Harry praticamente me obrigou a ir pra Toca ficar com Gina, dizendo não fazer bem ao bebê eu estar naquele estado, mas estava completamente atordoada, desesperada por uma notícia miníma que fosse que Rony estivesse bem. Andava de um lado ao outro. A Sra. Weasley estava no mesmo estado que eu. Gina era a única que conseguia manter a calma.

– Hermione, dá pra você ficar quieta! – Dizia ela

– Como quer que eu fique quieta Gina? Se fosse o Harry nessa situação você estaria calma? – Respondi ríspida – E o pior de tudo é que a culpa é minha.

– Culpa sua? – Perguntou ela

– Sim Gina, nós brigamos, e eu fui dura demais, ele saiu e simplesmente desapareceu. Agora ele pode estar em perigo. Tudo porque eu não consigo controlar minhas emoções. Eu sou uma estúpida! – A essa altura o choro já corria livremente pelo meu rosto. Gina me abraçou dizendo que ficaria tudo bem. Eu queria mesmo acreditar, mas meu coração dizia o contrário.

– Calma Mione, ficar assim só piora as coisas. Porquê você não vai pra casa descansar? Eu sei que o Harry pediu que viesse pra cá, mas eu acho que em casa você se controla mais. E se por acaso ele aparecer nós avisamos – Disse ela mais calma.

– É, você tem razão. Acho melhor eu ir mesmo. – Respondi me despedindo dela e da Sra Weasley e fui para casa. Assim que cheguei, me deparei com Rony estirado no sofá com o braço todo enfaixado.

– Ronald! – Foi a única coisa que consegui dizer antes de correr e pular em cima dele em um abraço.

– Aiiiiiii Hermione! Meu braço – Respondeu ele num grito de dor.

– Desculpe! O que caonteceu? Vieram atrás de você? Foi a Dayllena não foi? – O enchi de perguntas.

– O que? Dayllena? Hermione eu só me machuquei ontem a noite.

– E ficou sem aparecer o dia inteiro? Sem dar notícias! Você é um idiota, estúpido, insensível Ronald Weasley! – Disse dando tapas e mais tapas no braço que não estava enfaixado.

– Hermione calma! Eu vou explicar. – Respondeu se ajeitando no sofá. Apenas fiquei calada para ouvir o que ele tinha a dizer. – Ontem quando nós brigamos eu aparatei em Hogsmeade. Estava no Cabeça de Javali quando surgiu uma briga entre dois caras, eu tentei ajudar mas um deles me estuporou, depois alguém que não me lembro me levou para o St. Mungus que foi onde eu passei quase o dia inteiro. E como não tinha forças para aparatar eu tive que vir andando.

– E porquê você foi pra lá? – Perguntei já mais calma.

– Por que eu precisava esfriar minha cabeça! você acha que eu gosto de brigar com você? Que eu gosto de falar ou de ouvir coisas somente porque estamos com raiva? Não Hermione, eu não gosto – Disse ele tristemente.

– Ron...me...me desculpa, eu não queria ter falado tudo aquilo. Eu sou uma idiota que não consegue segurar a lingua dentro da boca – Falei com lágrimas nos olhos. Ele apenas me abraçou o mais forte que pôde. Eu retribui o abraço na mesma intensidade.

– Eu não quero mais brigar com você – Eu assenti e ficamos assim por um longo tempo, até que ele quebrou o silêncio – Mas por quê você perguntou se tinha sido a Dayllena? – Depois disso que voltei a me lembrar do que havia acontecido. Mandei uma carta por Píchi para Gina avisando que Rony havia aparecido e começei a contar tudo que Harry havia me explicado mais cedo no Ministério. Ele ouvia atentamente a cada palavra. Quando terminei de contar tudo, sua expressão era mais de medo do que de outra coisa.

– Ron, por quê dessa cara? – Perguntei confusa

– Hermione, do jeito que está meu braço, se ela tentar alguma coisa contra você não vou conseguir te defender. – Respondeu.

– Ei! Não precisa ficar assim tá legal! Eu sei me defender, além do mais o Harry já colocou todos os aurores na procura dos bruxos que fugiram – Disse segurando seu rosto com as duas mãos. Ele tornou a me abraçar, dessa vez mais suave.

– Eu não me perdoaria se acontecesse qualquer coisa com você, eu te amo demais pra te perder – Disse sincero

– Você não vai nos perder. – Respondi me aninhando ainda mais em seu abraço. – Eu também te amo, aliás, nós te amamos. – Depois de um bom tempo ali conversando Rony insistia em passar uns dias n’A Toca, até estar totalmente curado. Ele dizia se sentir mais tranquilo se estivêssemos lá, assim se alguém tentasse algo, seria mais fácil de nos proteger. Por fim eu concordei em ir. O dia seguinte foi bastante corrido no Ministério. Harry chefiava a equipe de aurores que procuravam os bruxos que fugiram de Azkaban enquanto Rony ficara cuidando apenas de coisas internas, pois com o braço estuporado ele não poderia ajudar em muito nas buscas. Eu estava tão cheia de Leis de proteção à Trouxas para revisar que não me dei conta que o dia já havia acabado. Dali partimos para A Toca. Harry também nos acompanhou. Ele, Gina e James também passariam uns dias lá. Acabamos passando um mês inteiro e nada de acharem os bruxos. Como Rony já estava com o braço curado resolvemos voltar. Era domingo, estavámos indo dormir quando senti um leve chute na barriga.

– Aiii

– O que houve? Ta se sentindo bem? – Perguntou ele assustado

– Eu acho ... acho que a sua filha acabou de mexer, sente – Peguei sua mão e coloquei no lugar que mexia. A essa altura a barriga já estava devidamente grande. Ele abriu um enorme sorriso e seus olhos se encheram de lágrimas. – Ron desde quando você se tormou tão sentimental? – Perguntei com um sorriso bobo no rosto.

– Desde que eu percebi que só seria feliz se você estivesse ao meu lado. Tenho que agradecer todos os dias por aquele beijo que você me deu há alguns anos atrás! – Respondeu ele ainda sorrindo. Me deu um beijo suave que logo foi intensificando aumentando o calor dos nossos corpos.