Hereafter escrita por Suzana Alves


Capítulo 3
Cap. 2: Você está morto!


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pelo atraso. Já tinha gente até me mandando MP, sei que demorei, mas minha vida ta corrida. Tercerão é tenso, e também eu estava atrás de um beta - até achei-, mas não resisti a esperar a revisão dela. Então vou postar agora, mas ignore completamente os erros. Boa leitura!



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Já não conseguia enxergar nada que estava em minha frente, à única coisa que via era os olhos acinzentados de Nathaniel. Estava tão distraída que acabei trombando em alguém assim me levando ao chão.

- July você está bem? – Brian me perguntou enquanto me levantava.

- Brian! – Fui até ele o abraçando, pois ele eu sabia que estava vivo.

- Jullie aconteceu alguma coisa?- Ele parecia realmente preocupado enquanto me fitava.

- Eu só me assustei. – Eu suspirei em seu peito.

- Se assustou? Com o que? – Ele perguntou passando a mão em meu cabelo.

- Acho que confundir uma pessoa com um velho conhecido. – Disse enquanto me afastava já mais tranquila.

- July tem certeza que não aconteceu nada? Você está pálida. – Passei aos mãos em meu rosto para ver se assim o sangue voltava a circular.

- Serio só foi mesmo um susto. Mas agora já estou bem, obrigada. – Sorri um pouco forçado.

- Se você está dizendo, irei acreditar. – Ele sorriu se aproximando. – Mas me diga, por que a senhorita está fora da sala?

- Eu ia perguntar o mesmo para você. – Retruquei o fazendo rir.

- Eu sair para beber água. Agora é sua vez de responder. – Ele piscou.

- Terminei um texto mais cedo e o professor me liberou.

- Já estar indo embora?

- Estava tentando. – Eu dei de ombros.

- Poxa ia pedir para te levar em casa hoje. – Ele fez beicinho... Lindo!

- Deixa para próxima gatinho. – falei perto do seu ouvindo. – E mais uma coisa, obrigada por se preocupar.

Sorri indo até ele novamente e lhe dando um selinho rápido. – Poxa ele merecia por ter se preocupado tanto não é? – Ele abriu um sorriso quase do tamanho do EUA todo – serio não estou exagerando!-

- Depois dessa eu que agradeço. – Ele me deu outro e eu cedi, mas logo me afastei ajeitando minha mochila nas costa.

- Bem tenho que ir, a gente se vê? – Acenei enquanto ia para a saída da escola e só consegui escutar a sua resposta um pouco já de longe.

- Com certeza.

Passei pelo o porteiro entregando minha autorização e fui o mais rápido possível para casa. Mesmo depois de receber todo o carinho do Brian não fez com que a cena do corredor saísse da minha mente. Aqueles olhos cinza ainda me perturbavam, mas não era possível ser o Nate, certo?

--x--

Eu já estava umas duas horas, jogada em minha cama sem nem se quer vontade de falar com alguém. Minha mãe já havia me chamado três vezes para ir almoçar, e nas três eu apenas disse que não estava com fome.

Meu notebook estava em cima das minhas pernas. Não conseguia parar de olhar minhas antigas fotografias, e adivinha que estava sempre comigo nelas? Certo, o Nathaniel.

Eram fotos de careta, sorrisos tortos, olhos arregalados, sujos de lama,- ou seria brigadeiro?-. E aqueles olhos que vi hoje estavam lá, e o seu sorriso... Sempre foi o mesmo. Um sorriso não muito aberto e meio torto, mas era único sorriso torto do mundo que eu achava lindo.

 Mas como? Não podia ser ele! Talvez eu esteja vendo coisas ou pode até mesmo ser alguém muito parecido como ele. Sim é isso, afinal não dizem que no mundo temos duas ou três pessoas que são quase idênticas a nós? Pois bem, deve ter sido esse o caso. Não preciso ficar pensando tanto nisso. Mas por que eu não consigo meu Deus?

Mas uma vez a minha mãe estava à minha porta, e agora a sua voz tinha um tom mais preocupado. Fui até lá e a abria para que ela pudesse assim entrar.

- July, você está bem minha filha? – Ela me olhava dos pés a cabeça como se procurando por algo diferente em mim.

Eu em, estou meio para baixo, mas ainda não tenho quadro pernas mãe!

- Estou mãe, só estava cansada e sem fome. – Sorri de lado.

