POV  por Elijah.

Fazia alguns dias em que percorríamos todo o canto de New Orleans e nada de Marcel. Caroline me ligou uma duas ou três vezes para saber como estava Niklaus, era uma tristeza para ela saber que ele não tinha mudado em nada.

Ela me disse que Hayley decidiu ficar no Bayoun, infelizmente Klaus ouviu nossa ligação e decidiu ir até lá, consegui faze-lo mudar de ideia e disse que eu mesmo iria até lá e se ela tivesse com a criança eu a traria para ele, meu irmão deu um voto de confiança para mim.

 E se Hayley tivesse com sua filha? Eu realmente não sei se eu faria isso, mas conhecendo Klaus, o voto não valia nada e no fim ele ganharia. Mas mesmo assim, eu decidi verificar.

Não tinha nada ali. Nem uma pista nada. Quando dei meia volta me deparei com uma bruxa. 

Ela me olhava e quando ia abrir a boca, sabia o que ela faria e já estava cansado disso, fui até ela e segurei seu pescoço com toda a raiva possível. Eu não seria machucado novamente.

—Por favor não...— Ela suplicou e eu reconheci sua voz. Era ela que estava no dia que eu perdi Hayley.

Ela colocou a mão no seu bolso  e retirou o colar que foi de minha mãe.

— O que você faz com isso?—Perguntei a ela nada gentil.

—Me solte e eu posso te contar.

Desconfiei, mas mesmo assim eu a soltei. Se ela der um passo em falso, ela sabe que eu vou matar sem hesitar.

—Não somos do Clã daqui de New Orleans. Marcel nos pediu ajuda para matar o Klaus e quando cheguei aqui, me deparei com a noticia que ele teria um filho. O que é impossível, até saber sobre o lado lobo dele.

—Então quis se juntar para matar.

—Nós podemos nos comunicar com as ancestrais e uma delas foi sua mãe que me disse sobre esse colar, ela garantiu que daria um poder para enfim matar o bebê e o Klaus.

—Isso é impossível e como assim "nós" se não faz parte do clã de New Orleans?

—Eu e meus dois irmãos somos um Clã diferente, canalizamos poderes de outras bruxas e o clã de Davina nos deu seus poderes para podermos fazer o ritual.

—Isso explica porque elas ficaram tão quietas ultimamente.

—Elas estava sem esperança e sacrificaram seus poderes  naquela noite. Quando vimos aquela mulher dando a luz aos...—Ela parou de falar por um momento, mas depois continuou—Era diferente, não senti o perigo. Até que Davina fosse atacada.

—Foi o bebê?

—Você não tem noção do perigo que aquilo tem perante a humanidade não é? Mas nós acreditamos em segundas chances e Davina concordou em dar uma a ela, a menina terá seu tempo de viver humanamente possível e será da escolha dela ser o que quiser ser.

—Você está me dizendo que o bebê era perigoso, só que agora não é mais. Se fizer a escolha certa de permanecer humana? Me desculpe, mas não irá adiantar de nada, meu irmão está procurando a criança ao redor do mundo e uma hora ou outra ele irá achar e vai obrigar ela a se tornar hibrida.É inevitável.

—Marcel irá criar a menina longe desse mundo sobrenatural, criará da melhor forma possível e você pode ajuda-lo.—Ela entregou o colar a mim e eu o peguei.— Entregue para a menina quando achar melhor, ela é descendente de Esther, saberá o que fazer. Seu irmão não chegará á ela facilmente, colocamos um feitiço de ocultação nela.

Estava analisando toda a situação, se aquela bruxa estava falando a verdade, talvez minha sobrinha seria uma bruxa. Eu terei que encontrar um jeito de manter ela longe de Klaus. Quando eu descobrir onde ela está, avisarei Hayley, talvez assim ela poderia viver em paz com sua filha.

Pedi para a jovem bruxa me entregar o endereço que eu faria o que ela me pediu naquele momento, ela me entregou um papel e encostou nas minhas mãos. Com o toque seus olhos  ficaram brancos e sua voz estava diferente.

—Elijah aquele bebê fará mal a todos nesta terra e junto com o Niklaus será o inferno. Tudo é culpa minha, eu preciso reparar meu erro. Eu sei que você vai honrar o ultimo pedido de sua mãe.

Os olhos delas voltaram ao normal e ela me olhou sem saber o que acabou de acontecer.

Minha mãe havia a usado para me entregar o recado e ela não sabia disso. Me concentrei a ouvir se tinha alguém por ali perto, e não havia ninguém.

—Obrigado.— Disse á ela.

—Elijah Mikaelson, o futuro está em suas mãos.—Ela sorriu. E não durou muito eu sorriso pois eu arranquei o coração dela. Joguei o coração no chão e limpei minhas mãos.

—É parece que sim.

 Ninguém mais saberia daquilo. E se minha mãe estiver certa eu poderei colocar tudo no seu devido lugar. Darei este colar a criança, porque é dela por direito e eu confio que ela fará o que deve ser feito.

POV por Lina

Elijah tirou suas mãos de mim e eu senti como se não houvesse ar para respirar. 

—Você está bem ?— Perguntou ele preocupado.— Balancei a cabeça que sim.—Lina, olhe pra mim está tudo bem mesmo? Você está pálida.

—Eu estou bem, mas estou confusa com tudo isso…Você e minha mãe juntos...Eu podia ter uma família, podia ter sido criada por vocês.— Ele sorriu — Mas eu não pedi pra nascer, eu não queria isso pra minha vida!

—Eu sei...

