A Filha de Klaus escrita por Katerina Petrova


Capítulo 185
Capítulo 68


Notas iniciais do capítulo

Olá amores'
Já preparo vocês que se estiverem sensíveis, aconselho ler este capítulo depois rs'
Boa leitura!



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POV por Lina 

 Estava ouvindo os choros, as discussões, as prováveis decisões...Mas eu não queria estar lá. Eu não queria estar aqui. Eu queria estar no Outro Lado, morta. Pelo menos se eu ainda estivesse lá muita coisa poderia ser evitada. Eu ainda não consegui chorar, mal consegui falar uma palavra desde que Stefan me encontrou e me trouxe para casa. Quando chegamos apontei para o meu o quarto e ele me levou, Seth e os outros esperavam algo de mim, mas o quê? Eu mal conseguia ficar em pé, não por cansaço do meu corpo, mas sim mentalmente, eu estava arrasada. Mal olhei para o corpo de Tommy, eu não quero acreditar que meu irmão... Que aquele demônio o matou.

Stefan me levou para o banheiro e me deu um banho, limpou minha ferida que estava demorando a cicatrizar e eu não disse uma palavra. Me deitei na cama, fiquei um bom tempo olhando para o teto, ele segurou a minha mão e também não falou nada, até agora.

—Lina...— Ele disse baixinho.— O que você precisa?

"Preciso que tudo se resolva enquanto eu estou aqui deitada olhando para o nada." Pensei.

Segurei mais forte em suas mãos, ele não respondeu, ele sabe do que eu preciso e estava lá, eu precisava dele. Do seu apoio e do seu amor. 

Ela precisa sair daquele quarto. Faz horas que ela está lá!— Ouvi minha mãe dizer ao meu pai.

Olhei para o Stefan e balancei a cabeça que não. Ele acenou e beijou minhas mãos antes de sair do quarto. Me virei e afundei minha cabeça no travesseiro.

Não me venha com essa Stefan! Ela precisa falar o que houve, pra onde ela foi? Onde está o Henrik!— Ouvi meu pai gritar com ele.

— Klaus... Lina está em estado de choque ela precisa de um tempo pra ela...

—Tem um hibrido morto no meio da minha casa, ela tem que fazer alguma coisa.

Ele estava certo, tinha que fazer alguma coisa. Peguei o meu celular e mandei algumas mensagens para Josh. Me levantei e fui até á porta do meu quarto.

—Você está bem?— Stefan perguntou preocupado. Meu pai ficou me olhando mas não me disse nada.

—O velório será amanhã ás 08h, não se preocupem com nada já estão vindo preparar tudo. — Disse e voltei para o meu quarto. Eles não disseram absolutamente nada.

[...]

Agradeci ao Josh por ter arrumado tudo. Ele chamou Skyller e ela pegou um pequeno papelzinho do bolso de seu vestido preto o encarou e o jogou fora.

Ela respirou fundo.

Birdy - Wings

 

 

Quando eu o conheci ele era um garoto tímido, quer dizer...ele ainda não estava familiarizado com nós, e isso durou apenas 1 dia, depois ele estava falando mais que a boca com todos. 

Ele era a diversão em pessoa, a felicidade ambulante, ele poderia me fazer rir por horas sem cansar e com coisas bobas...Ele não era o mais forte de nós, mas com certeza era o mais divertido e o mais empolgado. Ele sempre estava ali quando precisasse dele, era um bom amigo.

Eu não sabia o que eu sentia por ele, até que ele me beijasse em uma das nossas brincadeiras de verdade e desafio. Acho que nem ele mesmo sabia...Nossos últimos dias foram bem confusos, emoções a flor da pele, mas muito amor.

Ele tinha um certo medo do futuro, ele gostava de pensar no agora...Ele amava seus novos "irmãos" híbridos , amava ser o garoto caçula. Amava suas "irmãs" híbridas, amava a forma carinhosa que o tratávamos, mas odiava ficar de fora quando a situação estava ficando mal. Ele amava a liberdade que foi lhe dada, ele amava fazer parte dessa família. E a família o amava, eu o amava. E eu sempre amarei.

Thomas Belfort James. Sempre iremos te amar, sempre iremos lembrar da sua alegria contagiante e de toda a sua inocência.

Acho que agora posso dizer pra você ir em paz...

 

Skyller colocou uma rosa branca no caixão de Tommy quando terminou seu  discurso fúnebre, os demais fizeram o mesmo, mas colocando objetos particulares que faziam sentido apenas para eles e Tommy.

Stefan me olhou enquanto eu encarava o caixão com o rosto triste porém apático, ele se soltou de mim dando um passo para trás e me encorajou a ir até lá. Sai debaixo do nosso guarda chuva e percebi olhos examinando o meu trajeto. Me deram espaço para que eu ficasse ao lado do caixão. Engoli seco.

