O Final Que Eu Sonho ... escrita por Denise Reis


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

BOMBA!!!!!



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No capítulo anterior

O último plantão de Kate antes do casamento foi um horror. Ela só conseguiu ir para o vestiário tomar banho às nove horas da manhã, ou seja, uma hora após seu horário normal de saída. Ela estava exausta, pois não teve um minuto sequer de descanso durante todo o plantão. Até a madrugada, que as vezes podia descansar uma ou duas horas, ela conseguiu parar. Ela estava sem dormir literalmente por 24 horas. Não conseguira parar nem para um copo de café. Estava louca para dar um beijo em Richard e ir para casa ver as filhas e dormir. Ela nem mesmo ia conseguir brincar com as meninas. Ela iria deixa-la com a Dorothy. Quanto saiu do vestiário. Foi para o escritório de Rick e não o encontrou. Apenas sentiu seu cheiro. Ele havia estado lá e isso a alegrou. Ele devia estar tomando café. Ela queria vê-lo antes de ir para casa. Ao chegar à lanchonete tomou um choque. Kate o encontrou da pior maneira possível. Nunca pensou em presenciar tal cena. Pensou que ia desmaiar. Ela se segurou na mesa fixa que estava a sua frente e respirou fundo. Não estava acreditando no que seus olhos insistiam em lhe mostrar.

 

Ela presenciou Rick e a Dra. Gina Cowell se beijando. Foi um beijo rápido. Ela notou. Mas beijo é beijo.

A raiva a consumia, mas precisava ter classe. Ela queria torturar a Gina aos poucos, bem lentamente. Ela era uma invejosa. Tanto que falou até que conseguiu ter o Richard de volta. Estava com muita vontade de dar um murro em Richard e outro em Gina, mas ia se controlar. Não queria seu nome nos corredores do hospital.

Kate não soube como, mas conseguiu ir até a mesa onde Rick e Gina estavam sentados. Com muita classe Kate tirou o anel, entregou ao Richard, que sem entender nada indagou – Kate, o que aconteceu?

— Ah, você não sabe Dr. Richard Castle? Mas a Dra. Gina Cowell, com certeza sabe não é querida, pois desde ontem, no início do meu plantão, tentou me dar um recado e eu não entendi. Somente agora eu compreendo. Pois bem. Ele e todo seu novamente. Não é isso que você queria?

Gina permaneceu muda, só olhando de Kate para Richard.

— Richard, eu estou muito abalada. – Kate falava muito baixo. As lágrimas escorriam pelo seu rosto. - Eu estou exausta, meu plantão foi muito cansativo. Eu vou ao loft apenas para pegar a Annie e depois eu vou dormir na casa de meu pai. Eu não estou me aguentando em pé. Eu não consegui dormir um segundo sequer durante o plantão. Eu nem vou te carro, pois não tenho condições de dirigir. Eu vou tomar um taxi. Depois nós conversamos para ver se eu pego minhas coisas ou você manda leva-las para a casa de meu pai, ok? Eu já vou.

— Kate, espere um momento, amor.

— Não vá atrás dela, Richard. – Gina, sentindo-se vitoriosa, falou segurando no braço de Richard. – Ela não quer mais você. Você a ouviu falar.

— Gina, não se atreva a tocar a mim. Nunca mais toque em mim novamente. – Richard falou baixo somente para ele ouvir, mas com tamanha raiva que ela ficou até com medo.

Rick levantou-se e foi atrás de Kate que já ia longe, só a encontrando no hall do elevador.

— Kate.

— Dr. Richard Castle, - ela falava muito baixo - não fale comigo, por favor.

— Kate, meu amor, foi a Gina quem me beijou. Eu a repeli, você deve ter visto.

— Richard, eu não quero conversar assuntos pessoais nos corredores deste hospital, pois isso iria encher de orgulho a Dra. Gina Cowell.

— Então eu vou leva-la para nossa casa.

— Faça o que você quiser. Eu não tenho forças para recusar. Estou esgotada.

Foram para o estacionamento.

Fizeram o percurso em silêncio. Richard preferiu chegar em casa para falar qualquer coisa.

Quando chegaram ao loft, ela foi logo ver as filhas. Alexis e Annie correram para ela.

— Mamãe, que saudades, como foi seu plantão – falou Alexis.

— Oi, mamãe, eu senti sua falta ontem o dia todo – disse Annie toda dengosa.

— Queridas, a mamãe está cansada e vai para o quarto – disse Kate beijando e abraçando as duas, se controlando para não chorar na frente das filhas.

— Mamãe nós vamos assistir filminhos. – Alexis avisou para Kate.

