Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
Ok. Eu vou tentar de verdade postar outro capt hoje mesmo, por isso foi digitar tipo: SUPER rápido.
- Me tira daqui. - continuo repetindo e Nathan continua segurando mu rosto, até que seu cabelo começa a ficar loiro e sangue começa a escorrer por sua boca, que esboça um sorriso.
- O que houve Shannon? - Carter sorri. - Está com medo de mim.
- Sai. - Ele segura meus ombros e acaricia meus braços. Lágrimas começam a cair de meus olhos. Me movimento, dando passos para trás e me afastando dele. - Não chega perto de mim!
- Shan. - Ele ri. - O que houve? Até parece que eu machucaria você. - Ele anda em minha direção com as roupas ensopadas de sangue. - Fala sério. - Paro de andar e encaro-o com os olhos estreitos. Ele sorri e anda em minha direção. Não é real. Não é real. Não é real. Ele tira os cabelos de meu pescoço e aproxima a boca, arrastando até minha orelha, deixando um rastro de sangue gelado em minha pele. - Senti sua falta. Desde que fugiu... Estou tão sozinho. - sussurra ele. Olho em volta. Estamos ainda na colônia, mas não á ninguém além de mim e Carter. - Porque foi embora?
Ele beija meu pescoço.
- Fale comigo Shan.
- Você não é real. - digo rangendo os dentes. Empurro seu peito, sentindo o sangue em minhas mãos. - Você não é real!
Ele suspira e passa a camisa pela cabeça, me encarando.
- Eu vou mostrar que sou real. - Ele anda em minha direção e segura minhas costas e mesmo que eu tente empurrá-lo, ele é mais forte do que eu. Sinto o sangue gelado em minha barriga. - Vou provar que sou real.
- Me solta! - Soco seu peito e ele começa a rir.
- Eu te prendi em uma adega, porque te soltaria? - Ele ri mais uma vez. - Se renda Shan. Nathan está servindo de jantar para minha irmã e eu que sou muito diferente dela, queria fazer você não morrer como a irmãzinha do Abe... Ah não. Espera. Nathan já fez isso. O vagabundo.
- Não fale assim dele. Você é bem pior.
- Ah, ele contou as aventuras dele pelas estradas do país? Ele contou tudo o que fez? Não Shan! Ele continua o Nathan e só o que ele quer é dormir com você sem que magoe você. Ele te transformou em uma vadia!
Me levanto e seguro as cobertas, quase rasgando-as.
Arregalo os olhos e vejo as costas de Nathan.
- Nathan.
- Shan. - Ele solta um grunhido.
- Porque nunca me contou sobre quando você viajava pelo país?
Mesmo sabendo que é uma idiotice e que Carter disse isso em meus sonhos, eu meio que preciso saber.
Ele suspira e se senta, com uma cara de sono, mas os olhos me encaram.
- Porque isso... Agora? - Ele esfrega um dos olhos.
- Eu deveria ter perguntado antes? - Pisco algumas vezes.
- Não é só... Você não parecia se importar com...
- Não é que eu me importe... Quer dizer... Eu não quero saber. Desculpe. - Balanço a cabeça e esfrego minha mão em seu braço. - Volte a dormir.
Me viro e tapo meu ombro com as cobertas.
Fecho os olhos e suspiro.
Estou ficando completamente maluca.
- Não. - Ele me abraça. - Você quer me perguntar alguma coisa. Eu vou responder ok?
- Não. Não é nada. - digo ainda de olhos fechados.
- Nada. - Ele ri. - Você esconde mal as coisas. Me fala. Eu juro que vou responder qualquer coisa que você me perguntar.
- Quando eu acordei no carro, depois que você nos tirou da adega. Você estava com vários cortes.
Encaro seus braços e seu peito, ainda com alguns cortes.
Ele suspira.
- Eu realmente...
