Destiny escrita por Strife
Sophie POV
Acordei atrasada como sempre, raramente levantava cedo. Me arrumei com pressa, tomei café e corri para a parada de ônibus, por sorte o ônibus chegou lá junto comigo.
Quando cheguei a escola, passei mal ao ver a escada que eu teria que enfrentar para subir. Uns quinze minutos depois eu consegui chegar na minha sala de aula. E para minha sorte ainda não tinha muita gente, mas para meu azar a pessoa que eu menos queria que estivesse lá... estava.
–Bom dia. -beijou minha testa.
Acho que corei levemente.
–Oi. -olhei em volta- Cadê o povo?
Era estranho eu cegar atrasada e não ter quase ninguém na sala. Ah... já sei! Acabei de lembrar que a maioria me disse que ia viajar esse final de semana.
–Sobre ontem... -coçou a cabeça.
–Tudo bem. -abaixei a cabeça tentando disfarçar meu constrangimento.
–Sério? -riu.
–Mas tenho que ser compensada depois. -bati em sua testa.
–Eu sabia. -resmungou.
–Você é um idiota Dylan.
–Eu sei que você me ama. -piscou.
Revirei os olhos e sai dali. A verdade é que eu ainda não tinha esquecido completamente o fato de que ele me roubou o primeiro beijo. Esse cara realmente me irrita.
(...)
–Mãe?! -falei assim que entrei em casa e vi minha mãe com um sorriso amarelo para mim.
–Oi filha. -se aproximou de mim.
–O que você aprontou dessa vez? -perguntei desconfiada.
–Liguei para seu namorado. -me encarou.
AH MEU DEUS! É agora que ela descobre que nosso suposto namoro não passa de uma farsa.
–Pra que? -suei frio.
–O convidei para vir jantar aqui. -sorriu.
O QUEEEE????!!!
–Tudo bem, mãe.
–Que bom. -sorriu.
(...)
Já eram seis e meia da noite, há meia hora minha mãe me mandou tomar banho para esperar o Dylan. Vesti uma saia preta que ia até um pouco acima de meus joelhos, vesti uma blusa de mangas cinza, uma meia ¾ preta e minha tão amada havaiana verde e preta de caveiras, meu cabelo estava preso em um coque.
–Ah que chato. -me joguei no sofá.
Fiquei mofando no sofá até que algum ser de outro mundo tocou a campainha.
–Ah não. -falei assim que vi o Dylan.
Ele riu de leve e me puxou pela cintura para mais próximo de si.
–E o meu beijinho? -pôs as mãos nos lábios.
–Não. -disse rapidamente.
–Tudo bem. -beijou minha testa.
Nossa. Ele estava MUITO compreensivo hoje. Isso é estranho...
–Oh, Dylan. -minha mãe nos chamou a atenção.
–Oi Sra. Izabella. -sorriu e me soltou.
–Entre, entre. -nos chamou para dentro com uns gestos estranhos.
–Claro. -sorriu e entrou em casa, me puxando pela mão.
Nós três conversamos um bocado, esperamos meu pai chegar, jantamos, comemos a sobremesa e continuamos conversando.
–Dylan. -minha mãe chamou.
–Sim? -perguntou.
–Daqui a algumas semanas iremos fazer uma viagem à Roma. -meu pai se pronunciou.
–E...? -perguntei curiosa e apreensiva.
–Queremos que vá também. -minha mãe concluiu.
–O QUE? -gritei.
–Acho que é melhor eu não incomodar. -sorriu.
–De maneira alguma você vai nos incomodar.
–Mas qual o porquê dessa súbita decisão? -perguntei indignada.
–Seria bom que você fosse acompanhada ao casamento da tia Lilian, não é? -meu pai perguntou.
–E achamos o Dylan a pessoa perfeita para ir conosco. Além do mais ele é seu namorado. -me encarou.
–Então tá né? -fiquei sem argumentos então achei melhor ficar calada.
–Quando iremos? -perguntou- Preciso falar com meus pais. -o suor que escorria em seu rosto já era bem visível.
–Em duas semanas. -meu pai respondeu o moreno.
–Tempo o bastante para você comprar roupas e falar com seus pais. -minha mãe bateu palmas, empolgada.
