The Big Four-and The Lovely Redhead escrita por Cactus Saint


Capítulo 3
Quatro olhos azuis


Notas iniciais do capítulo

E aqui estou EU novamente,sério,até eu estou um pouco surpresa comigo mesma!
Bom,mas eu acho que vocês,e,principalmente a Fada,me convenceram.

Imagem do capítulo:

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Pronto, o plano já parecia que daria certo.

Merida já sabia o que iria aprontar com cada um dos rapazes. Mas ela teria muito cuidado com seus pais. Não, pequena correção: ela teria que ter cuidado mesmo era com sua mãe. Ela sim, é quem daria trabalho para lidar, a rainha é muito atenta a tudo.

Era uma questão de poucos dias para os malditos clãs chegarem e, acabarem com o pouco de paz que lhe restava.

Ao menos eu ainda tenho o gelo, e isso é alguma coisa,eu acho – a ruiva pensa,melancólica.

Bom, talvez, se ela conseguisse convencer os gêmeos de ajuda-la, isso ficaria mais fácil. Mas ela ainda estava pagando a sobremesa dela para eles, então, teria que aceitar ser a guia de passeio para os ruivinhos quando eles inventassem que querer ir a floresta.

[...]

Merida acordou com sua mãe abrindo as janelas do seu quarto.

Era hoje.

– Merida, Merida, é hoje! Os Lordes chegam hoje! – cantarolou Elinor, dançando pelo quarto, Merida a observa bem pensando ''Ela realmente quer se livrar de mim,não é mesmo?''. Elinor para de supetão, e faz uma cara de horror. ''Ah, o que foi, agora, eu por acaso tenho uma outra cabeça?!'' – Seu cabelo....Está...Monstruoso! – diz lentamente. Mas então se recompõe tão rápido quanto teve o surto e olha a filha com uma expressão de obstinação – Eu posso dar um jeito nisso.Maude! – grita a empregada. Que, já sabendo como a jovem Dunbroch estaria com os cachos bem armados, decide ir com a rainha para o quarto de Merida, mas, mesmo assim, se assusta um pouco.

– S-sim, senhora? – e senhora robusta e de grandes bochechas rosadas se atrapalha na palavras.

– Arrume a banheira,Maude. Nós precisaremos tirar a cara de sono dessa garota e dar uma arrumadinha nesses cachos.

– Pode deixar. – a criada sai em direção a porta do banheiro da ruiva para deixar tudo pronto.

Maldito dia de começar a se emperiquitar para toda aquela palhaçada. Era puxão de cabelo pra cá e outro puxão pra lá. Era um negocio de espartilho pra cá e sapatos apertados e brilhosos pra lá. Arrg! Aquilo irritava muito Merida. Era como ser uma boneca de porcelana, daquelas que as garotinhas gostam de arrumar. Mas Merida não era uma maldita boneca de porcelana. Nem mesmo quando era pequena, gostava delas, por que agora gostaria se ser uma? O negocio de Merida era o arco, isso sim, era pra ela. Desde sempre.

Ah,não, mas damas não devem nem possuir armas, não é mesmo, mamãe? – a garota pensa, malcriada, tentando suportar mais um daqueles malditos puxões. Definitivamente, ela e a escova de cabelo não tinham uma relação muito boa. Mais um puxão. Desta vez, ela não segurou o rosnado.

– Ai, mãe!

– Desculpe-me, Merida, mas você não fica quieta!

E ficaram em silêncio novamente.

Até que Elinor se lembra da ideia que teve na noite anterior.

– Então querida, eu estava pensando, você deveria fazer uma pequena apresentação dos seus talentos como dama, mostrar sua feminilidade. Cante uma canção, você tem uma voz tão delicada. Cante uma canção de amor, isso sempre encanta.

Merida estava um tanto chocada. Piscou algumas vezes até conseguir pronunciar algo coerente.

– Ahmm, mãe, eu não tenho uma voz bonita para cantar...Então..Não.

Elinor fica um pouco irritada. Mas respira fundo.

– Querida, por favor, pense, considere meu pedido. Você só precisa cantar, não precisa dançar ou algo do gênero.

Merida pensou, pensou, e, por fim, murmurou um ''talvez'', mas isso já deixou a rainha mais animada. Mas, Merida tinha outros planos para sua ''apresentação''.

Por fim, a bendita touca.

E Elinor tinha uma expressão de pura felicidade e admiração. Ver sua filha tão linda daquele jeito não era muito comum.

– Dê uma vota, quero te ver melhor. – pede.

– Não..consigo...respirar! – Merida diz enquanto gira como um pinguim.

– Shiii! Você se acostuma, afinal, faz parte do....

– Traje de uma dama, é, mãe, eu sei. – a ruiva termina a fala.

Merida sentia que tudo estava errado. Tudo. Era como se chovesse dentro do seu quarto.

Por um instante tudo parou quando as duas se olharam.

