Livin' on a Supernatural - Season 2 escrita por Isabela McAllen Winchester, Eva Winchester
Notas iniciais do capítulo
Boa noite gente!! Chegando agora do trabalho e correndo para atualizar a nossa história (não vejo a hora de chegar logo a terceira temporada. Em primeiro, porque eu estou doida para ver a declaração DEBELA e um episódio SANNIE que Eva me prometeu e em segundo lugar, porque esse é o episódio mais triste da segunda temporada), então, vamos logo ao que interessa!
Bobby retornou de onde havia ido e nem sequer imaginava o que estaria acontecendo com os quatro caçadores que ficaram na cidade.
Abela e Dean não paravam de chorar em minuto algum, os dois abraçados aos corpos de seus irmãos e nem sequer notavam a dor do outro, porque aquela dor que sentiam, parecia insuperáveis.
– Oh meu Deus. – falou Bobby e ajoelhou ao lado de Abela, tentou pegar em Annie, mas Abela não deixou. – Eu sinto muito, menina, mas é melhor sairmos daqui. Eu vi uma cabana aqui perto, quando estávamos vindo para cá. – continuou falando. – Temos que nos proteger, o demônio dos olhos amarelos pode aparecer.
– Se ele vier, que Deus me ajude. – falou ela entre lágrimas.
– Eu vou falar com Dean e volto para pegar a Annie. – Bobby levantou e Abela voltou a chorar quando ouviu o nome da irmã. Bobby seguiu até Dean que estava do mesmo jeito que a morena, sentado no chão, com Sam no colo.
Abela ergueu as vistas e encarou o loiro que também a olhava. Dean queria abraçar Abela, dizer para ela que tudo iria ficar bem, mas o corpo de Sam em seus braços, o fazia perceber que estaria mentindo se falasse aquilo.
Bobby retornou e tomou Annie dos braços de Abela, carregando-a em direção a estrada onde o Impala estava estacionado. Dean carregou Sam até lá e colocou os corpos no banco de trás.
Abela se encostou na frente do impala e soluçava bastante. Não queria falar, as palavras estavam entaladas em sua garganta. Dean se aproximou com os olhos repletos de água, com o rosto inchado e a única ação dele foi puxar a mulher para perto e lhe dar um abraço apertado, na esperança que a dor dos dois diminuísse.
[...]
Dean e Abela colocaram os irmãos em uma cama de casal que encontraram no lugar e ali ficaram enquanto Bobby saiu assim que amanheceu. A morena alisava os cabelos loiros da irmã enquanto que Dean estava em pé, olhando a cena, até que o outro caçador retornou com um balde de comida nas mãos.
– Dean? Abela? – chamou ele ao entrar na casa. – Trouxe comida para vocês.
– Não, obrigado. – respondeu Dean.
– Estamos sem fome. – concluiu Abela e mais lágrimas se acumularam nos seus olhos verdes.
– Vocês precisam se alimentar.
– Eu disse que estamos bem. – respondeu o loiro e seguiu até onde Bobby estava. Pegou uma garrafa de Whisky e tomou um gole.
– Dean, eu odeio falar isso, é tão chato, mas você não acha que está na hora de enterramos a Annie e o Sam?
– Não. – respondeu Abela e Dean ao mesmo tempo. Ela havia se levantado de onde estava e encostou-se ao arco da porta.
– Podemos, talvez...
– O que? – perguntou o loiro sem vontade alguma de conversar. – Cremar os corpos? Ainda não.
– Eu quero que vocês venham comigo. – falou Bobby olhando para os dois.
– Eu não vou sair daqui. – falou Dean,
– E muito menos eu. – respondeu Abela.
– Garotos, por favor.
– Você poderia entender o nosso lado?
– Só acho que não deveriam ficar sozinhos, é isso! E admito que preciso da ajuda de vocês. – Abela respirou fundo e voltou para o quarto. – A situação é grave, pode ser o fim do mundo.
– Pois deixe que ele acabe. – gritou Dean a todo pulmão.
