Hereafter escrita por Suzana Alves


Capítulo 2
Cap. 1: Um dia quase normal


Notas iniciais do capítulo

Oiiê amores, eu estou tão feliz por ter recebido seis comentários apenas no primeiro capítulo - sim, eu sei que sou muito boba-. Serio, isso me deixa realmente muito feliz. Por isso está ai mais um Cap, só para vocês. Espero que gostem.

Desculpe os erros e boa leitura.



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(Off: Bem, vou deixar aqui as imagens alternativas dos personagens: Brian/ Ethan/ Mei/ Mel/ olhos das Gêmeas/ Jullie))

Colégio “Riordan High School”, mais um longo e cansativo dia. Cansativo mesmo, afinal minha escola fica bem longe da minha casa, e como infelizmente ainda não tenho carteira, tenho que vir de taxi, bem até tem ônibus da escola que passa perto da minha casa, mas como antes eu mudo muito o meu percurso para visitar uma certa pessoa, ou devo dizer defunto? Bem, o ônibus não iria ficar me esperando para sempre. E por isso acabo quase sempre chegando atrasada.

Já teve época em que eu gostava muito de vir à escola, e até mesmo era considerada a melhor aluna da sala, mas isso ficou no passado, agora minha única motivação para vir para esse inferno são minhas melhores amigas, as irmãs gêmeas Melissa Maxthon (Mel) e a Melanie Maxthon (Mei). Elas não são exatamente o tipo de gêmeas idênticas, na verdade elas são bem diferentes e não apenas na aparência.

Mei sempre teve um jeito mais serio e lindos os olhos verdes, já a Mel sempre foi mais espontânea sem se preocupar com nada, e seus olhos eram de uma cor meio que... Mel. Combina com ela, não é?

– Bom dia Senhorita Jullie, mais uma vez atrasada... - Sorri torto para minha adorável amiga Mei, que, aliás, costuma ser a mais certinha de nós três.

– Ah, bom dia professora. – Respondi irônica, e para minha sorte a professora de verdade sempre consegue chega ainda mais atrasada do que eu. – Oi Mel. – Cumprimentei a outra que em plena 07h30min da manhã já não tirava as mãos do celular.

– Oi July. – Disse apenas sem parar de digitar a possível mensagem no celular com aqueles dedos nervosos. Às vezes poderia até jurar que ela era um tipo de maquina de tão rápido que consegui digitar... Não, acho que a frase “A pratica leva a perfeição” se encaixava melhor a ela. – Namorado novo? – Perguntei para a Mei, que no lugar do celular como a irmã, tinha um livro nas mãos. Muito grosso por sinal.

Ela marco a pagina e se virando para trás para me olhar, assim recostou os cotovelos em minha mesa suspirando.

– Antes fosse, ela ainda continua toda apaixonadinha pelo o tal Ethan Willan. – Eu ri.

– Eu não vejo problema algum nisso. – Ela deu de ombros.

– Não é que seja um problema.- Ela deu ênfase na ultima palavra.- Mas por ela estar toda apaixonadinha já está ficando mais chata do que já é. Serio July, ela não larga esse celular e quando larga é para dizer o quanto ele é maravilhoso, fofo, gostoso... É que se dane o resto. – Ela disse os elogios imitando a voz melosa da Melissa o que me fez gargalhar.

– Será que isso não seria ciúme? Sei lá, vai que por vocês serem gêmeas acabem gostando do mesmo cara. – Zombei dela mesmo sabendo que não, que toda essa implicância com o Ethan não se tratava nada além de proteção.

Afinal mesmo que essas duas fossem totalmente diferentes, e uma adorasse implicar com a outra, eu por outro lado sei como facilmente uma morreria pela a outra se preciso.

– Você fumou umazinha só pode... Aliás, deve ser por isso que anda chegando atrasada. – Ela fez sua típica cara de indignação. – Pobre Jullie, já viciada tão nova. – Agora ela que estava tirando uma com minha cara, Vaca.

