estava ficando apavorada.

– Você tem medo de escuro? – Ethan perguntou com curiosidade.

– Eu tenho pavor de escuridão, ainda bem que até agora as luzes não se apagaram completamente, senão eu estaria enlouquecendo – Drew falou.

Então a sala antes escura se tornou completamente escura e eu percebi como os idealizadores eram sacanas.

– Eu não acredito nisso – Drew berrou.

– Calma Drew, só está escuro. Não tem mais ninguém aqui além da gente – Nico falou.

– Ai! Quem caiu em mim? – Drew gritou desesperada.

– Foi mal, fui eu – Percy gritou de volta – Eu só estava tentando passar.

Então começou uma confusão de vozes, todo mundo gritando, pois ninguém enxergava.

– Quando vai ficar claro? – Thalia gritou.

– Acho que só quando eu sair – Drew falou – Eu vou sair.

Todos então começaram a falar para ela não sair, mas então as luzes se acenderam e Drew não estava mais lá.

– Nunca pensei que eu diria isso, mas coitada da Drew – Thalia disse.

– Pois é – Eu concordei.

Então eu e Thalia acompanhamos os garotos para o próximo desafio.

POV Charles Beckendorf

Depois de um tempo andando eu consegui me secar. Fiquei extremamente molhado por ter atravessado aquele lago nadando, mas era o único jeito de eu não entrar no barco.

Chegamos a um enorme local que parecia uma réplica de uma cidade pequena.

– Finalmente uma sala normal – Leo disse.

– Vocês sabem que quando o local é diferente é porque é o medo de alguém – Peeta disse.

Ficamos uns minutos quietos observando o salão quando fomos surpreendidos por homens encapuzados. Eles não olharam para mais ninguém, foram direto em Silena. Eles a pegaram e ela começou a gritar.

Aquilo me deixou muito nervoso, apesar de ser uma simulação, parecia muito real e eu não poderia deixa-la correr perigo.

– Beckendorf, você não pode – Johanna gritou – Ela tem que enfrentar o medo dela sozinha, senão os dois serão eliminados.

– Eu não posso deixar – Eu falei e fui resgatar Silena.

Tirei aqueles homens de perto dela enquanto ela chorava. Eu sabia que ela tinha medo de ser roubada, ou ser sequestrada ou qualquer coisa do tipo. Então aqueles homens desapareceram, mas no lugar deles surgiram dois homens vestidos de preto e nos pegaram, nos levando para a porta de saída.

A porta nos levou por corredores escuros, até que finalmente chegamos à outra grande sala onde encontramos todos os outros que já haviam saído e mais os nossos professores.

Alguns nos abraçaram e nós ficamos ali com eles. A sala era um local bem claro.

– Eles disseram que aqui é um local no final da casa e eles irão nos levar para fora da casa quando chegar ao fim – Hazel explicou.

Nós entendemos e começamos novamente a conversar com todos tentando saber mais informações dos outros e eu fiquei um pouco aliviado depois de ter saído, aliás, aquela sala não era igual as que tinham dentro da casa, era um local comum, mas uma coisa agoniante eram as quatro televisões espelhadas pela sala. Nós poderíamos observar os quatro grupos enquanto eles estivessem na casa.