Livin' on a Supernatural - Season 2 escrita por Isabela McAllen Winchester, Eva Winchester


Capítulo 35
All Hell Breaks Loose - Parte 6


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente!! Chegando agora do trabalho e correndo para atualizar a nossa história (não vejo a hora de chegar logo a terceira temporada. Em primeiro, porque eu estou doida para ver a declaração DEBELA e um episódio SANNIE que Eva me prometeu e em segundo lugar, porque esse é o episódio mais triste da segunda temporada), então, vamos logo ao que interessa!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/379621/chapter/35

Bobby retornou de onde havia ido e nem sequer imaginava o que estaria acontecendo com os quatro caçadores que ficaram na cidade.

Abela e Dean não paravam de chorar em minuto algum, os dois abraçados aos corpos de seus irmãos e nem sequer notavam a dor do outro, porque aquela dor que sentiam, parecia insuperáveis.

– Oh meu Deus. – falou Bobby e ajoelhou ao lado de Abela, tentou pegar em Annie, mas Abela não deixou. – Eu sinto muito, menina, mas é melhor sairmos daqui. Eu vi uma cabana aqui perto, quando estávamos vindo para cá. – continuou falando. – Temos que nos proteger, o demônio dos olhos amarelos pode aparecer.

– Se ele vier, que Deus me ajude. – falou ela entre lágrimas.

– Eu vou falar com Dean e volto para pegar a Annie. – Bobby levantou e Abela voltou a chorar quando ouviu o nome da irmã. Bobby seguiu até Dean que estava do mesmo jeito que a morena, sentado no chão, com Sam no colo.

Abela ergueu as vistas e encarou o loiro que também a olhava. Dean queria abraçar Abela, dizer para ela que tudo iria ficar bem, mas o corpo de Sam em seus braços, o fazia perceber que estaria mentindo se falasse aquilo.

Bobby retornou e tomou Annie dos braços de Abela, carregando-a em direção a estrada onde o Impala estava estacionado. Dean carregou Sam até lá e colocou os corpos no banco de trás.

Abela se encostou na frente do impala e soluçava bastante. Não queria falar, as palavras estavam entaladas em sua garganta. Dean se aproximou com os olhos repletos de água, com o rosto inchado e a única ação dele foi puxar a mulher para perto e lhe dar um abraço apertado, na esperança que a dor dos dois diminuísse.

[...]

Dean e Abela colocaram os irmãos em uma cama de casal que encontraram no lugar e ali ficaram enquanto Bobby saiu assim que amanheceu. A morena alisava os cabelos loiros da irmã enquanto que Dean estava em pé, olhando a cena, até que o outro caçador retornou com um balde de comida nas mãos.

– Dean? Abela? – chamou ele ao entrar na casa. – Trouxe comida para vocês.

– Não, obrigado. – respondeu Dean.

– Estamos sem fome. – concluiu Abela e mais lágrimas se acumularam nos seus olhos verdes.

– Vocês precisam se alimentar.

– Eu disse que estamos bem. – respondeu o loiro e seguiu até onde Bobby estava. Pegou uma garrafa de Whisky e tomou um gole.

– Dean, eu odeio falar isso, é tão chato, mas você não acha que está na hora de enterramos a Annie e o Sam?

– Não. – respondeu Abela e Dean ao mesmo tempo. Ela havia se levantado de onde estava e encostou-se ao arco da porta.

– Podemos, talvez...

– O que? – perguntou o loiro sem vontade alguma de conversar. – Cremar os corpos? Ainda não.

– Eu quero que vocês venham comigo. – falou Bobby olhando para os dois.

– Eu não vou sair daqui. – falou Dean,

– E muito menos eu. – respondeu Abela.

– Garotos, por favor.

– Você poderia entender o nosso lado?

– Só acho que não deveriam ficar sozinhos, é isso! E admito que preciso da ajuda de vocês. – Abela respirou fundo e voltou para o quarto. – A situação é grave, pode ser o fim do mundo.

– Pois deixe que ele acabe. – gritou Dean a todo pulmão.

