Angel Rebel escrita por Jenny Sarfati


Capítulo 7
Paz?


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores, tudo bem??
Eu estou meio sem tempo para responder os comentarios, mais eu leio todos e estou amando cada um *---*
Qdo eu estiver com mais tempo, eu irei dar a devida atençao para cada um deles...



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***RACHEL***


Eu só acho que as vezes eu devia ouvir mais o que Santana diz. Tipo: Não agir por influencia ou pela raiva, mas era quase impossível. Quando você já odeia a criatura, a pessoa que vai lá e solta a bomba. Me esqueci completamente com quem estava, o que estava fazendo e o porque disso tudo ser proibido.


Eu queria mais do que estava sentindo. Quinn me puxou pela cintura e um choque correu pelo meu corpo, ou melhor, pelo da outra, mas eu senti cada toque. Na verdade, eu acho que deveria me atirar na frente de um carro depois pra Harmony quebrar uma perna...ou talvez um braço.


Por que Quinn tinha que ser tão boa nisso? Me perguntei antes de sentir uma parte de mim se despregar e me afastar do corpo de Harmony. Eu ainda recuperava a respiração e senti tudo girar.


,Harmony a encarava meio sem entender o que havia acontecido e isso me fez rir. Quinn não estava diferente dela. Ah que se dane. Segui para o banheiro, estava vazio, exceto por Kitty, mas essa já considero alma penada.


-O que foi aquilo? Tipo um desentupidor?-Gargalhou.


Lavei o rosto e me encarei no espelho.


-Será que algum viu?


-Você estava no corpo de outra pessoa, eles nem notariam. Mas eu já noto um ar de “quero mais”.


-Sim, quero mais que se dane. Fiz aquilo por raiva, consegui entender? Eu só deixei que a acusação fosse valida. Apenas isso.


Kitty se encostou no bancada.


-Isso é como uma droga, quando experimenta uma vez, se for boa. Você não vai querer parar.


A encarei.


-Estou falando sobre se apossar de corpos e beijar alguém-. Gargalhou. -Mas isso você já fazia antes.


-Nunca entrei no corpo de ninguém. Gosto de autenticidade-. Dei de ombros.


-Mas já foi além de um beijo.


Feche a mente Rachel.


-Fala mais alto ate alguém te ouvir. E como você sabe disso?-. a perguntei com uma sobrancelha arqueada.


Retocou a maquiagem.


-Sou bem mais velha que você querida... Anjinha nova na terra, conhecendo o pecado. É tipo, uma Las Vegas tudo isso. E você nunca agiu com a cabeça, certo?


Bufei.


-Não espalhe isso. Acho que eles ainda te cercam. Então...


-Não vou dizer. Sei guardar bem meus pensamentos.


Espero.


-Bom, acho que vou indo-. Falei começando a me afastar.


Sorriu.


-Que foi?-. Perguntei.


-Nada. Vai lá, que já devem ter dado por sua falta-. Kitty se aproximou de mim e encostou seus lábios suavemente nos meus. Eu retribui, fazendo uma leve pressão e me afastei logo em seguida


Ajeitei o cabelo e abri a porta, saindo do banheiro.


-Estou falando serio, mantenha essa língua dentro da boca. -Avisei. Kitty fez um gesto de boca fechada.


Voltei ao som alto. Uma mão me puxou, me levando para o escuro e gritei Santana, pensando ser ela. Mas era a Fabray, que me encarava sem entender. Então esqueceu confusão e sorriu.


-Obrigada.


-Posso saber por que?-. Cruzei meus braços.


Sorriu se encostando na parede.


-Por ter feito Harmony me beijar daquele jeito.


Gargalhei.


-Eu vi você nos encarando-. Continuou quando viu que eu não falaria nada.


-Ela estava me encarando loira-. A corrigi.


-Tanto faz, só agradeço por ter pensando com carinho no meu caso... Ela nunca me beijou daquele jeito.


-É mesmo? E o que você sentiu?-. Perguntei, realmente curiosa.


Me encarou, levantando uma sobrancelha.


