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– Por quê essa cara Mione? - Perguntou Rony.

– Nada, só lembranças - Respondi

– Que tipos de lembranças? - Continuou a perguntar

– É que vendo a Rose assim nessa idade me bate uma saudade de quando ela era só um bebê. Daqui há uns meses ela vai pra Hogwarts e... - Naturalmente algumas lágrimas vieram aos olhos, era impossível controlar.

– Eu sei, também vou sentir falta dela brigando comigo ou com Hugo por deixar as coisas espalhadas pela casa. - Disse ele me abraçando - Mas logo ela estará conosco de novo. Além do mais ela vai estar com Alvo e Roxanne. Vai estar bem acompanhada.

– É você tem razão. - Disse secando as lágrimas - Vamos, temos que ir para o Ministério.

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Mesmo depois de chegarmos em casa Rony não controlava a euforia de saber que era uma menina.

– Mione porque não fazemos um jantar para a família? - Perguntou

– Um jantar? E qual seria o motivo? - Respondi com outra pergunta.

– Para anunciar que é uma menina ora – Respondeu – Nós chamamos todos os Weasley's e os seus pais. Harry pode trazer o Teddy também. Quero a família toda junta para poder dizer que é uma menina. – Eu simplesmente concordei com a idéia. Marcamos o jantar para dois dias. Todos da família vieram, inclusive meus pais. Harry que agora parara de se culpar pelas mortes de Tonks e Lupin, levava Teddy a todo lugar que ia. O menino adorava estar na companhia do padrinho e do restante da família, principalmente de Victorie. Apesar de ser convidada, a Sra Weasley fez questão de ir ajudar a terminar tudo, logo já era dona da cozinha. Na sala o Sr Weasley enchia meu pai com perguntas sobre trouxas, e ele respondia tudo com muita paciência. Rony e Harry estavam concentrados em uma partida de xadrez de bruxo enquanto esperavam pelo jantar. Os outros conversavam entre si. O jantar como de costume estava maravilhoso e ocorreu da melhor forma possível. Ao terminar, Rony pediu a atenção de todos.

– Bem, o motivo do jantar de hoje é para anunciar que a Victorie estava certa! Eu e Hermione vamos ter uma menina! - Disse ele com um enorme sorriso no rosto não contendo a felicidade.

– E qual bola de cristal vocês consultaram? - Perguntou o Sr Weasley inocente.

– Métodos trouxas papai - Gina respondeu

– Pelas barbas de Merlin! Como esses trouxas conseguem? – Perguntou e eu respondi como tudo funcionava. Ele ficou tão fascinado que não parava de fazer perguntas. Minha mãe e a Sr Weasley ficaram tão emocionadas que não seguraram as lágrimas de alegria por saberem que teriam uma netinha. Gina e Angelina ficaram super empolgadas para poder acompanhar a gravidez também pelo modo trouxa. Após um bom tempo de conversa alguns começaram a ir embora. Somente Harry e Gina com James e Teddy ficaram nos fazendo companhia. Harry contava sobre a recém promoção no Ministério, já que estavámos sem muito tempo de conversar durante os dias de semana. Ele agora era chefe dos Aurores. Por volta de mais uma hora eles também foram embora, restando apenas eu e Rony.

– Enfim sós! – Disse ele

– Enfim sós? Você que quis dar esse jantar e agora reclama? – Respondi com uma pergunta.

– Sim, mas é sempre bom ficar a sós com a minha esposa! – Respondeu ele já me abraçando.

– É, mas temos que arrumar essa bagunça! – Disse

– Aah, isso é fácil – Respondeu ele pegando a varinha e com apenas um aceno toda a casa estava novamente no lugar. – Prontinho! Então, onde paramos?

– Acho que íamos dormir! - Disse

– Dormir! - Exclamou ele em negativa - Mas...eu não quero dormir, pelo menos não agora!

– Mas eu quero! Meus pés estão doendo e esse seu cheiro está me deixando enjoada! E não adianta fazer esse bico pra mim! - Me referia a careta que ele estava fazendo por ser contrariado - eu não to afim de brigar.

– Mas eu também não quero brigar Hermione!

– Então porque está gritando comigo? - Me permiti elevar mais o tom de voz.

– Eu não estou gritando! Você que é irritante!

– E você um legume insensível que só pensa em você mesmo. Mas sempre foi assim né Ronald. Mesmo quando estávamos em perigo, você sempre pensou primeiro em você e não pensou duas vezes antes de abandonar ao Harry e a mim. - Disse sem me importar com o que ele ia sentir.

– É isso que pensa de mim? - Perguntou já com a voz bem mais calma. Na hora da raiva eu simplesmente afirmei com a cabeça. Algumas lágrimas já escorriam involuntariamente pelo meu rosto. - Tudo bem Hermione, você está certa, como sempre não é mesmo? eu sei o que eu fiz, e me arrependo a cada minuto da minha vida por ter deixado o meu melhor amigo e a mulher que eu amo ali sozinhos. Mas infelizmente tenho que carregar esse peso eternamente. - Ele se virou e foi em direção à porta

– Ron...espera, eu não quis dizer isso - Mas foi tarde demais, ele simplesmente saiu pela porta sem ao menos dizer mais nada. Eu o havia magoado com as palavras. Me odiei por completo, e não sabia por onde procurá-lo. Passou-se horas até que peguei no sono. No dia seguinte ele ainda não havia voltado. Nem no Ministério ele apareceu. Por volta de duas da tarde Harry apareceu na minha sala nervoso.

– Hermione você sabe do Rony? - Perguntou inquieto.

– Não Harry, ontem quando você e Gina foram embora nós acabamos brigando. Eu fui muito dura com ele, e ele simplesmente saiu. - Respondi completamente arrependida. Harry pareceu não dar muita importância a isso pois continuava aflito.

– Hermione precisamos achar o Rony. Vou colocar os autores pra procurá-lo. Eu não quero te deixar nervosa, mas ele pode estar em perigo. - Disse ele

– O QUE? Como assim Harry? Me explica essa história direito! - Praticamente o obriguei a sentar na cadeira que ficava de frente pra mim.

– Hermione eu não posso entrar em detalhes - Tentou argumentar sem sucesso.

– É do meu marido, seu melhor amigo que estamos falando Harry! Você vai tratar de me dizer agora o que está acontecendo! - Já estava começando a ficar fora de controle.

– Tá, é o seguinte. Essa manhã tivemos conhecimento que na noite de ontem houve uma fuga em Azkaban. Quatro bruxos conseguiram escapar e no meio deles estava a Dayllena Lopp. Nós sabemos que ela já tentou matar à nós três, então é possível que queira mais uma vez tentar uma vingança. Por isso preciso saber onde ele está e se está bem – Explicou ele. O que era descontrole passou a ser desespero. Nesse momento eu não tinha a mínima noção de onde ele poderia estar, se estaria bem, ou até mesmo se estaria vivo.