Cap. 10 Outros?!

Edward

    O Avião pousou no aeroporto do Rio e ainda era de dia, tive que ficar enrolando no terminal até escurecer, aqui eu só poderia sair à noite. Já fazia uma semana que não caçava e a sede estava afetando meus pensamentos. Fiz o chek in num hotel qualquer e fui caçar. Por sorte, o Brasil tinha muitas florestas, não precisei ir muito longe da cidade pra me alimentar, não tinha leões, mas tinham onças pintadas e o sabor era bom também.

    Quando voltei para o hotel já estava amanhecendo, vi que teria um dia de sol e eu não poderia fazer nada a não ser esperar no quarto até a hora do crepúsculo pra poder sair livremente, como em Las Vegas, eu fiquei na cama meditando e me lembrando de quando meus dias eram felizes.

    A dor era sempre enorme, meu peito parecia oco, meus olhos estavam fechados e me deixei levar, como há dias eu não deixava.

    A imagem dela dançava nos meus pensamentos, ela sempre sorria pra mim. Sua doce voz dizia que me amava e que tudo foi mentira, pedia para que eu a perdoasse. Não pude evitar um pequeno sorriso nos lábios, porque se um dia Bella me aceitasse novamente, eu voltaria a ser feliz. Não haveria nada a ser perdoado, só o fato de ela me aceitar novamente já me deixaria feliz como antes.

    A idéia era poderosa e curativa. Era impossível não brincar com meus pensamentos nesses momentos de solidão, em que eu ficava realmente sozinho e sem nada pra fazer. O dia se passou comigo assim.

    A noite veio como uma benção, isso me obrigava a focar no que era certo novamente “deixar o mundo seguro para Bella”.

    Fui pela cidade, eu nunca tinha vindo pra cá por motivos óbvios, ficar trancado durante o dia não é nada agradável. Comecei a tentar pegar nos pensamentos das pessoas algo que me ajudasse, quem sabe algum cheiro. Andei por vários bairros, dessa vez eu não obtive nada.

    Foram horas assim e nada. Tive que desistir. Voltei para o hotel porque o sol iria sair em 30 minutos e não seria bom brilhar na luz do dia como e eu fosse um diamante gigante.     Foi assim pensando nas conseqüências de me deixar ser visto brilhando na luz do sol que a idéia se aprofundou nos meus pensamentos.

    Ela não viveria pra sempre, ela iria embora um dia e a dor no meu peito só aumentaria, eu sabia disso. Não haveria alívio na minha dor, isso deveria ter um esquecimento. E foi assim, fazendo planos de suicídio, que eu passei a segunda noite no Rio.

    Foram preciso mais alguns dias sem rumo e sem pistas, mas nessa noite em particular eu realmente peguei algo novo, algo diferente. Um cheiro nosso no ar e comecei a seguir esse cheiro, tinha um vampiro ali e ele tinha deixado um rastro fresco. Segui esse rastro que ficava mais forte a cada minuto, estava perto do cais da cidade. Então eu o vi, estava com uma capa preta que cobria o rosto e foi no silêncio da noite que percebi. Assim como com Bella, eu não podia ler seus pensamentos. Eu nunca não pude ler pensamentos de um dos nossos, mas ele era um vampiro, isso eu sabia.

    O segui devagar agora, ele seguia pelas ruelas rapidamente e sem fazer barulho, não tinha notado que estava sendo seguido.

    Depois de uns minutos assim ele virou num beco, vi que era sem saída e, do nada, virou-se pra mim. A capa era com capuz e ele tirou, eu arregalei os olhos, pois não era ele, era ela.

_ Quem é você? – ela tinha uma hostilidade na voz. Seus olhos eram vermelhos. Ela falou em português.

_ Estou procurando uma de nós que veio pra cá recentemente. – disse meu objetivo ao invés de meu nome.

_ Não foi isso que ela perguntou. – outra voz feminina disse atrás de mim. Virei meu rosto e tinham duas outras atrás. Eu estava cercado, mas, por incrível que pareça, eu não tive medo.

_ Quem é você? – a primeira perguntou novamente.

_ Edward Cullen.

_ Venha conosco Edward. – a que estava atrás de mim mandou, eram três contra um, eu resolvi ir. Afinal, o que poderia acontecer? Se elas me matassem, de certa maneira estariam fazendo um favor pra mim.

    O beco não era sem saída, tinha uma porta que foi aberta de maneira tão extraordinária que eu fiquei de olhos arregalados. Eu só tinha visto humanos usando isso e eles eram bruxos. Ela usou uma varinha pra abrir, vampiros bruxos! 

    Não humanos comuns, bruxos como a Bella... Existiam vampiros bruxos? Provavelmente sim, já que ela usou uma varinha pra abrir a porta.

