Davina e Marcel estava discutindo  sobre  matar minha sobrinha ou não.

Hayley estava gritando com fortes dores, ela estava entrando em trabalho de parto. Niklaus e eu tentávamos de todas as formas nos levantar. Ouvimos um gritos e mais gritos, Hayley estava sofrendo com tudo aquilo.

Eu precisava fazer alguma coisa. Olhei para Niklaus e ele estava da mesma forma que eu e queria fazer algo.

—Niklaus! — Lutei para conseguir chama-lo. Ele não conseguia me olhar e me procurava, talvez seus olhos estavam ficando como os meus, embaçados.

—Me ajudem.—Ouvi a voz de uma bruxa que eu não reconheçe— Hayley, preciso que faça força.

Ela ia dar a luz e meu irmão e eu não estaríamos do seu lado.  Ela estava sofrendo e deu um dos gritos mais fortes que eu já pudera ouvir em minha vida e depois cessou.

Um choro que invadiu aquele quarto,  Hayley suspirava aliviada daquilo ter um fim. Eu me tornei tio, ela se tornou mãe e meu irmão pai. A resposta para a nossa família ser feliz estava a poucos metros de mim. 

—Isso não pode ser possível...—A bruxa disse baixinho espantada.

—Davina, eu não posso deixar você fazer isso são só crianças!— Marcel desesperado.

—Você não vai tocar um só dedo!— Hayley rugiu e ouvi seu pescoço ser quebrado.

—Não me venha com essa  agora Marcel. — Davina respondeu ríspida.

—O que está havendo aqui! —Caroline apareceu olhando em volta  e os bruxos a jogaram para longe.

De repente sentimos um pequeno tremor e os vidros se quebraram, os bruxos pareciam estar possuídos por algo.

—Faz alguma coisa! —  Marcel gritou.

—vampire sanguine! lupus sanguine! sanguinem pythonissam! humani sanguinis. — A outra bruxa gritava.

—Para! Você vai mata-los!—Marcel gritou.

—Está feito — Davina disse.—Você pode ficar com ela se quiser, será a maior vingança.

Meus olhos estavam voltando ao normal, mas meu corpo se recusava a se mexer. Vi Marcel pegando um lençol e embrulhando algo. E ele fugiu.

Me levantei bem devagar, ainda podia sentir algumas pontadas em minha cabeça, Niklaus sentia o mesmo quando se levantava.

Davina chegou perto de Niklaus, que tentava poder enxergar ela assim como eu.

—Você nunca saberá a verdade. Mas deveria saber que sua mãe nos ajudou. Aquilo seria um monstro na terra...

—O que você fez?—Disse meu irmão agonizando.

—Sua linhagem está enfeitiçada e você terá 16 anos vivendo em completa agonia por não poder fazer nada. Quando esse tempo acabar, será apenas sangue humano Mikaelson.

Niklaus avançou para mata-la, quando ele caiu novamente de dor.

—Maldito, espero que tenha uma longa vida infeliz!

Davina estava com muita raiva e antes de sumir de nossas vistas fritou nossos cérebros mais uma vez.

Niklaus conseguiu se levantar e foi direto a cama onde Hayley estava .

—Você deixou que Marcel levasse a minha criança!—Ele gritou, ela estava acordada.

—Ela não merecia viver aqui e com você. — Hayley retrucou

Niklaus ia avançar em Hayley e eu o segurei.

—Tira suas mãos de mim Elijah! Ela tirou minha filha de mim, se você acha que eu vou deixar ela viva pra vocês terem o seu final feliz encantado, está muito enganado.

—Klaus, por favor pare! — Disse Caroline que se levantava.

—Olha love, isso é assunto de família!— Niklaus estava cerrando os dentes.

Caroline ficou sem palavras ao ver ele daquele jeito e saiu em velocidade.

Niklaus estava irreconhecível, furioso, mão se importou.

—Niklaus!—Gritei e ele deixou seus olhos normais e eu o soltei, ele respirou fundo.

—Eu vou encontrar minha criança. Mas eu quero ela bem longe daqui e que nunca mais coloque as patas em New Orleans ou eu juro por Deus que eu arranco o coração dela e embrulho para presente de natal pra você —Seu tom era ameaçador enquanto olhava para mim.

—Não ouse tocar um só dedo nela, Niklaus. — Eu disse quando fui ao lado de Hayley.

—Ela entregou a minha filha pra aquele bastardo! Eu não a perdoarei. Tire ela daqui antes que eu volte.—Ele começou a andar para a porta.

—Se prefere assim Klaus. Eu não coloco os pés nesse maldito lugar, mas você não tocará na minha filha, porque ela é minha! — Hayley gritou tentando se levantar e eu a segurei.