– Você não fala sério. – falou Bobby e Dean se levantou rapidamente da cadeira. Abela, pressentindo que o loiro ia fazer uma besteira, voltou a sala e ficou entre Bobby e ele.

– Você acha que não? – perguntou Dean e a mulher colocou a mão em seu peito, impedindo que ele desse outro passo na direção de Bobby. – Não acha que já demos o bastante? Já não pagamos um preço alto? Para mim, chega. Que se dane. – falou ele.

– Eu sinto muito. – falou Abela e se virou chorando, para encarar a Bobby. – Para mim também, chega.

– E se fosse esperto, daria logo o fora daqui. – concluiu Dean, ameaçou dar as costas e quando Abela se descuidou ele empurrou Bobby e gritou. – Vá!

– Dean... – falou ela assustada. Bobby nada disse, apenas observava os dois, sem acreditar.

– Sinto muito. – falou o loiro e se afastou, o caçador mais velho assentiu. – Me desculpe, mas, por favor, se manda.

– Sabem onde me encontrar. – falou o homem e deixou a casa. Dean estava debruçado no encosto da cadeira enquanto que Abela voltou para o quarto. Minutos depois, Dean a seguiu. Os dois ficaram em silencio pelo resto do dia até que ele começou a falar.

– Pois é, quando éramos moleques e você deveria ter uns cinco anos, estava começando a fazer perguntas. – Dean olhou para Sam e depois para Abela que estava com a cabeça enterrada no colchão e segurando a mão de Annie. – Porque a gente não tinha mãe? Porque a gente vivia se mudando? Porque o nosso pai viajava as vezes? Eu implorei que parasse de fazer perguntas porque você não ia querer saber e eu só queria que você fosse criança. Só por mais um tempinho. Eu só tentava proteger você, te manter seguro. – continuou ele a falar e Abela soluçou alto. – O pai não teve que me dizer, sempre foi a minha responsabilidade, entende? – Dean sorriu mais ficou sério outra vez. – Eu tinha uma função, só uma função e eu dei mancada. Fiz besteira. – as lagrimas começaram a escorrer pela face dele. – Eu sinto muito por isso. Eu sempre faço isso, desaponto as pessoas que eu amo. Desapontei o papai e agora eu devo simplesmente desapontar você também. – Abela levantou a cabeça e encarou o loiro. Ela sentia a mesma coisa e ficar ali ouvindo Dean falar era como se enfiassem facas em seu coração. A única atitude que teve foi se levantar e sair, mas Dean continuou. – Como eu posso conviver com isso? O que devo fazer, Sammy? O que eu devo fazer? – Ele se levantou e gritou. – O que eu devo fazer?

Dean olhou o corpo do irmão e finalmente se deu conta que Abela soluçava no outro canto. Seguiu até o lugar e a viu. Ela, por sua vez, encostou-se na parede e escorregou até o chão. Não sabia fazer outra coisa a não ser pensar em sua irmã e chorar como uma louca.

O loiro se abaixou na frente dela e segurou em seu rosto, encostou a testa na dela e ficaram assim por alguns segundos.

– Eu não vou agüentar, Dean. – começou a mulher a falar e o loiro se afastou. – Eu quero morrer.

– Não diga isso. Eu não suportaria te perder também.

– Eu não vou conseguir viver sem ela. – as lágrimas correram. – Eu não sei onde está a Abbie e tem esse vazio dentro de mim que não para de crescer.

– Nós vamos dar um jeito. – falou ele.

– Como? Não há mais o que fazer.

– Há sim. – falou o loiro e se levantou. Deu a mão para Abela e os dois seguiram para o quarto onde estavam os corpos de Sam e Annie. – Nós vamos concertar tudo. É uma promessa.

O loiro levou Abela para fora e os dois entraram no carro. No meio do caminho, contaria o que pretendia fazer.

[...]

Dean parou o impala próximo a uma encruzilhada e os dois desceram correndo. Cada um preparou a caixa com o feitiço e colocaram as suas fotos dentro. Levaram até a encruzilhada, enterraram e aguardaram o demônio aparecer. O que demorou um pouco.

– Vamos. – falou Abela.

