Meu Doce (In)Desejado escrita por Buzaid


Capítulo 21
Capítulo 20




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Assim que as fotos oficiais do leilão beneficente foram divulgadas o povo llyonense entrou em completo êxtase. Isso porque em muitas dessas fotos Carolina e Henry apareciam conversando ou se beijando de uma forma invejavelmente "apaixonada"... As fofocas e notícias envolvendo o casal voltaram então à borbulhar nas capas de revistas e jornais de todo o país. E na manhã seguinte quando Carolina fora flagrada usando a mesma pulseira que antes fora vista no pulso de Victória Caldwell, mais e mais notícias e fofocas começaram a girar em torno do casal. "O que Carolina Lamont ganhará depois da valiosa pulseira de safiras?" A revista Escândalo especulava em uma reportagem. "Henry Caldwell sabe mesmo como lidar com as mulheres" Outra revista de fofocas, chamada Foco, afirmava na legenda da foto em que Henry e Carolina se beijavam. " O valor real da pulseira de safiras que Carolina Lamont ganhou" era o título da matéria da Gazeta Llyonense, que dava enfoque no verdadeiro significado que dar uma jóia de família para alguém tinha. A matéria explicava que, principalmente dentro da realeza, quando uma jóia tão antiga e tão importante era dada à alguém de fora não era porque gostariam que a jóia saísse da família e sim que a pessoa que a ganhou entrasse...

– Não acredito nisso! - Luzia comentou sorrindo ao sentar-se no sofá. - A Gazeta Llyonense já está falando sobre casamento. - Disse enquanto folheava o jornal procurando pelo resto da matéria.

– Que exagero! Só porque Victória me deu essa pulseira... - A jovem afirmou ao rodar os olhos.

– Leia a matéria e você entenderá o que essa pulseira significa! - Luzia rebateu a filha sem desviar o olhar da Gazeta. A matéria era realmente muito interessante e sugestiva.

– Me recuso à ler isso. - Carolina cruzou os braços. - Mesmo porque já tenho uma idéia do conteúdo dessa matéria.

– Carol, qualquer matéria do país falará sobre o beijo que vocês dois deram... - Luzia fitou a filha, sentada ao seu lado.

– Eu sei, mas não entendo, acho que à essa altura não é mais tão exclusivo assim um beijo meu e de Henry... Todos já sabem que nós somos um "casal"! - A princesa disse com revolta, fazendo aspas com os dedos ao falar casal.

– Querida, acredite, que isso nunca irá mudar! - Luzia afirmou fazendo a filha apagar ainda mais o semblante já rígido. - Agora, essa pulseira que Victória lhe deu tem um enorme significado e você sabe disso! Não precisa ler a matéria, filha... Para os jornalistas e para o povo você se tornou oficialmente da família Caldwell!

– Ótimo! Assim eu poupo o trabalho de subir ao altar ao lado de Henry! - Ela bufou enquanto a mãe lhe repreendia com o olhar.

No mês que se seguiu Carolina e Henry sentiram-se ainda mais alvo dos jornalistas sensacionalistas e dos paparazzi. Os dois não conseguiam mais fazer nada sem serem seguidos e cobertos por uma enxurrada intensa e brilhante de flashes, fazendo com que o único lugar para se ter privacidade fosse dentro de suas residências.

Em uma bela noite estrelada do mês de outubro Phillip e Henry resolveram reviver os velhos tempos e jantar em um restaurante tailandês, que ficava em North Broomish, cidade onde o North Whintchersbarg era localizado.

– Isso é ridículo! - Henry reclamou ao olhar através da janela do Thai.

– Isso é anormal! - Phillip corrigiu-o também olhando através da janela. Do lado de fora havia uma pequena multidão de paparazzi e curiosos à espera do príncipe, muitos ainda gritavam seu nome enquanto tentavam capturar alguma pose ou cara que ele fazia de dentro do restaurante. - Mas mantenha a calma... - Phillip completou.

– Como farei isso, Phil? - Henry pousou as duas mãos fechadas sobre a mesa. - Ninguém me deixa em paz! Agora tudo o que eu faço sai nas capas da revistas e nesses programas inúteis de fofoca! - Explicou com revolta e desgosto.

