My Happy Ending escrita por brubs


Capítulo 38
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

OEEEEE
Penúltimo capítulo, meus amores.
Só tenho uma coisinha a dizer sobre esse cap: Me perdoem.Quando vocês chegarem no final, vão entender, na-na-ni-na-não, nada de ir lá pra baixo só por que eu falei, hmm, espertinho, estou de olhos em vocês.
Eu, sinceramente, não gostei desse cap. Pra falar a verdade eu escrevi ele três vezes para ver se dava pra melhorar, mas não deu. Então me desculpem se estiver um cocô.
Outra coisa: Eu só posto o último capítulo seu eu tiver, pelo menos, dez comentários. Qual é! A fic tem trinta e oito leitores! Vamos por os dedinhos para funcionar, não?
Que mais...? É, só isso! Aproveitem o cap.



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Pov Reyna

Ela estava ali! Suja e com alguns arranhões, mas viva!

Quando Emma saiu do meio da floresta, ela correu na minha direção. Não hesitei em agachar e abraça-la. Sabia que ela tinha passado por coisas ruins, conhecendo Derek como eu conheço, não duvido nada que aquele filho de greacus maltratou Emma.

Certo, desculpe pelo greacus, força de hábito.

Enfim... Emma correu em minha direção e me abraçou assim que eu me agachei. Ela tremia muito, e podia sentir que ela chorava em meu ombro.

– Ele... Eu... – Ela tentava dizer algo, mas as palavras não saíam de sua garganta. – Ele... Vocês...

– Ei, ei. – Falei me afastando e olhando para a menininha, tentando tranquiliza-la. – Você esta a salvo, está conosco agora. Vamos te proteger, não é? – Lancei meu melhor olhar significativo para Leo, Percy e Annabeth, que balançaram a cabeça e murmuraram coisas como “é, pode crer” ou “não se preocupe, esta a salvo”.

– Não... Vocês precisam... Precisam sair daqui. Agora! – Ela disse chorando mais ainda.

– O quê? – Perguntei confusa. – Do que está falando?

– Ele esta vindo. É uma armadilha! – Ela disse puxando meu braço enquanto recuava. – Você precisa sair daqui! Rápido!

– Mas...

– Vamos! – Emma puxou meu braço mais forte.

Olhei para os outros, ainda atônita. Eles simplesmente se entreolharam e nos seguiram também.

Acabou! Pegamos Emma e agora posso voltar para o Acampamento. Viver sem me importar com Derek. Uma incrível sensação de felicidade me invadiu. Emma começou a correr, de vez em quando ela olhava para trás. Corri atrás dela, com Leo ao meu lado e Percy e Annabeth atrás da gente. Já podia ver a entrada para a clareira, quando Emma para de repente.

– Não – Ela diz. – Não, não... Droga. Voltem, voltem agora!

– O quê?! Mas nós já estamos aqui. O Acampamento esta a alguns metros.

– Não, não esta. – Ela disse olhando atentamente para cima. – Isso é um dos truques dele.

– Como? – Perguntei. – Derek não controla mentes!

– Não, - Ela respondeu. – Mas controla a névoa.

Assim que ela terminou de falar, a paisagem da clareira se dissipou, e uma risada rouca, que eu conhecia bem, soou não muito distante. Estávamos no meio da floresta, pinheiros altos circulavam o local, não conseguia ver mais sinal do Acampamento, de nada, na verdade. Só floresta e mais floresta. Caímos como um pato na armadilha do infeliz.

– Muito bom, Srta. Evans. É mais esperta do que imaginei. Você seria uma ótima filha de Belona, pena que não vai sobreviver até lá. Nem vocês!

E então ele apareceu. Do mesmo jeito que havia deixado o Acampamento. Ele até que estava com uma aparência boa, sendo que havia passado duas, ou mais, semanas no meio do mato. Mas uma coisa não havia desaparecido: o sorriso cínico e malicioso que me lembrava.

Puxei Emma para trás de mim e saquei minha adaga. Annabeth pegou a sua também, Percy destampou contracorrente e Leo puxou uma espada de bronze celestial do cinto e se pôs ao meu lado.

