Capitulo 10

Dois meses depois...

O que? Já passou dois meses?! Dá pra acreditar? Esses meses passaram correndo, ou melhor, voando. E aconteceram algumas coisas. A Soph está tão esperta e linda. A cada dia que passa ela parece mais a Carly. E no último mês, ela aprendeu a andar. O que foi uma loucura, já que tivemos que sair atrás dela por toda a casa, principalmente o nerd. Que deve ter puxado isso da mãe, ele é tão protetor e cuidadoso com a Soph quanto a Marissa era com ele. O que me polpa um pouco de vigilância, mas, a parte ruim é que a chatice é a mesma. A propósito, Marissa veio nos visitar. É serio, não sei como aguentei, estava quase me mudando de tanto stress que ela me fez passar em tão pouco tempo. Porém, tenho que admitir que ela me ensinou algumas coisas que nem imaginava, por exemplo, qual a melhor posição para colocar a Soph pra dormir, como acalma-la quando estiver com cólica etc... Mas, claro, que eu nunca vou admitir em voz alta.

Minha mãe também veio aqui, mas foi mais rápido, ao contrario da mãe do nerd que passou quase um mês. Dá pra acreditar? Um mês quase todo aguentando aquela velha... mas passou! E não é querendo me gabar, mas minha mãe fez mais sucesso com a Soph do que a Marissa, o que deixou ela muito chateada. Não que minha mãe seja a melhor mãe do mundo, mas parece que como avô, ela pode se sair bem. Tirando as visitas das mães nada normais que temos, outras coisas aconteceram como eu ter vendido minha parte da loja para Cat, ela não queria e disse que ia acabar estragando tudo, mas foi o melhor. Eu já não estava indo pra L.A. mais e, aparentemente, não irei nem tão cedo, pelo menos para morar. Então resolvi vender minha parte e quem sabe abrir futuramente meu sonhado restaurante aqui em Seattle, acho devo isso a minha amiga.

- SAM? Já terminou o banho? – o que esse nerd quer agora?

- JÁ TÔ INDO...

- OK...

Sai do banheiro e fui me vestir, para preparar o jantar. O Freddie está com a Soph agora, em quanto eu tomava banho. Será que ele ainda não deu a comida dela?

- O que foi nerd? A Soph já jantou?

- Já, mas, ela não quer dormir. Já tentei de tudo, hoje ela está mais agitada que normal.

- Também notei. Eu fui dar banho nela e ela me molhou toda. E nunca tinha feito isso.

- Pelo menos não está chorando, já é... – só foi ele falar, que ela abriu o berreiro. Ninguém merece!

- Boca de praga a sua, em! Vem aqui Soph, não chora meu bem. Shiii shii...

- Não tive culpa... Você acha melhor chamar um médico?

- Eu não sei. Não chora Soph, por favor... Freddie, liga pro Brad, eu já estou ficando preocupada.

- Você sabe que eu não gosto desse tal de Brad... – fiz minha pior cara de raiva – mas eu vou ligar, espera aí. – disse e foi ligar da sala.

- O que foi meu amor? Mamãe está aqui. Não chora... – O que será que aconteceu?

- Err... Já liguei. Ele está vindo.

- Ok. Se quiser pode ir tomar banho, eu fico aqui esperando...

- Claro que não. Primeiro quero saber o que a Soph tem.

- Mas...

- Mas, nada. Não vou deixar você sozinha com aquele médico espertinho.

- O que?

- Quer dizer, eu não vou deixar você sozinha com a Soph, eu tenho que está aqui, eu sou pai dela, não sou? – o que foi que deu nele?

- É, mas... Ahhh deixa pra lá!

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- Então, Brad, o que ela tinha?

- Ela estava agitada e chorando sem parar, principalmente agora depois que comeu, por que, os dentinhos molares estão nascendo juntos. Mas, dei um analgésico infantil (não sei se pode, mas...rsrsrs) e ela já está se acalmando, daqui a pouco ela dorme. Só que provavelmente, ela ainda vai reclamar de dor ainda, então é bom comprar mais analgésicos, aqui a receita, mas tem que ser só quando ela reclamar muito.

- Obrigada Brad. Não sei como agradecer.

- Bem você podia aceitar meu convite para jantar qualquer dia desses.

- Nossa, olha a hora?! Acho que isso foi tudo, muito obrigado Bob, eu te acompanho até a porta.

- Mas...

- Tchau, Boa noite!

- Eu te ligo. – disse, mas não deu tempo dele responder, já que esse nerd idiota fechou a porta na cara do Brad. É sério o que está acontecendo aqui? – O que te deu?

- Como assim? – é serio que ele vai fingir que não aconteceu nada.

- Não se faça de desentendido. O que o Brad te fez? Ele é tão legal, não merecia ser tratado assim. Ele tratou a Soph tão bem e...

- E você também, pelo jeito.

- O que você quer dizer com isso?

- Agora é você que está se fazendo de desentendida.

- Olha aqui seu nerd idiota...

- Olha você loira, o Bob é bom um pediatra mesmo, tenho que admitir, mas eu não vou com a cara dele e eu não quero mais falar sobre isso. Vou tomar banho e dormir. Boa noite. – ele disse e foi em direção ao quarto.

- Espera aí Freddie, ainda não terminamos... Seu nerd imbecil abra essa porta agora. – disse batendo na porta, não tão alto pra não acordar a Soph que já deve ter dormido. – E é BRAD, não Bob, ouviu? Arggg... BOA NOITE!

Fui ver a Soph que é o melhor que eu faço. A qualquer momento a assistente social pode aparecer, nas outras vezes foi tudo bem e a cada dia que passa, fica mais perto de termos a guarda definitiva da Soph. Não vejo a hora!