—Minha mãe me entregou pro Marcel! Eu sei que ela queria o meu bem, mas o que aconteceu? Por que ela não me procurou? Por que Marcel disse minha vida toda que ela estava morta? Por que, Elijah?

Elijah me olhava seriamente, ele tentava encontrar respostas pra minhas perguntas, mas pela demora em falar alguma coisa, deduzi que não as tinha. Quando pensei em sair de perto dele, ele finalmente respondeu.

—Lina, eu não estava aqui pra saber o que houve com ela, mas prometo que acharei as respostas o mais breve possível, devemos entrar está um pouco frio pra você aqui.

—Claro que não estava, seu irmão te colocou naquele caixão!

—Exatamente. — Ele falava envergonhado do fato o ocorrido.

—Ele é um egoísta! Minha mãe só queria um futuro pra mim e ele tirou isso de mim!  Por que vocês não fugiram como ela pediu? Eu tenho certeza que seria mais feliz sendo criada por você e por ela.

Elijah ficou surpreso pelas minhas palavras .

—Não diga isso, você seria feliz se estivesse com seus pais.— Ele olhou para os lados— Acho melhor irmos, você precisa descansar e pensar em tudo o que lhe mostrei.

—Tá, vamos....Então você e minha mãe tinham um caso e meu pai empatou vocês. Digo, Klaus.

—Quando você conhecer realmente seu pai, vai entender os motivos dele.

—Eu vou ficar aqui por pouco tempo. E assim que esse tempo acabar e eu já tiver total controle sobre mim mesma eu vou embora e vou procurar por ela, não terei tempo de conhecê-lo e nem vontade.

Ele me olhava não conseguia ler sua face se era feliz ou nervoso.

—Você vai fazer o que achar melhor.— Ele deu um sorriso de canto e colocou seus braços em volta dos meus me puxando para entrar.

Elijah pode ter sido bem babaca por ter deixado minha mãe pelo irmão. Mas ele pode ser um bom aliado quando eu for embora, talvez ele esteja do meu lado.

—E essa Caroline?  Ela é a rainha que  Klaus tanto fala né— Disse baixinho com tom de brincadeira.

—Vamos minha menina, essa conversa fica pra depois.

Elijah parecia ser legal e se importar comigo, assim como se importava com minha mãe. Céus minha mãe.

Minha mãe... eu preciso saber onde ela está agora, se Klaus  tiver falando a verdade de que não a matou. Preciso encontra-la. Mas se ela nunca me encontrou e Marcel disse que ela estava morta...Klaus pode estar mentindo.

Seth estava acordado me esperando, quando me viu me abraçou tão forte que fui esmagada.

—Onde você estava sua maluca! — Ele veio até a mim e me abraçou bem forte que não senti ar.

—Se você me deixar falar eu conto…— Estava sendo exprimida que mal consegui falar.

Ele então me soltou e ergue a sobrancelha pro Elijah.

—Eu vou deixar vocês dois conversarem por um tempo, mas acredito que você ficará seguro em seu próprio quarto Seth.— Elijah jogou a indireta.

—Pode ficar tranquilo ai titio, eu e a Lina somos só amigos eu não faria nada...que ela não quisesse.— Seth disse com um sorriso estampado na cara.

—Seth!— Disse olhando pra ele.

—É brincadeira!

Ele riu, enquanto Elijah não soltava um pingo de riso na sua face, ele permaneceu ali parado encarando Seth que se sentiu mal e fechou o riso.

—Tenta se acostumar, ele não pensa pra falar. — Dei um tapinha na cabeça dele de leve que fingiu que foi a dor mais insuportável do mundo.

Dor.

Me lembrei da dor que minha mãe sentiu quando aquela...Ah! Que ódio daquela Davina que a machucou,  queria ter arrancado os cabelos dela por ter tocado na minha mãe. Mas fico feliz por eu ainda ser um bebê e poder ter protegido ela de alguma forma. 

Eijah deu um passo me tirando do meu pensamento.

—Tenha uma boa noite, querida.— Ele deu um beijo terno em minha testa, me controlei para não soltar um sorriso e ele achar que eu gostei.

—Obrigada por hoje, por ter me mostrando a verdade, tenha uma boa noite também.

—As coisas irão mudar para melhor, Lina. Seu pai não é isso o que pensa, dê uma chance á ele.

Tarde demais.

—E você rapaz, não demore.

—Ah o Titio vai pegar logo no meu pé, você tem que ver os admiradores que a Lin..—Tampei a boca dele rapidamente.

—Dá pra parar? —Eu o encarei, ele fez que tinha um zíper na boca e o fechou. Elijah levantou uma sobrancelha pra mim intrigado.

—Devo querer saber quem são os tais admiradores?

Balancei a cabeça que não.

—Ele está brincando.

—Então...Boa noite — Ele acenou e saiu.

Me virei pra Seth e fechei a porta com força. E virei olhando feio para Seth.

—Olha aqui garoto, acho bom você ficar com essa matraca fechada, imagina se ele implica com o Stefan!

—Quem falou em Stefan aqui? Tá rolando um clima e eu não estou sabendo né...

Fiquei sem reação afinal ele estava certo, ninguém tocou no nome de Stefan e eu nem sei porque eu falei dele.

Seth estava rindo, fiz cara de brava pra ele, mas nem ligou. Pulou na cama colocando suas mãos atrás da cabeça. Um folgado.

—Gostaria de uma pipoca e um refrigerante enquanto você conta desse passeio com o titio.

Puxei o coberto dele e o corpo dele revirou na cama, nós rimos era impossível ficar brava com ele. Fui para o outro lado da cama e me sentei com um travesseiro nas minhas pernas, a conversa seria bem longa.