POV Percy Jackson

Estávamos andando a mais ou menos uma hora em corredores escuros que de vez em quando aparecia algo para nos assustar quando entramos em uma sala bem diferente.

– Nossa, parece uma floresta encantada – Drew disse e ela tinha razão.

A sala era uma espécie de floresta, mas com árvores brilhosas e coisas estranhas que pareciam encantadas.

– Isso é muito estranho – Reyna falou.

Todos estavam observando a sala quando eu avistei uma figura muito pequena vindo em nossa direção.

– Olha, parece um duende – Eu falei rindo.

– O que? Duendes? – Marvel gritou e quando eu olhei para ele eu vi seu rosto apavorado.

– Vai me dizer que você tem medo de duendes – Eu falei em tom divertido.

– Eu não tenho medo, eu tenho pavor – Marvel falou.

Eu apenas olhei para os outros que também seguravam uma risada.

– Olha Marvel, não precisa ter medo! – Thalia disse – Eles são bem legais.

Foi então que vários duendes começaram a aparecer e nos abraçar. Eu comecei a rir, aliás, era muito engraçado ter duendes abraçando suas pernas, mas Marvel começou a gritar e correr desesperadamente para fugir dos duendes e quando ele começou a correr todos os duendes que estavam ali começaram a correr atrás dele.

– Eu não quero mais ver essas criaturas horripilantes – Marvel gritou e saiu pela porta de saída.

Logo quando ele saiu os duendes voltaram para o seu lugar e deixaram a gente passar e apesar de o Marvel ter saído nós não conseguimos evitar uma risada.

– Tem gente com uns medos tão estranhos – Ethan comentou.

– E qual é o seu medo, Nakamura? – Drew perguntou.

– Eu não preciso falar agora, você vai ver em breve – Ethan respondeu.

Então nós continuamos a caminhar por aqueles corredores escuros agora com mais um integrante a menos.

POV Silena Beauregard

Aquela casa e aquelas salas eram terrivelmente horripilantes, pelo menos era o que eu estava achando e eu estava com muito medo da hora em que meu medo chegasse. Caminhamos mais um bom tempo até que chegamos a uma praia. Tinha um espaço de areia, mas em vez de ter um mar havia um lago.

– A gente vai ter que atravessar esse lago, que ótimo – Leo falou.

– Espera, tem um barco ali, vamos atravessar com ele – Peeta disse.

Eu olhei para Charles e vi que ele estava um pouco nervoso, aliás, ele tinha trauma de barcos e navios por uma experiência que teve na infância.

– Eu toparia ficar aqui sentado na areia por um tempão – Leo falou.

– Ah, claro, só se você quiser ficar nessa casa uma semana, né? – Johanna falou.

– Eu concordo com a Johanna, quanto mais rápido a gente for e enfrentar, mas rápido a gente sai daqui – Thresh disse.

Nós concordamos e alguns já começaram a subir no barco.

– Eu não vou de barco – Charles falou.

– Vem Charles, não tem problema – Eu disse – Se você ficar você vai ser eliminado,

Os outros concordaram comigo e Charles disse:

– Eu não serei eliminado agora porque eu vou atravessar. Eu vou nadando.

– Mas é perigoso – Eu disse.

– Não é perigoso, Silena, eu vou nadando – Charles falou e já deu um mergulho no lago, começando a nadar.

Quando todos já estavam no barco eu percebi que Piper ainda estava na areia e como ela era minha irmã eu me dei conta do porque ela não queria entrar no barco.

– Eu não posso atravessar esse lago – Piper falou – nem nadando e nem de barco.

Todos ficaram olhando para ela e depois começaram a dizer incentivos para ela entrar no barco, mas Piper tinha pavor de mar, rios e lagos, pois ela tinha muito medo de se afogar e assim como Beckendorf, era por causa de uma experiência de infância.

– Não adianta vocês insistirem, eu não vou – Piper falou e ergueu os braços cruzados.

Imediatamente dois homens vestidos de preto com uma espécie de foice nas mãos chegaram e pegaram Piper, levando-a embora.

Leo começou a fazer o barco navegar e eu vi que Beckendorf já havia chegado ao outro lado enquanto conversávamos com Piper. Enquanto andava no barco eu percebi que eles haviam juntado dois medos em um mesmo tempo e lugar. Charles conseguiu passar de uma maneira diferente, mas Piper não havia conseguido superar seu medo e saiu da casa.

POV Jason Grace

Eu não estava me sentindo bem, eu estava muito preocupado com a Piper, mas não consegui saber bem o porquê.

– A gente está andando há uma hora quase e nada acontece – Clove falou.

– Melhor assim – Cato murmurou.

Nós continuamos andando e chegamos a uma porta onde havia um cara guardando a porta.

– Uau – Annie falou.

– O que você disse Annie? – Finnick perguntou meio bravo já.

– Nada, Finnick – Annie disse segurando um sorriso, obviamente achando o cara da porta bonito.

– Nessa porta vocês irão passar um de cada de vez – O cara falou.

– Mas nós somos um grupo, não podemos nos separar – Hazel falou.

– Nessa porta vocês só poderão passar um de cada vez – O cara repetiu dessa vez mais irritado – Quem conseguir superar esse obstáculo chegará a porta que tem do outro lado. Quem será o primeiro?

Clove seria a primeira e logo após seria Will, Annie, Finnick, Cato, Hazel e por último eu.

Clove entrou e nós ficamos ali esperando. Depois de um longo tempo a maioria foi passando e só havia sobrado Hazel e eu. Então Hazel foi. Era muito agoniante ficar esperando ali enquanto os outros iam, pois não tinha como saber o que nos aguardava lá dentro e muito menos se os meus amigos haviam conseguido ou não completar o desafio.

– Pronto, vá você – O cara falou e abriu a porta para mim.

Quando eu entrei eu vi que era um túnel, um túnel muito apertado por sinal, pois eu tinha que rastejar e ainda sim aquilo ficava muito apertado. O túnel no início era reto, mas depois começou a fazer muitas curvas e era horrível de passar por ali, até uma pessoa pequena como a Clove teria dificuldade de passar por ali.

– Deve ser horrível para uma pessoa claustrofóbica – Eu pensei em voz alta.

Foi então que eu me liguei, uma das pessoas do nosso grupo tinha medo de lugares fechados e apertados, mas eu não sabia quem era, mas o que eu tinha absoluta certeza é que seria difícil uma pessoa claustrofóbica passar por aquele desafio. O túnel finalmente se alargou e eu pude sair dele e abrir a porta. Eu estava completamente vermelho do esforço e vi quase todos os meus amigos ali, uma pessoa havia saído.

– Hazel – Eu murmurei chateado. Hazel era bem minha amiga e eu não estava feliz por ela ter saído.

– Aquilo estava realmente muito difícil – Cato falou e pelo tamanho dele eu imaginava realmente que havia sido bem difícil para ele.

– Infelizmente a Hazel saiu – Annie disse.

– Verdade, mas agora vamos andando – Will falou – A Hazel não ia ficar dando mole assim.

Isso realmente era verdade e então nós continuamos a seguir o nosso caminho.