–Tudo bem. -respondeu.
–E quando voltaremos? -perguntei tentando melhorar a tensão ali.
–Depois de dois dias. -meu pai novamente se pronunciou.
Ele fala pouco mas é realmente irritante.
–Oh my god. -lamentei para mim mesma.
–Bom... -o Dylan se pronunciou- Acho que já está na hora de ir para casa, então até mais ver. -se despediu.
–Espera. Eu abro a porta para você. -corri até ele, o acompanhando.
Quando saímos de casa, me certifiquei de que meus pais não estavam escutando.
–Me desculpe por isso. -abaixei a cabeça.
–Tudo bem. -deu de ombros.
–Sério? -perguntei assustada.
–Não vai ser nada mal viajar para Roma. Quero ver como são as "romanas". -riu.
Dei um tapa um pouco forte em seu braço.
–Pena que você está preso a mim. “Querido”. -enfatizei a ultima parte.
–Não posso pular a cerca? -me olhou com cara de pidão.
–Não. -falei fria.
–Nem um pouquinho? -me puxou pela cintura.
–Não. Sai Dylan! -dei outro tapa no braço dele.
–Vamos. Só um pouquinho. Só uns “pega”. -começou a me balançar de um lado para o outro.
–Me solta! -pedi (?).
–Então você vai ter que fazer algo por mim. -aproximou seu rosto do meu e eu corei.
–Não vou fazer nada para você. Agora me solta. -virei meu rosto para o lado, tentando não mostrar minha constrangida cara.
–Isso se chama ciúmes, sabia? -deu um pequeno sorriso.
–Eu? Com ciúmes? E justo de você? -ri irônica.
–Sim. Você. Com ciúmes de mim.
–Nunca. -pisei em seu pé.
–Você é sempre violenta assim? -perguntou com uma cara de dor inédita.
–Não, nem sempre. Depende da pessoa e da minha paciência também. -ri.
–Como castigo você terá que me beijar. -deu um sorriso malicioso.
–Não. -mostrei a língua e corri para dentro de casa.
(...)
Dylan POV
–Dylan... Dylan... -me senti sendo sacudido.
–Hmm… - resmunguei coisas inaudíveis até para mim mesmo entender.
–DYLAN! -gritaram e eu pulei da cama de susto.
–Mas que merda! –gritei e encarei a pessoa que estava perturbando meu sono.
–Hora de ir para a escola. –minha mãe sorriu para mim.
–Tudo bem. Já desço. –a pus para fora do quarto e fui me arrumar para ir para o colégio.
Depois de uma hora de pura enrolação fui para o colégio. Não sei porque, mas hoje eu estava muito mais cansado do que qualquer outro dia e é tudo culpa da minha “querida” e ciumenta namorada. Ri com meu próprio pensamento.
–Bom dia. –mal cheguei à escola e as meninas já vinham para cima de mim.
–Bom dia. –acenei para elas e entrei na sala de aula.
Encontrei minha ruivinha deitada em uma carteira e algumas meninas e meninos tentando conversar com ela.
Cheguei perto dela e comecei a fazer cafuné em seus cabelos, ela imediatamente levantou a cabeça.
–Vá a merda. –disse e deitou novamente.
–Ei Dylan. Tente convencê-la a cantar para a gente. E em japonês. –uma das amigas dela riu, acho que seu nome é Dávila.
–Não. Ninguém vai conseguir me convencer. –ela nos mostrou a língua.
–Mas que namorada chata essa minha. –sentei em uma carteira e virei-a, de modo que eu ficasse de frente para a ruiva.
–Namorada? –outra amiga dela perguntou nos olhando com um sorriso malicioso em seu rosto.
–Sim. –baguncei os cabelos da Sophie e beijei sua cabeça.
–Sai. –ela reclamou.
–Tudo bem. –ri e sai de perto dela antes de apanhar.
O dia se passou rapidamente. Depois da minha “conversa” com a Sophie mais cedo, minha preguiça se foi. Parece até que eu me sinto bem perto dela. Talvez até seja isso mesmo, é uma pena que ela nunca saberá disso.
–Talvez não seja tão ruim estar preso a ela. –falei para mim mesmo.
Acho que estou começando a gostar dela.
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