Destiny escrita por Strife


Capítulo 7
Convite




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Sophie POV

Acordei atrasada como sempre, raramente levantava cedo. Me arrumei com pressa, tomei café e corri para a parada de ônibus, por sorte o ônibus chegou lá junto comigo.

Quando cheguei a escola, passei mal ao ver a escada que eu teria que enfrentar para subir. Uns quinze minutos depois eu consegui chegar na minha sala de aula. E para minha sorte ainda não tinha muita gente, mas para meu azar a pessoa que eu menos queria que estivesse lá... estava.

–Bom dia. -beijou minha testa.

Acho que corei levemente.

–Oi. -olhei em volta- Cadê o povo?

Era estranho eu cegar atrasada e não ter quase ninguém na sala. Ah... já sei! Acabei de lembrar que a maioria me disse que ia viajar esse final de semana.

–Sobre ontem... -coçou a cabeça.

–Tudo bem. -abaixei a cabeça tentando disfarçar meu constrangimento.

–Sério? -riu.

–Mas tenho que ser compensada depois. -bati em sua testa.

–Eu sabia. -resmungou.

–Você é um idiota Dylan.

–Eu sei que você me ama. -piscou.

Revirei os olhos e sai dali. A verdade é que eu ainda não tinha esquecido completamente o fato de que ele me roubou o primeiro beijo. Esse cara realmente me irrita.

(...)

–Mãe?! -falei assim que entrei em casa e vi minha mãe com um sorriso amarelo para mim.

–Oi filha. -se aproximou de mim.

–O que você aprontou dessa vez? -perguntei desconfiada.

–Liguei para seu namorado. -me encarou.

AH MEU DEUS! É agora que ela descobre que nosso suposto namoro não passa de uma farsa.

–Pra que? -suei frio.

–O convidei para vir jantar aqui. -sorriu.

O QUEEEE????!!!

–Tudo bem, mãe.

–Que bom. -sorriu.

(...)

Já eram seis e meia da noite, há meia hora minha mãe me mandou tomar banho para esperar o Dylan. Vesti uma saia preta que ia até um pouco acima de meus joelhos, vesti uma blusa de mangas cinza, uma meia ¾ preta e minha tão amada havaiana verde e preta de caveiras, meu cabelo estava preso em um coque.

–Ah que chato. -me joguei no sofá.

Fiquei mofando no sofá até que algum ser de outro mundo tocou a campainha.

–Ah não. -falei assim que vi o Dylan.

Ele riu de leve e me puxou pela cintura para mais próximo de si.

–E o meu beijinho? -pôs as mãos nos lábios.

–Não. -disse rapidamente.

–Tudo bem. -beijou minha testa.

Nossa. Ele estava MUITO compreensivo hoje. Isso é estranho...

–Oh, Dylan. -minha mãe nos chamou a atenção.

–Oi Sra. Izabella. -sorriu e me soltou.

–Entre, entre. -nos chamou para dentro com uns gestos estranhos.

–Claro. -sorriu e entrou em casa, me puxando pela mão.

Nós três conversamos um bocado, esperamos meu pai chegar, jantamos, comemos a sobremesa e continuamos conversando.

–Dylan. -minha mãe chamou.

–Sim? -perguntou.

–Daqui a algumas semanas iremos fazer uma viagem à Roma. -meu pai se pronunciou.

–E...? -perguntei curiosa e apreensiva.

–Queremos que vá também. -minha mãe concluiu.

–O QUE? -gritei.

–Acho que é melhor eu não incomodar. -sorriu.

–De maneira alguma você vai nos incomodar.

–Mas qual o porquê dessa súbita decisão? -perguntei indignada.

–Seria bom que você fosse acompanhada ao casamento da tia Lilian, não é? -meu pai perguntou.

–E achamos o Dylan a pessoa perfeita para ir conosco. Além do mais ele é seu namorado. -me encarou.

–Então tá né? -fiquei sem argumentos então achei melhor ficar calada.

–Quando iremos? -perguntou- Preciso falar com meus pais. -o suor que escorria em seu rosto já era bem visível.

–Em duas semanas. -meu pai respondeu o moreno.

–Tempo o bastante para você comprar roupas e falar com seus pais. -minha mãe bateu palmas, empolgada.