-Não estou sendo irônica-.  A encarei e me arrependi. Se segura Rachel.


-Foi só... diferente-. A Fabray parecia estra em outra dimensão, deveria estar se lembrando do beijo.


É, eu também achei. Mas não posso ficar pensando muito nisso, porque minha mente é clara demais para o meu gosto.


-Poderia fazer isso mais vezes-. Me pediu.


Nem brinca com isso. Sorri.


-Bom, já me agradeceu certo? Acho que agora eu posso sei lá, desaparecer.


-Vou anotar na minha lista... Ajeitar minha vida amora: Concluído-. Sorriu. -Agora falta a empresa, ai você ta liberada para infernizar outro-. Levantou as mãos ao céu, como se agradecesse.


Ótimo, depois dessa vou ali encher a cara. A empurrei para que ela saísse do meu caminho, mas percebi que me seguia.


-Vai dar uma de ofendida agora?-. Falou com um sorrisinho cretino.


-Imagina, meu coração é blindado. O “anjinho do mal”, nem tem sentimentos. Vodka pura-. Pedi para o barman.


Quinn me encarou. Eu nem devia me importar com isso, ela me trata assim há semanas.


-Ta legal, me desculpe-. Ela me pediu.


-Desculpada. Tchau-. Nem mesmo a olhei.


-Você podia ser mais calorosa-. Comentou.


Gargalhei sem humor, isso a irritava.


-Eu podia ser muita coisa, tipo rica, bonita, inteligente. Só que a vida é assim, não dá pra ser tudo o que quer, não é mesmo querida?


-Vamos selar na paz essa noite?-. Mudou de assunto.


-Ai amanha recomeça a guerra?-. eu ainda não a olhava.


Bufou.


-Você precisa parar com esse ato infantil de bufar. É ridículo.


-Bufar é um modo de extravasar para não socar um.


Ela realmente quer me bater.


-Tudo bem Quinn, eu serei seu anjinho da paz-. Olhei em seus olhos e toquei sua mão.


Sorriu, apartando a minha e me puxando para um abraço.


-Eu sei que você não é ruim.


-Valeu...


-Mas também não é boa-. Concluiu.


-Vai se ferrar. Acho que chegou minha hora, não se preocupe. Vou dormir no sofá.-Virei o resto do liquido. Mais uma vez ela bufou.


-Você não tem casa?.


-Ate tenho-. Apertei sua bochecha. -Mas eu preciso cuidar de uma pessoa sabe. Anjos, radar, serviço completo. Essas coisas-. Falei ironicamente.


-Ah claro, privacidade zero, vida conturbada, perder a namorada. Entendo perfeitamente-. Devolveu no mesmo tom de voz.


Gargalhei acenando enquanto me afastava. Me despedi dos outros Fabray’s. Brittanny queria me deixar em casa, mas eu chegaria mais rápido se fosse sozinha. E mais uma vez a Harmony resolveu que brincar com a minha paciência.


-Pelo jeito não entendeu o que eu disse-. Ela se materializou na minha frente.


Cocei a cabeça, ou usaria a mão para violência.


-Olha...-. ela me interrompeu.


-Eu vi um aperto de mão, um abraço. O que mais? Só estamos a três dias afastadas e você acha que pode fazer o que quiser com a Quinn?


Se tinha uma voz na terra que me irritava, era essa. Suspirei.


-Não faça essa cara...-. me disse.


-Por que todo mundo reclama das minhas feições?-. Perguntei com um tom falso inocente.


Senti uma mão pesada em meu ombro.


-Talvez porque sejam de deboches-. Sam disse e gargalhou. Ele era ainda mais legal me vendo. Eu devia pedir para ele parar de me chamar de gasparzinho? Melhor não.


-Eu não sei o que você quer dizer, mas também não me importa. Quinn esta por ai, por que não vai cuidar dela. Beijos e ate nunca-. Tentei me afastar, mas ela bufou e agarrou meu braço.


-Eu não vou avisar mais-. Elevou o seu tom de voz.