– Merida? – Elinor queria contar a ela que, quando jovem também foi teimosa, que também foi rebelde. Que toda aquela valentia não era só de Fergus. Mas achou melhor ficar calada.

– Mãe? – sua filha pergunta, esperançosa, a tirando das lembranças que ela guardou em uma caixa quando assumiu o compromisso com o marido.

– Você está linda. E, lembre que sorrir é fundamental. – fala a primeira coisa que lhe vem a cabeça.

E isso agrada e decepciona uma parte das duas. Elas se olham. E Elinor limpa a lágrima teimosa que insistia em descer. Merida queria chorar também, um pouco, mas preferia manter isso só pra ela. Merida não gostava de chorar, a fazia se sentir fraca. Merida não era fraca.

– Então...Vamos? – ela não podia mais atrasar isso, os Lordes já esperavam na porta de entrada, só faltava elas descerem para toda aquela loucura começar.

– Vamos.

[...]

Lá em baixo, o guarda comunica.

– Estão vindo!

– Ao seus lugares, todos, ao seus lugares.

Merida faz o possível para sentar com aquele vestido irritante. Era difícil até para sentar! Elinor precisou ajuda-la. O que não a deixou muito contente. Revirou os olhos.

Ela queria um pouco de seu cabelo livre, então puxou uma mexa da franja para fora. Mas sua mãe foi mais rápida e a consertou. O que a deixou mais irritada ainda. Pelo canto de olhos vê sua mãe ajeitando a roupa de Fergus. Ele já um pouco cansado, fala:

– Arrrgh, eu estou ótimo, mulher! Pare com isso!

Merida bufa e puxa novamente sua mecha.

Então o guarda fala:

– Milord, quero anunciar a chegada dos Lordes!

Os indisciplinados líderes o jogam longe, quando abrem a porta.

A gaita de fole soa e eles entram com até um pouco de estilo. O estilo deles, é claro.

Quando param, e Lorde Dingwall percebe sua diferença de altura com os demais, grita:

– Garoto! – e um menino muito eficiente lhe arruma um banquinho. Ele sobe no mesmo.

Então começa a gritaria, todos com seus gritos de glória, e, a sua frente, os seus líderes com caras amarradas. Verdadeiros guerreiros. E depois param, a música das gaitas para.

E o rei começa:

– Então, aqui estão....Novamente..Er..Os seis clãs...Err..Reunidos – Elinor coloca a mão nas têmporas, e reza para que o marido de Merida não seja tão lerdo assim – Err..Para...Err..

Ela se cansa e o ajuda.

– A reapresentação dos pretendentes!

– A reapresentação dos pretendentes!

Mais um grito de animação.

Merida se afunda no trono.

– Clã Macintoch.

– ''Macintoch!''

Então o Lorde desequilibrado começa.

– Eu apresento meu sucessor e descendente, que defendeu as terras dos invasores. – e o jovem Macintoch começa a esticar os músculos – E, com a sua própria espada, derrotou mil inimigos.

– ''Macintoch!''.

O jovem tem a coragem de piscar os peitinhos para Merida.

Isso é o fim! – a ruiva pensa, puxando mais a touca, para encobrir a visão. Não queria ver aquela cena ridícula.

Não notou que era observada por um belo par que olhos azuis e brilhantes. Não como os dela, que mais pareciam o céu em uma manhã ensolarada, mas sim como o gelo. Suave e límpido. Sublime.


O Lorde Macguffin dá uma passo a frente e começa.




– Vossa majestade, eu lhe apresento meu filho mais velho. Derrubou os navios vikings inimigos, e, com as próprias mãos – usa um tom mais alto, para chamar mais atenção –, derrotou mais de dois mil inimigos.




– ''Macguffin!''.



– ''Horrendous!''.




O Lorde Stoico começa:




– Meu filho, Soluço – alguns ali presentes riem do nome, o rapaz cora fortemente – Ele derrotou o dragão mais temido que já existiu, temido até pelos de sua própria espécie, e saiu da luta, apenas sem o pé. Mas foi o primeiro viking, que conseguiu sair vivo depois de um encontro com um fúria da noite. E hoje, eles são grandes amigos. – Soluço dá um passo à frente, trazendo consigo, Banguela. Isso desperta a atenção de Merida. O rapaz não lhe é interessante, mas o dragão,sim. Ela sorri, um pouco. E o rapaz de olhos azuis, que ainda não foi notado pela ruiva, fica com um pouco de raiva. Só não entende o por quê.



– ''Frost!'' – a vez de Jack poder ser notado havia chegado, ele pensa. Mas a ruiva ainda não olhava para ele, mantinha os olhos naquele estúpido dragão. Ele era menos interessante que um dragão?!




Lorde Norte Frost dá um passo a frente.




– Meu filho será meu substituto, assim que se casar, e então assumirá a missão de cuidar do inverno do mundo. E, me ajudou a derrotar o inimigo que queria nossas terras, o inimigo dos cavalos negros.