– Você não fala sério. – falou Bobby e Dean se levantou rapidamente da cadeira. Abela, pressentindo que o loiro ia fazer uma besteira, voltou a sala e ficou entre Bobby e ele.
– Você acha que não? – perguntou Dean e a mulher colocou a mão em seu peito, impedindo que ele desse outro passo na direção de Bobby. – Não acha que já demos o bastante? Já não pagamos um preço alto? Para mim, chega. Que se dane. – falou ele.
– Eu sinto muito. – falou Abela e se virou chorando, para encarar a Bobby. – Para mim também, chega.
– E se fosse esperto, daria logo o fora daqui. – concluiu Dean, ameaçou dar as costas e quando Abela se descuidou ele empurrou Bobby e gritou. – Vá!
– Dean... – falou ela assustada. Bobby nada disse, apenas observava os dois, sem acreditar.
– Sinto muito. – falou o loiro e se afastou, o caçador mais velho assentiu. – Me desculpe, mas, por favor, se manda.
– Sabem onde me encontrar. – falou o homem e deixou a casa. Dean estava debruçado no encosto da cadeira enquanto que Abela voltou para o quarto. Minutos depois, Dean a seguiu. Os dois ficaram em silencio pelo resto do dia até que ele começou a falar.
– Pois é, quando éramos moleques e você deveria ter uns cinco anos, estava começando a fazer perguntas. – Dean olhou para Sam e depois para Abela que estava com a cabeça enterrada no colchão e segurando a mão de Annie. – Porque a gente não tinha mãe? Porque a gente vivia se mudando? Porque o nosso pai viajava as vezes? Eu implorei que parasse de fazer perguntas porque você não ia querer saber e eu só queria que você fosse criança. Só por mais um tempinho. Eu só tentava proteger você, te manter seguro. – continuou ele a falar e Abela soluçou alto. – O pai não teve que me dizer, sempre foi a minha responsabilidade, entende? – Dean sorriu mais ficou sério outra vez. – Eu tinha uma função, só uma função e eu dei mancada. Fiz besteira. – as lagrimas começaram a escorrer pela face dele. – Eu sinto muito por isso. Eu sempre faço isso, desaponto as pessoas que eu amo. Desapontei o papai e agora eu devo simplesmente desapontar você também. – Abela levantou a cabeça e encarou o loiro. Ela sentia a mesma coisa e ficar ali ouvindo Dean falar era como se enfiassem facas em seu coração. A única atitude que teve foi se levantar e sair, mas Dean continuou. – Como eu posso conviver com isso? O que devo fazer, Sammy? O que eu devo fazer? – Ele se levantou e gritou. – O que eu devo fazer?
Dean olhou o corpo do irmão e finalmente se deu conta que Abela soluçava no outro canto. Seguiu até o lugar e a viu. Ela, por sua vez, encostou-se na parede e escorregou até o chão. Não sabia fazer outra coisa a não ser pensar em sua irmã e chorar como uma louca.
O loiro se abaixou na frente dela e segurou em seu rosto, encostou a testa na dela e ficaram assim por alguns segundos.
– Eu não vou agüentar, Dean. – começou a mulher a falar e o loiro se afastou. – Eu quero morrer.
– Não diga isso. Eu não suportaria te perder também.
– Eu não vou conseguir viver sem ela. – as lágrimas correram. – Eu não sei onde está a Abbie e tem esse vazio dentro de mim que não para de crescer.
– Nós vamos dar um jeito. – falou ele.
– Como? Não há mais o que fazer.
– Há sim. – falou o loiro e se levantou. Deu a mão para Abela e os dois seguiram para o quarto onde estavam os corpos de Sam e Annie. – Nós vamos concertar tudo. É uma promessa.
O loiro levou Abela para fora e os dois entraram no carro. No meio do caminho, contaria o que pretendia fazer.
[...]
Dean parou o impala próximo a uma encruzilhada e os dois desceram correndo. Cada um preparou a caixa com o feitiço e colocaram as suas fotos dentro. Levaram até a encruzilhada, enterraram e aguardaram o demônio aparecer. O que demorou um pouco.
– Vamos. – falou Abela.
– Apareça logo. – concluiu Dean. – Mostre a sua cara, sua vadia.