- Mas vamos comer algo agora, sim? Por que já são 17h e você não comeu nada desde que voltou da escola. – Não acredito que eu fiquei esse tempo todo olhando as minhas fotos? Que deprimente Jullie!

- Tudo bem mãe. – Concordei saindo com ela e indo para cozinha.

Ela me preparou dois sanduíches de peru e um copo de suco de laranja, enquanto eu comia, ela me olhava como quem não quer nada, mas eu conhecia minha mãe há dezessete anos então sabia muito bem que ela queria dizer algo.

- Fala mãe o que você quer. – Disse dando mais uma mordida no meu ultimo sanduíche.

- Eu? Não quero falar nada. – Ela virou o rosto olhando para a janela que tinha na cozinha onde ficava logo enfrente a do meu velho amigo.

- Mãee! – Chamei ela para que olhasse para mim, e foi exatamente isso que ela fez. Um olhar protetor e com muita ternura.

- Jullie, você sabe que dia é amanhã certo? – Assenti mastigando com os olhos fechados.

E obvio que eu sabia, como eu poderia esquecer a data da morte da pessoa mais importante para mim.

- Você não está assim por causa disso, certo? – Eu engasguei, na verdade não era bem por isso, mas o que eu poderia dizer?

-Não mãe só estou assim porque logo quando ele irá completar seis anos de morte eu o vi, engraçado não é?- Nunca eu diria isso. – Não mãe estou apenas cansada mesmo, e também já faz tanto tempo. – Respondi dando de ombros.

- Tudo bem então, mas se caso você quiser, eu irei lá amanhã para que você possa ver ele. – Ela me olhava com carinho... Se chorasse como quando era criança, com certeza agora já tinha derramando um litro de lagrimas.

- Vou ver mãe, qualquer coisa te falo. – Respondi comendo o ultimo pedaço e bebendo o resto do suco. – Mãe vou subir e tomar um banho. – Disse apontando para as minhas roupas, que, aliás, ainda eram as que eu fui para a escola.

Subi as escadas correndo e entrei logo no meu quarto, tirei as roupas as jogando no lado da minha cama e entrei no banheiro.

 Enquanto a água escorria nos meus cabelos e descia em todo o meu corpo, eu pensava no que iria fazer amanhã. Confesso que estava com um pouco de medo de ir ao cemitério, não por ter medo de fantasmas ou nada, mas como eu iria reagir se visse realmente o Nate? Isso não era algo tão fácil assim para se lidar.

Eu já tinha acabado o meu banho e ainda não sabia o que fazer, sai do banheiro já seca e com a toalha enrolada no cabelo. Vesti um short curto mais soltinho e uma blusa de moletom, pois já estava fazendo mais frio do que de manhã. Liguei a TV para assistir o meu desenho favorito, Adventure Time, eu simplesmente amava o Jake. E assim acabou sendo o resto da minha tarde.

--x--

Eu já havia tirado um pouco da cabeça as coisas que tinham acorrido hoje mais cedo, e estava quase dormindo quando meu celular tocou.

- Oi Mel? – Respondi enquanto esfregava a mão nos olhos.

- Jullie, você está bem? O Ethan me disse que o Brian contou para ele, que hoje você estava meio agitada. – Rolei os olhos.

- Estou ótima, ele não disse nada que eu só havia me assustado?

- Falou sim, mas não entendi muito bem, por isso te liguei. – Meu Deus, eu já tinha até esquecido um pouco agora tudo voltou. Merda, tudo culpa desse bando de fofoqueiro. Depois ainda dizem que as mulheres que gostam de fazer fofoca.

- Melissa eu só me assustei, não precisa se preocupar, ok? – Botei o celular no viva voz para poder desligar a TV.

- Se você esta dizendo, então tudo bem. – Eu já ia desliga quando ela deu um grito. – Ah July, já ia me esquecendo. – Eu suspirei, hoje eu não estava com cabeça para ficar batendo papo.- Meus pais saíram para uma viagem de negócios e só vão voltar semana que vem, o que quer dizer que o final de semana vai ter festa!!

- Hum, Legal.

- Legal? Isso é ótimo. E eu quero que você me ajude com tudo, beleza? – Não a estava vendo, mas tinha certeza que o sorriso dela enquanto conversávamos era quase maior do que o do Brian quando o dei o selinho hoje.