– HAHAH’ relaxa já estou me acostumando, e se quiser depois te apresento aos meus parceiros de fumo, quem sabe assim esquece o namoradinho da irmã. – Entrei na brincadeira logo quando a professora entrou na sala com enormes olheiras e com uma cara feia que quem a olhasse até poderia a confundir com os cães do inferno, credo!

Melanie segurou uma risada se virando para frente e eu fiz o mesmo, me ajeitei em minha cadeira e peguei meu caderno para não estressar minha adorável professora, afinal vai que a velha me morde.

–-x--

As três primeiras aulas passaram mais rápido do que de costume, para a felicidade de todos – e principalmente a minha -. Como já estava na hora do intervalo, eu e as minhas gêmeas fomos para o nosso lugar favorito.

A arquibancada de frente para o campo de futebol americano, aonde se podia ver sempre – e muito BEM- os meninos do time treinado. E é claro que não perdíamos um treino se quer.

– Oow, o Ethan não fica gostoso suado?!!. – Suspirava Mel enquanto eu e a Mei revirávamos os olhos.

– Claro, super gostoso. Por que depois você não prova o gostinho azedo do suor dele?- Disse irônica, mas no modo que ela estava em transe enquanto o olhava nem se quer me ouviu. Enquanto a irmã fez cara de nojo só de ouvir.

Mas só para que saiba, o Ethan Willan é sim muito lindo. Tipo loirinho com um abdômen que ô Pai! Ele é o capitão do time, e sim, um Quarterback. Todos dizem que ele já até foi chamado por diversas universidades, é ele joga muito bem, mas não melhor que o...

– July e o Brian, ele ainda continua no seu pé?- Perguntou Mei. Eu ri jogando o meu cabelo para o lado.

Sim o Brian, meu Brian Richrt, ou quase meu. Ele é apenas um Tight-End, é responsável pelo trabalho de segurar quem quer atingir o Ethan, e eu particularmente acho isso tão de mais, tipo, tem que ser bem forte para segura àqueles marmanjos. E é preciso dizer que ele é lindo? Acho que não é.

Pele clara, olhos verdes, cabelos em um tom meio loiro escuro quase castanho, e um sorriso que derrete a todas, menos a mim lógico... Certo, talvez derreta um pouco. Brian Richrt o príncipe da escola.

Estranho eu entender disso tudo sobre futebol americano não é, mas eu já fui uma nerd, então vamos dizer que conheço de tudo um pouco, mesmo que ninguém saiba. Mas chega disso, se não vou acabar esquecendo até de responder a Mei.

– Bem, não que seja o meu pé o que ele queira, mas.. – Ela me interrompeu bufando.

– Você entendeu idiota. – Eu ri.

– Ooh! – dei de ombros. - Ele seria louco se desistisse, não? – Fiz língua com um sorriso de lado.

– Você se acha não é? – Revirei os olhos enquanto ela ria.

– Nunca estive perdida. – Zombei. – E sim eu sei que sou linda, Obrigada. – Ri enquanto dessa vez quem revirava os olhos era minha amiga.

Não pense que sou algum tipo de menina popular, esnobe, superficial e mimada – cara eu era nerd, sim, muito nerd, só que agora me arrumo um pouco melhor -, eu apenas gosto de zomba um pouco da minha amiga, mas também não posso dizer que sou feia, afinal tenho olhos azul claro, longos cabelos loiros, e um corpo em bom estado. Não chego a ser o tipo de garota super definida, mas também não sou gorda, por favor.

– Fica logo com ele amiga, assim poderíamos sair em quatro. – Do nada Mel parou de baba, segura minhas mãos e entra na conversa. Mas espera ela realmente estava ouvindo a conversa? Quando digo que é sonsa...

– Irmãzinha continua olhando para o seu macho quietinha, e deixa que a July decide com quem ela fica ou deixa de ficar.

– Ei! Olha como fala comigo Melanie, eu ainda sou a mais velha aqui! – Com essa até eu tive que rir.

– Mais velha por 15 minutos? Nossa que mora maninha. - Zombou a outra rindo. Tenho que parar logo isso, pois quando essas duas começam só Deus para conseguir fazê-las pararem depois.