– Eu sei, Henry! Acontece que para o povo esse seu namoro com Carolina é muito importante e, cara, eles adoram vocês dois! - Phillip sorriu na tentativa de animar o amigo, que até então só havia reclamado.

– Isso é mais do que adoração, meu caro, isso está se tornando uma obsessão compulsiva e ridícula! - Henry cruzou os braços.

– Henry, apenas por um instante tente esquecer isso, ehein? - Phillip sugeriu.

– Você está certo! - Henry concordou. - Que tal sairmos daqui? Podemos ir para alguma boate...

– Não posso! Vou me encontrar com Ivy saindo daqui. - Phillip falou para a surpresa do príncipe à sua frente.

– Eu achei que aquilo tinha sido um lance de apenas uma noite. - Henry comentou parecendo casual. Mas na verdade sentia inveja do amigo por estar saindo com a única mulher do país que ainda podia satisfazer seus desejos sexuais.

– Pensei o mesmo, eu confesso. - Phillip afirmou. - Porém na noite seguinte do leilão, Ivy me ligou e desde então estamos saindo todas as noites. - Sorriu com uma malicia sugestiva.

– Mas o leilão já foi há uma semana. - Henry exclamou perplexo.

– Exatamente! - Phillip continuava sorrindo.

– Que sorte... - Henry exclamou fingindo uma certa indiferença.

Alguns dias depois no palácio de South Whintchersbarg Albert insistia para que Carolina e Henry fossem vistos em público novamente, "nem que seja tomando um sorvetinho..." o rei argumentava em vão. Tanto Carolina quanto Henry se opunham à ele veemente. "Os paparazzi viram meu carro aqui, Albert, sabem que estou com Carolina" o príncipe declarou como se dando um ultimato ao rei. E por incrível que parecesse Luzia e Victória concordavam que seria loucura deixar que seus filhos deixassem o palácio... Com aquela quantidade de pessoas em cima deles era quase impossível que os dois conseguissem apenas "tomar um sorvetinho".

Conforme o tempo foi passando Albert finalmente aceitou que seria melhor deixar que as coisas, fora dos muros dos palácios, cessassem. Desta forma na próxima vez que Henry e Carolina saíssem os dois poderiam ter pelo menos um pouco de paz. Contudo não foi o que aconteceu...

– Eu jurava que as coisas iam ser diferentes! - Henry afirmou ao entrar em sua limusine. Carolina sentou-se à sua frente.

– Eu também! - Ela admitiu. - Mas estão todos loucos, não é possível... - Eles estavam mais do que inconformados.

Há uma hora mais ou menos os dois haviam entrado em uma loja da Starbucks apenas para um café rápido, mas não demorou muito para que fãs alucinadas do casal invadissem o estabelecimento pedindo por autógrafos e fotos. "Seria um prazer..." Carolina forçava um sorriso simpático quando alguém se aproximava já com uma câmera ou um bloquinho em mãos. Henry por sua vez não escondia o desconforto que sentia com todas aquelas mulheres querendo tocar em seus cabelos sedosos e brilhantes. Até quando alguma delas gritava algo indecente o príncipe parecia desgostar, afinal a maioria das pessoas ali eram adolescentes de 15 anos que o faziam se sentir um membro da banda One Direction...

Todo o caos apenas foi abafado quando Henry chamou alguns seguranças, que até então estavam ocupados tentando controlar os paparazzi ao lado de fora. Carolina sentiu-se mal ao ver todas as fãs decepcionadas por não poder mais tirar fotos ou pedir autógrafos, mas por outro lado ela parecia aliviada por finalmente poder tomar um golinho de seu café. "Era melhor ter pedido um Frapucciono!" Ela zombou ao notar que seu café Late havia esfriado totalmente.

– Quer saber de uma coisa? - Henry questionou irritado ao recostar seu corpo no banco estofado da limusine. - A culpa tudo isso é sua e de minha mãe!- Carolina arregalou seus olhos azuis surpresa e incomodada com a afirmação do rapaz. Ele havia acabado de quebrar a trégua que tinham dado na noite do leilão...

– Porque? - Ela cruzou os braços enquanto o fuzilava.

– Você ainda pergunta? - Henry indagou com sarcasmo. - Se não fosse essa pulseira ai as coisas estariam bem mais fáceis! Tenho certeza. - Carolina fitou o seu pulso, mas o casaco de lã, da Burberry, que vestia impedia que ela pudesse enxergar a pulseira de safiras que Victória havia lhe dado.