    Era só um pequeno cômodo que parecia um armário de limpeza. Mas logo vi que estava enganado, começamos a descer numa escada em espiral que se materializou na nossa frente. A que eu estava seguindo antes começou a descer e eu a segui. As outras duas vinham atrás de mim. Uma curiosidade veio na hora, como esses anos todos eu só cruzei com uma pessoa que eu não lia mentes? Já que Bella foi a primeira e depois dela eu descobri haver mais pessoas pra mim assim. Lembro-me dela me dizer que os bruxos preferem o mundo deles, ficando afastado do mundo normal e já vi do que bruxos eram capazes, escondendo castelos e estádios inteiros na frente da nossa cara. Talvez essas aqui fossem iguais!

    A escada não parecia ter fim, elas desciam lentamente, na velocidade humana. Depois de uns minutos chegamos ao piso que parecia subterrâneo. A que estava atrás de mim me empurrou no sentido que eu deveria seguir, andamos mais um pouco e entramos numa câmara. Parecia desses calabouços antigos e medievais. Ali havia mais três, dois homens e uma mulher.

_ Vivian, o que significa isso? – o que estava mais perto perguntou.

_ Calma Pedro, ele estava seguindo Ingrid. – a que estava atrás de mim falou, a morena. Tinha também uma loira e uma ruiva, Ingrid era a loira, já que era ela quem eu seguia.

_ O que você queria com Ingrid? – o maior perguntou se aproximando de mim.

_ Achei que ela poderia saber de uma pessoa que estou procurando, já que somos da mesma espécie. – quando terminei, eles todos caíram na gargalhada.

_ Essa é boa... Mesma espécie. – o outro, Pedro, disse se dobrando de rir. Eu bufei. Depois que eles pararam de rir ele continuou:

_ Quem é essa pessoa que você procura e por quê? – Eu não iria falar pra eles toda a história, porque eles e Victoria poderiam estar juntos, eu não conhecia ninguém ali.

_ Sinto muito, mas o assunto é particular. Se não puderem me ajudar, eu ficaria feliz de seguir meu caminho. – tentei, mas vi que eu não sairia tão fácil. O grande me segurou.

_ Não tão rápido, trouxa. – Ele pegou a varinha e apontou pra mim. Eu vi que era meu fim.

    Mas do nada eu vi Godrico o atacar, voando e bicando.

_ Para Julio, é uma coruja de correio. Você é bruxo? – Ingrid me perguntou.

_ Não, esse é Godrico. Ele é de uma amiga. – disse a verdade, Godrico veio e se sentou no braço que eu levantei pra ele. Olhando de forma aguçada pra todos ali.

_ Como assim? Vampiros normais não são exatamente amigos de bruxos. – ela continuou. Eu suspirei.

_ Bom, esses bruxos que eu conheci são meus amigos. – disse com um pouco de tristeza, memórias vieram na minha mente. Lembrei-me dela.

_ Nos diga quem são os bruxos que você conhece. – Ingrid continuou calmamente agora, todos me olhavam curiosos.

_ São de Londres, Isabella Swan, os Weasleys, Harry Potter. – quando disse os nomes, vi uma compreensão nos olhos dela.

_ Eram esses seus amigos? – Pedro me perguntou me fazendo olhar pra ele. Eu acenei e todos riram.

_ Vamos te ajudar então, nos diga quem você está procurando. É bruxo, vampiro ou os dois? – Ingrid disse toda sorridente, nunca imaginei que falar os nomes deles fosse me ajudar num momento assim, fiquei curioso. Mas me limitei ao básico e respondi pra eles que eu estava perseguindo Victoria porque ela queria matar Bella.

    Eles prometeram me ajudar, mas ainda não tinham topado com Victoria, então não poderiam me ajudar. Ofereceram-me um lugar pra ficar com eles, mas eu recusei marcando na noite seguinte de juntos procurarmos por Victoria.

    Voltei para o hotel e Godrico chegou logo depois. Fiz um carinho nele, ele tinha provavelmente salvado minha vida. Antes de encontrar com Ingrid, Pedro, Julio, Vivian e Lucia, eu iria comprar algumas nozes para ele, as que ele mais gostava. Agora eu entendia o amor de Bella por essa ave, ele entrou na frente e me salvou, arriscando a própria vida. Resolvi que era hora de ligar para minha família, Alice poderia ter alguma pista do paradeiro dela.

  “Oi Edward.” – Carlisle animado, já fazia quase uma semana que eu não falava com eles.

_ Oi pai. Como vocês estão? – se eu mandasse logo algo do tipo “onde está Alice” não seria educado, apesar de ser exatamente isso que eu queria!

“Estamos bem. Sua mãe esta com saudades. Pode falar com Alice primeiro e depois fale com sua mãe.” – ouvi o telefone sendo passado e depois a voz animada de Alice.

