Dylan POV

Cheguei cedo ao colégio, cumprimentei meus amigos e as meninas fanáticas que são gamadas em mim e depois fui para a sala de aula. Como ainda era bem cedo, havia pouca gente na sala.

Sentei-me em uma carteira que ficava do lado da parede.

–Bom dia, Dylan. –me cumprimentaram.

–Bom dia. –olhei para a pessoa que tinha me cumprimentado.

–Sarah?! –perguntei um pouco surpreso.

Eu havia ficado com ela há alguns meses atrás e é desde desse tempo que ela não sai do meu pé. Ela era bem bonita, morena, alta, corpo chamativo, possuía cabelos e olhos castanhos escuros e era uma mega patricinha.

–Que bom que ainda lembra-se de mim. –ela sorriu e se aproximou de mim, em seguida sentando-se em meu colo.

–Vou contar para a Sophie. –ouvi alguns cochichos.

–Sarah... saia. –pedi gentilmente.

–Mas por quê? –beijou meu pescoço- Você gosta disso não é? –sussurrou em meu ouvido.

–Saia de meu colo, por favor. –segurei seus braços e tentei tirá-la de meu colo.

–SOPHIE VENHA CÁ! –alguém gritou.

–Droga. –murmurei.

A morena continuou se esfregando em mim, quando dei por mim, vi uma ruiva com uma cara pouco amigável à minha frente.

–Dylan, eu quero você de volta. –a morena mordiscou minha orelha.

–Safado. –a Samantha me olhou com cara de desprezo.

–Eu posso explicar. –disse nervoso.

A ruiva continuou nos encarando com uma expressão fria no rosto, mas não fez nada.

–“Finja estar com ciúmes”. –movimentei a boca devagar para que a Sophie entendesse o recado.

Ela suspirou e fechou os olhos por um breve momento e depois os abriu novamente e parecia estar com raiva de algo. Eu.

–Saia daí. –ela falou.

–Ahn? –a Sarah encarou a ruiva.

–Além de oferecida é surda? –perguntou e eu podia jurar que ela estava se segurando para não bater em alguém.

–O que foi que disse ruiva falsa? –a morena finalmente saiu de meu colo.

–A única falsa que estou vendo aqui é você. –cruzou os braços um pouco abaixo do busto- Agora vaza. –apontou para a porta da sala.

Nesse momento já se podia ver a pequena roda que havia se formado a nossa volta. Curiosos.

–Quem você pensa que é para falar assim comigo? –falou irritada, quase gritando.

–A namorada dele. –apontou para mim.

–Prove. –a morena sorriu divertida.

–Sophie, não. –a Samantha gritou.

A Sophie se aproximou de mim e sentou-se em meu colo, só que desse vez virada para mim.

–Eu não acredito. –ela sussurrou para que eu escutasse.

–O que? –perguntei inocentemente. (só que não)

Ela me puxou pela gravata para mais perto de si e me deu um selinho demorado. Claro que eu não pude deixar de me aproveitar da situação, mas quando já ia “esquentar” as coisas ela se separou de mim e se levantou.

–Isso está bom para você ou ainda quer mais? –perguntou sínica.

A morena grunhiu e saiu da sala com passos pesados.

–UHUUUUUUUUU! –os espectadores começaram a gritar e a assobiar.

(...)

Depois do acontecido a ruiva quase não olhou mais em minha cara, me acusando de inúmeras coisas sem sentido. Ela me avisou que viajaríamos no fim de semana. Duas semanas se passam tão rápido, pelo menos as minhas sim.

Fiquei o resto da semana tentando fazer com que a Sophie falasse comigo, só que estava meio difícil. Ela é muito orgulhosa.

(...)

–Sophie... –tentei novamente falar com ela.

Sem resposta.

–Aqui está, senhor. –a aeromoça me entregou meu pedido.

Eu, a Sophie e os seus pais estávamos dentro do avião, indo em direção a Roma para o casamento da tia da minha querida namorada.

–Aqui. –coloquei o objeto nas mãos da ruiva emburrada.

–Eu não acredito. –na hora que ela viu o que eu tinha pedido, seus olhos brilharam.

–Estou perdoado? –brinquei.

–Hmm... Está. –falou- Mas só por que é o meu sabor preferido.

Como eu sei que ela ama milk shake, pedi um G para ela.

–Que bom. –sorri.

A sorte é que os pais delas estavam em assentos longe dos nossos, por que segundo a mãe dela: “Jovens namorados precisam de privacidade”.

–Toma. –tirei uma pequena caixa preta de veludo do meu bolso.

–O que é? –perguntou com curiosidade.

Abri a caixa revelando dois colares de prata com pingentes da metade de um coração. Um era vermelho e tinha a inicial “S” e o outro era preto e tinha um “D”.

Ela quase cuspiu todo seu milk shake na minha cara de tão surpresa que ela estava.

–Para que é isso? –perguntou com uma cara de desconfiada.

–Já que estamos viajando para um local onde toda sua família vai estar reunida, achei melhor comprar algo para tornar mais real nosso “compromisso”. –fiz aspas com os dedos.

–Mas não precisava disso. –falou- E por que não um anel? –riu.

–Por que eu sei que você odeia anéis. –sorri e coloquei o colar com o pingente vermelho nela.

–E como ficou sabendo disso? –ela corou levemente.

–Tive uma pequena ajuda. –pisquei para ela e beijei sua testa.

Lembrei-me do dia em que levei a Samantha para o shopping a fim de comprar um anel para mim e para a Sophie. Ela quase me mata quando eu disse que iria comprar uma aliança, alegando que a ruiva odiava anéis, então ela me ajudou a escolher os colares e mandou colocar nossas iniciais neles Até que foi uma tarde bem divertida.

–Sei. –bocejou.

–Está com sono? –perguntei.

–E dolorida também. –se remexeu na poltrona.

Creio que já passava das 2 da manhã e em pouco menos de duas horas chegaríamos a nosso destino.

–Pode dormir. Não deixarei que nada lhe perturbe enquanto estiver dormindo. –peguei sua mão e a beijei levemente.

–Pronto para conhecer a família? –perguntou rindo.

–Claro. –sorri.

–Até meus irmãos loucos e ciumentos? Já vou avisando que minha família é muito festeira e adoram uma bagunça.

–Vou fazer um pouco mais de esforço dessa vez. –fiquei um pouco nervoso.

–É bom. –apoiou sua cabeça em meu ombro- Me acorde quando chegarmos lá. –fechou os olhos.

Peguei sua mão e enlacei nossos dedos.

–Pode deixar. -beijei sua testa.