–Tudo bem. -respondeu.

–E quando voltaremos? -perguntei tentando melhorar a tensão ali.

–Depois de dois dias. -meu pai novamente se pronunciou.

Ele fala pouco mas é realmente irritante.

–Oh my god. -lamentei para mim mesma.

–Bom... -o Dylan se pronunciou- Acho que já está na hora de ir para casa, então até mais ver. -se despediu.

–Espera. Eu abro a porta para você. -corri até ele, o acompanhando.

Quando saímos de casa, me certifiquei de que meus pais não estavam escutando.

–Me desculpe por isso. -abaixei a cabeça.

–Tudo bem. -deu de ombros.

–Sério? -perguntei assustada.

–Não vai ser nada mal viajar para Roma. Quero ver como são as "romanas". -riu.

Dei um tapa um pouco forte em seu braço.

–Pena que você está preso a mim. “Querido”. -enfatizei a ultima parte.

–Não posso pular a cerca? -me olhou com cara de pidão.

–Não. -falei fria.

–Nem um pouquinho? -me puxou pela cintura.

–Não. Sai Dylan! -dei outro tapa no braço dele.

–Vamos. Só um pouquinho. Só uns “pega”. -começou a me balançar de um lado para o outro.

–Me solta! -pedi (?).

–Então você vai ter que fazer algo por mim. -aproximou seu rosto do meu e eu corei.

–Não vou fazer nada para você. Agora me solta. -virei meu rosto para o lado, tentando não mostrar minha constrangida cara.

–Isso se chama ciúmes, sabia? -deu um pequeno sorriso.

–Eu? Com ciúmes? E justo de você? -ri irônica.

–Sim. Você. Com ciúmes de mim.

–Nunca. -pisei em seu pé.

–Você é sempre violenta assim? -perguntou com uma cara de dor inédita.

–Não, nem sempre. Depende da pessoa e da minha paciência também. -ri.

–Como castigo você terá que me beijar. -deu um sorriso malicioso.

–Não. -mostrei a língua e corri para dentro de casa.

(...)

Dylan POV

–Dylan... Dylan... -me senti sendo sacudido.

–Hmm… - resmunguei coisas inaudíveis até para mim mesmo entender.

–DYLAN! -gritaram e eu pulei da cama de susto.

–Mas que merda! –gritei e encarei a pessoa que estava perturbando meu sono.

–Hora de ir para a escola. –minha mãe sorriu para mim.

–Tudo bem. Já desço. –a pus para fora do quarto e fui me arrumar para ir para o colégio.

Depois de uma hora de pura enrolação fui para o colégio. Não sei porque, mas hoje eu estava muito mais cansado do que qualquer outro dia e é tudo culpa da minha “querida” e ciumenta namorada. Ri com meu próprio pensamento.

–Bom dia. –mal cheguei à escola e as meninas já vinham para cima de mim.

–Bom dia. –acenei para elas e entrei na sala de aula.

Encontrei minha ruivinha deitada em uma carteira e algumas meninas e meninos tentando conversar com ela.

Cheguei perto dela e comecei a fazer cafuné em seus cabelos, ela imediatamente levantou a cabeça.

–Vá a merda. –disse e deitou novamente.

–Ei Dylan. Tente convencê-la a cantar para a gente. E em japonês. –uma das amigas dela riu, acho que seu nome é Dávila.

–Não. Ninguém vai conseguir me convencer. –ela nos mostrou a língua.

–Mas que namorada chata essa minha. –sentei em uma carteira e virei-a, de modo que eu ficasse de frente para a ruiva.

–Namorada? –outra amiga dela perguntou nos olhando com um sorriso malicioso em seu rosto.

–Sim. –baguncei os cabelos da Sophie e beijei sua cabeça.

–Sai. –ela reclamou.

–Tudo bem. –ri e sai de perto dela antes de apanhar.

O dia se passou rapidamente. Depois da minha “conversa” com a Sophie mais cedo, minha preguiça se foi. Parece até que eu me sinto bem perto dela. Talvez até seja isso mesmo, é uma pena que ela nunca saberá disso.

–Talvez não seja tão ruim estar preso a ela. –falei para mim mesmo.

Acho que estou começando a gostar dela.


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