- O que aconteceu? E eu quero que me diga a verdade. - Encaro seus olhos e ele deita a cabeça no travesseiro.
- Carter não deu cinco minutos. - Ele encara meu pescoço. - Quando saímos da mansão, ele veio atrás de mim com um cachorro grande com a boca espumando. E uma faca.
Tapo os olhos com as mãos.
- Ele tinha raiva Nathan! - digo.
Ele me abraça e suspira.
- Então ele me empurrou, atirou uma faca em mim e deixou o cachorro em cima de mim.
- Onde eu estava?
- Dentro do carro. - Descubro os olhos e o encaro. - Não era isso o que queria?
- Você não está me dizendo a verdade. Está?
- Não.
- Eu quero a verdade.
- Acontece que eu não quero que você saiba a verdade. - Ele se levanta e anda de uma lado para o outro, envolta da cama.
- Eu mereço saber a verdade. - digo encarando seus olhos.
- Você estava desmaiada. Está a salvo e não teve nenhum arranhão depois de eu ter costurado sua perna, então cale a boca e me deixe em paz. - Ele encara meus olhos e aponta para meu nariz.
- Então é só isso? - Encaro seus olhos. - Só porque você me deu licores...
- Você preferia sentir dor enquanto eu costuro a sua perna ao invés de fugir? Era exatamente o que eu deveria ter feito.
- E porque não fez? Por causa do Abe?
- Porque você é humana. - Ele suspira. - Só por isso. Nada mais. - Ele pisca algumas vezes e me encara com um olhar culpado. - Desculpe.
- Ah, é assim que funciona? Você fala tudo que quer, todas as verdades, tudo o que pensa, pede desculpas e eu me jogo em seus braços? É assim que vai ser daqui para frente?
- Eu estou perdendo a cabeça. - Ele anda em minha direção, mas continuo encarando seus olhos.
- Notei. E não me venha com esta história de que consegue fazer as coisas sozinho. Você viveu dizendo tudo sobre discalculia para seu pai e agora quer fazer tudo sozinho? - Me levanto e aponto para seu nariz. - Pois sabe o que eu acho? - Fico com o rosto perto do dele. - Você deveria pedir ajuda para ele. Não vai conseguir. E acima de tudo você continua sendo o mesmo Nathan que atirou uma garrafa de cerveja em mim e desmaiou no chão, não querendo dizer nada além de nada.
Passo pela porta e bato-a andando pelo corredor.
**
Encaro o chão.
Estou realmente perdendo a cabeça e da próxima vez, não acho que vai ser bonito.
Provavelmente perderei qualquer chance de ter Shan e saber que vou morrer por pensar por um momento como ela em não saber se matava ou não aquele bebê, me leva a loucura.
Não acho que ela perdeu a cabeça quando disse aquilo. Era realmente o que ela queria dizer á muito tempo.
**
Paro de andar e mordo a unha do indicador.
Ok. Não foi nada sensato ter dito aquilo, mesmo que eu tenha perdido a cabeça junto com ele.
Ando de volta para o quarto, devagar, pensando no discurso inteiro.
Mas quando chego á porta e a abro, a única coisa que consigo dizer é:
- Desculpa. Eu... - Abro a porta por completo e vejo que a janela está aberta e o quarto está vazio. - Idiota! - grito e soco a parede. - Eu preciso aguentar, mas você não consegue!
- Com quem está falando? - Brandon para na porta e sorri. Olho para ele e seu sorriso se esvai, quando as lágrimas começam a cair de meus olhos. - O que houve?
Ele vem em minha direção.
- Ele foi embora. - digo soluçando.
- Ele... Deixou um... - Brandon aponta para a cama com o colar de sua mãe e um papel dobrado escrito Shan.
Ando até ele e desdobro o papel, hesitando ao esperar uma carta enorme mas na verdade, há somente uma frase curta.
Desculpe por ter perdido a cabeça com você.
Nathan.
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Bem... É. Não há palavras.