Radioactive escrita por Anna Beauchamp


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora...problemas sérios aki...mas ai está um cap. novinho em folha! o//



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Eram duas horas da tarde. O horário que eles nos deixavam sair para fazer nada do lado de fora da "prisão".

Eu estava parada em pé, no canto, apenas observando os olhos tristes e rostos raivosos dos Voluntários.

Entre eles, destacou-se uma garota pequena, de mais ou menos 16 anos, mas que aparentava ser mais nova, a pele era branca, os cabelos eram loiros, quase prateados e pintados de várias cores nas pontas. Ela usava um gorro cinzento, e os olhos eram azul-claros de um lado e verdes no outro.

Ela me chamou atenção porque entre todas as outras, ela era a única que me encarava.

Por um momento fiquei apreensiva. Quando se está em um campo de concentração correndo risco de ser morta, qualquer um se torna suspeito.

Mas foi quando percebi que ela não me encarava de modo ameaçador. Na verdade parecia muito curiosa.

Olhei em volta para ter certeza de que ela estava me encarando.

Sim, estava.

– Oi? - perguntei achando a atitude um pouco estranha.

Ela sorriu de leve, e então começou a caminhar em minha direção rapidamente.

– Alexandra? É o seu nome? - perguntou a garota.

Assenti um tanto desconfiada.

– Quem é você? E como sabe meu nome? - perguntei.

Ela olhou em volta para as outras garotas e então se voltou para mim.

– Sou aqui de Washington. Eles passaram na TV todos os Voluntários de cada estado. Você chamou atenção por ter sido...segunda opção (não se sinta ofendida) - ela disse - Sou Charlie.

Charlie. Sempre achei...peculiar, esses apelidos que dão ao nome Charlote, normalmente parecem nome de garoto, mas nela não pareceu com nada disso, ela era estranha e feminina.

– Er...oi.

– Se eu fosse você, tomaria cuidado com sua colega de quarto. Ela sabe muito bem o que está fazendo - disse Charlie.

Franzi a testa tentando entender o que ela queria dizer.

– Como assim "sabe muito bem o que está fazendo?"

Então ela olhou para o outro lado. Estava acontecendo alguma coisa.

A princípio pensei que algum guarda estaria vindo pega-la por ter feito algo que não devia. Mas notei que ela começou a andar na direção, e logo todos começaram.

Corri para ver o que estaria causando tamanha confusão.

E foi quando vi os dois adolescentes brigando no meio do pátio.

O maior eu reconheci como o garoto do dia anterior. Alto e moreno, com porte atlético. A boca estava sangrando, mas ele investia contra o oponente com violência.

Já o outro garoto, eu reconheci de imediato. E senti a pele gelar e o sangue correr com mais intensidade.

– Seth!

Ele estava reagindo as agressões do mais velho. Havia um corte na testa e ele parecia estar se esforçando para aguentar as investidas do outro garoto.

Entrei em desespero. Eu não podia me interpor entre eles, do contrário eu seria jogada longe.

Pude vê-los rolando no chão.

Mas não daria mais tempo de fazer nada. Nesse momento, os soldados e o Capitão abriram as portas e vieram na direção dos Voluntários.

Eles separaram os dois e o Capitão se pôs entre eles.

– O que pensam que estão fazendo, soldados? - ele diz com rispidez..

Eu queria gritar para que ele não fizesse nada. Queria pular em cima dele e mata-lo de qualquer forma que pudesse.

Mas me senti uma covarde. Não consegui fazer nada, nem gritar, nem me mexer...nada.

– Detenção.

Droga! Eu queria gritar, pular em cima deles e mata-los de qualquer modo. Mas não consegui fazer nada. Apenas ver Seth ser levado pelos guardas para receber punição....


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Notas finais do capítulo

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