Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 10
O outro lado da moeda!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, estou postando o outro cap hj pois o próximo só segunda ok?!
Espero que gostem, e se o nic ficou muito gay, me desculpa!



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Me olhei no espelho, olheiras fundas estavam assombrosamente visíveis, meu rosto parecia mais encovado, passei a mão no cabelo, tentando ficar mais apresentável. Ajeitei a gravata azul sob o terno, eu havia feito a barba aquela manhã numa tentativa vã de parecer mais sociável, o que eles esperavam de mim?

- majestade – a voz de Ramon se tornara irritante para mim nesses últimos tempos. – estão esperando.

- estou indo – caminhei em sua direção.

Eu teria uma reunião com meus conselheiros de guerra, havia um lunático que pensava que poderia tomar cidades inteiras sem ser pego, eu só não tornara tudo oficial, e ia com minhas tropas ate onde ele estava e trucidava aquele mini exercito de merda que ele tinha, por que não queria causar pânico, as pessoas precisavam pensar que estavam seguras, e também haviam os reféns, aqueles poucos que ele deixava viver para usá-los contra mim, para que eu não atacasse, ele queria chegar ate a cidadela, até agora estava dando certo, eram muitas pessoas para que eu massacrasse assim, sem piedade.

- majestade – eles se levantaram.

- senhores – cumprimentei me sentando – sentem-se.

Cada um foi para seu devido lugar, e dei inicio a reunião.

- onde ele esta? – perguntei

- bem senhor – meu general tomou a dianteira – pelos nossos informantes ele parece estar se escondendo no deserto, parece que ele descobriu nosso armamento de sobrevivência e o esta usando para seu próprio êxito.

- e a que distancia ele esta de nos?

Eles se entreolharam, o que me deixou irritado, pois sabia que não tinham cumprido minhas ordens.

-  5 semanas senhor – o assistente tomou a palavra, ele parecia apavorado – ele esta a pé, se recusa a usar mais tecnologia do que o necessário.

 Passei a mão na cabeça, por puro habito.

- 5 semanas, pedi que me informassem se ele chegasse tão perto, deveriam ter me dito isso bem antes senhores – falei irritado, era necessário tão pouco para me irritar e eles estavam conseguindo.

- estávamos esperando que as tropas das próprias cidades o parassem. – outro tomou a palavra – sinto muitíssimo...

- cala a boca, poupe-me de suas desculpas – ordenei – estou pensando.

Ele não iria parar até chegar aqui, mas eu não deixaria que ele chegasse tão longe, tão perto dela.

Quero tropas para se encontrar com ele no deserto em 4 semanas, quero todas preparadas.

- senhor 4 semanas é pouco tempo.

- então acho melhor se apressarem não? – me levantei – não quero esse homem perto daqui, seja La quem ele for.

- mais senhor...

- chega – girei o corpo em direção a eles –isso foi uma ordem senhores.

Idiotas. O que eles  pensam que podem fazer contra uma ordem direta minha?

Me dirigi ao escritório, agora teria que voltar a lidar com burocracias, papeladas, pedidos e referencias, isso era estressante, assim que abri a porta dei de cara com li sentada no meu sofá lendo um livro, tive vontade de revirar os olhos, mas essa mania irritante pertencia a Amanda, Amanda. Não eu não vou ficar pensando nela, ela deve ter pensado que sou um covarde, por isso me deixou, quando ela mais precisou de uma assistência eu disse que não sabia o que fazer, ridículo, aquela não era a posição de um homem, eu não deveria tela deixado partir, Amanda era a pessoa mais corajosa que eu conhecia, sempre burlando as regras, sem medo das conseqüências, sempre salvando os amigos. Quando Denise foi seqüestrada ela foi a primeira a se oferecer para ir buscá-la, sem medo, sem pudor, ela teria ido mesmo sem mim, corajosa, era uma das qualidades que eu amava nela.

- no que esta pensando ?– li me tirou dos meus devaneios.

Concentrei-me nos papeis a minha frente.

- nada de mais – respondi com desinteresse – estou decidindo as coisas desses papeis.

- que bom – senti ela se aproximar – achei que estava pensando nela.

- não é da sua conta li – respondi rudemente. – o que eu penso ou deixo de pensar sobre Amanda.

- vitorio meu querido – ela massageou meus ombros  - ela deixou você, simples assim, eu te disse para não confiar em uma adolescente, elas são muito caretas, mudam de opinião toda hora, e dizem eu te amo para qualquer um.