“Edward, eu vi ela essa semana.” – Alice disse toda animada. Foi com uma força sobrenatural que não amassei o celular.

_ Onde ela estava? – perguntei tenso.

“Oras, ela estava em Seattle e foi pra Forks onde mais ela poderia estar?” – Alice dizia com uma calma.

_ Alice, como assim ela estava em Seattle? Eu não disse que se você visse Victoria era pra me avisar na hora? E Ela estava em Seattle e você não me ligou, porque vocês não a pegaram? – eu gritava no telefone com ela, um ódio mortal da falta de atitude deles e eu aqui, preso no sul.

“Calma, não foi Victoria que eu vi, ela eu não vi mais. Às vezes eu vejo, mas nada útil, eu não sei onde ela esta.” 

_ Se não foi ela, quem você viu então? – perguntei, irritado por Alice me assustar.

“Bella.” – só essa palavra causava imagens na minha mente. Sentei-me, apesar de ser um vampiro e não precisar nessa simples palavra, o chão pareceu me faltar.

“Ela dirigiu de carro até Forks, com a amiga, ela foi à reserva, com aquele amigo dela...” – depois ela parou de falar.

_ Como ela estava? – minha curiosidade foi enorme, queria saber se ela estava feliz.

“Ela estava rindo com os amigos, parecia... Feliz” – Alice hesitara porque sabia que aquelas palavras poderiam me ferir. Apesar da dor que senti, eu fiquei feliz que Bella estava rindo, ela merecia ser feliz.

_ Bom pra ela Alice, mas eu quero que me prometa que vai parar de ficar vendo o futuro dela. – pedi, Alice não podia passar anos assim.

“Mas...” – não deixei ela terminar.

_ Mas nada Alice, Bella merece uma vida sem interferência nossa. Não olhe mais o futuro dela, me prometa. – pedi novamente.

“Eu prometo.” – disse rendida.

_ Agora continue olhando Victoria pra mim, qualquer coisa me ligue. Esme quer falar comigo, você poderia chamar ela?

“Tudo bem... Tchau, se cuida viu?!” – depois o telefone foi passado pra minha mãe. Conversei um pouco com ela.

    Analisei o que Alice me disse. Bella merecia ser mesmo feliz, mas a tristeza me invadiu, ela estava com o garoto quileute, aquele que gostava dela, eu tenho certeza. Ele era perfeito pra ela, com ele ela poderia sangrar que não corria o risco de ser atacada por algum irmão ou amigo dele.

    É claro que ela ria, me lembro deles na cozinha da casa dela, ela ria com ele um riso sincero, natural.

    Um ciúme se apoderou de mim, mas era inútil. Ela não estava mais comigo, ela não me amava mais. Eu não a veria nunca mais na minha existência!

    Era insano eu me sentir assim, ela merecia ser feliz, se não com ele, com outro. Bella merecia ter tudo na vida, todas as experiências humanas que comigo ela não teria.

    Foi pensando nessas possibilidades que o dia passou e a noite chegou, anunciando mais uma noite de caçada. Era meu alento! O refresco da minha dor, o entorpecente pras lembranças, só nesse momento eu era quase inteiro novamente!

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N/A: Oi amores do core!! Galere foi tão tenso escrever esse que achei que não ia sair, mas saiu. O pior é que eu tenho os cap na cabeça mas na hora de ir por Word num sai, ando me chateando com isso.

Agora se voces não comentarem mais nos reviews ai é que a coisa não sai mais. Quem escreve sabe, os reviews são um super combustivel mas se voces não deixarem ai eu fico triste antes tava tendo de 30 a 40 reviews e o ultimo cap (o cap não a msg de natal) teve só 20 ¬¬!!

Então esse cap é em homenagem a todos que deixaram review no cap anterior ele só saiu pra vcs que ainda estão comigo!

Proximo cap se der semana que vem!

Bjss

u_u

N/B: Caracaa!!!! Ah people, eu amei!!! Gente, vampiros que são bruxos!!!!!! To saltitando aqui na cadeira! Maduzinha tem uma mente e tanto, né não?

Tadinho do Ed... não agüento esse sofrimento! Madu, ta acabando né?! Please... esse casal tem que ficar juntooooo!!! hehe

Agora quero pedir um favor: esse cap deu uma baita dor de cabeça (literalmente)na nossa geniazinha e ela merece ser muito paparicada por nós leitores apaixonados e carinhosos. Então gente, vamos colocar os dedinhos pra funcionar e mandar um moooooonte de reviews pra ela ficar feliz, ta?!

Ela ama ver o que vocês acharam! Olha lá hein, depois eu vou conferir o número de reviews desse cap! Hã! rsrs

Big beijos a todos, beijo especial pra Madu linda!

Até o próximo cap!

Fer!

xD