– Certo, chega você duas. – Disse segurando o riso.- E Mel acredite já faz um tempo que estou pensando seriamente em ceder aos charmes daquele lindo. – Puis as mãos no rosto suspirando como ela fazia. – Só de pensar naquela barriguinha, da vontade de agarrá-lo agora. – Sorri de lado o vendo correndo e agarrando aqueles marmanjos. Por que ele não me agarra logo assim? Okay, parei!

– Nossa July, você é tão pervertida! – Disseram juntas as minhas repetidas fazendo com que eu quase caísse da arquibancada de tanto rir.

–-x--

Quando o sinal do fim do intervalo tocou todos começaram a voltar para as suas salas. Assim com nós.

– Meninas vão indo na minha frente que preciso ir ao banheiro rapidinho. – Disse já correndo na direção oposta a nossa sala.

Eu já estava saindo do banheiro quando fui surpreendido por um par de braços forte me prendendo contra a parede impedindo que eu me movesse.

– Será que dá para me soltar. – Falei olhando para aqueles olhos lindo enquanto o dono dos mesmos se aproximava ainda mais sorrindo.

– Só se você me der um beijo. – Ele piscou chegando perto da minha boca. Sem hesitar virei o rosto rindo. Eu sei que sou louca, podem me crucificar por negar o beijo desse gato, mas se fácil nunca!

– Brian, a gente já falou sobre isso. – Tentei desviar os meus olhos para que assim não caísse na tentação.

– Poxa July, só um beijo, tu sabe que te acho a mais linda da escola. – Ele sussurrou a ultima parte perto do meu ouvindo fazendo com que eu me arrepiasse. Droga Jullie, se controla mulher!

– Você dizia isso para a Amy também? – Provoquei enquanto tentava manter o controle de mim mesma.

– Que ela era linda sim, mas não a mais linda como digo que você é. – Ele sorriu sincero.

– Você é sempre tão sincero não é?

– Claro, a sinceridade é só mais uma das minhas muitas outras qualidades. – Ok, dessa eu tive que rir, e muito.

– Sincero é muito humilde. – disse irônica, o fazendo rir junto comigo.

– Sempre. Mas porque não nos esquecemos das minhas qualidades, aliás, o que acha de parar de falar só um pouquinho, que tal? – Ele disse doce se aproximando novamente. Eu ainda te mordo garoto, mas não agora, não hoje.

– Poxa, mas eu gosto tanto de conversa com você. – Fiz bico segurando o sorriso.

– Também adoro conversa contigo gatinha, mas eu estava pensando se a gente não podia se comunica de um modo um pouco diferente. – Ele deu um beijo em meu pescoço. Ai é golpe baixo Brian!

– A é? E o que seria? – Tentei ser forte me fingindo de desentendida.

– Isso. – Ele disse apenas enquanto se aproximava da minha boca. Eu já estava fechando os olhos quando fui salva. Santa Marta!

– Senhor Richrt e Senhorita Smale, imagino que o horário do intervalo já tenha acabado então o que acham de irem para as suas salas e deixarem para namorar outra hora, e de preferência fora da escola?! – Certo aquilo não era uma pergunta. Eu apenas assenti me soltando dos braços do Brian enquanto o mesmo xingava a nossa adorável coordenadora baixo de uma forma que só eu ouvi.

– Ótima idéia Marta. – me desencostei da parede passando ao lado do maior e lhe dando um beijo no rosto. – A gente se ver Brian. – Sair quase que correndo para que ele não visse o meu rosto vermelho.

Quando cheguei à porta da sala tive que pensar rápido em uma desculpa para que o professor de física me deixasse entrar, algo que não foi tão difícil.

Enquanto eu entrava pisquei para as gêmeas que me olhavam desconfiadas, e é claro que contei tudo que havia acontecido de verdade para elas e mais uma vez ouvi aquele coro lindo.

– Pervertida! – E assim algumas pessoas me olharam enquanto eu tapava a boca das duas rindo.

