***RACHEL***

Ótimo, aquela criatura esta aqui. Que legal em Rachel. Vai cuidar das duas, ou só de uma? Porque Quinn Fabray consegui fazer tudo sozinha. Segui para o bar.

–O de sempre-. Pedi para o barman. -Senhor me perdoe, amem-. Virei o liquido de uma vez e sacudi a cabeça. Abri os olhos meio tonta e dei de cara com Brittanny Fabray. Tinha um sorriso brincalhão

–Oi.-Gritou.

–Oi-. Lhe dei um meio sorriso.

–Nos conhecemos lá fora. Você e a Quinn são só amigas?-Perguntou se sentando no banco vazio a meu lado.

Sorri. Não sabe o quanto somos amigas.

–Digamos que sim.

–Por que digamos que sim?

Vi a Quinn entrar no local com aquela criatura. Seu olhar faiscou em minha direção Acenei.

–Ainda estamos na fase de aceitação

–Por causa da Harmony? Aquela ali devia queimar no inferno.

Concordo com você

–Bom, Quinn é um pessoa legal fora isso.- Me disse e Sorriu.

–É. Ela é legal. Quer beber alguma coisa?

–Um coquetel.

Fraca.

–Dois coquetéis- Pedi. - Faz tempo que elas namoram?

–Entre idas e vindas, uns três anos.

E ta com a vida ferrada desse jeito?

–Sei como é, isso se chama carma. Cada um tem o carma que merece.- Gargalhei.

Quinn se aproximou. A morena não gostou de mim, mas como estou, não posso fazer muita coisa. Esquece Rachel.

–O que estavam falando?

–Em carma.- Brittanny me encarou com um sorriso.

–Cada um com o que merece-. Completei

Quinn sorriu debochada.

–Eu sei.

Ajeitei o vestido e virei o resto da bebida na boca. Bati o copo.

–Valeu amigo. Bom, eu vou dar uma volta por ai. Ate mais tarde.

Eu sabia que Quinn estava curiosa. Como o anjinho resolveu aparecer? Aparecendo.

***QUINN***

–Quem é ela?-Harmony perguntou me encarando.

Da ultima vez que falamos nela, você me virou a cara.

–Amiga da família

–Amiga da família? Como nunca a vi antes?

Pedi dois coquetéis.

–Ela acabou de chegar e te garanto que já esta de saída

Sam sorriu batendo em meu ombro, Harmony se afastou.

–O que deu nela?

–Ciúmes.

–Da sua nova amiguinha ali?

Rachel estava em uma mesa rodeada de idiotas em uma brincadeira do “vira”. Ela ia ganhar deles, mas ninguém ali iria acreditar em mim.

–É.

–Já perdi as contas de contas tequilas ela já virou.

–Tenho certeza que ela aguenta muito mais. Mas isso não vem ao caso, onde esta Mercedes?

–Com Brittanny. A essa hora, sua amiga ali já virou sua mais nova namorada.

Bufei.

–Brittanny como sempre.

–Eu acho que alguém devia para-la.

–Estou com a Harmony

Sam gargalhou.

–Mas ela é sua amiga e a Harmony nem esta aqui.

Bufei, mas fui atrás dela. Sorriu.

–Olha quem chegou-. Ironizou.

–A festa acabou.- Anunciei a mesa foi ficando vazia.

–Ok, o que você esta fazendo?

–Meu deus ,por que me mandou um anjo com defeito? Por que se você for minha salvação, filha eu vou para o inferno.

Se sentou na cadeira me encarando.

–Não me olhe desse jeito-. Pedi, meio sem jeito.

–Quer que eu olhe como?

Bufou.

–Isso aqui já foi mais emocionante.

–Eu pensei que fosse me ajudar.

–Sem frescuras Quinn, vai lá, coloca sua boca na dela, brincam com a língua e pronto. Já vai tê-la.

Ela falou tão serio.

–Falando nela.

Harmony nos encarava.

–Continuem com o assunto. O que eu perdi?

Rachel se levantou, pegou um copo ainda cheio na mesa. Sorriu.

–Nada querida, só estava falando para a sua namorada que já que ela quer tanto beija-la. Era só beijar, tipo sua língua na dela, você sabe.

Rachel!

Sorriu me dando as costas. Harmony ainda me encarava.

–O que ela quis dizer?

–Ela esta bêbada Não ligue.

Ela tinha que esta bêbada

***RACHEL***

Acho que o álcool nem faz mais efeito no meu corpo de tão acostumado que ele esta. Meu deus, eu sei que isso tudo é pecado, mas eu não escolhi isso. Eu juro que não escolhi.

–Rachel.

Brittanny me puxou. Ajeitei o cabelo e me equilibrei no salto.

–Oi.

–Bom, esse é o Sam, meu irmão e da Quinnie e essa é a Mercedes, esposa do Sam.

Sam bateu na minha mão e Mercedes me beijou no rosto.

–Rachel Berry, muito prazer.

–Você e a Quinn são só amigas mesmos?

Encarei Quinn do outro lado conversando com a Harmony. Se segura Berry, chega de brincadeiras por hoje. Gargalhei internamente.

–Sim. Apenas amigas.

–De onde se conhecem?

Nem queira saber. Seria estranho dizer, do quarto dela? Seria.

