The Fallen Fall escrita por Beasky


Capítulo 8
Dark In My Imagination


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo gente. Desculpem a demora, pois essa semana foi corrida, mas aqui está. E agora a fic tem o seu primeiro book trailer: http://www.youtube.com/watch?v=uXLZt2lO5YY Deixem reviews para eu saber o que estão achando da história, e o que acharam do book trailer ♥



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–Melanie?

A voz doce, mas pouco rouca, quebrou o silêncio de meu quarto. Eu conhecia aquela voz. Beka. O medo passou, mas a angústia não. A voz de Beka nunca ficará rouca, por que estaria agora? Eu não queria me virar, e me deparar com uma Beka toda arrebentada, ou pior, mas virei. A fitei por alguns segundos. Ela usava roupas brancas, mas todas sujas de barro, e algumas manchas avermelhadas. Seu rosto estava com alguns arranhões, e seu cabelo estava embaraçado e cheio de folhas grudadas. Ela cambaleava e se preparou para cair no chão.

Meus olhos se encheram de lágrimas, ao vê-la assim. Corri em sua direção, chegando a tempo de segurá-la em meus braços, evitando que sua queda fosse pior.

– Beka, está me ouvindo? Beka?

Ela não respondeu. Apenas estava ali, caída em cima de mim, com os olhos abertos, sem piscar. Beka estava em choque, tive certeza disso. Tentei arrastá-la para minha cama, com sucesso. Assim que à deitei, disparei em direção ao telefone, ligando para a policia, e chamando uma ambulância junto.

Alguns minutos depois de eu ter ligado, a ambulância chegou. O sr. McClain veio correndo, quando viu as luzes vermelha e azul do carro da policia, que chegou logo depois. Eu contei o que havia acontecido para um policial alto e moreno, que me era familiar.

–Ela vai ficar bem? Por favor, me diz que vai.- o sr. McClain perguntava desesperadamente para alguns médicos que colocavam Beka na ambulância . -Melanie?- ele me chamou, corri devagar em sua direção.- Eu estou indo junto para o hospital. Se Susana chegar, você avisa para ela o que aconteceu?

–Claro, ligue para mim, assim que souber de algo, ok?

–Claro querida, eu vou ligar, vai ficar bem ai sozinha?- não, eu não ia ficar bem. Mas apenas dei um sorriso inocente e disse que sim, então o sr. McClain entrou na ambulância, e foi para o hospital com a filha.

Assim que entrei em casa, corri para fechá-la, por precaução. Coloquei uma música alta, para me distrair. Chequei meu email, facebook e twitter. Arrumei algumas coisas no meu quarto, e em meu closet. Eu estava tão distraída que não vi as horas passarem. Era 00:15 quando alguém bateu na porta. Meus pais não eram, pois só voltariam daqui uma semana. Também não seria a sra. McClain, pois, eu não ouvi o barulho de seu carro, chegando em casa. Era outra pessoa. Sai do meu quarto, caminhei pelo corredor, e comecei a descer as escadas de dois em dois degraus, mas sem fazer nenhum barulho. Aproximei-me da porta, e observei pelo olho mágico, não havia ninguém.

–Pelo amor de Deus Melanie, você só pode estar ficando louca.- disse a mim mesma, me encostando na porta. Porém, levei um susto. Mais uma batida, dessa vez não demorei para abrir a porta. Destranquei e à escancarei, e sim, fiquei um ''pouco'' surpresa com essa visita.

–Robbie?- seus lábios de contorceram em um sorriso, assim que me ouviu falar seu nome. - O que faz aqui?

–Soube o que aconteceu com a Beka, então, vim ver como você está.- suas mãos estavam dentro dos bolsos de sua jaqueta de couro, e ele se encolhia um pouco, por que aquela noite estava bem fria.

–Estou bem, obrigada.

–Posso entrar? Está muito frio aqui.- ele deu um sorriso inocente.

–Não. Você já tem outras duas casas para se esquentar. A sua e a de Eva, que no caso, ficaria muito brava se soubesse que você veio aqui.- sorri ironicamente para ele. Claro que não deixaria ele entrar, por que primeiro, já havia passado da 00:00 e segundo, ele seria a última pessoa à quem eu deixaria entrar em minha casa.

–Qual é amor? Não vou fazer nada, juro.

–Nã.... amor? Não me chame assim.

–Você ama que te chamem assim- seu sorriso cresceu, fazendo ele ficar mais atraente do que já é.

–Não, eu odeio.

–Não, você ama.

Franzi o cenho, e cruzei meus braços, e fiquei apenas o encarando. Quem ele pensa que é para me chamar de amor?

–Olha. Eu trouxe calda de chocolate e marshmallows, podemos fazer chocolate quente e conversar. Se você quiser.

–Ah, eu não sei, já é tarde, e..

–Só vamos conversar, nada mais.

Pensei por alguns segundos, e vi que não tinha mais escolhas, eu queria que ele entrasse. Mesmo sendo tarde. Eu não queria ficar sozinha essa noite, e Robbie era o único ali, que não iria deixar.