— Ok, minhas lindas. A mamãe ama vocês. – Kate se dirigiu para Dorothy – Oi, Dorothy, bom dia. Continue divertindo as minhas filhas, por favor. Estou muito cansada.

Kate se dirigiu para o quarto e Richard foi atrás dela. Chegando lá ele trancou a porta.

Kate se sentou na cama e colocou a cabeça entre as mãos e começou a chorar.

Richard sentou-se ao seu lado e a abraçou. Ela imediatamente tentou se afastar, mas ele não permitiu e a apertou.

— Richard, o que foi que você fez? Você não está só arrasando o meu coração. O que vai ser destas crianças quando souberem que não vai haver mais casamento? Eu sou adulta, vou superar com dificuldade, mas vou. E não fique orgulhoso. O meu amor por você não vai acabar de um dia para o outro. Eu vou sofrer por um tempo, mas não vou morrer. Pode ter certeza. Mas as crianças, Richard, elas são inocentes. – Kate chorava copiosamente. – Que Deus as ajude. Elas são quase uns bebês. Eu tanto que tentei proteger a minha Annie dos ‘papais’ e olha o que eu fiz com a minha pequena? Eu acreditei no seu amor, Richard e permiti que você a registrasse como pai. Você agora é o pai dela, Richard. E a Alexis, o mesmo eu digo com relação a ela. Ela vai ficar meio perdida, Richard. Cada dia você aparece com uma mãe diferente. Só que agora, eu sou a mãe dela, Richard, e eu não vou abandoná-la. E eu exijo que você a trate com mais respeito. Eu vou lutar pelas minhas filhas, Richard. A Annie se apaixonou por você. E a Alexis me ama, Richard, e eu a amo também. Eu vou repetir, Richard, eu não vou abandonar a Alexis. Eu perdi você, Richard, mas não vou ficar sem as minhas filhas.

Richard pensou que ia ficar maluco ouvindo aquele desabafo de Kate.

— Eu não fiz nada, Kate. Eu juro que sou inocente. Não é história. É realidade. Se você chegasse um segundo mais cedo você teria visto que eu estava sentado sozinho com dois copos de café, o meu e o seu, pois já tinha informações que você já tinha saído do vestiário e já estava subindo ou para o meu escritório ou para a lanchonete. Só que a intrometida da Gina devia ter informações mais atuais que as minhas. Ela devia saber que você estava entrando na lanchonete. Ela se sentou à mesa me agarrou e me beijou sabendo que se você visse você ficaria muito chateada, meu amor.

— Porque você deixou que ela se sentasse, Richard?

— Foi uma questão se segundos, amor. Eu não pude evitar. Em um segundo ela se sentou no outro ela me beijou e no outro você chegou.

Ela abaixou a cabeça e voltou a chorar abundantemente. Rick com habilidade a colocou no colo e a abraçou. – Meu amor, não fique assim, a Gina quer isso mesmo. Conte para mim o que foi que ela disse à você ontem durante o seu plantão que te deixou tão desconfiada.

Kate resolveu explicar o episódio que tinha acontecido.

— Olha Richard, ela já chegou perto de mim olhando para o meu anel de noivado com uma inveja de dar medo. Depois, segundo as palavras dela, ela perguntou para mim de forma muito irritante, porque eu estava insistindo neste noivado ridículo. Eu nem sei como eu me segurei que eu não dei um murro naquela cara dela. Mas eu me controlei e disse de forma muito delicada que ela estava achando ridículo só porque ela queria você de volta e se o casamento dela não deu certo o meu ia dar, alias, já estava indo muito bem obrigada. Ela que entendesse o que quisesse.

— Então, amor, você entendeu que foi tudo uma armação da Gina para você pensar que eu traí você com ela. Só na cabeça imunda dela. Ela sabia que você estava cansada depois de um plantão e talvez, por causa do cansaço, nem raciocinasse direito no que visse. Eu sei o que é um plantão e ela também sabe. Depois de um plantão da pesada a primeira impressão é a que fica. Eu te imploro, Kate, acredite em mim. Nós não temos muito tempo juntos, é verdade, mas eu já pude provar o amor que eu sinto por você. Eu não estou falando de sexo. É lógico que nos sentimos atraídos sexualmente um pelo outro, mas não estamos falando disto no momento. Não. Eu estou falando de sentimento. De amor. De pureza. De nossas almas. Acredite em mim. Kate, eu nem sei mais o que falar. – neste momento lágrimas escorrem de seus olhos. - Pode parecer exagero, mas Katherine, não me abandone, pois eu não saberia mais viver sem você. – ele a abraça muito forte. – Acredite em mim, meu amor, depois que eu te conheci, antes mesmo de ficarmos noivos, eu não consegui me aproximar de nenhuma mulher. Imagina se eu ia querer ficar com a Gina... Nunca! Ela é vazia, interesseira, egoísta. Eu nem quero mais falar no nome dela. Eu te amo, Kate. O que é que eu preciso falar mais, Kate?

