Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 11
Formalidades


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas lindas, o dia esta tão lindo hoje que resolvi postar dois capítulos pois estou de bom humor, mas vocês sabem não é comentem os dois capítulos e não só o ultimo, por favor ta... sejam boazinhas! Espero que gostem!
ps: o povo aqui de casa escolheu o nome, então eu agradeço a cada uma que sugeriu um nome para o cervo, cada um lindo, mas a decisão não foi minha!
Ps2: espero que tenham gostado do nome.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412363/chapter/11

Como é que é? – perguntei baixinho para o homem meio louco a minha frente.

– isso mesmo – John sorriu acariciando meu pequeno cervo – cárites, é o nome das deusas gregas da felicidade e esperança, mas também pode ser um nome masculino, e o que melhor descreveria esse pequenino?

– cárites – passei os dedos entre suas orelhas, enquanto o amamentava - o nome pode ser meio brega, mas gosto do significado.

Meu pequeno cervo, agora nomeado estava vivo a dois dias e meio, eu modificara meu quarto por inteiro, para que ele coubesse de forma aconchegante aqui, agora eu tinha um berço, feito de folhas, vários tipos de coisas para ele explorar, varias mamadeiras e recipientes para fazer a comida dele quando fosse preciso. E nessa hora estava em cima da minha cama se achando o dono do meu quarto. Folgado.

Dois dias. Dois dias que eu havia fugido do meu rei. Agora ele era somente isso para mim, pelo menos era isso o que eu tentava me convencer toda noite.

– e ai como você esta ? – John tocou meu braço levemente – notei que foi embora cedo aquele dia.

– vou sobreviver John - menti – não se preocupe.

Ele me olhou alguns segundos, não estava acreditando, mas graças aos céus, seguiu em frente.

– quer que eu fique com ele durante seu trabalho?

–não quero me separar dele – fiz um bico.

– não me provoque desse jeito – ele passou o dedo indicador sobre meu lábio inferior - se não eu não respondo por mim.

– não estou provocando – corei- acho que vou trabalhar.

– Achei que tinha dito que não queria ir.

– pois é – peguei meu jaleco – acho que estou atrasada, cuida dele para mim?

– claro – ele tentou pegar cárites, mas ele correu para meus pés, meio cambaleante.

– mamãe volta – beijei a ponta do seu focinho.

– Amanda – John pegou cárites do meu colo – não se esqueça a apresentação formal que teremos ao conselho.

– não –quase implorei – não quero ver o conselho.

– sinto muito - John tentou pegar minha mão – você é a responsável.

– John – ai meu deus, eu não podia velo de novo, não tão de perto, mas era minha obrigação - estarei lá, eu prometo.

Droga, eu me metia em cada enrascada, essa cidadela era tão grande, e mesmo assim parecia que nicolae ainda me perseguia, quer dizer, parecia que ele estava em todos os lugares, e a culpa era minha, minha paranóia estava tomando conta da minha mente, todos eram nicolae, todos pareciam que se vestiam como ele ou usavam o mesmo perfume, mesmo eu sabendo que aquele cheiro era próprio dele e não de um vidro.

– você esta bem Amanda? – era minha mãe.

– não sei por que ainda me persegue - revirei os olhos - não sou mais da realeza.

– mas é minha filha – ela se aproximou.

– deu para dar uma de mãe agora – ironizei.

– você esta de mau humor – ela aumentou o passos – e eu mereço isso.

Era estranho, vê- la se importar comigo, era quase surreal.

Naquele dia, cuidei especialmente dos meus filhos, em cada incubadora, com a ajudar de Vincent regulei o programador de proteínas e fibras necessárias para a sobrevivência deles e era a primeira vez que ele me deixará fazer isso. Fique cuidando deles o dia inteiro, e eu amei, estava louca para eles nascerem e que pudessem ficarem livres, copularem e encherem esse planeta.

– você já falou com Denise? –perguntei como quem não quer nada.

– não tenho coragem – Vincent deu um sorriso de canto – sou um covarde afinal.

– vá falando devagar – sugeri – acho que você precisa de uma família.

Ele começou a rir de forma jocosa.

– eu preciso de uma família? Amanda, você não tem muito mais familiares do que eu.

– tuche.

– vai se alistar para a guerra? – ele mudou de assunto – sei que os sombras que exercem a profissão são obrigados, mas os que trabalham em outras áreas também podem ir.

Meu queixo caiu.

– guerra?

– sim – ele pareceu surpreso – todos já foram notificados, o rei quer todos prontos em menos de 4 semanas.