Freddie:

- O que essa loira endiabrada pensa que está fazendo se jogando nos braços desse mediquinho sem graça? Ela não pode gostar dele, ou pelo menos não deveria. – sai do banho, me vesti e agora estou deitando. - Será que ela não senti mais nada por mim? Pelo jeito não, já que vai ligar pro “Bob”. - Amanhã vai ser constrangedor olhar pra ela, e pior, tenho que acordar cedo. Amanhã vai ser a ultima reunião sobre um projeto novo. Estou ansioso, é uma chance única, dirigir um novo filme que eu ajudei a produzir. Meu nome vai ser ouvido em todo país. Mas essa demônio loiro não sai da minha cabeça.

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- Bom dia meu amor! – me assustei com a Sam chegando à cozinha. Mas, não foi pra mim esse cumprimento carinhoso e sim pra Soph que está comigo, deu um beijinho nela e foi fazer seu café. Bem que ela podia ser um pouquinho carinhosa comigo também. Não me importaria em ganhar um beijo de bom dia...

- Bom dia pra você também, Sam.

- Bom dia... nerd. – disse com uma cara nada boa, mas mesmo toda com raiva ela é linda.

- O que você tá olhando? Nunca me viu não?

- Que pergunta. Claro que já te vi, mas ainda não me acostumei em te ver assim... – disse apontando pra sua camisola de renda que só ressalta mais suas curvas. - Olha Soph, sua mãe ficou vermelhinha! – ela só ria, como se entendesse tudo.

- Cala a boca nerd, e me dá ela aqui, que vou troca-la. Você vai sair daqui a pouco, não é?

- Sim, daqui a pouco tem a reunião que te falei.

- Ok, trago ela já.

- Pra que?

- Como assim “pra que”? Esqueceu que hoje você vai ficar ela? Eu vou passar o dia fora, procurando um lugar para o meu restaurante. Não me diga que esqueceu?

- Não queria, mas esqueci. Tudo bem, eu fico com a minha princesinha, mas se você pudesse não passar o dia fora, realmente, e fosse busca-la para almoçar, eu agradeceria. Por que não se poderei fazer isso.

- Tá certo, eu vou.

- Obrigado! – disse e dei um beijo em sua bochecha e outro em Soph que sorriu ao contrario da loira. Adoro quando ela fica sem reação. – Vou me arrumar.

Horas depois...

- Querida, cheguei!

- Nossa, estou morrendo de rir nerd. Por que essa felicidade toda? – perguntou, enquanto brincava com Soph e eu coloquei as sacolas na mesa de centro.

- Primeiro, passei a manhã toda com minha pequena e nos divertimos muito, não é Soph. – ela quase pulou pra os meus braços quando me viu. - Segundo, meu filme vai sair do papel e estou botando fé que vai ser um sucesso. E terceiro, e mais importante, trouxe bacon e pizza pra jantarmos. – quando falei bacon ela quase derrubou a Soph na carreira que deu até as sacolas.

- Sério? Não brinca comigo. – ela me entregou a pequena e atacou a comida. – não acredito, já faz muito tempo que não como essa delicia. hummmm... Obrigada, Freddonho. – disse de boca cheia. Coloquei Soph no cercadinho e fui pegar algo pra beber, antes que acabe tudo.

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- Então, como foi sua procura? – ela fez uma cara de quem não entendeu a pergunta, enquanto íamos a cozinha levar o que sujamos do “jantar”. – Sabe... do restaurante.

- Haaa sim, eu achei um lugar maravilhoso, que seria ideal. Boa localização, uma estrutura perfeita e aconchegante, mas... – ela parecia tão animada e de repente mudou da água para o vinho.

- Mas, o que? O que aconteceu, não conseguiu fazer negocio?

- Conseguiria se não fosse tão caro. O dinheiro que tenho, só paga metade e o dono não quer vender se não for a vista. Aquele velho babão!

- Bem, se você aceitar, eu poderia entrar com o que falta.

- De jeito nenhum. Eu vou procurar de novo, aposto que encontro outro lugar mais barato, você não precisa se preocupar com minhas coisas. Você já está gastando de mais com a Soph e com a casa.

- Mas, Sammy...

- Não me chama assim, já falei.

- Tá, tá... Mas, Samantha... Aii...

- Você mereceu por me chamar desse jeito, sabe que não gosto.

- Mas, não precisava me bater. – disse massageando meu braço. – mas, voltando, eu posso muito bem te ajudar a pagar a outra metade e você vai realizar seu sonho. E ainda posso comer de graça lá. – ela abriu um sorriso.

- Quem disse que vou deixar você comer de graça no meu restaurante? No máximo posso dar algum desconto e olhe lá!

- Isso quer dizer que aceita?

- Não sei... Ok, aceito!

- Haaa... mas, eu tenho uma condição.

- Sabia que estava fácil de mais... Vê lá Benson. Eu não vou implorar e...

- Não é nada disso. Só quero que você me convide pra um jantar no restaurante quando ficar pronto. Quero inaugura-lo, o que me diz? – disse estendendo a mão.

- Se sinta convidado. – respondeu apertando minha mão em forma de negocio fechado. – Obrigada, Freddie! Isso é muito importante pra mim, meu sonho vai se tornar real por sua causa. – ela já estava quase chorando, ainda segurando minha mão.

- Ei, não chora. – disse, a puxando para um abraço que há tempos não dávamos. E como é bom... – Amanhã mesmo nós vamos comprar seu restaurante.

- Você quis dizer, nosso restaurante...