– Acabou, Derek. – Tentei disfarçar a voz trêmula e embargada e soar confiante. – Nós somos quatro e você é só um.

– Tem certeza, querida? – Ele disse. Pude sentir Leo se agitar com o “querida”.

Como se estivessem apenas esperando as palavras do filho de Marte, uma fileira de soldados das forças armadas apareceram, logo atrás dele. Todos com uniformes e empunhando espingardas. Poderia dizer que eram mesmo soldados, mas uma coisa os entregava: os corpos deles tremeluziam e sumiam conforme o vento soprava. Fantasmas, provavelmente. Ao redor dele, uma pequena aura vermelha tremulava.

– A Benção de Ares! – Disse Annabeth. – Como...?

– Adoraria responder suas perguntas, loirinha, mas infelizmente estamos sem tempo. Senhores? – Ele chamou apontando para a fileira de fantasmas. – Cuidem desses dois.

Os soldados voltaram sua atenção para Percy e Annabeth e avançaram lentamente.

– Sabidinha? – Ouvi a voz de Percy, um pouco em pânico.

– Sim, Cabeça de Algas? – A loira disse, também a beira do pânico.

– Você tem um plano, certo? – Ele recuou um pouco, seguido por Annie.

– Sim. – Respondendo ajeitando a adaga na mão direita. - Não ouse morrer e me deixar viúva.

Dito essas palavras ela avançou contra a fileira de fantasmas, com Percy logo atrás.

– Vejamos, dois já foram, faltam dois. – Derek se virou para nós e se aproximou.

Rapidamente Leo se pôs na minha frente, empunhando a espada com um olhar de ódio.

– Hum, o Garoto dos Reparos vai se sacrificar pela dulzura? Não acredito.

– Acredite. – Leo me empurrou mais um pouco para trás.

Virei-me para Emma e fiz um sinal com a cabeça em direção a floresta. Ela assentiu e correu.

– Onde pensa que vai, querida? – Derek se virou para Emma com um sorriso cínico. – Não vai querer perder a festa, não é? Aqui, deixe-me dar seu presente primeiro.

O loiro estalou os dedos e mais dois fantasmas apareceram perto de Emma. Eles a seguraram um de cada lado e voltaram à atenção para Derek, que sorriu e assentiu com a cabeça.

– NÃO! – Gritei saindo de trás de Leo.

Tarde demais.

Um dos fantasmas quebrou o pescoço da garotinha e ele caiu morta no chão. Ignorei os gritos de Leo e estava pouco lixando se Derek me atacaria pelas costas. Corri até ela e me joguei ao seu lado. Apoiei sua cabeça em minhas pernas e tentei chama-la, mas ela não abriu os olhos. Não tinha pulso e já não sentia sua respiração. Minha garganta se fechou instantaneamente, lágrimas invadiram meus olhos e rolaram por meu rosto.

– Pobre Emma. – Ouvi a voz de Derek. – Você podia ter impedido. Podia ter impedido tudo isso, mas você não quis. – Sua voz adquiriu um toque de tristeza. – Elas não teriam morrido.

Senti alguém me puxando para trás, mas empurrei as mãos. Por mais que não quisesse aceitar, tudo aquilo era culpa minha. Derek mudado, Mel morta, Emma morta e, não muito longe, ele morto.

Mais uma vez as mãos me tocaram, mas não me puxaram, me abraçaram. Senti o cheiro de Leo, senti o pano de sua jaqueta militar me esquentar. Sabia que não poderia perdê-lo. Sabia que os augúrios tinham que estar errados. Eu não o perderia!

– Ele esta certo. – Murmurei com a voz determinada. Fiz minha pose de pretora destemida. – Isso tudo é culpa minha.

– O QUE? – Leo disse me virando de frente para ele. – Não esta. Não é sua culpa.

– É sim. Eu abandonei os dois, não cumpri minha promessa. Por isso ela esta morta, elas estão.

– Não... – Dessa vez ele começou a chorar, e isso me doía, mas eu precisava fazer isso.