Não que eu seja pervertida, - e não sou mesmo-, mas devo dizer que não estava na melhor posição para discutir sobre isso com as duas agora, então a única coisa que posso fazer é rir dessa agradável situação.

­--x--

Mas um longo dia se passou e cá estou no National Cemetery novamente. O que estou fazendo aqui? Ah, nada de mais, só vim fazer minha visitinha diária ao meu falecido amigo.

– Bom dia Nate. – Disse enquanto tirava uma folha do meu caderno para poder sentar em frente ao seu tumulo. – Nem adianta reclamar, eu sei que eu não devia, mas vim mesmo de novo. – Como se ele pudesse dizer algo. Eu ri.

Essa manhã o dia estava mais quente mesmo estando no inverno, por isso consegui sair um pouco mais cedo de casa para assim ter mais tempo para conversa com meu amigo. Até mesmo trouxe o meu café – uma maçã e uma garrafinha de suco- para poder comer ao longo da conversa, uma conversa onde só eu falava e logicamente pensando ninguém nem se quer ouvia e muito menos respondia. É, sou uma completa maluca, me internem.

– Nate, tenho tanta coisa para te contar mesmo tendo passado só um dia, viu como sou uma menina muito mais interessante agora, cheia das novidades. – Eu ri enquanto relembrava o dia de ontem. – Bem, só para começar nada melhor do que falar das minhas repetidas e das suas típicas brigas, você se lembra delas certo? Aliás, eu falo delas sempre. Pois então, a Mei não anda nada satisfeita com o pequeno romance da Mel, confesso que até eu já estou ficando meio enjoada de tanto ouvi-la falando do Ethan, mas se ela gosta dele quem sou eu para falar alguma coisa, deixa ela ser feliz certo? Afinal beijar na boca é tão bom. Você não sabe o que está perdendo. – Eu ri da minha própria piada que para varia foi bem sem graça.

Mesmo se ele soubesse o que está perdendo o que poderia fazer? Mortos não beijam na boca e nunca iram beijar sua idiota!

Seria tão mais fácil se o Nate estivesse vivo, eu não precisaria acorda cedo para vir todas as manhãs aqui – não que eu me importe – e ele saberia muito bem como é bom a vida de um adolescente e como ele sempre foi lindo já teria beijado muito, até não duvido nada se a Mel mesmo já não tiria esquecido ou até mesmo nem nunca pensado no Ethan para cair em cima do Nathaniel. Típico dela.

– Nossa não posso me esquecer do Brian, ontem eu quase cedi, e juro que talvez eu até quisesse mais aquele beijo do que ele, mas graças a nossa coordenadora Marta fui salva de cair na tentação. Santa Marta! – Juro que se eu chorasse, agora estaria chorando de tanto rir. - Mas mesmo querendo muito o beijo daquele lindo eu ainda não sei se vou ficar com ele, e nem adianta querer saber o por que, aliás, nem mesmo eu sei o por que. – Dei de ombros enquanto me apoiava no chão olhando para o céu.

Talvez eu não tenha tanta vontade de ficar com ele por não gostar dele de verdade, só às vezes que me dá uma vontade louca de beijar aquela boca linda, mas isso é melhor o Nate não saber se não até ele irar acha que sou uma pervertida. Até eu às vezes desconfiar disso. Que saber, bem lá no fundo todos nós temos um ladinho pervertido, bem, acho melhor eu tentar deixar o meu escondido.

– Às vezes eu também fico imaginando, imagina se ele me vê aqui, mesmo sedo algo muito difícil de acontecer por sua casa ser em um caminho completamente diferente do daqui. Que dizer quase todas casas são longe daqui na verdade. Mas pensa só em uma possibilidade, mesmo que pequenininha. O que ele pensaria? Não só ele, mas até mesmo as gêmeas... Com certeza iriam me por em uma clinica psiquiátrica sem pensar duas vezes. – Eu ri. – Mas relaxa ok? Afinal mesmo que eu corra esse risco nunca deixaria de vir te ver.

Afinal ele foi o único que teve verdadeiramente o meu coração. Certo um amor de criança talvez, mas ele também nunca soube disso e não seria agora que está morto que precisaria saber.