- Tá, amanha a gente conversa sobre isso. – Suspirei mais uma vez já deitada agora na cama novamente.

- Okay, beijos. – Disse e desligou sem nem espera minha resposta... Em outro dia eu até ligaria brigando por isso, mas hoje não quero mais pensar em nada, e se for possível dormi muito.

Afundei ainda mais minha cabeça no travesseiro quase me fundindo com ele e fechei os olhos já prontos para apagar. Hoje o dia havia sido muito longo e nada normal.

--x--

Levantei com o meu celular despertando, já eram 6h40min e eu tinha que entrar na escola as 7h30min, na verdade eu costumo sempre levantar as dez para seis para poder visitar o Nate.

Droga, agora que me lembrei dele que me dei conta que esse desperta do meu celular era programado para eu ir embora do cemitério, não o para acorda. Merda eu to muito atrasada.

Fui para o banheiro lavar o rosto, afinal não teria tempo de tomar banho. Para melhorar o meu estado eu estava com olheiras profundas, pois na noite passada logo quando a Mel desligo eu até que tentei dormi, mas acho que não consegui dormi o suficiente. Um olhar acinzentado dominava a minha mente sempre que fechava os meus olhos, quando consegui dormir de verdade os pássaros já estavam cantando, então já da para entender como a minha noite foi boa.

Como a minha escola não era exigente com uniforme, apenas vesti uma regata com desenhos de laços e uma calça jeans que se encaixava perfeitamente no meu corpo. Tomei um remédio para tentar aliviar a minha dor de cabeça e como estava com pressa, apenas botei minhas lentes na bolsa eu fui de óculos mesmo.

Minha mãe já estava saindo para trabalhar, ela era professora de física em uma universidade, pedi a ela uma carona e essa apenas sorriu, afinal fazia muito tempo que não íamos juntas para escola – uns seis anos -. Peguei apenas uma maçã na geladeira e sai.

O caminho até a minha escola era um pouco longo, mas de carro levou apenas 35min, fazendo com que eu chegasse em cima da hora, mas não atrasada como o de costume.

Dei um beijo na testa da minha mãe e logo fui para minha sala. Quando cheguei achei estranho afinal as gêmeas sempre já estavam lá quando eu chegava.

Botei a minha mochila no lugar e enquanto esperava o professor de história chegar, tratei de mandar uma mensagem para as duas. É sei que poderia mandar apenas para uma, afinal elas moram juntas, mas já até estava vendo se eu mandasse a mensagem para uma e para a outra não, seria a briga do século. Complicadas? Imagina.

Não demorou muito para que as duas respondessem.

“Melissa.

July, eu e a Mei não vamos hoje, temos que resolver algumas coisas sobre a festa, lembra?

Se der, vem depois para cá. Beijos”

Ah, a festa nem me lembrava que ela tinha inventado essa tal festa, que por sinal irei ter que ajudar, mas espera, hoje já é sexta? Nossa, estou perdida mesmo. – eu ri sozinha.-

“ Melanie.

Jullie, acabei perdendo à hora porque meus pais viajaram e gora a Mel inventou de fazer uma festa. Vou ter que ajudar. Vem aqui depois. Beijos.”

Vamos dizer que mesmo a Mei não parecendo tão animada, eu tenho certeza que na verdade ela também está, mas é certinha de mais para mostra toda a animação, bem, por enquanto que esta sóbria.

Hey, eu disse que eu nunca bebi, mas não disse nada que elas nunca beberam. A Mei é até certinha, mas não era santa.

--x--

Hoje o dia não estava nada animado para uma festa, primeiro, hoje fazia seis anos que o Nathaniel morreu e essa foi a primeira vez durante esse tempo que eu não fui vê-lo. Certo eu não tive culpa por perdi a hora, mas confesso que não sei se conseguiria ir depois de tudo que aconteceu ontem. Depois as minhas gêmeas faltam me deixando sozinha e logo quando elas faltam o professor passa um trabalho em dubla, assim e eu tive que acabar fazendo com um aluno novo que se transferido já faz um mês, mas só hoje veio para escola – quem diabos, começa a estudar em plena sexta feira?-. Ele não parecia muito o tipo que falava, afinal apenas sentou ao meu lado como o professor mandou e nem ao menos disse o seu nome.

- Prazer, eu sou Jullie Smale. – Me apresentei cortando aquele silêncio que já me perturbava.