– Sinto muito, Leo. – Falei me levantando. – Eu preciso acabar com isso de uma vez. Quantos mais precisam morrer?

– Ninguém... Só... – Leo levantou o olhar para Derek e eu pude ver fogo arder em suas íris. – Só ele.

O moreno se levantou e caminhou com passos firmes até Derek. Ele levantou a espada de bronze celestial e investiu contra o loiro. Derek apenas deu um passo para o lado e uma cotovelada nas costas de Leo.

Seguindo meus instintos, saquei minha adaga e fui até Derek, mas meus pés colaram no chão. Tentei puxa-los, mas eles pareciam pesar toneladas. Derek virou a cabeça para mim e sorriu satisfeito. Era isso! Magia! Filho de um greacus!

Leo se recuperou da cotovelada e voltou a atacar, mas Derek foi mais rápido e desviou a lâmina da espada, que voou para cima e caiu na mata. Derek puxou o braço de Leo para trás e o rodou, imobilizando-o. Leo gemeu de dor e Derek sorriu cínico para mim.

– Você vê agora quantos problemas causa, querida? Quantas mortes? – Ele rodou uma adaga nos dedos e foi lavando-a até a garganta de Leo.

– Não! Deixe-o ir! - Falei, sabendo quais seriam os próximos movimentos de Derek.

– Por quê? – Derek deslizou a lâmina dourada pelo pescoço de Leo, fazendo um pequeno corte na lateral. – Se eu mata-lo agora, você vai saber como me senti quando você matou a Mel.

– FOI VOCÊ QUE A MATOU! – Me descontrolei por completo. Mais lágrimas inundavam meu rosto, enquanto eu começava a tremer e meus punhos se cerraram. – SOLTE-O OU EU JURO QUE...

– QUE O QUE? – Ele gritou também – ME MATA? Eu já estou morto, querida. Mas você... Ah, Reyna, você não tem ideia das coisas que eu quero fazer com você! Eu adoraria repetir o que fizemos em Seattle.

Nojo. Foi o que senti. Nojo de Derek, de mim mesma. É claro que nós nunca chegamos a algo mais... físico, por assim dizer, mas mesmo assim, aquilo me causava náuseas só de lembrar que eu beijei aquele monstro.

– Do que está falando? Nós nunca fizemos nada! – Falei com certo sarcasmo.

– Ah não? – Ele disse se fazendo de desentendido. – Pelo visto você não contou para o foguinho aqui sobre as noites no casarão, não é mesmo? Ah, eu me lembro como se fosse ontem! Ainda posso ouvir seus gemidos, querida, seus gritos de prazer...

– Para! – Pediu Leo, entre um gemido de dor. Ele focalizava seu olhar em mim, e eu podia ver a tristeza estampada neles.

– É MENTIRA! – Gritei desfalecendo. Não importava quantas maldades Derek fazia, quantas pessoas ele matava, o simples olhar de tristeza e desgosto que Leo lançava em minha direção me fazia querer largar tudo e implorar para que ele me perdoasse. – NÓS NUNCA FIZEMOS NADA DISSO! EU TE AMO, LEO. SÓ A VOCÊ!

– Lindo, comovente. Hora de dar adeus, foguinho.

– O que... – Murmurou Leo.

Cai sentada e completamente desesperava. Parecia que meus gritos não saíam, minhas tentativas de correr até Leo e o abraça-lo eram em vão, as lágrimas já escorriam sem que eu impedisse.

Não percebi quando Derek soltou Leo no chão e veio até mim. Não percebi quando Percy e Annabeth, de alguma forma, correram até Leo, não percebi quando Derek tirou o circulo verde e dourado do bolso e girou o arco dourado.

Só percebi o olhar nublado de Leo em mim, a adaga transpassando seu coração, o sangue sujando sua camisa branca e suas mãos, as tentativas desesperadas de Percy e Annabeth tentarem estancar o sangue, e finalmente, uma lágrima escorrendo pela bochecha do meu moreno, enquanto ele fechava os olhos para sempre.

E então tudo tremeluziu e eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

Eu quero meus dez comentários!
Beijos, até o próximo.