Acordei dos meus devaneios logo quando ouvi o meu celular despertando me fazendo da um pulo de susto.

– É, já deu minha hora... E para que eu não me atrasasse mais uma vez marquei para que o meu celular despertasse, viu ainda sou esperta! – Me levante limpando embaixo da minha calça e pegando minha mochila que estava no chão. - Amanhã eu volto, e não adianta discutir ao contrario, eu vou vir sim! – Ri dando um beijo em minha mão e tocando em sua foto, acho que isso já está virando um ritual de despedida... Ou seria um costume? Sei lá. – Ah, só para não esquecer... Sinto saudades.

Quando me virei para ir embora podia jurar ter escutado uma voz um tanto familiar apenas dizendo “Estarei te esperando”, mas quando me virei não havia ninguém. Que legal, de louca que conversa com mortos agora comecei a ouvi-los? É estou evoluído.

Acho que ando vindo de mais ao cemitério, mas quer saber, o Nate vale por tudo isso e mais um pouco.

–-x--

Confesso que fiquei um pouco atordoada após te “ouvido” uma resposta lá no cemitério, eu estava tão distraída pensado se realmente teria sido apenas coisa da minha cabeça que nem prestava atenção enquanto minhas amigas conversavam, ou será que estariam brigando? E seria novidade se fosse uma brigada? Acho que não!

– July fala para Mei parar com essa implicância com o Ethan? – Disse minha amiga choramingando e me tirando do meu transe.

– Me desculpa não estava prestando atenção. – Olhei para as duas meio sem graça.

– Jullie, você ainda continua no vicio?! – Zombou Mei sem nem dar mais atenção a irmã.

– Vicio?? Jullie não acredito que você está envolvida com drogas! – Quase gritou a outra se levantando e segurando o meu rosto, enquanto a irmã faltava muito pouco para chorar de tanto que ria.

– Não Mel, isso é só bobeira da Melanie. Nunca nem botei sequer uma gota de álcool na boca. – Fale imaginando que nem era necessário me drogar, pois já estava ouvindo coisas mesmo.

– É irmãzinha relaxa, a única que curte um viciado é você... Ops.

– Já disse para parar de falar do Ethan, Melanie! – E lavamos nós de novo.

– Eu não falei nada que o viciado era ele, isso é você que está dizendo. – Falou irônica com um sorriso torno nos lábios. Melanie 1 x 0 Melissa!

Tive que segura minha amiga, pois ela já estava pronta para avançar de unha na irmã que já se retorcia na cadeira de tanto rir.

– Já chega vocês duas. Primeiro: Mei para com esse ciúme bobo da sua irmã. – Falei seria enquanto a mesma bufava.

– Ciúme é a merd... – A interrompi pondo minha mão na frente do seu rosto.

– E segundo: Mel, vamos ser sinceras que essa sua paixão pelo Ethan já está se tornando muito chata. – Ela fez bico, mas diferente da irmã não disse nada. – E por último só para deixar claro. Eu não sou viciada em nada! – Elas riram concordando com a cabeça. Jullie 1 x 0 Gêmeas!

E a vencedora como sempre, Eu!

–-x--

Já no intervalo. Eu estava na fila da lanchonete da escola para comprar uma Coca, enquanto as meninas já estavam sentadas na arquibancada vendo o treino dos garotos.

Eita novidade.

Como meu dia estava meio estranho aproveitei para comprar uma barra de chocolate com nozes – sim eu amo comer chocolate com coca-cola- , quando ia pagar uma mão passou na minha frente sendo mais rápida e dando uma nota de vinte dólares ao caixa.

– Brian? – O fitei enquanto ele pegava o troco.

– Eu! – Ele sorriu enquanto saímos da fila.

Já ia lhe pagar quando ele fez sinal negando com a mão.

– Nada que mais justo eu pagar o seu lanche, já que você ainda não aceitou o meu convite de saímos à noite. –Ai, aquele sorriso! Eu sorri junto sem contesta e indo até as meninas com ele ao meu lado.