- Adam Pritons. – Disse apenas sem tirar os olhos do quadro enquanto o professo explicava a tarefa a ser feita.

Enquanto ele copiava o que tinha que ser feito eu confesso que o analisei um pouco, e se fosse para lhe dar uma nota de dez a zero, eu daria uns nove. Porque fora ele ser bem quieto ou anti-social. Ele era lindo. Parecia meio nerd, mas vou te contar, se todos os nerd fossem lindos como ele, não seriam tão excluídos.

Ele era uns 10 cm maior do que eu com certeza, tinha o cabelo no tom de um castanho meio amarronzado, como ele usava óculos era meio difícil definir a cor dos seus olhos, mas mesmo assim no segundo que ele se virou para falar o seu nome pude ver que era de um azul lindo.

Ele usa blusas compridas, mas mesmo assim dava para notar que ele tinha músculos... Será que ele malha?

- Você quer alguma coisa? – Ele me perguntou, me tirando dos meus pensamentos e me fazendo corar ao percebe que ele via enquanto eu o observava.

- Não, mas e você quer alguma ajuda? – Perguntei botando um cabelo para trás da orelha ainda meio sem graça.

- Não precisa. – Disse apenas voltando a copiar.

Meu dia até poderia ter melhorado um pouco se essas não tivessem sido às únicas palavras que trocamos a aula toda. Ele fez o dever sem me pedir ou perguntar nada e eu fiquei apenas olhando o relógio e esperando o tempo passar.

--x--

As aulas já tinham acabando e como hoje era sexta-feira, todos os alunos trataram de sair o mais rápido que podiam da escola, acredite, quem olhasse até pensaria que a escola estava pegando fogo. E nem o Brian eu consegui ver hoje. Que pena.

Eu por outro lado não estava nem com animo para sair com aquela pressa como os outros. Levei quase dez minutos só para arrumar a minha bolsa. Quando eu passava pelos corredores já vazios, peguei meu celular para ligar para um taxi.

Fiquei sentada no banco ao lado da escola esperando que o taxi chegasse, eu ouvia musica no meu iPod, quando percebi que alguém tinha sentado ao meu lado, mas não quis ter o trabalho de olhar que era. – Pelo menos até esse individuo me chamar à atenção. -

- Juh, por que você não foi me ver hoje? – Como eu estava com o fone não pude ouvi-lo direito, então me virei, e ai o meu mundo caiu.

- Desculpa, mas quem é você? – Perguntei, sem tirar meus olhos dos dele.

Ele era o mesmo garoto que havia visto ontem e que por sinal se parecia muito com o meu amigo morto. Ou seria mesmo ele? Mas esse parece ter minha idade, não,não é o Nate!

- Para de brincar comigo, sou eu Juh. – Ele sorriu para mim.

Mas como ele sabe meu apelido, que, aliás, só o Nathaniel me chamava assim... Eu devo ter batido a cabeça e estou ficando louca, só pode.

- Isso não está acontecendo, eu estou sonhando. Acorda Jullie, Acorda! – Eu dizia para mim mesma, balançando a cabeça. Até que o rapaz do meu lado segurou meus braços me fazendo parar e olhá-lo.

- Ei, para com isso. Você esta bem? – Bem? Cara eu estou falando com um defunto e ele ainda me pergunta se estou bem?

- Serio, quem é você? – Perguntei novamente tentando me acalmar, pois não era possível ser o Nate, talvez ele fosse muito parecido, mas ele estava grande, defuntos não crescem certo?

- Nossa Juh, você não esta me conhecendo? – Fiz que não com a cabeça e ele revirou os olhos. – Sou eu, Nathaniel.

Ele ainda me segurava, se não fosse por isso eu já teria corrido dali.

Merda cadê esse taxi que não chega.

- Mas você está morto!! – Eu não sabia se corria como ontem ou simplesmente tentava entender o que estava acontecendo ali.

- É eu sei disso. – Meu Deus não pode ser ele.

- Okay, você é o Nathaniel. – Joguei minha cabeça para trás a encostando no banco. – Então se você diz se realmente quem é, por que agora? Depois de seis longos anos? E Grande? – Eu não estava acreditando, mas se era ele mesmo eu tinha que saber o porque de logo agora.

- Não sei, na verdade eu sempre estive ao seu lado. – Ele sorriu para mim, se encostando no banco como eu. – Eu sempre te respondia quando você falava comigo no cemitério, e acredite não acho isso nada saudável, mais me deixa muito feliz por não ter me esquecido. Bem, hoje você esqueceu não é.– Ele virou o rosto me encarando com aqueles olhos. Eu suspirei.