-Quer dar um show? Sei uma maneira de chamar a atenção, talvez todos aqui queiram ver sua lingerie, não sei. Por que não mostra a eles?-. Sorri. –Agora-. Sussurrei em seu ouvido e me soltei do seu aperto, indo em direção a porta de saída.


Só dou aquilo que recebo. Abri as portas duplas, ouvindo os gritos animados vindo lá do fundo.


Sorri.


-Que feio em Harmony, tirando a roupa-. Gargalhei. -Essa noite foi incrível.


Acenei aos seguranças e segui, realmente. Sem saber pra onde.


***QUINN***


-O que ela esta fazendo?-Brittanny gritou a meu lado.


-Showzinho na boate. A Harmony me surpreendendo. Eu acho que ela esta tentando chamar sua atenção Quinn, ela não gostou nada da nova amiga Rachel-. Mercedes gargalhou.


Que droga! Rachel! Fui até onde Harmony estava e a segurei pelos braços, recolhendo sua roupa pelo chão, ouvindo um bando de homem gritando. Harmony pareceu despertar.


-O que esta fazendo? Você esta bêbada?-. a pergunte enquanto a afastava da multidão.


-Eu...eu...me tire daqui Quinn!


Harmony pediu desculpas e chorou durante todo o caminho ate seu apartamento. Algo me dizia lá no fundo, que tinha o dedo de Rachel nisso. Porque esse algo estava gritando na minha cabeça.


-Nos falamos depois.


-Eu juro que eu não sei o que aconteceu-. Tentou mais uma vez se desculpar.


-Descanse, depois conversamos.


Assentiu. Eu ia matar aquele demônio. Cheguei em casa, estava tudo silencioso. As luzes apagadas. Joguei a chave na mesa e bati nos sofás com as almofadas. Ela estaria ali, invisível.


-Eu sei que você esta aqui seu demônio. Aparece Rachel.


A luz acendeu sozinha e atirei a almofada na direção da porta.


-O que você tem na cabeça? Você tem noção do que fez? Ah, claro que não. Onde esta a paz nessa historia?


Peguei outra almofada.


-Agora você não aparece. Por quê? Medo?


Apagou a luz.


-Para com isso droga.


Acendeu. Eu vou pega-la. Mas antes eu precisava de um banho, esfriar a cabeça e não ir eu para o inferno por matar um anjo. Que esta muito, mas muito longe de ser um.


Tranquei a porta e segui para o chuveiro, a agua quente estava quase me fazendo dormir, o box estava esfumaçando. Ouvi o som ligado. Droga! Segundos depois uma mensagem sendo escrita no vidro.


“ Eu quero paz!”


Ela só podia esta me contando piada. Me enrolei na toalha. Seria agora que a pegaria.


“Eu sei que...


Corria o risco de dar de cara do vidro, mas me joguei e consegui segura-la.


-Sua tarada, você não esta segurando onde deveria!- Disse e depois gritou dramaticamente.


-Ótimo, aparece que eu pego no lugar certo.


Gargalhou.


-Você não presta garota-. Tateei seu corpo e segurei seu pulso. Que se dane. Ela não queria aparecer.


A puxei para fora do banheiro. Ela puxou minha toalha.


-Opa-. Sussurrou marotamente.


-Acha que vou te soltar por isso? Não.


Apareceu.


-Você pode se enrolar?-. Pediu olhando para o meu rosto.


Puxei a toalha. A levei ate o armário e peguei a primeira peça que achei na frente.


-Eu ainda estou na paz, mas é com você, eu não prometi que seria um anjo com ela.


Gargalhei.


-E você é um anjo com quem?


-Com o Leroy-. Ela sussurrou, acho que não queria que eu escutasse. -Você precisa me soltar pra colocar a roupa. Eu não vou sumir, vai fundo.


Aquele olhar me dizia que ela estava mentindo. Mas eu precisava vestir a roupa e precisei solta-la e sim. Ela sumiu. Abri a porta e fui atrás dela.


-Aparece.


-Pra que? Já resolvemos tudo.