–A conheci em Londres, ela ainda era solteira e legal-. Sou tão boa com a mentira. Eu não devia ser assim.

–Quinn ama Londres. Você é de lá?

–Não, sou uma cidadezinha pequena quase perdida do mapa, mais conhecida como Lima-. Sorri.

Brittanny segurou minha mão, gostei dela e do seu jeito “eternos amigos”. Por que Quinn não era assim? Eu ia agradecer.

Duas figuras do outro lado me chamaram a atenção Jake e Kitty

–Podem me dar licença, já volto.

Jake me encarava com um sorriso. Santana me mataria se me visse com eles.

–Ora, ora, quem veio fazer uma visita?

–Olá terráqueos-. Sorri. -Como anda a vida na terra?

Kitty enlaçou meu pescoço erguendo uma garrafa de vodca.

–Como se o “anjinho do mal”, não soubesse.

–Não sou vocês, meros caídos.

–Ok Rachel, você é pior que nós dois juntos-. Me serviu um copo. -Quem é o infeliz que você esta cuidando?

Apontei a Quinn. Kitty sorriu.

–Que “infeliz”. Estou começando a achar a vida injusta.

Jake estalou os dedos em frente ao seu rosto.

–Não tão injusta assim-. Ela se corrigiu.

–Eu preciso cuidar dela, ou vou para o inferno em segundos.

–Quanto tempo?

–Não sei. Santana não me disse.

Kitty me encarou.

–Eles só estão te enrolando. Tu sabe que não tem saída E já aviso, se eles te jogaram, você passará por um processo doloroso. Ainda bem que já passamos.

–Obrigada pelo aviso. Nem me assustei-. Falei ironicamente.

–Relaxa Rachel, a vida na terra é incrível.

Peguei sua garrafa.

–Não ligo pra vida na terra-. Em parte era verdade. -Apenas me preocupo e me apeguei a algumas pessoas que vivem nela.

–Um coração que bate por quem te ferra.

–Eles são diferentes... Minha família

Jake gargalhou.

–Ok, você bebeu demais.

Eles nunca irão entender.

–Fora isso, como anda sua missão?-. Kitty mudou de assunto

–Eu odeio na namoradinha dela e as vezes Quinn me irrita.

–Eu senti um tom diferente nessa voz.

–Você não sente mais nada Jake. É um caído-. Joguei em sua cara.

Debochou.

–Não perdi minha capacidades queridinha. Vamos lá Rachel, eu sei o que você quer.

–E o que eu quero?

Tocou meu rosto de leve.

–Fazer o que a Harmony esta fazendo. Você não vai para o inferno por beija-la.

–Quem disse que eu quero beijar a Fabray?

–Não sei, uma luz. Quem sabe.

Lhe dei as costas. Jake era um ótimo manipulador.

–A Rachel, aproveita. Tenho certeza que não irá se arrepender. Lembre-se, você já vai para o inferno mesmo.

–Que droga! Não vou pro inferno.

–Eu dizia a mesma coisa-. Kitty tomou do meu copo. -Isso vai ser divertido. E a namorada dela, não gostou de você

Quinn me encarou e Harmony virou seu rosto.

–A morena esta te desafiando.

O encarei.

–Jake... para ok.

–Tudo bem. Não esta mais aqui quem falou a verdade. Você já foi mais corajosa.

–Existe uma grande diferença entre coragem e idiotices. Você é regado a idiotices.

Sorriu.

–Ok, vamos lá então. Só me diga em cinco segundos o que você diria a Harmony, se ela viesse ate aqui?

–Não sei.

–Resposta errada.

Me virou e dei de cara com a morena. Me encarou por alguns segundos e vi Quinn mudar de cor a alguns metros.

–Perdeu alguma coisa?-. Perguntei.

–Podemos trocar uma palavrinha, a sós?

–O que não falta é espaço por aqui-. Kitty falou nos dando as costas.

Me afastei alguns metros ainda no balcão, peguei a garrafa de vodca. Ia precisar.

–Sou toda ouvidos.

–Eu não sei quem é você e não me interessa saber. Só quero fazer um pedido. Quero que fique longe da Quinn e não adianta dizer “somos amigas”. Porque essa não cola comigo. Era só isso, deixar claro que tem dona.

–Acabou?

Assentiu com um falso sorriso. Dei lhe as costas e sei que não gostou nada disso. Virei a garrafa na boca, até Jake tomá-la das minhas mãos.

–Isso não é agua. Se alguém te pega.

–Me desculpe, esqueci que só o vinho é sagrado-. Eu estava um pouco irritada.

–Ouvimos o que ela disse-. Kitty comentou.

Eu nem queria me lembrar disso, porque subia umas vontades mortíferas em mim.

–Mudou de ideia?-. Jake perguntou com um meio sorriso.

Ela me acusou de algo que não fiz, não com todas as palavras, mas acusou. Acho justo fazer da acusação verdadeira.

–Observem-. Sorri maliciosamente.

Me certifiquei de ninguém estava me vendo e me aproximei da morena. Minha vontade era de enforcar a Harmony, mas eu apenas “me apossei” do seu corpo.

Me virei para encara-los com um meio sorriso. Kitty fez sinal de positivo e sem pedir permissão puxei Quinn para mim. Confusão, foi a primeira coisa que vi em seus olhos antes de beija-la.