– Apareça logo. – concluiu Dean. – Mostre a sua cara, sua vadia.

– Calma lindo, vai acordar a vizinhança. – falou a mulher, completamente vestida de preto. Quando os dois se viraram, a face dela se desfigurou e os olhos tornaram-se vermelhos. – Dean, é um prazer rever você. – Ela olhou para a caçadora logo atrás do loiro. – Isabela, nunca imaginei que viveria parar lhe conhecer. A filha perfeita de Azazel. – Ela deu a volta ao redor da jovem. – Olhem só para vocês... A família esta toda morta e estão sozinhos no mundo. Isso é bom demais. Com licença, preciso saborear esse momento. Ás vezes é preciso parar e cheirar as rosas.

– Eu devia te mandar direto para o inferno. – falou o loiro.

– Devia, mas não vai. – respondeu a demônio. – Nem você, nem essa gracinha aqui. E eu sei por quê.

– Sabe, é?

– Sei. Está seguindo os passos de seu pai, querem fazer um acordo. – Ela olhou para Abela e para Dean. – Querem que eu ressuscite o Sammy e a Annie e já sei, está oferecendo as suas almas.

– Deve haver uma centena de demônios querendo se apoderar dela e ela é toda sua. Basta trazer os nossos irmãos de volta.

– Você ficaria famosa no inferno. – continuou Abela a falar. – A demônio que conseguiu por as mãos na alma de Dean Winchester e de Isabela McAllen. É um trunfo e tanto.

– Sem chances que eu não vou deixar você vender a sua alma. – falou Dean e olhou para a mulher.

– Foda-se Dean, a alma é minha e eu faço o que bem entendo com ela. – respondeu a morena e olhou para a demônio. Dean não quis rebater, sabia que se Abela decidisse uma coisa, era impossível fazê-la voltar atrás. – É pegar ou largar.

– E tudo que precisa é nos dar dez anos. Dez anos antes de vir nos buscar.

– Devem estar brincando. – falou a demônio.

– É o mesmo trato que você faz com qualquer um. – falou o loiro.

– Vocês não são qualquer um. – ela se aproximou de Dean e falou quase em seu ouvido. - Porque eu daria o que vocês querem? Podem ficar com suas almas, elas já não valem tanto assim.

– Nove anos. – continuou Dean,

– Não.

– Oito

– Ah qual é? – falou Abela. – Ela está se fazendo de difícil.

– Se você insistir, eu vou continuar recusando.

– Okay! Cinco anos. – falou Dean. – Cinco anos e nós pagamos o preço. É a última oferta. Cinco anos, ou nada feito. – A mulher se aproximou de Dean, como se fosse beijá-lo e selar o pacto, mas parou antes.

– Então, nada feito. – falou ela.

– Falou. – respondeu o loiro.

– Certo. – concluiu a demônio e se afastou. – Enterrem logo Sam e Anita antes que os corpos comecem a apodrecer.

– Espere. – gritou Dean.

– Tenho condições. É tudo ou nada.

– O que temos que fazer?

– Primeiro: Pare de se humilhar, carência não é nada atraente.

– O que? – falou Abela chateada. Realmente aquela demônio estava dando em cima de Dean?

– Ouçam bem: Eu não devia fazer isto, posso sair bem prejudicada, mas paciência. Eu sempre tive uma queda por você, Dean. – falou a mulher parecendo mesmo que havia conseguido ler a cabeça de Abela. – É igual a um cachorrinho: É tão divertido brincar. – Ela se aproximou do loiro e Abela entrou no meio, separando os dois e cuidando do que era seu. A demônio olhou seria para ela. – Okay, eu aceito.

– Vai ressucitá-los?

– Eu vou. – falou ela. – E por eu ser uma santinha, vou lhes dar um ano. Só um ano. – Ela deu a volta em Abela e se aproximou de Dean, novamente como se fosse beijá-lo. – Mas eu vou logo avisando, se por um acaso tentarem me passar a perna, o trato já era. Sam e Annie caem mortos. Voltam a ser carne podre em um piscar de olhos.

– Então? – Ela olhou para Dean e depois para Abela.