– Calma lindo, vai acordar a vizinhança. – falou a mulher, completamente vestida de preto. Quando os dois se viraram, a face dela se desfigurou e os olhos tornaram-se vermelhos. – Dean, é um prazer rever você. – Ela olhou para a caçadora logo atrás do loiro. – Isabela, nunca imaginei que viveria parar lhe conhecer. A filha perfeita de Azazel. – Ela deu a volta ao redor da jovem. – Olhem só para vocês... A família esta toda morta e estão sozinhos no mundo. Isso é bom demais. Com licença, preciso saborear esse momento. Ás vezes é preciso parar e cheirar as rosas.
– Eu devia te mandar direto para o inferno. – falou o loiro.
– Devia, mas não vai. – respondeu a demônio. – Nem você, nem essa gracinha aqui. E eu sei por quê.
– Sabe, é?
– Sei. Está seguindo os passos de seu pai, querem fazer um acordo. – Ela olhou para Abela e para Dean. – Querem que eu ressuscite o Sammy e a Annie e já sei, está oferecendo as suas almas.
– Deve haver uma centena de demônios querendo se apoderar dela e ela é toda sua. Basta trazer os nossos irmãos de volta.
– Você ficaria famosa no inferno. – continuou Abela a falar. – A demônio que conseguiu por as mãos na alma de Dean Winchester e de Isabela McAllen. É um trunfo e tanto.
– Sem chances que eu não vou deixar você vender a sua alma. – falou Dean e olhou para a mulher.
– Foda-se Dean, a alma é minha e eu faço o que bem entendo com ela. – respondeu a morena e olhou para a demônio. Dean não quis rebater, sabia que se Abela decidisse uma coisa, era impossível fazê-la voltar atrás. – É pegar ou largar.
– E tudo que precisa é nos dar dez anos. Dez anos antes de vir nos buscar.
– Devem estar brincando. – falou a demônio.
– É o mesmo trato que você faz com qualquer um. – falou o loiro.
– Vocês não são qualquer um. – ela se aproximou de Dean e falou quase em seu ouvido. - Porque eu daria o que vocês querem? Podem ficar com suas almas, elas já não valem tanto assim.
– Nove anos. – continuou Dean,
– Não.
– Oito
– Ah qual é? – falou Abela. – Ela está se fazendo de difícil.
– Se você insistir, eu vou continuar recusando.
– Okay! Cinco anos. – falou Dean. – Cinco anos e nós pagamos o preço. É a última oferta. Cinco anos, ou nada feito. – A mulher se aproximou de Dean, como se fosse beijá-lo e selar o pacto, mas parou antes.
– Então, nada feito. – falou ela.
– Falou. – respondeu o loiro.
– Certo. – concluiu a demônio e se afastou. – Enterrem logo Sam e Anita antes que os corpos comecem a apodrecer.
– Espere. – gritou Dean.
– Tenho condições. É tudo ou nada.
– O que temos que fazer?
– Primeiro: Pare de se humilhar, carência não é nada atraente.
– O que? – falou Abela chateada. Realmente aquela demônio estava dando em cima de Dean?
– Ouçam bem: Eu não devia fazer isto, posso sair bem prejudicada, mas paciência. Eu sempre tive uma queda por você, Dean. – falou a mulher parecendo mesmo que havia conseguido ler a cabeça de Abela. – É igual a um cachorrinho: É tão divertido brincar. – Ela se aproximou do loiro e Abela entrou no meio, separando os dois e cuidando do que era seu. A demônio olhou seria para ela. – Okay, eu aceito.
– Vai ressucitá-los?
– Eu vou. – falou ela. – E por eu ser uma santinha, vou lhes dar um ano. Só um ano. – Ela deu a volta em Abela e se aproximou de Dean, novamente como se fosse beijá-lo. – Mas eu vou logo avisando, se por um acaso tentarem me passar a perna, o trato já era. Sam e Annie caem mortos. Voltam a ser carne podre em um piscar de olhos.
– Então? – Ela olhou para Dean e depois para Abela.