–Tudo bem, entra.- falei, me virando e indo para a cozinha, mas parei e o encarei.

–Ok, só vou pegar a calda e o marshmallow no carro.

Ele correu até seu porsche panamera preto, e retirou uma pequena sacola de lá, e logo voltou, entrando e fechando a porta da frente.

–Faz assim. Acende a lareira ali, que eu faço os chocolates quentes, aqui ta mais frio que lá fora.- falei, pegando a sacola das mãos de Robbie, ele sorriu, e se dirigiu até a lareira que ficava no centro da sala.

Fiz os chocolates em 6 minutos, assim que voltei para sala com duas xícaras na mão, vi Robbie agachado em frente a lareira, ajustando a lenha com o cutucador. A luz do fogo batia em seu rosto, deixando seus contrastes mais claros, lindos. Seus olhos verdes se tornaram em um laranja vivo. Me senti quente, envergonhada por estar dando foras em um menino tão lindo. Ele colocou o cutucador de lado e se levantou.

–Agora a casa ficará mais quente.- Robbie falou, se aproximando de mim. Estendi uma caneca de chocolate com marshmallows, ele à agarrou, levando até sua boca e dando um pequeno gole.- O chocolate ficou bom.

–Obrigada- respondi. Passei por ele e me sentei no sofá, e apenas fiquei observando o fogo. Senti Robbie sentar do meu lado, e me observar intencionalmente, com desejo.

–Por que você me odeia?- ele perguntou, com aflição na voz, com medo da resposta.- Eu fiz algo para você me odiar?

–Eu não odeio você- respondi com a voz calma e o encarando. Seus olhos mudaram para um verde inteiramente escuro, e pareciam felizes com a minha resposta. Tomei um gole de meu chocolate e voltei a encarar o fogo.

–Então por que me trata assim? Com ignorância.

–Sinto muito. Eu apenas não me sinto... confortável.

–Confortável com minha presença ou...?

–Não.- balancei a cabeça em negatividade e ri.- É outra coisa.

–Posso saber?

–Você me lembra alguém- encarei-o novamente, com a expressão séria.- Alguém que foi muito importante pra mim.

–Algum ex-namorado?- agora havia um tom zombeteiro em sua voz.

–Não. Você me lembra o meu irmão. Não fisicamente, mas, o seu jeito, é igual à ele.- senti a melancolia chegar, junto com as lembranças.

–O que aconteceu com ele?- Robbie não me encarava mais.

–Morreu em um acidente de carro.

–Sinto muito.- ele sussurrou. E eu, não estava mais aguentando guardar aquilo que sentia, apenas pra mim.

– Eu te trato assim, não é por que te odeio, e sim, por que.... eu gosto de você- essas minhas últimas palavras quase falharam.- Mesmo te conhecendo tão pouco, eu tenho medo de que você desapareça também. Tenho medo de ficar sozinha novamente.

Agora ambos nos encaramos. Os olhos de Robbie brilhavam, e um lindo sorriso apareceu em seu rosto. Ele levantou suas mãos até meu rosto, e foi ali que elas ficaram.

–Você nunca vai ficar sozinha Melanie. Eu não sou seu irmão. Eu nunca vou te deixar sozinha, mas isso depende apenas de você.

–De mim?

–Como eu disse hoje de manhã, eu escolheria você, se você me escolhesse também. Eu gosto de você Mel, e eu estou apenas espero a sua resposta.

–Não é tão fácil assim. Nunca foi, desde que nos conhecemos. Você está com Eva e....

–Eu sei, mas podemos tornar isso fácil. Eu nunca conheci uma garota assim, como você. E Eva, não é a garota que eu procuro.

–Assim?

Ele riu.- Assim, linda, doce, ''esquentadinha''...- eu ri junto, nossos rostos estavam pouco próximos. As mãos de Robbie continuavam em meu rosto. - Então, o que você me diz, quer tornar tudo isso mais fácil, e ficar comigo?

Não fiquei muito surpresa com o que Robbie disse. Lembrei das sensações de perigo, insegurança que ele me trouxe quando nos conhecemos. Mas agora, não importava, eu me sentia segura, e feliz em seu lado, eu queria tornar tudo aquilo mais fácil.

–Eu......- meus olhos iam para seus olhos e depois para sua boca, essa última palavra estava na ponta da língua.- quero.

Robbie só tirou a xícara que continuava em minha mão, e à colocou em cima da mesinha. Então ele se voltou para mim e me beijou. Foi um beijo calmo, mas violento. Um beijo quente e apaixonante. Eu apenas retribui. Eu me sentia feliz. Sentia que Robbie não era o diabo que eu pensei que fosse. Apenas havia me deixado levar pela escuridão da minha imaginação, e a solidão de meu coração. Mas agora, eu não me sentia mais sozinha. Me sentia completa. Talvez esse tempo todo, desde a morte de Josh, eu estava apenas esperando ele chegar. Eu tinha o meu anjo agora.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam desse capítulo? Fofo né? Primeiro book trailer: http://www.youtube.com/watch?v=uXLZt2lO5YY



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