—Você será vingado Tommy.—Disse baixinho. E sai sem olhar para trás.

[...]

No complexo havia uma banda no meio tocando Jazz com Marcel cantando, o gênero de música que Tommy passou a gostar depois que chegou na cidade, o buffet do Rousseau's não deixava o copo de ninguém vazio, aos intervalos um dos híbridos subia para contar alguma história hilária que aconteceu com ele e Tommy. Eles estavam triste, mas era um dos desejos malucos de Tommy já que eu jamais o mataria, ele queria uma grande festa celebrando á vida dele e queria todos felizes contando as melhores histórias sobre ele. Fiz questão de tornar esse último desejo realidade, pelo menos era a única coisa que eu podia fazer por ele nesse momento. Eu não estava participando direito da festa, olhava cada um deles do andar de cima. Todos pareciam estar tristemente felizes, se é que eu poderia falar desse jeito.

—Eu não vou perguntar se está bem, porque eu sei que não está, também não vou perguntar se você quer um abraço porque eu sei que quer.— Seth disse quando segurou em minhas mãos entrelaçando-as — Eu só quero que saiba que eu estou aqui agora e eu vou estar na hora que você quiser desabar. Seja lá quando for isso. 

Apertei suas mãos e o olhei, não fiz questão de tentar abrir um sorriso ele é meu melhor amigo não preciso mentir o que sinto, acenei que sim.

Eu estava pronta, mas não pra fazer aquilo ali, com todos prestando a atenção em mim. Fomos até o meu quarto, ele abriu a porta e a trancou. Eu fiquei ali parada um tempo olhando a chuva cair pela janela, ele voltou a segurar á minha mão e me levou até a minha cama e nos sentamos. Continuei olhando o nada, sem pensar em nada, por um bom e longo tempo. Seth ficou ali sem dizer uma palavra. E então eu quebrei o gelo.

—Eu estou pronta.— Disse respirando fundo e ele acenou. Levantou seu braço passando pelo meu ombro e me abraçou forte, como se nunca fosse me soltar. Me deu um beijo por cima dos meus cabelos e eu fechei meus olhos.

E então eu finalmente, desabei. E chorei.

[...]

 A música já tinha acabado e ouvia apenas as coisas sendo arrastadas, estavam guardando as coisas. Seth me deixou deitada, eu não estava enxergando muito bem, meus olhos estavam extremamente inchados de tanto chorar. Ouvi a porta ser destrancadas.

Faz pouco tempo que ela pegou no sono.—Seth disse e Stefan entrou.— Desculpe não ter te chamado antes.

—Não tem problema, ela precisava do amigo. — Ouvi ele bater nos ombros dele.— Vai descansar, eu vou ficar com ela. 

Eles se despediram e Stefan sentou do lado no canto da cama, e colocou meu cabelo atrás da orelha.

—Ele já foi...Quando e se quiser conversar eu vou estar aqui. — Ele beijou minha testa e eu segurei o braço dele o puxando.— Tá bom, me deixa tirar isso aqui.

Ele tirou o seu terno e o jogou no chão, deitou encostando sua testa na minha. 

—Eu não contei nenhuma história dele hoje.— Disse com a voz um pouco rouca.

—Quer contar agora?— Balancei a cabeça que sim— Sou todo ouvidos então.

Ele me deu um selinho acariciando o meu rosto e me olhando.

—Uma vez Tommy...

E então eu contei  sobre todas as vezes que Tommy me fez ficar dolorida de tanto rir e também das vezes que me deixou irritada, com o Tommy ia do céu ao inferno em questão de segundos. 

—É, ele vai fazer muita falta.— Stefan disse.— Mas não se sinta culpada pelo o que aconteceu, ninguém tem culpa disso, nem mesmo Henrik...Falando em Henrik, Skyller finalmente conseguiu falar sobre o que houve.

—E o que ela disse?

—Disse que o Henrik estava totalmente diferente. — Olhei para ele  e ergui a sobrancelha— Desculpe, foram as palavras delas, ela descreveu Takan como algo monstruoso, mas que podia ver Henrik nele...Ele foi em direção ao Tommy e o matou sem mais nem menos e que ele ficou confuso por aquilo e fugiu, estamos tentando entender o por quê dele ter o atacado, deve ter algum motivo, eu sei que você não quer sair do quarto, mas consegue se lembrar de alguma coisa para que eu possa falar com seu pai?

—Não houve nada, o que houve foi Takan ser o que é e se aproveitar do meu irmão. — Me levantei começando a ficar nervosa. Stefan se levantou em seguida.— Ele mata por prazer só isso.

Stefan olhou para o meu braço.

—Algo me diz o contrário, senão porque motivo ele te deixaria viva?

—Henrik não deixaria que ele me machucasse, meu irmão sempre me defendeu e sempre fará isso até mesmo dos meus híbridos. Até mesmo quando Tommy veio me questionar, Henrik ficou nervoso com ele.