– Eu aceito. – falou a morena e a mulher se aproximou dela. Segurou Abela pelo pescoço e lhe beijou a boca. Dean olhava a cena e por um momento, apenas um momento, passou algumas coisas obscenas em sua mente. A mulher largou Abela e se aproximou de Dean.
– Seu pai não conseguiu um acordo tão bom. O que você me diz? – falou ela olhando para o loiro. Ele reparou em Abela ao fundo e respirou fundo, agarrou a demônio e selou o pacto.
Naquele exato momento, na cabana, Sam e Annie acordaram assustados. Os dois se olharam sem conseguir entender o que estava acontecendo.
A demônio se demorou mais do que devia no beijo com Dean e só parou porque Abela a puxou. – Está feito. Os vejo em um ano.
A mulher desapareceu na frente dos caçadores e os dois trocaram olhares apreensivos.
– Vamos. – falou o loiro e correu até o carro. A mulher foi logo atrás e os dois voltaram até a cabana.
[...]
Annie estava sentada na cama e pensava seriamente no que havia acontecido. Até que percebeu a mancha de sangue na cama e na camisa de Sam.
– Você está ferido? – falou ela e correu até o namorado.
– Eu não sei, mas minhas costas estão doloridas. – respondeu ele fazendo careta.
– Deixa eu ver. – respondeu a mulher e ergueu a camisa de Sam. – Não há nada aqui, além de uma cicatriz. O homem levantou a camisa e olhou no espelho.
Ficaram assim até que a porta da frente se abriu e Abela e Dean entraram por ela apressados.
– Sammy? – falou Dean.
– Annie. – concluiu Abela e os olhos encheram de lágrimas.
– Ei. – falou o homem.
– O que foi Bel? – falou a loira. Os dois que haviam acabado de entrar, correram até seus respectivos irmãos e os abraçaram com força.
– Graças a Deus. – falou Dean. O aperto foi tão grande que Sam precisou pedir para que o irmão o largasse. – Foi mal. Foi mal cara é que... Estou feliz que tenha despertado. Só isso.
– Está tudo bem, Bel? – perguntou Annie.
– Está. – A mulher tocou no rosto da irmã. – Agora está tudo bem.
– Vai, se sentem ai. – falou Dean e os outros três sentaram na cama. Abela não largava a irmã.
– Dean, o que aconteceu conosco? – falou Sam.
– Do que vocês se lembram? – perguntou o loiro para não entregar o que aconteceu.
– Eu me lembro do Jake dando um murro no Sam e o arremessando. Eu corri para ajudar, mas ele me pegou de jeito e então eu acho que desmaiei. – falou Annie.
– Eu me lembro de ver você e o Bobby e me virar para falar com Annie. Eu a vi no chão e me virei para chamar por vocês. Senti uma dor aguda, uma dor excruciante, sabe? Então você correu até mim e é só isso.
– Aquele rapaz empurrou você, Annie e ao cair, você bateu a cabeça em uma pedra. Ficou apagada por um dia inteiro. – mentiu Dean. Olhou para Abela e depois para Sam. – E ele lhe apunhalou pelas costas. Você perdeu muito sangue, ficou mais pra lá do que pra cá.
– Mas Dean, meu ferimento foi muito grave. – falou Sam.
– Bobby deu um jeito. – falou o loiro, mentindo descaradamente. – Quem era aquele rapaz, afinal?
– Ele se chamava Jake. Você pegou ele?
– Não, ele se embrenhou na mata.
– Nos temos que encontrá-lo, Dean. Eu juro que vou arrebentar aquele filho da mãe. – falou Sam e se levantou.
– Eu também estou louca para por as minhas mãos nele. – falou Annie e também se pôs de pé.
– Calma lá, Batman e Robin. – falou Dean segurando o irmão. – Vocês acabaram de acordar, precisam se alimentar primeiro. Querem comer alguma coisa? – Ele olhou para Annie e depois para Sam que confirmaram. – Porque eu estou faminto.
– É, eu também. – falou Abela sorrindo.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É isso gente!
Um grande beijo em todos vocês!!
A.A.W. (Abela Allen Winchester)