My Happy Ending escrita por brubs


Capítulo 37
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Quem é vivo sempre aparece! Quer dizer, há controvércias, né? Mas tudo bem.
Como estão, leitores amados? Novidades? Babados? Fofocas? Não? Ok.
Anyway. Cá estou postando o antepenúltimo cap de My Happy Ending! Cara, eu me lembro de quando postei o primeiro cap. Mas isso é discursso pro último cap.
Aproveitem, meus lindos!



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Pov Leo

A loira nos separou e nos puxou pra fora do Chalé. Annabeth nos conduziu gentilmente (Sarcasmo) até o começo da floresta. Já começava a escurecer e isso não era muito bom. Estávamos sem tempo para salvar Emma, e a noite era nossa única vantagem, Derek não esperaria nosso ataque.

– Seguinte: - A filha de Atena começou. Percy, Clarisse, Travis e Connor, e Quíron estavam lá, todos ouvindo atentamente as palavras de Annabeth. Menos Quíron, ele estava um tanto triste, suas mãos estavam apoiadas em uma espécie de bengala muito longa. – Vamos seguir em linha reta até Derek. Ele esta quase nos limites do Acampamento.

Reyna, que estava ao meu lado levantou a mão.

– Como ele entrou aqui? Quer dizer, vocês tem a barreira contra monstros e mortais, mas... Sei lá, não tem como saberem quando um semideus ou deus cruza essa barreira? O dragão não sente?

– Nossos escudos são diferentes dos seus. – Disse Clarisse... Docemente? – Você mantêm campistas no Túnel Caldecott, nós mantemos campistas nas passagens mais utilizadas. Derek usou a passagem da floresta, qualquer semideus novo que passasse por ali morreria assim que pisasse em solo do Acampamento.

– Entendo. – Ela disse, voltando a prestar atenção em Annabeth.

– Se seguirmos em linha reta, vai ser menos perigoso, é claro que vamos chamar atenção de monstros, com Percy, e você, – A loira apontou para Reyna. – uma romana no Acampamento grego vai ser tentador para eles.

– Linha reta, sem desvios. – Repetiu Percy. – Isso nunca foi fácil para nós.

– Pensamentos positivos, Cabeça de Algas. – Disse Clarisse. – Aqui. Juntei algumas coisas pra você, pretora.

Clarisse entregou uma pequena bolsa vermelha sangue para Reyna. A pretora abriu, vasculhou o que tinha lá dentro e sorriu, voltando o olhar para filha de Ares.

– Obrigado. – Ela disse sorrindo, Clarisse retribui. E Quíron pigarreou.

– Eu poderia falar com você? – Ele se direcionava para Reyna.

– C-Claro. – Reyna se enrolou um pouco, mas aceitou. Os dois caminharam até um ponto mais afastado e começaram a falar.

Nunca fui muito bom em leitura labial, mas pela expressão da pretora, não parecia boa coisa. Conforme Quíron falava Reyna franzia as sobrancelhas, abria a boca, tapava a boca, balançava a cabeça, enfim, fazia de tudo. O que me surpreendeu foi sua reação final. Quíron falou algo e Reyna levantou a cabeça para encara-lo, o centauro apenas assentiu e me olhou de longe. Reyna seguiu seu movimento e nosso olhar se encontrou. Mesmo de longe, eu sabia que ela estava a ponto de chorar.

Não me aguentando mais, eu fui até os dois. Enquanto me aproximava só conseguia ouvir Quíron dizendo “Eu sei, criança, eu sei, mas é o destino que decidiu. Os augúrios não mentem, muito menos nossas profecias.”. E Reyna só balançava a cabeça em negação, escondendo o rosto nas mãos.

Aproximei-me um pouco mais e Quíron me viu. Ele me lançou um olhar de pena, quase sofrido. Fiquei sem entender e me voltei para Reyna, que mantinha o rosto escondido.

– Ei, está bem? – Perguntei tocando seu ombro.

O movimento que ela fez a seguir me surpreendeu um pouco/bastante. Reyna esticou os braços e me abraçou, mas um abraço forte, como se eu fosse escapar.

– Me prometa... – Ela soluçou. – Me prometa que você não vai sair do meu lado à missão inteirinha!

– Eu não...

– Prometa! – Ela soluçava e apertava com força a gola do meu casaco.

– Eu... Eu prometo! – Cedi ao seu aperto e a abracei também.

Não importava o motivo, mas se Reyna estava daquele jeito, eu não iria contradizê-la.

Quando seus soluços passaram, ela me soltou, enxugando uma lágrima solitária que escorreu.