—Ficou?—Ele me olhou desconfiado.

—Aham, eu estava nervosa e ele também ficou e foi quando eu fui deixar os híbridos despreocupados... Quanta ironia, eu disse que os protegeria e olha só no que deu, um dos nossos está morto.

Stefan pegou o seu terno do chão apressado.

—Você está bem né? Se importa de eu ir tomar um banho, quero tirar esse odor de velório. Tudo bem?

—Claro, eu vou fazer a mesma coisa, você não quer fazer isso comigo?— Disse indo até ele.

Ele se afastou, estranhei sua pressa.

—É que... — Ele tentou procurar palavras.— Lina, você está de luto, acho melhor não. Eu tenho que ir. 

Nem pude responder nada por que ele saiu em velocidade.  

 

POV por Klaus 

 Finalmente essa gente toda foi embora. As coisas precisam ser colocadas no lugar, vingança contra os Palmers, matar Camille, tirar Takan do corpo do meu filho e mata-lo, coisas do dia-a-dia. Ao menos algo já foi resolvido. Olhei para a cesta que Stefan trouxe, um pequeno presente para minha filha que se não fosse a morte do garoto teria entregado á ela ontem. 

—E então? — Kol disse quando entrou na biblioteca.

—Não parece meio obvio? Um híbrido foi morto.— Coloquei meu copo de bourbon na mesa— O plano foi por água a baixo irmãozinho.

—Sempre há uma solução, iremos achar uma cedo ou tarde.

Stefan entrou na biblioteca e sua cara não era uma das boas, ele olhou para o Kol e foi pra cima dele.

—Seth me contou sobre tudo e eu ainda não pude resolver minha conta com você.—Eu não sai do lugar ele é o namorado da minha filha, pode defende-la sempre que quiser.— Se você chegar perto dela com más intenções, eu não vou ter pena nenhuma do meu sogro e amigo em matar o irmão dele.

Ele o soltou. Kol olhou pra mim como se estivesse surpreso por eu não interromper, dei de ombros.

—Recado dado Salvatore.— Eu disse — Agora...Como ela está?

—Ela vai ficar bem, ela é forte, é uma Mikaelson, você sabe. — Acenei que sim.

—Mas...

Seth entrou logo atrás com Elijah.

—Me chamou? Lina está bem? O que foi? — Ele perguntou para o Stefan preocupado.

—Se acalme, ela está bem. — Stefan veio até minha mesa pegando um copo e se serviu de bourbon, percebi que era algo importante.— É sobre Takan, sobre tudo o que vem acontecido.— Ele se sentou bebendo e encarou Kol.— Você é um grande imbecil sabia? Se tivesse nos contado a história toda, sobre ele, sobre Lina ser cópia do amor da vida dele, estaríamos  devidamente preparados e Tommy não estaria morto.

—Stefan você pode por favor chegar ao ponto sem insultos ao meu irmão?— Elijah pediu.

—Posso e vou.— Ele largou o copo na mesinha de centro se levantou e pegou a pasta dos arquivos das mortes, selecionou algumas fotos e as distribuiu para nós, deu primeiro para Seth — Se lembra delas?

—Sim, essa é filha do Palmer era uma das garotas que Lina transformou. Essa aqui ela discutiu em um restaurante, mas deixou ela viver á pedido de Kai, me lembro antes partir. 

Ele se virou para Elijah que estava olhando para a foto.

—Essa veio até aqui dizendo que Lina havia matado o namorado dela, Lina bateu boca com ela e eu impedi dela matar a garota. 

—Certo. Kol, pode me falar o que houve antes da Eva morrer?— Stefan indagou meu irmão. Ele ficou receoso, mas respondeu.

—Elas discutiram. Henrik impediu da Lina matar ela, mas  depois...sabemos o que houve.

—É sabemos...  —Stefan olhou para mim. — Ontem á  noite Tommy, foi até Lina questiona-la sobre o que ela ia fazer, Lina se aborreceu com ele e também sabemos o que houve com ele.

—O que você está querendo dizer com isso Stefan?— Perguntei tentando juntar as peças.

Seth jogou as fotos na mesinha de centro e deu um risadinha mórbida.

—O que eu quero dizer com isso? — Stefan disse olhando para mim como se não precisasse de explicação— Senhores, Takan tem um padrão de mortes e gira em torno da Lina, não está claro pra vocês?

Peças foram encaixadas e eu me sentei querendo não acreditar.

—Ou melhor, da cópia dela. Kahilah. — Respondi.


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Notas finais do capítulo

Discurso da Sky...Emocionante? Tristinho? Sorry :'(
E o Stefan e Seth estão dando uma boa dupla não acham? Matando todas as charadas que estão acontecendo...Como será que a Lina vai reagir quando descobrir tudo isso...
Bom fim de semana, segunda tem mais ♥ ♥ ♥



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