Isso pareceu despertar Merida de Banguela. E ela olhou para o rapaz de lindos olhos azuis. Azuis como o gelo fica, dependendo da luz. Os olhares deles se encontraram, e Merida sentiu algo novo, desconhecido, estranho. Nada bom. Corou e desviou o olhar. Jack sentiu a mesma coisa, mas, diferente dela, continuou encarando, maravilhado. Olhar para aqueles olhos ficava cada vez melhor.

– ''Frost!''.


– E Dingwall – Fergus os anuncia, por fim.




– ''Dingwall!''.




O Lorde briguento desce do banco, já puxando seu menino. Que ainda mantinha a mesma cara distraída. Só havia crescido alguns vários centímetros. Deveria estar da mesma altura de Merida.


– Eu apresento meu único filho – diz com orgulho – ,que foi cercado por deis mil romanos e derrotou uma armada inteira, sozinho!  Com uma mão ele.. Ah,humh, vem pra cá, menino – e puxa o loirinho avoado, que estava olhando para o nada – Com uma mão ele direcionou o navio, e, com a outra ele empunhou a espada – gesticula, usando os braços do filho. Isso fez tanto Jack quanto Suluço rirem um pouco –, e derrotou toda a tropa invasora.

– Mentira! – grita aguem lá no fundo. Fazendo todos riem, o líder encrenqueiro se virar para o som.

– Eu ouvi isso, hein, vai, fala na cara! Ou você está com medo, covarde, de amassar o seu lindo cabelinho!

– Pelo menos eu tenho cabelo! – retruca Lorde Macintoch.

– E todos os dentes! – completa Lorde Mcguffin, dando um sorriso. Jack e Suluço já estão chorando de rir, como todos os outros.

– E não nos escondemos embaixo de pontes, seu velho troll ranzinza.

Mais gargalhadas.

Agora até Fergus ri, também.

– Ah,então você querem rir,é? – olha os outros com um olhar insano – Jovem Dingwall! – o menino se liga em tudo na hora. E pula no pescoço do líder Macintoch.

E a briga começa.

Eram urros, chutes, socos, risadas, mordidas(da parte do Jovem Dingwall), gritos de guerra...Tudo acompanhado ao som animado da gaita de fole.

Merida suspira, frustrada. De novo, déjàvu.

– Ataquem,ataquem! – era tudo o que o pai dela gritava aos outros. – É assim que se... – Então olha para Elinor, e vê o olhar que sua esposa o dirige. E segue, para apartar toda aquela briga.

– Chega! – grita em alto e bom som, até os músicos param, desanimados – Agora, parem com isso, já descarregaram uns nos outros, mostrem um pouco de decoro! – Mas em alguma daquelas passagens secretas os ruivinhos saem e derrubam uma clava no pé do Lorde Dingwall, que grita, e tudo começa novamente. Desta vez Fergus vai a luta, também, já irritado.

Depois que os meninos acertam mais uma vez alguém, Elinor tem uma ideia:

– Merida,eu já estou cansada, pode busca-los para mim, querida?

Isso pega Merida de surpresa ,mas rapidamente(ou o quão aquele vestido idiota permite) se levanta e vai busca-los. Enquanto ela caminha calmamente, ninguém a toca, abrem caminho para a dama. E fazem reverencia. Isso deixa Jack ainda mais abobalhado por aquela garota. De sobrancelha franzida em tédio ela caminha, lentamente, até os líderes bagunceiros. Quando ela os encontra, os pega pela orelha, embolados do jeito que estavam.

– Ai filha,desculpa.

– Ai,ai,ai,ai,ai.

– Não foi minha culpa,foi ele!

– Não foi minha também.

– Está machucando.

– Ui,ui,ai,ui,ai – eles tentam dizer algo coerente.

– Minha sinceras desculpas.

– Não irá acontecer de novo.

– Me desculpe, Merida, eu não queria... – ela vira o rosto para o lado – Sim,Merida. – e o rei segue para o trono, ao lado de sua esposa, que assiste tudo com orgulho. Fergus faz um sinal de briga para Dingwall, que o olha surpreso.

– Ah, sim, onde estávamos? De acordo com as novas leis, minha mãe decidiu que apenas o primogênito de cada clã, poderá ter esse tempo de estadia aqui para tentar me conquistar, conseguir o meu amor. Se puderem, é claro. Novamente haverá os jogos para que a eu possa ter uma boa noção de cada pretendente... – Merida olha para todos os rostos, corando novamente ao encarar de relance os os olhos azuis – E....Bom...Eu escolho, novamente arco e flecha.

Merida estava orgulhosa até de si mesma, atuando tão bem! Apostava que sua mãe estava caindo direitinho na dela.

Então Elinor se levanta animada, só confirmando o que a ruiva danada já sabia e grita em alto em bom som:

– Que os jogos comecem!











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Notas finais do capítulo

How,1770 palavras!Acho de me superei...
Acho que vocês vão entender o nome do capítulo,se não,me envie essa duvida(ou qualquer outra) por MP
Beijos,e comentem!



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