Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim escrita por Suzy Cullen


Capítulo 18
Capítulo 17 :'


Notas iniciais do capítulo

Ok, ok. Eu não ia conseguir segurar o capítulo mesmo. E depois de uma noite lendo e relendo seus comentários e conversando com a Maya resolvi dar uma segunda chance a Suzi, afinal eu já tinha escrito três capítulos e só falta um capítulo para terminar outra fic lá, então se é para sair, prefiro sair sabendo que terminei tudo. Então é isso, Se eu não te amasse tanto assim voltou e enfim, boa leitura. E bom, obrigada pela força aí, vocês são meu combustível :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/392922/chapter/18

Carlisle

— Eu te amei, acredita. Você tem todo o direito de duvidar do que vou dizer, mas eu nunca amei um homem como eu amei você. — falou Esme, me olhando nos olhos. Olhei-a de volta e apesar de querer tirar minha mão debaixo da dela, meu corpo não obedecia a esses comandos.

Por alguns segundos, não tinha nenhuma ideia de como responder a isso. Como eu poderia dizer o mesmo?

— Então... — comecei, ainda inventando algo para falar. — por que você me traiu? Se me amou como diz que amou, por que Esme?

— Você me deixava sozinha, e quase nunca me tocava. Parecia que não tinha mais desejo por mim. E ficávamos brigando... Eu achei que não me amava mais.

— E daí resolveu procurar quem amasse não é? — ela abaixou o olhar. — olha para mim e responde. — relutante ela olhou e vi que seus olhos estavam vermelhos.

— Eu fiz isso em um momento de desespero. Mas quando tudo começou a acontecer eu caí na real. Carlisle, eu sentia sua falta. Eu chorava quando me lembrava de você, por que eu sabia que te magoei a troco de algo que só nos prejudicou.

— Eu sinceramente não sei o que fazer.

— Nem eu, mas... — ela olhou para sua mão, ainda sob a minha e a apertou. — vamos tentar sermos amigos?

— Amigos? — ela aproximou o rosto do meu e continuei imóvel.

— Eu só não quero continuar assim, distante. — a última palavra ecoou na minha cabeça e lembrei imediatamente que estávamos perto demais. Tirei minha mão debaixo da sua e me levantei.

— Eu sinto muito, mas... Não dá para esquecer assim, Esme. — me afastei da mesa o mais rápido que pude. Ouvi a voz de Esme chamar meu nome e dei tudo de mim para seguir em frente.

Entrei no meu carro e liguei-o, saindo dali o mais rápido possível. Fiquei pensando em como Esme iria para casa e der repente pareceu que parte de mim ficou lá. Meu celular tocou e atendi sem olhar para o contato.

— Carlisle. — falou Esme. Suspirei irritado.

— O que foi? — perguntei secamente.

— Você esqueceu sua carteira aqui. — coloquei a mão no bolso e sim, minha carteira não estava lá.

— Você pode ficar aí mais um pouco? Estou voltando.

— Tudo bem. — desliguei. Senti-me culpado por atendê-la daquele jeito, afinal ela estava apenas me avisando que esqueci algo importante no restaurante.

Em exatos dez minutos, parei em frente ao restaurante e Esme estava lá, esperando. Abaixei meu vidro e ela veio até mim, me entregando a carteira.

— Aqui está. Sinto muito por tudo. — uma vozinha na minha cabeça me mandou olhar para o segurança atrás dela.

Ele a olhava de cima a baixo e seu olhar tinha uma maldade explicita. Se ele quisesse obrigar Esme a fazer qualquer coisa, ela não poderia fugir. O que eu estava pensando? Esme se afastou, obviamente pela minha falta de resposta e quando ela se virou, notei que pareceu assustada com o homem que a encarava.

Sem pensar em nada, saí do carro e segurei seu braço.

— Quer uma carona? — perguntei.

— Obrigada. De novo. — ela sorriu aliviada enquanto eu abria a porta do carro e assim, que ela entrou, a fechei. Acenei com a cabeça para o homem e ele acenou de volta, mas vi que estava irritado. — Oh meu Deus, muito obrigada Carlisle, eu morri de medo... — ela me abraçou e fiquei um tanto sem reação. Ela parecia perdida e desesperada.

— Eu percebi e... Achei que deveria ajudar.

— Será que eu nunca vou conseguir te retribuir? — não respondi e liguei o carro.

Olhei para o relógio no painel do carro e logo entendi o trânsito livre. Eram 23h45min.

— Que horas são? — ela perguntou, tentando olhar o painel também.

— Quinze para meia noite.

— Meia noite? Oh, amanhã vou acordar moída. E você também. Por minha causa... Oh eu não faço nada certo... — entramos em um túnel e por isso o carro ficou escuro, mas certos relances das luzes amareladas me permitiam ver o brilho molhado no rosto de Esme e ela coçando o nariz, fugando um pouco.

— Está... Chorando? — perguntei finalmente, quando saímos do túnel.

— Não.

— Por quê? — ela me olhou e suspirou.

— Por tudo. — mais uma vez, me silenciei.

Durante o caminho, fiquei pensando em “tudo” e cheguei à conclusão de que, quem sabe eu e Esme nunca poderíamos nos acertar de verdade.

— Carlisle? Para onde está indo? — a voz dela interrompeu meus pensamentos e desacelerei com o carro.

Não estávamos nem perto de casa. Eu tinha nos levado para o bosque da cidade e estava um completo breu.

— Eu... Ah, foi mal.

— Sem problema. — ela sorriu um pouco. — que horas são agora? — olhei o painel.

— Meia noite e meia.

— Se eu não tivesse tomado seu tempo... Desculpa.

— Eu deveria ter prestado atenção no caminho. E agora?

— Você gosta daqui?

— É acho que sim.

— Eu também. — nos olhamos e desliguei o carro. Ficamos lá dentro, trancados, calados e sozinhos. Recostei-me no banco e fiquei encarando o escuro.

Depois de um bom tempo em silêncio, Esme falou:

— Eu acho que essa é a primeira vez desde que tudo desabou que me sinto realmente bem.

— Comigo? — me virei para ela e vi seu rosto iluminado pela fraca e azulada luz da lua.

— Com você. — ela concordou, me olhando de volta. — você é uma pessoa boa, Carlisle. As outras pessoas gostam de estar ao seu lado.

— Ah obrigado. — nos calamos de novo.

— Você quer mesmo estar aqui? — ela perguntou der repente.

— É... Por quê?

— Ah... Não sei... Você nunca gostou de dormir muito tarde em dia de semana e não quero ser o motivo de um péssimo dia de trabalho amanhã.

— Sabe, precisa pensar menos em você. — ela abaixou a cabeça. — por que nem tudo o que eu faço é só por você, sabia? — ela riu nervosa.

— Eu sei que não é. Mas de todo jeito, você ainda me ajuda muito e eu nem sequer posso retribuir, fazer algo a altura também, sabe? — liguei a luz do carro e senti-me um pouco tonto.

— Você... — parei de falar quando perdi o controle. Saí do carro correndo e passei mal de verdade.

Limpei a boca e quando levantei a cabeça, fiquei completamente tonto. Mas antes que eu pudesse sentir mais alguma coisa, Esme estava lá. Ela me fez sentar na grama e se sentou de frente para mim.

— Carlisle... Você está melhor? — ela perguntou, segurando meus ombros.

— É, eu... — antes que eu pudesse terminar a frase, minha visão escureceu e senti meu corpo cair.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que não me achem infantil depois desse surto, mas acho que pelo menos a fic tá boazinha não é? Então é isso, estou firme e forte na batalha :)