– Eu aceito. – falou a morena e a mulher se aproximou dela. Segurou Abela pelo pescoço e lhe beijou a boca. Dean olhava a cena e por um momento, apenas um momento, passou algumas coisas obscenas em sua mente. A mulher largou Abela e se aproximou de Dean.

– Seu pai não conseguiu um acordo tão bom. O que você me diz? – falou ela olhando para o loiro. Ele reparou em Abela ao fundo e respirou fundo, agarrou a demônio e selou o pacto.

Naquele exato momento, na cabana, Sam e Annie acordaram assustados. Os dois se olharam sem conseguir entender o que estava acontecendo.

A demônio se demorou mais do que devia no beijo com Dean e só parou porque Abela a puxou. – Está feito. Os vejo em um ano.

A mulher desapareceu na frente dos caçadores e os dois trocaram olhares apreensivos.

– Vamos. – falou o loiro e correu até o carro. A mulher foi logo atrás e os dois voltaram até a cabana.

[...]

Annie estava sentada na cama e pensava seriamente no que havia acontecido. Até que percebeu a mancha de sangue na cama e na camisa de Sam.

– Você está ferido? – falou ela e correu até o namorado.

– Eu não sei, mas minhas costas estão doloridas. – respondeu ele fazendo careta.

– Deixa eu ver. – respondeu a mulher e ergueu a camisa de Sam. – Não há nada aqui, além de uma cicatriz. O homem levantou a camisa e olhou no espelho.

Ficaram assim até que a porta da frente se abriu e Abela e Dean entraram por ela apressados.

– Sammy? – falou Dean.

– Annie. – concluiu Abela e os olhos encheram de lágrimas.

– Ei. – falou o homem.

– O que foi Bel? – falou a loira. Os dois que haviam acabado de entrar, correram até seus respectivos irmãos e os abraçaram com força.

– Graças a Deus. – falou Dean. O aperto foi tão grande que Sam precisou pedir para que o irmão o largasse. – Foi mal. Foi mal cara é que... Estou feliz que tenha despertado. Só isso.

– Está tudo bem, Bel? – perguntou Annie.

– Está. – A mulher tocou no rosto da irmã. – Agora está tudo bem.

– Vai, se sentem ai. – falou Dean e os outros três sentaram na cama. Abela não largava a irmã.

– Dean, o que aconteceu conosco? – falou Sam.

– Do que vocês se lembram? – perguntou o loiro para não entregar o que aconteceu.

– Eu me lembro do Jake dando um murro no Sam e o arremessando. Eu corri para ajudar, mas ele me pegou de jeito e então eu acho que desmaiei. – falou Annie.

– Eu me lembro de ver você e o Bobby e me virar para falar com Annie. Eu a vi no chão e me virei para chamar por vocês. Senti uma dor aguda, uma dor excruciante, sabe? Então você correu até mim e é só isso.

– Aquele rapaz empurrou você, Annie e ao cair, você bateu a cabeça em uma pedra. Ficou apagada por um dia inteiro. – mentiu Dean. Olhou para Abela e depois para Sam. – E ele lhe apunhalou pelas costas. Você perdeu muito sangue, ficou mais pra lá do que pra cá.

– Mas Dean, meu ferimento foi muito grave. – falou Sam.

– Bobby deu um jeito. – falou o loiro, mentindo descaradamente. – Quem era aquele rapaz, afinal?

– Ele se chamava Jake. Você pegou ele?

– Não, ele se embrenhou na mata.

– Nos temos que encontrá-lo, Dean. Eu juro que vou arrebentar aquele filho da mãe. – falou Sam e se levantou.

– Eu também estou louca para por as minhas mãos nele. – falou Annie e também se pôs de pé.

– Calma lá, Batman e Robin. – falou Dean segurando o irmão. – Vocês acabaram de acordar, precisam se alimentar primeiro. Querem comer alguma coisa? – Ele olhou para Annie e depois para Sam que confirmaram. – Porque eu estou faminto.

– É, eu também. – falou Abela sorrindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso gente!
Um grande beijo em todos vocês!!

A.A.W. (Abela Allen Winchester)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Livin' on a Supernatural - Season 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.