The Fallen Fall escrita por Beasky


Capítulo 7
Three Headed Woman


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, e o livro Darke Academy, eu estou lendo agora. E irei fazer um prólogo :3



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A escuridão tomava conta de meu quarto. Os galhos do grande carvalho do quintal, arranhavam minha janela. O vento estava forte, e era sinal de chuva. Era exatamente 4:15 da manhã, e eu não havia pregado o olho ainda. O medo tomava conta de mim. Meus pais haviam me ligado mais cedo, avisando que tinham chegado bem em Boston. Beka me mandou uma mensagem, perguntando aonde eu estava, não respondi. A tristeza vinha junto com as saudades de ter um irmão. E eu queria me desabar em lágrimas, mas não conseguia. O sono estava vindo aos poucos, mas depois do que havia acontecido... a mensagem. A observação. A porta se fechando sozinha. Era difícil dormir. Tudo ficava zanzando em minha cabeça.

Acordei com a porcaria do despertador tocando, eram 7:30, e para a infelicidade de todos, hoje teria aula. Resolvi não me arrumar tão bem assim, porém, eu teria que disfarçar minhas olheiras horríveis. Vesti uma calça jeans, uma regata, e um casacão cinza escuro, e meu coturno preto. Passei uma maquiagem bem fraca, para disfarçar a noite mal dormida, e arrumei o meu cabelo, que estava um pouco liso.

Decidi tomar café no caminho, mesmo estando um pouco atrasada, mas valia a pena perder a primeira aula mais chata do mundo.... física. Parei minha picape na frente do Crazy for Coffee. Uma cafeteria estilo retrô, que ficava a caminho do colégio. Pedi um café com creme, e um pedaço de torta alemã, e peguei o livro que ficava na bolsa para ler. Enquanto eu esperava meu pedido chegar, me deparei com a cena mais desagradável, e parecia que alguém teve a mesma ideia que eu. Eva Brenner, a garota mais patricinha, irritante, e vaca que eu já conhecerá, entrava na cafeteria. Somos inimigas desde que me mudei para Delahils. O pior não foi ver ela, e sim, Robbie estava ao seu lado. De mãos dadas, e ambos sorrindo.

–Mas que merd...- segurei o palavrão para mim mesma, e tentei me esconder, para que nenhum dos dois me vissem. Eva é o sonho americano de qualquer garota... alta, magrela, ruiva... e que fica com qualquer um, e não se importa que se fotos obscenas suas caem na internet. Apenas fiquei com a cara enfiada no meu livro, e esperava que eles fossem sentar bem longe de mim.

Porém. Senti a presença de dois corpos sentarem na minha frente. Olhei discretamente por cima do livro, e vi que Eva e Robbie me encaravam.

–Se não perceberam, essa mesa está ocupada- falei num tom grosseiro, e sem desviar o olhar do parágrafo que eu estava lendo.

–Grossa como sempre. Bom, se não percebeu, não há nenhuma outra mesa vaga, e também, sei que você não se importa.- Eva falou. Com sua voz extremamente irritante e fina, voz de garota da vida.

–E por que não vão para outro lugar? E quem disse que não me importo?- eu a encarei fixamente- Só de ficar perto dos dois, já me da vontade de vomitar.- fiz cara de nojo.

Os dois começaram a rir. - Não vamos sair, e se quiser vomitar, sinta-se a vontade.- Robbie resmungou. Seu cabelo estava arrepiado, e ele usava uma jaqueta de couro. Não respondi, apenas voltei a ler meu livro, e esperar meu café, que estava demorando muito.

–Uau, Vidas Secretas- Darke Academy? Nunca li.- Eva falou, empinando o nariz, e jogando o cabelo para trás.

–Seria, por que você é burra o bastante, e não sabe ler?- ataquei. Senti a presença de um terceiro corpo se aproximando. Era a garçonete trazendo meu pedido. Aleluia.

– O que você pediu?- Robbie indagou.

– É café com creme e torta alemã, senhor.- a garçonete de cabelos dourados respondeu em meu lugar, com uma voz pouco rouca e doce.

–Traga dois, desse negocio ai.- a voz de Eva saiu engraçada e vingativa. A garçonete anotou em sua caderneta, e se dirigiu à cozinha.

– Além de sentarem na mesma mesa que eu, pedem o mesmo pedido?- olhei horrorizada com a situação, realmente, esses dois estavam me provocando.

– Agora é proibido? Por favor Melanie, pare de ser tão estúpida.

Senti meu sangue ferver, e a raiva tomou conta de mim, eu queria dar na cara dela. Quem ela pensa que é? Minha amiga? - Por quê você não vai fazer compras com os clones?- ... os clones, ''Wanessa e Ashley Hulston'', são irmãs gemêas, e amigas de Eva. São tão estúpidas que parecem Débi e Lóide na versão feminina.

– Elas estão na casa dos avós, querida.