Não fale assim dela, tive uma vontade enorme de tirar suas mãos dos meus ombros e empurrá-la para longe.

- pare com isso – encolhi os ombros – estou trabalhando Elisabeth.

- não me chame assim – ela fez um biquinho – mesmo bravos eu sou só a li para você.

- senhor – Amber entrou – o senhor tem um chamado de emergência aqui, parece que a experiência dos cientistas acabou de nascer.

Li e eu pensamos a mesma coisa, cientistas. Amanda.

- ele não vai poder...

- estou a caminho – interrompi.

Ela me encarou brava, não dei o menor sinal de me importar, pois eu não me importava.

Peguei meu terno e me dirigi ao elevador, as postas já estavam quase se fechando quando li colocou a mão segurando a porta.

- vou com você – ela pegou no meu braço.

Meus assessores já estavam me esperando, quando as portas se abriram, pude ver seus sorrisos quando nos viram de braços dados, aquilo era irritante, mas ultimamente, tudo me irritava. Eles começaram a falar freneticamente sobre o animal que havia nascido, e eu senti um orgulho muito grande nascendo dentro de mim, ela conseguira. Essa noite, eu havia decidido falar com ela, pedir desculpas por minha reação tão covarde, meu orgulho sempre foi grande, mas a falta que eu sentia dela era esmagadora.

 Porem, ela não parecia sentir minha falta.

Senti uma vontade inimaginável de bater em alguém, não apenas bater como um murro ou uma tapa, mais bater até sair sangue, até quebrar os ossos, sentir a carne grudando sobre meu punho. Como ela podia fazer isso comigo? La estava ela, linda como sempre, sendo agarrada por aquele medico, as mãos dele, estavam na cintura dela, como ele podia fazer isso? Só eu podia tocá-la daquele jeito, ela era minha, fechei minha mão em punho, agora sim, eu realmente estava irritado. Subitamente, ela levantou o olhar para mim, minha pequena, tão linda, como eu queria dizer o quanto senti sua falta, acho que alguém falou comigo, não tive certeza, dei um passo em direção dela. Mas li segurou meu braço, cravando a unha na minha carne com força.

Olhei para ela.

- estão chamando você – li apontou para frente .

Voltei a realidade do laboratório. O que eu ia fazer? Correr em direção a ela e me declarar com um idiota?

Segui em frente, aquele homem, o que havia beijado minha garotinha sorria para mim como se não tivesse feito nada, ma idéia me chamar para mais perto, sorte a dele que um senhor se intrometei entre a gente, sorte a dele.

Ele me levou ate onde o filhote dormia tranquilamente, era um cervo, tão pequenino e já representava a esperança do nosso mundo, ele realmente bonito, e tinha varias manchinhas nas costas.

- de alguma forma ele escolheu Amanda como mãe – Dr.John se aproximou de mim.

Minha mão começou a formigar novamente.

Virei-me na direção dele.

- Em algum momento estaremos só você e eu – falei baixinho – e vou fazer você se arrepender por ter tocado nela.

- isso foi uma ameaça majestade? –ele e olhou atônico.

- não – sorri – foi uma promessa.

 Sai de La sem dizer uma única palavra, não era para eles que eu queria dizer algo. Vi ela saindo apressadamente do laboratório. Fui atrás dela, todos abrindo passagem para mim, ninguém ficaria na frente do rei. Pude ver de soslaio minhas sombras atrás de mim.

- Amanda – chamei.

Mas ela não parou.

- parece que ela não quer falar comigo – murmurei.

- eu te disse – li abraçou minhas costas – ela já estar com aquele medico, já esqueceu você.

- parece que sim – me recompus – bom para ela.

- mas eu não esqueci não é mesmo? – ela me beijou entre as costelas – passei minha vida inteira amando você.

Me virei encarando li.

- serio?

- e teria outra pessoa na minha vida? – senti suas mãos percorrem minha barriga.

Parece que não. Não dava para acreditar que ela me esperara esse tempo todo, aguardando.

- você é incrível li – comentei baixinho.

- venha – ela me puxou pela mão – vou te mostrar outras coisas em que eu sou incrível.

Olhei na direção em que Amanda havia partido, lembrando-me daquele beijo que vira a pouco.

Ela me esqueceu tão depressa.

Então deixei que li me levasse.


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Notas finais do capítulo

Comentem meu anjos!