Radioactive escrita por Anna Beauchamp


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ficou muito bom na minha opinião, pessoal!
Boa leitura, paçocas u.u lembrem que sei o nome de todos vocês que comentam e to esperando as reações.



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Senti o estômago embrulhar, um nó se formava em minha garganta.

Seth estava sendo levado.

Eu estava me preparando para correr até lá e me suicidar tentando salva-lo, mas fui impedida por Charlie.

– Não seja idiota!

– Vou salva-lo! Eu nem te conheço, quem te dá o direito de tentar dizer o que devo fazer? - eu retruquei.

Ela segurou meu braço com mais força, o que me deixou surpresa.

– Eles não vão mata-lo, agora fique calma - Charlie disse.

Mas o que ela estava dizendo? E como sabia que não iriam matar Seth de uma vez? Eu não sabia se devia confiar ou não numa garota que havia conhecido apenas a alguns minutos.

Eu não tinha nada a perder mesmo...

Além da vida.

Senti as lágrimas caírem, e vi Seth ser levado através dos portões. Para onde o levariam? A agonia era incessante, as ideias de tortura e violência me deixavam com o coração na mão.

Que droga! Aquilo era um inferno.

– O que vão fazer com ele? - perguntei com um misto de apreensão e raiva.

Charlie olhou em volta vendo a balburdia causada pela briga. Todos estavam gritando e os guardas mandavam que se calassem.

– Não é certo...talvez apenas batam nele por algum tempo, ou deixem ele em uma solitária, como fazem nos presídios.

A ideia me deixou mais agitada.

Não queria que fizessem nada com Seth. Como eu odiava aquela prisão!

Nesse momento, guardas nos mandaram de volta para nossos quartos/celas e fomos todos andando em fila.

Sentia-me angustiada e com medo. Charlie sumiu em meio a multidão, e me deixou na fila pensando no que havia dito sobre minha colega de cela.

Vi Carly ao longe, o que haveria de errado com ela além do fato de ser estranha?

Pude ve-la esbarrar em um dos soldados.

– Desculpe.

Com rispidez, ele a mandou continuar andando.

Quando voltamos ao quarto Carly sentou na cama novamente e ficou olhando para a parede.

Dessa vez eu estava mais desconfiada com relação a ela. Não que eu confiasse em Charlie, afinal eu nem a conhecia. Porém, eu já havia notado os comportamentos estranhos de Carly havia algum tempo. Ela era quieta demais, esperta demais, e todo movimento que ela fazia, parecia ter sido detalhadamente planejado.

Não estava com medo dela. Na verdade eu apenas esperava que ela se revelasse logo, assim eu teria uma ideia de com quem estava lidando.

Mas ela era tão...imprevisível. Odiava adimitir.

Ficamos novamente em silêncio. Mais horas, minutos e segundos que passavam tão devagar que era quase que insuportável.

Fiquei ora olhando para o teto como uma idiota, ora andando pelo quarto de um lado para o outro. Parecia ser incômodo para a minha colega de quarto o fato de eu não conseguir ficar quieta como ela, mas era incontrolável. Eu precisava me mexer, ter alguma amostra de liberdade, mesmo que fosse pequena.

Fui até a minúscula janela que havia no alto da parede e fiquei olhando para o lado de fora. Era tedioso e deserto.

Depois de horas assim, consegui dormir, deveria ser mais ou menos oito horas da noite quando fui dormir.

Tive um pesadelo. O pior que já tivera naquela semana.

Vi Seth deitado em uma cama, muito parecida com a minha, numa cela assim como a que eu estava.

Mas o que mais me assustou foi o estado dele. Ele estava amarrado a cama, a pele estava pálida, e os braços vermelhos devido ao esforço que ele fazia para tentar se libertar.

Me aproximei dele sentindo o ar frio.

Senti o coração parar ao ve-lo de perto. Seth tinha várias agulhas fincadas em seus braços, e delas se projetavam alguns tubos de onde era tirado alguma substancia como água - o que achei bizarro.

Então ele me viu e ficou mais agitado.

– Alex! Alex, me ajuda, por favor - ele implorava.

Nunca o vi tão frágil. Tentei desesperadamente correr até ele, mas parecia ser um daqueles sonhos onde você não consegue se mexer e nem falar.

De algum lugar, foi emitida uma voz, era robótica e grave, quase incompreensível.

– Preparando Injeção de Substância.

Os olhos de Seth se arregalaram e ele começou a se debater descontroladamente.

– Alex! Por favor, me ajuda! - ele gritava desesperado.

Senti o coração acelerar. Eu queria gritar! Não podia deixar aquilo acontecer.

– Alex! Alex, por favor! Eles vão me matar! - ele gritava.

Então vi as agulhas tremerem e uma substância de uma cor escarlate começou a fazer trajeto pelos tubos em direção a sua pele.

Os gritos de Seth ficaram mais desesperados e angustiados. Ele estava prestes a morrer e eu não conseguia fazer nada.

Ele continuava a gritar o meu nome, implorando para que eu o salvasse, e os gritos me deixavam atormentada.

Então senti a garganta ferver e acordei com o grito mais alto que já dei em minha vida.

As luzes estavam apagadas, mas pude sentir o peso que estava sobre mim. Minhas mãos estavam molhadas e eu as estendi com a pouca força que tinha, percebendo então que estavam manchadas de sangue.

Então o cenário foi ficando mais nítido e pude ver o que estava sobre mim na verdade.

Carly estava com algo que devia ser uma faca na mão, e seus olhos estavam brilhando de um jeito psicótico.

– Acabou.

Os dentes dela estavam cerrados e ela estava rígida.

Senti o mundo girar a minha volta, haviam luzes azuis oscilando conforme eu ia perdendo a conciência. E logo as sombras tomaram conta de tudo.

Eu estava morta.


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Notas finais do capítulo

*0* ah meu deus! Vocês não esperavam por essa trollagem neh? hahaha -se esperavam...hum...finjam que estão surpresos -.-' - Comentem, paçocas =3



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