– Ótimo. – Ela disse, tentando controlar a voz embargada.

– Vamos? – Perguntei estendendo minha mão para ela.

– Sim, só mais uma coisa. – Reyna se voltou para o centauro que nos estudava com certa curiosidade. – Quando chegar a hora, eu... Eu quero que vá busca-los, ok?

– Mas... – O centauro começou.

– Só... Faça o que eu disse! Traga-os de volta pra cá e... – Ela deixou a frase morrer. – Não o deixe ir!

Quíron pareceu captar a mensagem e assentiu. Reyna se virou para mim e entrelaçou seus dedos nos meus.

– Vamos. – Sua voz saiu triste, mas determinada.

– Rápido, Valdez! – Gritou Percy que estava á frente com Reyna, coisa que não me agradava.

– Calado. – Retruquei. Ouve a risada de Percy. Revirei os olhos e me aproximei de Annabeth. A loira estudava o mapa atentamente, e de vez em quando olhava em volta, alerta, esperando um ataque.

– E então? Esse mapa diz como se livrar de crias de Poseidon?

A loira riu e revirou os olhos. – Infelizmente não!

Ri também.

Continuamos andando pela floresta até uma espécie de clareira. Percy estava parado na entrada, olhando Reyna, que analisava um pedaço de metal no chão. Não, metal não, ouro imperial.

– Uma flecha com a ponta banhada em ouro imperial. – Ela rodou o objeto nos dedos. – Não via uma dessas desde... Bem, vocês sabem.

Ela levantou o olhar, focalizando em mim.

– É dele? – Perguntei, sabendo a resposta.

– Sim, e pelo visto, não é a única. – Ela disse apontando um pequeno buraco na terra, não muito distante de onde estava a ponta de ouro imperial.

Uma espécie de trilha nos levava para o centro da floresta. Reyna se levantou e foi até o começo da trilha.

– Não acho que isso seja coincidência, mas... Não temos outra escolha.

– Bom... – Disse Percy se pondo ao lado de Annabeth. – Vamos por aí então.

Nós demoramos mais do que o esperado para atravessar a trilha. Quando chegamos á outra clareira, já dava para ver a Lua no céu, e várias estrelas. Reconheci algumas constelações que minha mãe me mostrava, mas eram tão diferentes olhando-as dali.

– São lindas, não acha? – A mão de Reyna se enroscou na minha, entrelaçando nossos dedos. – As estrelas.

– São sim. – Falei sorrindo um pouco avoado. Pude perceber o olhar de Reyna sobre mim.

– Você ainda pensa nela, não pensa? – Ela perguntou.

– Em quem? – Perguntei confuso.

– Na sua mãe. – Ela sorriu de canto. – Esperanza, né?

– Sim. – Sorri e voltei a olhar as estrelas. Fazia um tempo que não pensava em Esperanza Valdez. – Ás vezes eu sonho com ela.

– Hum. – Foi sua resposta.

Ficamos um tempo em silêncio até Percy nos chamar para continuarmos nossa missão. Peguei minha mochila e envolvi Reyna em um abraço de lado. Só então notei como ela estava gelada e tremia ás vezes.

Acho que a tensão da missão a deixava assim. Reyna passou por muitas coisas com Derek. Coisas que me faziam querer quebrar a cara do filho de Marte, mas mesmo assim, ela continuava firme.

– Você está gelada. – Tirei a mochila do ombro e tirei o casaco de militar.

– Não, tudo bem, eu...

– Nem vem, eu estou sentindo suas tremedeiras, Reyna. Ponha o casaco.

Ela bufou, mas vestiu a roupa. O casaco de militar lhe caiu muito bem. As mangas estavam um pouco maiores que seus braços, mas Reyna as segurou, deixando o casaco lhe emoldurar.

– Fica melhor em você do que em mim! – Afirmei, a olhando sorridente.

– Não fica. Sou mais você com ele.

Crac!

Reyna se virou rapidamente e vi sua mão direita tocando o punho da adaga. Já me preparei pra pegar algo no cinto de ferramentas, e, pelo canto dos olhos, vi Percy empunhando contracorrente e Annabeth com sua adaga.

Crac!

O barulho soou novamente um pouco mais perto dessa vez. Já sentia a adrenalina percorrendo minhas veias. Percebi que os outros também estavam inquietos.

Crac!

A causadora dos barulhos saiu da mata, suja de terra. Ela não hesitou em correr até onde estávamos, e nem Reyna hesitou em abraça-la.


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Notas finais do capítulo

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