– tipo guerra mesmo?

– o que esperava – Vincent pareceu achar graça – uma guerra de travesseiro?

Guerra. Então era isso que ele não queria me contar. Por que ele deixou chegar tão longe antes de contar ao povo? Será que nicolae não confiava mais em mim?com certeza ele deveria ter contado a li, mas para mim ele falava que não estava preparado, o que ele pensou? Que eu não o apoiaria?

– como eu faço para me alistar?

– envie seu currículo para o conselho – ele deu de ombros – eles vão cuidar para que tudo de certo, afinal, eles te odeiam. Vão querer agarrar a oportunidade da sua morte.

Cruel, porem verdadeiro.

– Eu tenho que ir – caminhei para a porta.

Fui para meu quarto, John ainda estava La com meu cárites, ele estavam escovando seu pelo macio.

Comecei a procurar minha ficha, arrumando os documentos em uma pasta pequena, eu queria que tudo estivesse organizado e pronto para o conselho, sai do meu quarto sem dizer uma palavra, fui ate o senado e entreguei junto com os outros voluntários minha ficha, se o que Vincent dissera era verdade, connor e gabriella seriam obrigados a ir, e eu não os abandoaria nunca, isso era um fato.

Depois disso voltei para o quarto, me vestindo de forma discreta e elegante, eu odeio admitir, mais eu estava me arrumando para ele, assim que vi meu look no espelho, achei que estaria arrumada de mais, então nicolae perceberia que eu estava vestida para ele, então troquei de roupa, exatamente 15 vezes, antes de bater o martelo para um conjunto formal de terninho preto xadrez. Envolvi meu pequeno em um pano térmico, e o levei para o laboratório para um checape geral sobre sua saúde.

– esta muito bonita – John me olhou sorrindo enquanto media os batimentos cardíacos de cárites – eu gostei do visual formal.

– muito bonita? – me assustei - esta exagerada?

– não – ele ficou surpreso com minha reação – você é meio louca.

Ele pegou minha mão com força para eu não me desestruturar, o que foi ótimo para mim, peguei cárites no colo e fomos para a sala de reunião do rei, estávamos em 7 ao todo, comigo e com Miica que não contava, já que ela era minha assistente.

Ficamos esperando um tempo desnecessariamente longo, uma mulher morena veio nos buscar e nos acompanhou ate a sala de reuniões.

Eles já estavam La, nos esperando, vinte velhos e ele, sentado na cadeira principal, olhando para os papeis a sua frente ( papeis, modo de dizer, aqui, usamos como se fossem tablets, só que mais finos e transparentes) com bastante atenção .

Nos sentamos cada um em seu devido lugar, sem receber alguma atenção.

–bom dia senhores – John tomou a palavra – majestade.

Nicolae levantou o rosto, e foi má idéia o olhar nos olhos. Ele parecia tão lindo quanto antes, minha mente me enganara ao contestar a aparência dele em meus sonhos. Ele era melhor pessoalmente.

– como é claro, os senhores já sabem - me levantei com cárites nos braços – nosso projeto esta vivo e saudável.

– e estamos aqui apenas para uma apresentação formal e dizer que responderemos a qualquer pergunta – John continuou .

– o animal é saudável? – o velho que havia me insultado tomou a palavra.

Será que ele não ouvira o que eu acabei de dizer?

– sim - respondi irritada.

– desculpe-me senhorita – ele sorriu de modo cruel - perguntei ao medico.

Engoli meu ódio, ele me tratava como se eu fosse uma prostituta barata, esses homens eram desprezíveis, então para não perder meu controle, permaneci em silencio durante o resto da reunião, John teve que responder a tudo sozinho, o resto dos cientistas também ajudaram, mas não puderam contar comigo.

Quando a reunião finalmente acabou, respirei aliviada, queria sair logo daquela sala sufocante. Nós nos despedimos formalmente e esperamos o conselho sair, já estava me dirigindo a porta quando um aperto eletrizante segurou meu braço, não foi necessário olhar para ver quem era.

– posso falar com você? – nicolae murmurou – tenho uma pergunta a fazer.

– desculpe majestade, a reunião acabou, chega de perguntas por hoje – John veio para meu lado.

Achei que nicolae socaria ele ali mesmo, mas ele continuou me olhando, como se John não existisse.

– por favor.

Não consegui evitar, balancei a cabeça, concordando, seu rosto parecia quase desesperado, e eu não agüentaria velo assim.

Entreguei cárites para John e acompanhei nicolae ate a sala dele, fechando a porta atrás de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

mil e um beijos!