Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
Esse capt é pequeno mas eu fiquei escrevendo e tinha q postar. Amanhã posto o resto.
Adels
- Direita! - Ouço Nathan berrar. Franzo o cenho e empurro a porta, vendo Brandon com a mão direita levantada, sentado um pouco afastado de Nathan que o encara bravo.
- Não! - grita Brandon.
- O que vocês estão fazendo? - pergunto indo na direção de Nathan e acariciando seus cabelos.
- Pode parecer estranho, mas ás vezes eu não sei onde é direita e esquerda. - diz Nathan encarando meus olhos.
- É estranho para você, que viaja de carro.
- Eu não sei como, mas ele simplesmente não usa o jeito: direita, esquerda. Tipo: vire a primeira rua a direita. Ele simplesmente decora o caminho desde a primeira vez que o vê. Mas ele não sabe. - Brandon sorri.
- Pare de sorrir para ela agora ou eu enfio essa mão direita na sua narina esquerda.
- Faz isso. Isso quer dizer que sabe. - Brandon levanta uma das sobrancelhas. - Estou esperando. - Ele continua com a mão direita levantada.
- Já alei seis vezes:Direita. - diz Nathan sem paciência.
- E eu já disse que não é. - Brandon diz sério, começando a me preocupar.
- Shan. - diz Nathan como se fosse uma criança.
- Eu não vou me meter. - digo com as mãos na altura das orelhas, indo na direção da cama de um deles e me sentando, encarando os dois.
- Fala! - grita Brandon.
- Essa mão é a direita. - Nathan segura o pulso direito de Brandon e depois o pulso esquerdo. - E essa é a esquerda.
Brandon sorri.
- Só estava brincando. Está certo.
- Me diz, o que isso vai ajudar nos números? - Nathan cruza os braços.
- Bem, um dos itens da discalculia é a falta de senso de direção. Se você acabou de acertar, resolveu um deles.
- Sabe, provavelmente amanhã se Shan me perguntar a mesma coisa que você, eu não vou saber.
Brandon suspira e se inclina na direção de Nathan.
- Escute bem. Seu pai pensa que você não consegue. Que é um vagabundo.
- Ele é um vagabundo. - digo encarando os olhos de Brandon.
- Viu como é ter apoio? - Nathan sorri.
Brandon suspira e me encara bravo.
- Ele acha que você é incapaz de fazer isso.
- Discalculia. - diz Nathan ficando um pouco bravo.
- É só uma desculpa para não estudar. Não existe. Seu pai tem razão. Você não quer resolver isso. Você não vai resolver nada se não quiser. E sabe que se não conseguir, será obrigado a ir buscar o seu pai.
- Posso ir agora? - Nathan o encara.
- Cinco minutos. - diz Brandon.
Nathan se levanta rapidamente e passa pela porta.
- Que diabos você...
- Sou o psicólogo daqui. - Ele clica a caneta duas vezezs e joga sobre um caderno.
- Não parece. Não pode dizer isso para ele.
- Quantos anos você tem? - Ele me encara, querendo chegar em outro lugar.
- Dezenove. - Cruzo os braços.
- Quantos anos o Nathan tem?
- Vinte e dois. - Olho para o lado um pouco envergonhada.
- Então deve saber que ele não é uma criança. - Ele se levanta, colocando o caderno e a caneta em cima da cômoda. Ele ri. - Sério? Três anos?
- Quantos anos você tem?
- Dezoito. - Ele sorri. - É mais certo eu ficar com você do que ele. Esquece o que eu falei. Não quero nada com você. - Ele ri. - Só falei a verdade. Não fale para ele.
- Porque disse aquilo?
- Viu como ele ficou afetado quando eu disse? - Ele encara meus olhos e cruza os braços. Concordo com a cabeça. - Não foi exatamente o que o John disse á alguns anos?
- Disse que ele não era mais criança.
- Ele é forte com o pai dele. Não com as outras pessoas. Nathan não quer dizer, mas...
- Aonde vai chegar com essa história? Vai fazer ele pedir ajuda para o pai dele, ou vai fazê-lo resolver os números sozinhos?
- Discalculia não se cura assim ok? - Ele estala os dedos. - É um processo. Por favor, você sabe que o Nathan não vai pedir ajuda para John. - Ele franze o cenho e estica o braço na direção da porta. - A menos que alguém o convença. E não estou falando da Brook. Se ela se meter, vai acabar quebrando o nariz dele.
- O que eu falo para ele?
- Sei que você sabe como convencê-lo. - Olho indignada para ele. - Nem me olhe com essa cara. Você estava bancando a vadia desde que chegou aqui. E não estou falando disso. Você é a bonequinha dele. Não neste sentido.
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Adels povu