Ela marcou o chão com pegadas molhadas. Parou ao lado do sofá e lhe bati com a toalha.


-Isso doeu-. Reclamou.


-Ótimo, já me sinto um pouco mais feliz com isso. Pode me explicar por que fez aquilo?


Gargalhou. Demônio!


-Pare de me chamar de demônio, loira. Isso não faz meu tipo.


-Você acha que não faz.


-Se você parar para analisar-. Apareceu pegando uma almofada. -Eu estou fazendo tudo certo. Eu não devo boas maneiras a sua namorada ou qualquer outra pessoa que não seja você.


-E por causa disso, você se acha no direito de fazê-la tirar a roupa toda na frente de um bando de gente?


Gargalhou e lhe bati de novo.


-Ai-. Gritou.


-Ai uma porcaria. Mais uma pouco... não quero nem pensar.


-Ela que começou. Duas vezes-. A primeira você não reclamou. -Ela me quer longe de você. Eu também queria, mas já falamos mais cedo sobre “o querer”. E não. Não dá.


Ótimo. Explodi mundo, porque já vivi demais.


-Vamos fazer assim, não aparecesse mais.


-Não vou fazer isso... e também não vou parar de atormenta-la, só pra avisar.


-Tudo bem, eu arco com as consequências dos atos dela. O que eu preciso fazer?


Me encarou e não sorria. Serio mesmo que os anjos também odeiam?


-Nada. Perderia a graça.


-Ótimo. Espero que o inferno seja tão bom quanto a terra. Por que eu não quero mais...


Sumiu antes de eu terminar a frase.


-Eu sei que você esta aqui. Aparece.


Esperei que voltasse e tentasse me matar. Mas nada. Ela não voltou essa noite. Não fui atormentado ate o trabalho, mas fui muito bem recebido na minha sala. Ela estava lá, segurava uma revista girando na cadeira, que depois de alguns minutos me deixou tonta.


-Não vai falar comigo?


Ignorou.


-Dessa vez não fui eu quem te mandou sumir.


Baixou a revista me encarando.


-Você sumiu sozinha.


-Sim. Eu sumi sozinha. Posso voltar a ler, ou vou ter que ouvir sua voz ainda?.


Voltei ao computador.


-Todos os anjos são assim... como você?


-Só os caídos. Os Rebeldes-. Falou sem me olhar, ainda lendo a revista.


-Então você é revoltada?


Gargalhou.


-Pode ser.


-Pode ser...


-Você não vai trabalhar não?


-Só estava querendo dialogar.


Fechou a revista e saiu, indo em direção a janela. Dessa vez, nada de vestidos curtos. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo, sapato e macacão que a deixavam com aparência de mais alta.


-Querendo dialogar comigo quando Sue Sylvester esta chegando... de novo.


-Como assim?-. perguntei confusa.


-Aquele carro ali não é dela?


Me pus a seu lado.


-Droga! O que ela esta fazendo aqui?


-Quinn-. Ângela entrou na minha sala. -Três acionistas resolveram fazer uma reunião de ultima hora. Acho melhor correr.


Rachel me encarou.


-Estou indo-. Falei para a Ângela, que saiu logo em seguida. Encarei Rachel-. Ok-. Segurei seus ombros. -Ainda estamos em paz, certo?


Cruzou os braços.


-Quer que eu me ajoelhe aqui?-. Perguntei, começando a me desesperar.


-Só ficará mais idiota fazendo isso-. Ela deu de ombros


-Tudo bem. Rachel ,meu anjo da guarda ,melhor do mundo...


-Olha a mentira.


-Ta, meu anjo que me ajuda com chantagens, você pode me ajudar?
Afagou meu rosto, dando um tapinha com um pouco de força logo em seguida.


-Estamos atrasadas-. Falou me dando as costas.


Isso!. Comemorei mentalmente.


-Esta me devendo essa.


Ah claro. Ela ia me cobrar. Mas eu não podia negar, ela sabia o que fazer na hora certa.


 


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Notas finais do capítulo

Coments e recomendações bem vindos.... kkkkkkkkkkk



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