— Nada amor. Não precisa falar mais nada. Eu acredito no seu amor. – Ela o abraçou forte e o beijou sendo correspondida fortemente. Depois de algum tempo, eles se afastam e se olham. Ele afagou seu rosto com muito carinho. De repente, ele a tira do colo e a coloca sentada na cama e se ajoelha no chão. Pega o anel no bolso e olha bem nos olhos de Kate e fala. - Katherine Hougthton Beckett, você é a mulher mais importante da minha vida, você é a minha vida, você quer me dar a honra de ser minha esposa, minha amiga, minha parceira, minha confidente, minha amante e a mãe dos meus filhos?

— Sim, Richard, eu quero, porque eu também te amo. Você também é a minha vida. – ela fungou.

Richard colocou o anel de volta no dedo de Kate e se beijaram longa e apaixonadamente. Deitaram-se na cama e se abraçaram fortemente. Alguns minutos depois, eles se olharam e se admiraram. Em poucos segundos não havia sequer mais uma peça de roupa e se amaram. Atingiram ao orgasmo maravilhoso. Depois dormiram nos braços um do outro. Antes de dormir, contudo, Rick avisou a Kate que não iria ficar com ela muito tempo, pois teria que retornar ao hospital, pois teria que tomar muitas providências antes da viagem de lua de mel. Ela relutou, mas aceitou. Dormiram.

Quando Kate acordou ela olhou para a mão direita e viu o anel de noivado e ficou contente. Pegou o celular e telefonou para Rick.

Ele atendeu ao primeiro toque.

— Oi, minha linda.

— Oi, amor – disse dengosa. – estou com saudades.

— Assim não vale, amor. Como é que eu vou me concentrar no que eu tenho que fazer... Eu vou ficar uma semana fora e estou passando para minha equipe administrativa um monte de atribuições. As minhas cirurgias eu distribuí entre outros neurocirurgiões.

— Porque a Martha não toma conta desta parte administrativa, meu amor?

— Porque a mamãe já tem muitas atribuições, Kate. Ela vai ajudar a minha equipe no que eles precisarem, até porque ela conhece este hospital com a palma da mão dela. – ele sorriu.

— Então tá, amor. Estou com saudades, não demore, eu ainda estou deitada, nua, meio desenrolada no edredom...

— Kate, você não está ajudando, amor. Eu nem sei mais o que eu estava fazendo aqui na minha sala.

— Te amo. Rick.

— Eu também te amo, Kate, mas tenho que desligar, senão o hospital vai fechar as portas.

Ela sorriu e desligou.

Ela ficou na cama mais um pouco e depois levantou tomou uma ducha depois foi ver as filhas. Como queria ficar com as filhas dispensou Doroty, mandou que ela fosse fazer outras coisas relacionadas as meninas como por exemplo, arrumar o armário delas, pois ela própria queria brincar com as filhas. Então Kate brincou de bonecas com as meninas, depois foi assistir desenhos animados, depois foi brincar de bola. Quando o relógio marcou 19 horas, Richard ainda não tinha chegado. Kate ligou para ele e perguntou se ela já poderia dar o jantar das meninas ou poderia esperar por ele. Ele disse que ela poderia servir o jantar das meninas e coloca-las para dormir porque ele chegaria um pouco mais tarde pelo motivo que ele já tinha exposto.

A Sra. McGrath preparou o jantar e Kate serviu as meninas. Em seguida, ela própria deu banho nas filhas e as preparou para dormir. Contou histórias para as duas e ambas dormiram.

Kate estava na sala tomando um cálice de vinho tinto e assistindo a um filme, quando ouviu a porta se abrindo. Ela deixa o vinho na mesa de centro, levantou e foi recebê-lo. Quando ele entrou, ela percebeu que ele está cansado.

— Oi, meu amor. Que bom que você está acordada me esperado. - Ele a abraçou.

— Você já jantou, Rick?

— Não. Estou morrendo de fome. E você?

— Não jantei. Estava te esperando. Vou esquentar. Espere um minuto, ok?

— Será que dá para eu tomar um banho primeiro?

— Ok.

Então Richard tomou banho, eles jantaram e dormiram abraçadinhos.

O dia seguinte às 11 horas seria o grande dia. O dia do casamento de Kate e Richard.

 


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Notas finais do capítulo

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