Ele se virou e encarou Hayley. Mas não dirigiu a palavra á ela.

—Elijah...Ela não pisa mais aqui está decidido. Mas se você for com ela, eu juro que esqueço que você é meu irmão.

Ele saiu rapidamente de nossas vistas.

Se eu fosse com ela, certamente ele não nos deixaria em paz. Mas se eu ficasse poderia garantir a  sobrevivência de Hayley.

Senti as mãos de Hayley pelas minhas mãos e as entrelaçando-as, seus olhos estavam lacrimejados.

—Eu não tenho medo dele. Nós iremos embora como eu disse que seria e vamos encontrar o Marcel, nós somos fortes contra o Klaus, você sabe disso.

—Não Hayley, eu preciso te tirar daqui e acalmar meu irmão, ele está em choque com toda essa situação e não está pensando direito.

—É isso o que você realmente quer?

—Não é o que eu quero, é o que a situação nos pede, eu não posso arriscar sua vida diante de tudo isso.

—Mas da minha filha sim?—Ela ficou espantada— Tudo bem Elijah, eu vou embora desse lugar, vou encontrar minha filha e estarei bem longe e se um dia você deixar de amar mais o seu irmão do que a mim, talvez possamos ser uma família.

Uma adaga no meu coração doeria menos do que ouvir ela dizer isso.

Fiquei sem palavras diante de tudo aquilo e Caroline apareceu.

—Elijah, eu vou ir junto com ela e eu não pretendo voltar. Acho que você sabe o porquê. Eu voltei por ele porque eu o amo e sempre vou amar. Pelo que eu conheço Klaus ele ficará mais paranoico do que quando foi quando queria Elena. Então, prefiro ficar longe irei proteger Hayley até ela se sentir segura e depois eu volto pra minha antiga vida.

—Ele sentirá muito sua falta.

—Claro que ele vai, mas eu não posso lidar com ele desse jeito. Eu estarei esperando por ele quando tudo se resolver.

—Tudo bem, vou me juntar a Niklaus para procurar por Nicolina — Hayley me olhou indignada — Se acalme, eu cuidarei para que Niklaus fique um passo atrás de você.

Ela respirou fundo mais tranquila.

—Sabia que isso iria acontecer um dia, eu só não esperava que fosse tão rápido. Terei esperanças de que um dia ainda ficaremos juntos.

—E enquanto esse dia não chegar eu tenho que garantir que você seja feliz Hayley. Esse é o meu maior desejo, você sabe e não lute comigo.— Os seus olhos se encheram de lágrimas, olhei para Caroline— Conte comigo para o que precisar.

—Eu vou colocar algumas coisas na mala pra Hayley, depois peço pra alguém pegar as minhas, Hayley em 1 minuto estarei aqui. Obrigada Elijah por tudo.

Caroline disse e me deu um pequeno abraço aconchegante, ela vai fazer falta. Hayley ficou esperando por ela sentado em sua cama, analisando o que tinha ocorrido naquele momento. 

—Elijah, antes da Davina quebrar meu pescoço senti algo estranho...Era como se minha força estivesse sido sugada, mas não por ela...

—Seu bebê poderia estar te canalizando para se proteger, Davina se machucou depois eu pude ouvir.

—Espero que tenha sido isso.—Ela deu um pequeno sorriso— Ela tem meu sangue afinal, mal posso esperar para te-la em meus braços.

Acaricie seu rosto, espero que isso aconteça, não é seguro estar com Marcel. Preciso ajudar Hayley a encontra-la mais rápido que meu irmão. Não contei á ela o que Davina disse, não quero ela se sentindo mal.

Caroline voltou mais rápido do que eu imaginava e era a hora de se despedir, Hayley já estava pronta para ir.

—Hayley, eu ...

—Não…— Ela agarrou meus lábios tão rapidamente e urgente que eu me vi retribuindo todo aquele carinho. Segurei em sua cintura forte, não para machuca-la, mas para senti-la em meus braços. Ela apertava seus lábios contra os meus lábios como se o mundo fosse acabar e nossas línguas dançava uma ultima dança.

Não era o que eu realmente queria, eu precisava da minha família unida novamente e era isso que eu faria, talvez quando Niklaus se acalmar ele irá entender.

[...]

Quando encontrei meu irmão no complexo ele ainda estava abalado e irritado. Estava gritando por todos os cantos com seus vampiros.

Disse que foi um insulto Davina e seus amigos passarem pela nossa segurança, claro que eles deviam estar impossibilitados naquele momento, mas nada justificava uma empregada humana nos avisar sobre o que havia e não um dos nossos vampiros.

Quando ele percebeu que eu estava ali, pra ele.

Ele sorriu, ele sabia a escolha que eu havia feito e estava feliz por ter escolhido ele...