- Olha, eu perdi a hora tá legal. Mas pretendia te pedir desculpas amanha. – Espera eu estou mesmo falando com um morto? Tenho que ter uma prova que é mesmo o Nate. – Mas, como eu posso saber que é mesmo você? – Ele riu, afinal eu falei algo engraçado? Ou será que é alguma pegadinha e eu cai feio?

- Você não mudou nada! – Mudei, será que você ainda não viu? Tenho até peitos agora... Claro que não diria isso para... Nem sei quem é ele de verdade. – Você lembra quando você tinha sete anos, e chorou muito quando eu te contei que o Papai Noel era de mentira, e eu fiquei com tanta pena que acabei me vestindo de Papai Noel só para você parar de chorar?

- E eu te chamei de “Meu Papai Noel particular”. – Falei automaticamente me lembrando daquele tempo e ele assenti com a cabeça.

- Certo. E também teve aquela vez em que você estava brigando com uma menina da sua sala da terceira série, pois ela dizia que tinha um namorado e só você não, porque era feia então eu disse que você era minha noiva e ela saiu chorando.  - Eu sorri me lembrando da cena.

- E eu disse... – ele me interrompeu.

- Que a gente iria se casar quando fossemos grande.

- Você até quis me beijar. – Eu o empurrei.

- Só que você disse que só o seu pai podia te beijar. – Meu rosto ficou vermelho, eu sei, pois podia o sentir ardendo.

- Pois é. – Eu dei de ombros. – Mas espera como você pode voltar?

- Não sei, como eu disse, eu sempre estive ao seu lado, mas só agora que você consegue me ver. Talvez tenha algo que ainda me prenda aqui. – Era tudo tão estranho, eu ali falando com um morto. Mas como eu poderia ter medo do meu melhor amigo?

Eu sempre sonhei em poder vê-lo de novo, poder ouvir sua voz – mesmo que de alguma forma agora esteja um pouco mais grossa, ainda é sua voz-.

Eu não sabia o que pensar, tudo era tão confuso, mas eu não tinha mais duvidas era mesmo o Nathaniel, pois que mais saberia dessas coisas além dele?

Sim era mesmo o Nathaniel meu velho amigo, que sempre visito – só hoje que não- no cemitério. Então como eu poderia sentir qualquer outra coisa a não ser ficar feliz por ele está ali, mesmo que ainda morto!

Mas o mais estranho de tudo, - não só que de ele morto esteja na minha frente-, é como ele pode estar grande. Ele sempre foi maior do que eu, mas quem poderia imaginar que mesmo morto ele ainda poderia crescer.Por que depois de seis anos eu cresci, mas ele também? E devo dizer que ele está ainda mais lindo. Na verdade ele não mudou muita coisa, ele só cresceu como se nem tive morrido.

Continua com aquele sorriso torno, com os olhos de um cinza que me confundi, os cabelos em uma cor loiro quase dourado. Meu Deus porque ele tem que ser tão lindo?

Fui tirada dos meus devaneios quando o táxi buzinou na minha frente.

- Você vem? – Perguntei para ele sem me preocupar com o taxi a minha frente, aliás, acho que o motorista vai achar que sou louca por esta falando sozinha. Bem, até eu estou tendo duvidas quanto a isso.

- Claro. – Ele entrou junto comigo, mas dessa vez não falamos mais nada.

 Devo dizer que essa foi à viagem mais longa até em casa que eu já tive em toda a minha vida? 


((Off: Bem, vou deixar aqui as imagens alternativas dos personagens: Nathaniel 1/ Nathaniel 2/ Olhos do Nate/ Adam))



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Notas finais do capítulo

Acharam que eu não iria por a imagem do Nate né? E olha 2 dele, isso não é bom de mais? Bem, eu acho ele tudo de bom. E veja só, personagem novo. Gato, mas nerd. Eu gosto disso SAUSHUA' A gente quem puder leia minha outra Fic, ela já está toda escrita agora estou postando ela. É um romance clichê confesso, mas para mim os clichês são os melhores *--*

Link:http://fanfiction.com.br/historia/391536/Sempre_Foi_Voce/

Façam uma autora feliz e comentem, Prfv >< kkk'
Beijos!