– Quem sabe qualquer dia eu aceite.

– Estarei ansioso por isso. – Ele me deu um beijo no rosto indo até o campo. – Te vejo depois?

Assenti com a cabeça e acenando com a mão enquanto ele se afastava.

Sentei-me ao lado das repetidas botando a latinha de coca ao lado e abrindo a minha deliciosa barra de chocolate. Elas me fitaram com um sorriso no rosto e eu já imaginava o que era, por que depois de mim não existia pessoas mais viciadas em chocolate do que as minhas repetidas... Nossa quem diria eu sou viciada em algo! Aliás, não apenas eu.

Ri sozinha enquanto dividia a barra em três, dando um pedaço para cada.

– Ah July eu te amo. – Disse Mei dando uma abocanhada na pobre barra.

– Olha, não foi uma critica. É estamos evoluindo! – Dessa vez que zombou foi Mel. Vamos dizer que elas não são tão diferentes o quanto parecem.

Olhei para ela feio já sabendo aonde isso iria parar se elas começassem com a chuva de ironia de sempre.

– Foi mal. – Disse apenas e seguindo a irmã devorando o seu pedaço.

O que seriam dessas duas sem mim? Talvez um pouco mais sarcásticas quem sabe.

–-x--

O resto do dia demorou mais do que eu queria a passar, estávamos na aula de inglês, e a nossa atividade que valeria a metade da nota para que passássemos, era construir um texto sobre um sonho que tínhamos quando ainda era criança – esses professores, não tem criatividade-. O que era engraçado porque quando criança eu sempre sonhei em me torna médica, e hoje em dia eu mal assistia as aulas de biologia.

É eu estou progredindo cada vez mais.

Mas na realidade acho que o maior fator para com que eu desistisse desse sonho foi pelo fato dos médicos mais caros da cidade de São Francisco não serem capaz de ajudar o meu amigo. Tudo bem, câncer não é uma doença fácil, mas poxa pareceu até que eles nem tentaram.

Acho que com isso acabei perdendo um pouco a fé na medicina. Agora o mais longe que me vejo é sendo uma arquiteta, afinal adoro desenhar e modéstia parte eu até que desenho muito bem.

Então como vocês podem imaginar o meu texto foi uma completa embromação, grande parte lá escrito não se passava de uma grande mentira, mas o professor nunca precisaria saber disso.

Quando tudo já estava pronto eu entreguei meu texto e pude sair mais cedo. Mas antes da passar pela porta joguei um beijo para as minhas gêmeas que ainda se matava sem saber o que escrever. Tolas.

–-x--

Eu estava andando pelo o corredor tranqüilamente, quando passei por um garoto de costa encostado na parede mexendo no cabelo.

Não sei por que mais ele me parecia muito familiar, por isso acabei parando ao lado do bebedouro para podê-lo olhar melhor. E foi nesse estante que ele se virou me fitando e sorrido para mim de uma forma que me fez entrar em completo choque.

Eu não estava enganada, bem, talvez louca, mas não enganada. Aquele sorriso eu conhecia de muito tempo e mesmo tudo isso sendo uma loucura era bom o ver novamente.

Ele ia se aproximando de mim e assim dei um passo para trás. Quando sai do meu transe e vi os seus olhos pude ter certeza. Sim, estou louca, afinal como ele poderia esta aqui na minha frente?

Eu corri pelo corredor ainda com aquele sorriso em minha cabeça e aqueles olhos cinza que sempre foi uma curiosidade para mim. Afinal quem nesse mundo tem olhos cinza?! E a minha resposta, Nathaniel!







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Notas finais do capítulo

Ai estou tão feliz por ter conseguido portar mais um Cap, então pouco tempo. Mas não prometo que todos serão rápido assim, bem, se for motivada por comentários lindos como os que recebi no primeiro Cap, talvez eu faça um esforcinho..

Vou deixar para postar a imagem do Nate no próximo.. HAHAH' Sou má então vou deixar vocês na curiosidade.:P

Espero que tenham gostado desse Cap enorme... Então fação uma autora feliz e comentem! Beijooos xD