–Bem a cara delas perder aula- me encostei na poltrona de couro vermelho, e cruzei os braços. Robbie e Eva começaram a rir, e muito.

–Hoje não tem aula bobinha- Robbie falou, ainda rindo.

–Como assim não tem?

– Sexta-feira 13 esqueceu? O colégio cancela as aulas por algum motivo que eu não sei. -Não sabia se me sentia mal por não lembrar, ou feliz por não ter aula.- Vou ao banheiro.- Eva se levantou, deu um beijo em Robbie, e se dirigiu sozinha até o banheiro. Voltei para meu livro, para tentar evitar qualquer conversa entre nós. Senti sua mão deslizar sobre a minha, que estava pousada em cima da mesa. Eu a tirei, sem desviar meu olhar do livro.

–Ei, Mel? Olhe para mim, por favor.

– O que foi?- falei, fechando e jogando bruscamente o meu livro em cima da mesa.- Me beija e depois chega assi...

–Assim?

–Assim, do nada, com a guria que eu mais odeio e....

–Está com ciúmes?- ele sorriu. Senti meu rosto esquentar, com certeza, eu estaria vermelha de vergonha. Ciúmes? Cada coisa que a gente houve.

– Não estou, por quê estaria?

– Por que, você gosta de mim, e odeia me ver junto com Eva.- ele sorriu ainda mais, feliz com a situação.

–Mentira, não gosto de você, e pode ficar com Eva, vocês dois combinam.

–Olha o ciúmes- ele riu mais ainda- Você sabe, que tudo isso pode mudar, não sabe?

– Tudo o que?

– Eva é bonitinha, mas você é mais. Então se eu tivesse a opção de escolher entre vocês duas, escolheria você.- Robbie de aconchegou mais em sua poltrona, me olhando fixamente.

– Mas isso nunca vai acontecer, nunca ficará comigo- falei com firmeza, para ele ver que eu falava sério.

– Não tenha tanta certeza disso. Você provou isso ontem, quando não resistiu ao meu beijo.

–Vai ficar jogando isso na cara agora? Foi um erro, não deveria ter acontecido.- olhei pela janela, e fiquei observando a rua movimentada. Pessoas correndo por causa do trabalho, essas coisas.

– Não vou. Mas eu sei o que você sente, e isso não vai mudar.

– Se você acha. Eva deve ter morrido no banheiro.

E foi falar na bruxa, ela chega. Eva saiu do banheiro e se sentou novamente ao lado de Robbie.

–Desculpe, retocar a maquiagem demora.

– Com certeza- falei na ironia.

A cafeteria não estava mais tão cheia. Eva ficava dando 'beijinhos'' em Robbie. Que nojo. Ela era falsa, mulher de três cabeças é assim. Ela tinha três faces, em vez de duas, nojenta. Eram 9:30, eu estava quase duas horas na cafeteria. Não tinha planos para de tarde, precisava falar com Beka. Terminei meu café e resolvi ir embora.

Me levantei, e comecei a recolher minhas coisas que estavam sobre a mesa.

–Aonde vai?- Robbie indagou, com um pouco de aflição na voz.

– Embora.- me dirigi ao caixa, paguei meu café, e fui embora, para casa.

Quando estacionei minha picape na garagem de casa, vi que a Range Rover de Beka estava em sua garagem, corri para lá, precisava de conselhos. Subi os degraus da pequena escada da entrada, e toquei a campainha. Ouvi passos se aproximarem, até que a porta se abriu. O sr McClain abriu um largo sorriso quando me viu.

– Oi sr McClain, Beka está?

– Está no quarto, pode ir lá.

Entrei na casa fabulosa de Beka, seus pais eram ricos, e adoravam tudo moderno. Subi a escadaria até chegar ao segundo andar, e segui até a terceira porta do lado esquerdo do corredor. Bati na porta, chamando por Beka. Sem resposta. Entrei em seu quarto, não havia ninguém lá. O quarto lilás estava inteiramente vazio.

Voltei para a sala, o sr McClain estava sentado na poltrona da sala lendo seu jornal. - Tchau sr McClain.- sai correndo, não esperei por resposta. Apenas atravessei um pequeno muro, que dividia a minha casa e a casa de Beka. Peguei meu telefone. Esquisito ela não estar no quarto, sendo que seu pai disse que estava. Disquei o número de Beka, esperando ouvir a sua voz do outro lado da linha. Mas ao invés disso, ouvi o toque de seu celular, estava dentro da minha casa. Segui o toque, até chegar em meu quarto. O celular de Beka estava perto da janela, caído no chão. Como que foi parar ali? Desliguei a chamada.

–Beka, aonde você está? - falei comigo mesma. Eu estava aflita, o medo tomou conta de mim novamente. Meu celular tocou, não só o meu, mas o de Beka também, eram mensagens. Abri as duas ao mesmo tempo.

''Sua amiga foi a primeira, você é a próxima''.


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