As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 5
Capítulo 4 - A Luta


Notas iniciais do capítulo

Bom Dia Recrutados ;3

Bem, eu lindamente arrumei um tempinho nos meus estudos para escrever esse capítulo e posso dizer que eu amei fazer isso. Ele está engraçado. Então me desculpem os erros, só postei em consideração a vocês porque estou cheia de provas.

Boa Leitura ♥



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Nós seguimos para a sala de treinamento. Embora eu nunca tivesse estado em uma antes, o local todo me parecia familiar. Tinha um saco de areia, o chão era coberto por tapetes emborrachados de preto. Haviam alguns manequins para se socar.

Todos ficamos em fila apenas esperando que Theo nos desse as devidas instruções. Eu sabia que eu seria a primeira escolhida, ele não gostava de mim por algum motivo – e eu verdadeiramente, não estava nem aí – mas, ele se pudesse faria de tudo para eu sair daqui. Eu sentia isso, eu sabia disso.

- É importante que vocês prestem atenção no seu adversário, prestem atenção em seu tamanho e em qual estratégia é a mais fácil – disse Theo enquanto andava de um lado para o outro – Lembrem-se, deixe a sorte e o jogo sempre a favor de vocês. Não importa quem seja o seu advesário, esmague-o.

Quando ele disse aquilo seus olhos correram a sala. Um tremor correu por meu corpo inteiro. Eu morreria, Theo iria me matar.

-Vamos ver o que vocês sabem de luta, espero que tenham estudado isso enquanto não estavam aqui – sorriu Theo – A luta vai durar dez minutos, contados no relógio, por tanto agüentem esse tempo inteiro. Antes de lutar uns com os outros, vocês vão lutar comigo quero que vocês saibam exatamente qual é o seu ponto fraco.

Céus, era agora. Ele me chamaria e me bateria na frente de todo mundo.

Theo olhou para todos nós. Embora eu estivesse praticamente escondida atrás da Rachel, seus olhos se cruzaram com o meu. Ele abriu um sorriso, e eu fechei a cara.

-Vamos lá, pare de ser uma covarde – disse para mim – Gatwik, mostre aos seus amigos como se deve lutar.

Pensei em falar que eu não sabia lutar, mas isso era mentira. Meu pai tinha servido como recrutado, foi onde ele e minha mãe se conheceram, eles me ensinaram a lutar. Contudo, eles não queriam me machucar.

-Tessalha, dê um passo a frente – disse ele – Você será a primeira.

Dei um passo para frente como ele mandou. Entramos no espaço delimitado com faixas amarelas, ele sorriu e nós entramos em posição de luta. Olhei para o pequeno relógio. Eram apenas dez minutos, nada a mais que isso.

Tudo o que eu sabia sobre luta tinha se evaporado da minha cabeça. Theo veio para cima de mim e meus membros praticamente se desfaleceram, senti suas mãos entrando em meu braço e o virando fazendo eu dar um giro no ar e cair com tudo no chão batendo minhas costas

Logo me levantei. Eu comecei a tremer. Ele podia ver isso. Devia ser gratificante humilhar os novos recrutados como ele estava fazendo.

Tentei acertá-lo no rosto, mas ele pegou minha mão antes e me arremessou para o outro lado. Minha cabeça se chocou contra o chão e por ora eu fiquei tonta. Um suor frio saia do meu rosto, eu morreria.

Theo era de longe mais alto do que eu e isso era uma vantagem para ele. Tentei novamente lhe dar um soco no rosto mas, fora em vão ele havia acertado meu lábio inferior e pelo gosto de sangue na minha boca, eu havia me cortado.

Olhei para o relógio. Faltavam exatos oito minutos.

Eu era como uma boneca de panos na mão de uma menininha maníaca, ele me puxou pelo braço e quanto ficamos perto o suficiente ele fez com que eu caísse para o chão. Eu já estava tonta, tudo começava a rodar e eu logo perderia os sentidos, mas, mesmo assim Theo continuava a me golpear.

Meu cérebro pareceu se ligar automaticamente. Rapidamente comecei a receber as informações necessárias para lutar, era como se eu tivesse lutado todos esses anos. Em minha mente várias cenas de golpes se passavam, de uma hora para outra eu sabia como lutar. Eles tinham razão, meu cérebro era surpreendente.