– Henry, você não está botando a culpa nesse presente inofensivo que sua mãe me deu, não é mesmo? - Carolina inclinou-se para frente enquanto articulava os braços pelo ar. - Todo esse caos é por que pensam que estamos namorando e não porque estou usando uma pulseira que antes fora de sua mãe!

– Pelo amor de Deus, Carolina! - Henry revirou os olhos e riu debochado, tentando fazer com que a princesa se sentisse inocente ou burra. - Desde que começamos com essa farsa nunca houve tanta gente nos seguindo dessa forma... Mas agora que minha mãe fez a burrada de lhe dar essa pulseira estão todos nos rondando feito cães de guarda!

– Se pensa que a culpa é da pulseira então é melhor não me dar uma aliança, vão nos matar sufocados! - Fora a vez da princesa debochar.

– E porque eu te daria uma aliança? - Henry questionou.

– Não sei se você prestou atenção no que nossos pais falaram nesses últimos meses, querido, mas nós vamos nos casar... - Carolina ironizou irritada. Ela sentia seu rosto pegar fogo.

– Não vou te dar uma aliança nem fudendo! - Henry cruzou os braços feito uma criança marrenta.

– Ah não?! E como pretende fingir um noivado sem uma aliança? - A princesa perguntou. - Porque se você estiver tendo dúvidas sobre nosso relacionamento arranjado é melhor que diga agora, Henry! Não quero perder tempo com alguém que não está disposto à se sacrificar pelo nosso país...

– Nossa, Carolina, você é muito exagerada! - Henry soltou uma gargalhada. - Eu apenas disse que não vou te dar uma aliança, porque Victória provavelmente escolherá a peça e tudo mais... Não precisa ficar nervosa desse jeito e nem falar essas besteiras!

– Acontece, Henry, que eu nunca sei o que passa nessa sua cabeça... - Ela afirmou levemente envergonhada.

– Ninguém sabe... Esse é meu charme. - Gabou-se. Carolina apenas respirou fundo e desligou sua atenção do príncipe, ao voltar seu olhar para a paisagem que corria através janela.

Conforme o mês foi passando as coisas melhoraram um pouco, para a felicidade dos Caldwell e dos Lamont. Sair para passear na rua ainda era extremamente complicado mas sentar em um restaurante para desfrutar de uma refeição deliciosa já era algo possível de se fazer. Mesmo assim Henry e Carolina preferiam o conforto de suas residências onde ninguém ficava os observando, tirando fotos ou pedindo autógrafos.

– Eventualmente vocês terão que sair! - Albert declarou nervoso.

– Nós sabemos, papai! - Carolina afirmou com desanimo.

– Então, porque não saem hoje? - Albert indagou com animação.

– Porque não! - Carolina recusou-se. - Papai, quando Henry e eu saímos nós apenas nos desentendemos, e os paparazzi e os fãs ficam tão em cima de nós que não ajudam em nada... Na verdade, ficamos ainda mais irritados. - Ela explicou.

– Mas vocês sempre tiveram paparazzis e fãs atrás de vocês, filha! - Albert argumentou.

– Só que agora temos o quíntuplo... - Carolina respondeu. - Às vezes eu gostaria de morar em um lugar onde as pessoas não soubessem quem eu sou. - A jovem desabafou causando um estalo em Albert.

– Tive uma idéia! - O rei estralou os dedos ao se levantar da poltrona aveludada que estava sentando.

– O que? - A jovem questionou preocupada. Odiava essas idéias malucas e repentinas que seu pai tinha.

– Vou mandar você e Henry para um lugar onde as pessoas não saibam quem vocês são... Quer dizer, que as pessoas não liguem para quem vocês são! - Albert juntou as mãos frente ao corpo enquanto sorria alegre imaginando sua idéia posta em prática.

– Papai! No que está pensando? - Franziu o cenho nervosa.

– Você verá... Agora tenho que fazer uma ligação! - Ele vibrou ao jogar suas mãos para o ar e depois abaixá-las.

– Para quem?

– Para Vitória! - Albert já se afastava da filha em busca de um telefone.

– Jesus, me proteja desse louco... - Carolina cochichou enquanto tentava descobrir a próxima maluquice na qual seu pai a estava colocando...


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