Antes que ele pudesse me aplicar outro golpe, sabia exatamente o que fazer. Sendo mais baixa que ele, aproveitei para apoiar meu pé em seu joelho que estava semi agachado. Com o pé solto o levantei atingindo-o diretamente no queixo. Eu girei para trás caindo perfeitamente no chão.

Theo caiu metros atrás, ficou me olhando assustado como se não esperasse aquilo. Abri um sorriso de satisfação.

Eu só tinha mais três minutos.

Ele logo se levantou e veio em minha direção, entretanto seus dedos não me tocaram. Consegui pegar o seu braço e o torcer a ponto de quase quebrá-lo. Theo ficou com o rosto virado para o outro lado, se ele se mexesse mais um pouco eu quebraria o seu braço.

Só mais um dois minutos.

Relaxei por um momento sabendo que o tinha controlado, contudo isso tinha sido a oportunidade perfeita para ele se soltar e me arremessar com um soco no queixo. Caí metros na frente, meu corpo inteiro pareceu ficar mole.

Um minuto.

Levantei-me zonza, Theo apenas finalizou acertando-me novamente no queixo. Caí para trás e fiquei deitada no chão sem conseguir levantar sem querer levantar de vergonha.

-Primeira lição – disse ele ofegante – Nunca baixe aguarda, porque é nesse momento que o seu adversário ataca.

Ele iria falar outra coisa mas, fora interrompido por uma porta se abrindo. Não consegui ver quem era. Logo escutei uma voz conhecida.

-Uau T, matou a novata – disse Adam – Poderia ser menos cruel.

-No mundo em que vivemos a bondade não tem vez, quanto mais cruel for mais chances você tem de viver – respondeu cansado.

-Rafaela quer falar com você – disse ele – Agora.

Theo bufou.

-Treinem entre si por enquanto – disse ele – Usem sua amiga como lição e não sejam como ela.

Um não sabia se eu queria gritar ou chorar. Será que minha irmã tinha feito algo ao Theo e por isso ele tinha tanta raiva de mim? Eu não sei. Tudo que sei é que começo a preferir meu isolamento a ficar com ele.

Adam me estendeu a mão e me ajudou a levantar, me senti tonta e quase voltei ao chão se suas mãos não tivessem me segurado.

-Ela sabe se cuidar sozinha – disse Theo enquanto saia.

Ele nem se quer respondeu.

-Você tem um corte no queixo – disse ele – Vou te ajudar com isso.

Adam me ajudou a sair da sala, nós fomos no elevador e descemos no primeiro andar. Entramos na enfermaria. Era uma sala pequena e com uma cama e um armário e nada mais.

-Ele é sempre assim? – perguntei.

-Não, o Theo costumava ser um grande cara – disse Adam – Algumas coisas o deixaram assim.

Eu iria perguntar mas, não o fiz.

Ele gentilmente pegou no meu queixo e ergueu meu rosto.

-Não cortou fundo, não vai precisar de pontos – disse ele – Eu vou limpar isso e fazer um curativo.

E foi exatamente isso que ele fez. Limpou com soro fisiológico e depois fez um pequeno curativo.

-Agora sua linda boquinha vai ficar com esse rasgo – brincou – Logo, isso some.

-Obrigado – agradeci.

-De nada, Tessalha – disse.

-Tessa – sorri – Pode me chamar de Tessa.

Ele sorriu.

-De nada, Tessa.

-Porque está me ajudando? – perguntei.

-Conheci a sua irmã, eu e ela éramos amigos – contou-me – Quando você entrou por aquela porta, eu vi em você o mesmo espírito livre que ela tinha. Sei como o Theo pode ser duro, e por algum motivo com você ele cismou. Dê uma chance para conhecê-lo, ele não é tão mal.

-Ele acabou de me bater.

-Por aqui, isso não é nada.

Eu havia acabado de apanhar do Theo, mas tinha que admitir não via a hora de lutar de novo. Eu precisava mais que uns “tapas e socos” para me deixar assustada.


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Notas finais do capítulo

Eai gostaram?

Uma dica: O problema do Theo com a Tessa não tem nada a ver com ELA. O problema dele é bem mais sério, por isso a implicam cia que ele tem com ela e com os outros não é infantilidade e nem é porque ele está fazendo doce pra dizer que gosta dela. Theo tem um problema assim como a Tessa, agora basta vocês descobrirem o que ;3

Gostaram da luta? Garanto que tem mais !

Até o próximo ;3